Devil Slayer Chronicles escrita por Aquele cara lá


Capítulo 3
Joker, o novo agente




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Noelle acorda em sua cama, com alguns curativos em seu corpo e vestindo uma camisola rosa. Ela olha em volta, confusa. "Como é que eu vim parar no meu quarto… ? E por que tô de camisola... ?"

Kuzuha está dormindo ao lado da jovem, sentado em uma cadeira.

A jovem se envergonha. "N-N-Não vai me dizer que… AAAHHH !"

Kuzuha acorda, assustado. "Quem !? Quando !? Onde !? Por quê-"

Noelle joga um travesseiro no rosto do delinquente.

"Uh..." - Kuzuha diz, confuso. Ele se levanta, furioso. "Você é retardada, garota ?! Que merda foi essa ?!"

"Q-Q-Quem deixou v-você m-me t-t-trocar !?" - Noelle pergunta, extremamente envergonhada.

"Tch. É só isso." - Kuzuha diz, soltando um suