— Um quarto, por favor. — A de cabelos azuis pediu para a recepcionista que atendeu prontamente ao pedido, apesar da sua expressão cansada. Trabalhar durante a noite e madrugada toda em um motel devia realmente ser exaustivo. 

—  Quarto 31, boa estadia. — ela desejou no automático, dando o cartão a elu sem nem tirar os olhos da tela do computador a sua frente.

—  Obrigade. — Skye virou e chamou a amiga, que explorava o lobby do lugar e analisava seriamente o papel de parede do lugar. 

—  Esse é o papel de parede mais feio que já vi —  Farah opinou, em uma careta, enquanto caminhavam em um dos corredores do lugar em busca do quarto.

—  É um motel. Ser bonito não é um dos objetivos deles —  Oh retrucou e parou bruscamente, quase fazendo a outra esbarrar com ela. Elu passou o cartão que recebeu na maçaneta, ouvindo um clique. —  Preparada para ver mais do papel de parede horrendo?

—  Não. —  Skye abriu a porta e deu espaço para a outra passar primeiro. 

Os olhos da ruiva varreram a suíte. Apesar do papel de parede vermelho-sangue com uma estampa geométrica, o quarto não era tão ruim. Na verdade, era bem decorado. Uma cama imensa com lençol e fronhas brancos e pétalas de rosa encostada em uma das paredes, com escrivaninhas de gavetas e abajures em cada lado. Dois degraus separavam a área da cama de uma hidromassagem com mais pétalas flutuando na água. Estranhamente, o quarto cheirava bem, com alguma essência floral.

Além disso, o quarto todo era iluminado com luzes quentes indiretas. A frente da cama, havia uma televisão e uma escrivaninha com caixinhas de camisinha e outra maior fechada. Farah até temia o que poderia ter ali dentro.

— O banheiro é quase maior que meu apartamento! —  Skye anunciou, chamando a atenção da ruiva que tinha passado reto por ele. O tamanho fazia jus ao tamanho do quarto, com uma banheira de canto, um chuveiro ao lado, uma pia de granito com duas cubas e o sanitário. Diferente do quarto, o banheiro era quase inteiramente branco, tirando o granito e os detalhes do box em preto.

—  Essa é a menor suíte que eles têm? — Farah perguntou e a outra assentiu. Skye prontamente correu por alguns passos e se jogou na cama, fazendo as pétalas choverem acima delu. 

—  Então, Jenkins, qual sua opinião sobre? — perguntou, seu olhar indo a ruiva que estava no batente da porta do banheiro, pensativa.

— É… interessante. Não é muito diferente do que eu imaginava. E você? —  Seu olhar cruzou com o da amiga, que agora fazia uma pose que ela imaginou ser uma tentativa sexy, enquanto mordiscava uma pétala de rosa. Farah riu.

— Só falta as câmeras escondidas que minha expectativa tá alcançada. —  Elu cuspiu a pétala e se levantou. —  Rosas tem um gosto horrível.

—  Faith não acha isso —  Farah brincou e Skye fez uma expressão exagerada de surpresa, até suspirando.

—  Que ousadia, Farah Jenkins! Vou contar isso para ela e para a Audrey. 

A ruiva deu de ombros. —  Então, como funciona essa procura pelas câmeras escondidas? 

—  Ah, espera aí. —  Skye procurou por algo no bolso da calça, e jogou para ela assim que achou. —  É um detector. Normalmente elas ficam em pequenos buraquinhos, nas luzes, na TV… Qualquer lugar que dê uma “boa gravação”.

—  Credo. —  Farah repugnou. —  Bem, se a expert sul-coreana falou, tá falado.

Skye fez uma pose confiante, reafirmando o que a outra disse. Depois disso, começaram as buscas: enquanto Farah usava o detector, Skye procurava a olho nu, tirando as roupas de cama, olhando atrás dos abajures e da TV.

—  Por aqui limpo, e aí? —  Farah anunciou da área da hidromassagem. 

—  Também. Estranho. —  Skye respondeu depois de revirar pelo quarto e pelo banheiro. — Só porque te garanti que teria, não tem. Mas não quer dizer que eles não usem câmeras em outros quartos!

— Sei. —  A ruiva disse, com sarcasmo. — Só fez isso para botar medo porque é minha primeira vez em um lugar desse.

Oh a olhou com surpresa, a mão no peito. —  E o que te faz acreditar que não é minha primeira vez também?

—  Ah, bem… — Jenkins ficou sem jeito de repente, desviando o olhar do delu. —  Sua reputação… amorosa… é meio polêmica.

— Uma pan dizendo de reputação amorosa de outra pan? Cadê a sororidade pansexual? — Skye brincou, com a expressão ofendida quase que cômica.

Farah revirou os olhos, um sorriso tímido aparecendo. 

—  Então… o que vamos fazer?

— Não está óbvio? —  Skye apoiou o peso na cama e, de um segundo para outro, jogou um dos vários travesseiros da cama na outra. 

Farah se surpreendeu com o baque do travesseiro e, com a expressão surpresa se tornando travessa, jogou o travesseiro de volta na amiga, ao mesmo tempo que corria até a cama para se defender.

As duas começaram a rir, a guerra de travesseiros ficando mais intensa. Em determinado momento, a ruiva se deitou usando um travesseiro de escudo e a outra teve força suficiente para arrancar o travesseiro dela e avançando com as mãos nela em seu ponto fraco: os lados do corpo. 

Jenkins começou a gargalhar com as cócegas. Tanto tempo sendo amiga de Skye tinha um custo, e era elu saber exatamente onde ela sentia cócegas como uma forma de troca. Se elu partia para as cócegas, era porque queria algo.

—  Tá bem! — disse, entre risadas, quase sem fôlego —  Você ganhou, chega! 

A de cabelos azuis parou na hora. Nem tinha percebido que ria com a outra, em cima dela, só notando quando suas bochechas se aliviaram depois de tanto rir.

— Skye Oh vence novamente — Elu senta ao seu lado e faz uma reverência de agradecimento e acena para uma plateia imaginária.

—  Você joga sujo, isso sim. — Jenkins assumiu, mas a amiga não lhe deu ouvidos. Revirou os olhos mais uma vez. — Vou estrear a hidromassagem.

— Mas não trouxemos roupa de banho… 

—  E desde quando isso te impediu? Não é a primeira vez que você me vê sem roupa — Farah provocou e se levantou, começando a se despir. Já tinham se visto uma vez só com as roupas de baixo quando tiveram a ideia de acampar na beira de um lago.

— Bem, nunca mas… Só está me atacando hoje, que amizade tóxica. —  Skye brincou, tirando os coturnos brancos e o casaco de couro preto e deixando suas roupas em um canto do quarto. 

— Ah, nem vem. Eu sei que você me ama. 

Oh involuntariamente olhou para ela com seu olhar sério, mas sentiu sua respiração falhar por um segundo quando viu a outra já com as roupas de baixo, prendendo o cabelo longo ruivo em um coque improvisado.

Assim que a amiga percebeu o olhar delu, sorriu de lado.

—  Pode olhar à vontade — brincou, o que fez o olhar delu sair de seu corpo e ir de encontro ao seu por um breve segundo antes de Skye voltar a se concentrar em si.

Jenkins entrou na água com o auxílio do degrau. A temperatura da água estava ambiente, e não demorou para achar o painel e colocar em uma temperatura mais alta, ativando os jatos da hidromassagem.

Não demorou para Skye entrar também. Enquanto a garota estava de olhos fechados, contemplando a experiência, aproveitou para analisá-la por um tempo. Em seu rosto com sardas, nas sobrancelhas relaxadas da mesma cor alaranjada do cabelo, em seu nariz fino e em sua boca levemente mais rosada que o normal devido ao lip-balm que tinha passado mais cedo. 

E então jogou um pouco de água na amiga para acordá-la.

—  Não é para dormir ainda — Oh pediu.

—  O que quer fazer depois? — ela perguntou, o par de olhos castanhos indo de encontro aos seus.

—  Hmm. Devo admitir que estou com medo de ligar aquela TV e só ter pornô. — Skye admitiu, de repente concentrade em juntar as pétalas da água.

A ruiva riu.

— É, isso sim seria digno de uma sexta-feira 13 assustadora. 

—  Com sorte devemos achar algum filme normal de terror para fazer jus ao dia de hoje… — Oh comentou.

— Ah sim… Aí a sinopse do filme é: “Diabinha pede para o bombeiro usar a mangueira dele.” —  Farah brincou, e Skye a olhou em completo choque.

—  Que lado seu é esse que eu nunca vi? —  Oh provocou. —  Nem sabia que você sabia essas coisas.

—  Eu não tão ingênua quanto você acha que eu sou, por mais que eu pareça —  ela olhou para elu confiante, deixando-a sem jeito e fazendo desviar o olhar para as pétalas que tinha juntado. —  Ei, você fez mais uma tatuagem?

Ê garote acompanhou o olhar dela para sua clavícula, para a tatuagem do seu ano de nascimento em fonte vampiresca e uma cobra entrelaçada e assentiu.

— Bonita. Você tem bom gosto para tatuagens. — elogiou, recebendo um olhar confuso em resposta.

—  Puxa, está dizendo que só tenho bom gosto para isso?

— Basicamente. — admitiu, recebendo uma chuva de água quente em resposta. —  Tá, parei. Vai molhar meu cabelo! 

— É só lavar depois — comentou Oh, sendo respondide com silêncio. — Ei, as laterais do seu cabelo tão crescendo.

A ruiva passou os dedos pelas partes laterais da cabeça, nas quais tinha raspado quase completamente seu cabelo. Era sua marca desde o ensino médio. 

—  Ah, é. Eu tenho pedido para o Finn me emprestar a máquina dele tem dias, mas ele não deixa porque diz que eu estrago, e eu acabo esquecendo de ir em cabeleireiro durante a semana. 

— Podia pedir a minha emprestada, mas como sei que seu irmão tá sempre certo vai ter que dar seu jeito — Skye brincou, e foi elu quem recebeu uma chuva dessa vez. — Aí! Sorte sua que não me importo de molhar meu cabelo.

No momento em que tentou evitar que a água atingisse seu rosto mais uma vez, ela viu algo no teto de gesso do quarto.

— Ei, eles têm sistema de som! —  Oh gritou. —  Espera aí! —  Ela levantou de repente, buscando pelo seu celular. 

Farah iria protestar como elu faria o quarto ficar todo molhado por ela ter saído sem se secar da hidromassagem, mas uma música começou a tocar antes que tivesse a chance.

—  The Weeknd, sério? — a ruiva perguntou, sem surpresa nenhuma.

—  Com a Ariana Grande, sei que você gosta dela. —  A de cabelos azuis voltou a hidromassagem com um sorriso, deixando seu celular por perto.

—  Tanta música para escutar e você decide colocar Love me Harder? O que você quer insinuar com isso? 

— Me deixa! —  Skye pediu. —  Eu queria poder ouvir The Weeknd em um quarto de motel, tá? Não te devo mais explicações. 

Jenkins suspirou, convencida. Só então percebeu que Skye apoiava sua cabeça com seu braço na beirada da hidromassagem. A ruiva tinha se esquecido que elu tinha começado a algumas semanas atrás a frequentar a academia com Janna, e alguns músculos já se faziam mais presentes que antes. Além da tatuagem longa de partitura que percorria seu braço do ombro até pouco mais do cotovelo que a deixava atraente. 

—  Tem algum evento para as próximas semanas? —  ela perguntou de repente, despertando Oh de seu transe escutando a música.

—  Bem, um vizinho meu descobriu que sou DJ e agora quer fazer uma festa no prédio. O bom é que não demoro tanto para voltar para casa dormir. O ruim é que vamos receber reclamações dos vizinhos velhos.

—  Boa sorte, vai ser moleza para você. Você é bom nisso. 

—  Valeu. Eu tenho que ser bom em alguma coisa, né? —  Oh comentou, mais cabisbaixa do que queria parecer.

Um silêncio se instaurou entre as duas, enquanto a música acabava e outra tocava. Farah começou a cantarolar baixinho em algum momento, sendo acompanhada por Oh logo depois.

“It’s our paradise, and it’s our war zone…” — cantaram em uníssono, rindo em seguida.

—  Melhor deixar a parte musical com a outra ruiva do grupo — ela comentou, querendo mencionar Audrey, que já cantava e compunha muito antes de serem amigas.

—  Ah, você não precisa ser excelente em tudo que faz. Se você se diverte já tá valendo.

— Uau, lindas palavras, Oh —  Farah respondeu com sarcasmo, recebendo um olhar desaprovador da amiga.

— Sabe, as vezes acho que sou mais legal com você do que você merece — Skye disse.

A ruiva a ignorou e decidiu se aproximar delu para então depositar um beijo em sua bochecha e apoiar a cabeça em seu ombro em seguida.

—  Também te amo —  murmurou baixinho.

Não era como se Skye não a amasse de volta, mas de uns meses para cá essa frase tinha atingido ela de forma diferente. Elu tinha a conhecido no ensino médio, quando por algum intermédio do destino a professora tinha juntado as duas para uma apresentação de fim de semestre. Desde então, se tornaram inseparáveis, chegando até a virar motivo de brincadeira quando estavam sozinhas: “Cadê sua cor oposta?” Era como Faith dizia e a forma que mais a tinha marcado, já que só Faith mesmo para perceber que suas cores de cabelo eram o exato oposto uma da outra.

Oh não sabia dizer se Farah também sentia que a amizade estava mudando. Não é como se Skye quisesse estragar a amizade conscientemente. Elu nunca tinha chegado a ter uma relação tão complexa com o amor quanto com ela. Não tinha acontecido com elu ainda ter uma melhor amiga que, a cada vez que a olhava, mais queria beijá-la.

As duas tinham exemplos que deram certo próximos como Faith e Audrey e Miyake e Esther, mas também tinha Janna e Yasmin que tinham um relacionamento… complicado, para dizer o mínimo.

Skye estava cansade de não saber se daria certo ou não. Estava cansade de viver em uma incerteza, e por isso tinha tido a ideia do motel. E Farah, tão aventureira quanto ela, aceitou de prontidão. 

Agora, só seria preciso um segundo passo.

Enquanto Farah murmurava conforme o ritmo da música, Oh manteve-se confiante e deixou que sua mão imersa, até então descansando ao lado do seu corpo calmamente encostasse na coxa da outra. Quando não notou reação da outra, começou a acariciá-la.

Subitamente a outra desvencilhou-se delu, exclamando surpresa.

—  Ah! Eu sabia! Sabia que essa história de motel em uma sexta-feira 13 estava mal contada. 

— Foi mal, Fay. É que… —  Era agora. Suspirou, e continuou —  Eu não sabia mais o que a gente era, se só eu estivesse flertando eu já teria entendido, mas você tem me dado flertes também e isso estava me deixando confusa…

— Não seja por isso —  respondeu de imediato.

—  O quê?

De um instante para outro, Farah estava no colo delu, suas coxas a pressionando levemente e seus lábios perigosamente próximos da outra.

—  Eu amo você, Sujin Oh. E é bem mais do que só como amiga. 

Skye estava em choque, seu coração parecia bater a mil batidas por segundo e tinha até parado de respirar sem perceber. Sentir o peso dela sobre si e a sua respiração quente próximo demais da sua boca era, literalmente, de perder o fôlego.

—  Vai me beijar ou não? —  Farah provocou, pendendo sua cabeça levemente para o lado. 

— Eu… Eu não vou conseguir parar se fizermos isso — Oh conseguiu dizer em um sussurro.

—  Ótimo. Não quero que pare —  respondeu com um sorriso travesso. 

Em circunstâncias comuns, Skye brincaria com ela por estar sendo tão confiante. Mas agora sua atração falava mais alto e deixou que sua vontade a guiasse, iniciando um beijo fervoroso com suas mãos ansiosas para tocar cada centímetro do corpo da outra.

Jenkins acariciou os braços delu e subiu com as mãos conforme o beijo ficava mais intenso, até que elas se encaixassem perfeitamente no pescoço e nuca de Oh.

Depois delu mordiscar levemente o lábio da outra, sentiu a necessidade de perguntar:

—  Quer estrear a cama? — Por mais que tentasse, não conseguia dizer sem um pouco de tom de brincadeira.

—  Por favor. — A ruiva pediu. 

O minuto seguinte foram as duas desesperadamente procurando pelas toalhas para se secarem o mais rápido possível. Quando se deram por satisfeitas, Farah pulou no colo da outra que a segurou sem muitos problemas até a cama, dando beijos e mais beijos no caminho. 

Skye sentou-se primeiro com ela em seu colo, mas não demorou para ela a empurrar para deitarem-se na cama e se ajeitarem de modo que a ruiva ficasse por cima.

Fay começou com um beijo delicado, com uma de suas mãos fazendo carinho na bochecha da amante. Sua mão agia sozinha, sentindo seus dedos percorrerem o queixo, pescoço e ombro delu, até chegar na costura do binder que Oh usava.

—  Pode tirar? Eu tiro meu sutiã também, para ser justa.

— Seu pedido é uma ordem. —  Oh anunciou, fazendo o que ela pediu. Em seguida, ela fez o que tinha prometido.

Assim que voltaram a se deitar, a mão delu foi direto para a parte ainda inexplorada. Começou acariciando com uma mão, depois apertando de leve, sentindo a textura do mamilo em seus dedos. Com a outra, apertava mais forte a cintura dela, como se não fosse soltá-la por nada.

E não iria. Não enquanto terminasse o que começou.

Skye a empurrou levemente para deitar em seu lugar, enquanto ficava em cima dela. Farah deixou que seu cabelo se soltasse do coque, e elu não poderia deixar a oportunidade perfeita passar. Acariciou a cabeça dela pouco acima da orelha, seu olhar focado nos fios ruivos por um momento.

—  Sempre achei seu cabelo lindo, sabia? 

—  Digo o mesmo do seu.

Ambas sorriram de forma semelhante. Era o primeiro elogio que faziam sem a insegurança e a incerteza de como a outra iria interpretar ou fazer piada, porque agora elas tinham toda a certeza do mundo do que sentiam.

Skye começou beijando-a no pescoço, espalhando pequenos beijinhos para os ombros, descendo para os seios e ventre. Suas mãos bobas acompanhavam sua descida, indo até o quadril, seus dedos parando no tecido da calcinha. Sentiu uma urgência de tirar dali o quanto antes, e foi o que fez. A ruiva inconscientemente juntou as pernas para deixar a retirada mais fácil, mas também porque se sentia tímida de repente. 

A de cabelos azuis não deixaria que ela ficasse assim. Apoiou uma de suas mãos na coxa da outra e a empurrou levemente, o suficiente para ter um espaço para encaixar seu próprio corpo ali, a pressão fazendo a de baixo arfar.

Oh continuou com os beijos no colo da outra, que não demoraram muito para se tornarem pequenos chupões. Sem conseguir esperar mais, partiu para os seios da garota, chupando um enquanto acariciava outro, sentindo o bico endurecer em seus dedos. Enquanto isso, sua outra mão apertava a cintura dela conforme ela se mexia, seus sons alternando entre arfadas e gemidos baixos. Elu mudou para o outro seio quando se deu por satisfeita, a mão que o acariciava agora se preparando para o próximo passo. 

Enquanto sua mão descia da cintura dela para seu quadril, Oh a beijou calorosamente. Sua mão, ansiosa, desceu mais um pouco até o interior de uma das coxas da ruiva, que deu mais abertura para elu no mesmo instante. Seus dedos roçaram pelo íntimo dela, que gemeu em resposta. Sentindo a área molhada, explorou-a com o indicador e médio deslizando com facilidade, enquanto Jenkins gemia conforme os dedos delu se familiarizavam com sua parte.

Não era preciso dizer nada. Farah se contorcia de prazer, sabendo que quem a tocava era de quem desejava por tanto tempo. Skye era ótima no que fazia, e sua segurança em suas ações só deixavam a ruiva almejando por mais. Queria sentir tudo que elu sabia fazer logo. Em questão de segundos, Oh já tinha encontrado seu clitóris, massageando-o com o indicador e fazendo movimentos de vai e vem com o médio e anelar logo abaixo. De tempos em tempos, elu alternava com passar todos seus dedos pressionando a região, arrancando gemidos mais altos dela. 

Farah sentia sua vulva mais molhada a cada minuto que se passava, enquanto para a outra era um indicativo de que deveria avançar. No momento que julgou perfeito, fez seu médio e anelar deslizarem para mais baixo na entrada dela, devagar. Seus dedos encharcaram ainda mais, e os gemidos altos da ruiva anunciavam que estava no caminho certo. Entrou com os dedos até a metade, e iniciou os movimentos de vai e vem dentro dela, as pontas dos dedos roçando na parte de cima da vagina.

Sem que se desse conta, Jenkins gemia mais alto que a música e segurava com uma mão no lençol, enquanto a outra apertava o ombro da garota que a penetrava. Já tinha tido outras experiências semelhantes, mas nenhuma chegava perto dessa. Era como se os dedos delu fossem perfeitos para esse momento, e ela gostaria que não saíssem de lá até que suas pernas doessem.

Skye acompanhava os gemidos dela para aumentar a velocidade e o aperto no ombro ia ficando mais forte. Assim que a ruiva contraiu suas pernas contra elu e seus gemidos foram de uma urgência para alívio, não demorou para que sentisse o gozo quente dela em seus dedos. Enquanto ela recuperava o fôlego, Oh colocou os dedos molhados na boca para receber sua recompensa.

— Eu… — Fay sussurrou, ainda sentindo seu íntimo pulsar — Quero mais.

A companheira a olhou nos olhos e sorriu. Sem dizer nada, deitou-se sobre ela com cuidado, espalhando beijos molhados por seus seios, descendo para seu ventre e quadril. Suas mãos deslizaram por baixo das pernas da ruiva e alcançaram sua cintura, a qual apertaram firmemente. A esse ponto, seu rosto estava próximo da vulva da outra, que já se contorcia de desejo. 

Subitamente, Farah sentiu a língua úmida delu em si, os movimentos circulares em seu clitóris fazendo-a arrepiar e arfar de prazer. Oh explorava cada parte de sua vulva com atenção, sabendo exatamente quais movimentos fazer para provocá-la ainda mais. Quando sentiu o quadril dela se mexer levemente pedindo por mais, Oh a penetrou com a língua, o que a fez gemer tão alto quanto antes, mantendo os gemidos altos enquanto mexia dentro dela, degustando mais de seu gosto.

Sem perceber, a ruiva estava com suas pernas mais abertas para que pudesse sentir cada centímetro da língua dela em seu interior, imaginando-se em algum tipo de paraíso. A língua alternava entre sua entrada e clitóris, focando neste último quando ela gemeu para que continuasse.

— N-não pare —  sussurrou.

Oh acelerou conforme o corpo dela se movimentava cada vez mais rápido. Para Farah, sentir a língua delu em seu íntimo molhado e suas mãos a apertarem na cintura cada vez mais forte a estava fazendo-a sentir um orgasmo. Conforme sentia seu gozo escorrer na boca de Oh, contraiu suas pernas por um breve segundo antes delas relaxarem completamente e o relaxamento subir por todo seu corpo, seus sentidos ficando dormentes e sorrindo sem perceber. 

Estava satisfeita.

— Seu gosto é ótimo —  Skye elogiou.

Fay sorriu em agradecimento e lhe deu um beijo rápido, mas carinhoso. Depois, a empurrou para que deitasse em seu lugar e pudesse ficar sentada em cima do quadril delu, suas pernas a pressionando de leve.

— Gosta de me ver sentada em você? —  perguntou, vendo a outra admirar seu corpo de cima a baixo. 

— Era uma visão que eu ansiava para ver, sim —  Oh sabia disfarçar (quando queria) que tinha sido pego. 

Ela sorriu, deitando seu corpo sobre o delu para beijá-la, com uma de suas mãos passeando por seu corpo, apertando-a conforme o beijo ficava mais intenso. Ela sabia que elu morria de vontade e não queria demorar para saciá-la.

Enquanto descia com sua mão, a ruiva beijou seu pescoço e distribuiu pequenos chupões pela área. Quando sentiu a última peça de roupa que Oh ainda vestia, tirou-a na hora, e não pareceu se importar com a urgência da garota. 

Jenkins apoiou-se diretamente no meio das pernas delu, abraçando-as e logo começando a lamber seu íntimo molhado, arrancando gemidos da amante. Com a ponta da língua, sentiu seu clitóris duro, focando nele com movimentos lentos de vai e vem e chupando-o. Não querendo ser monótona, percorreu por toda a vulva com a língua e a provocando com a ponta em sua entrada.  Conforme elu gemia mais alto, pedindo por mais, soltou uma de suas pernas para que sua mão e língua fizessem um trabalho conjunto. Passou seus dedos pela vulva, lubrificando-os com seu líquido em movimentos circulares. Depois, voltou com sua língua agora penetrando-a, enquanto seu polegar ia até seu clitóris para estimulá-lo ainda mais.

Oh se sentia nas nuvens. Não costumava ficar por baixo, mas também não podia negar que estava sendo o melhor oral que já tinha recebido. Quando achou que não tinha como ficar melhor, sentiu dois dedos em sua vagina, provocando seu ponto g e acelerando a cada minuto. Fay seguia perfeitamente os movimentos que o corpo da outra fazia, até sentir as coxas delu começarem a contrair e seus gemidos ficarem mais altos e curtos, gozando logo depois. 

Jenkins deitou-se sobre ela, ouvindo seu coração disparado e sua respiração ofegante aos poucos se estabilizar. Não sabia quanto tempo tinham passado na cama, só que ouvir os batimentos delu a acalmavam. Oh a abraçou com um dos braços e beijou sua testa. 

Não demorou para adormecerem assim: com os batimentos a mil e suas mentes mais calmas do que jamais foram.

~~

Assim que acordou ainda abraçade com Farah, admirou-a dormindo por um momento antes de acordá-la com um beijo na testa e, depois que o par de olhos castanhos foram de encontro ao seu, lhe deu mais um selinho.

—  Eu estava pensando em tomarmos um banho naquela banheira, o que acha? —  propôs, recebendo um olhar travesso seguido de um sorriso. 

—  Acho uma ótima ideia.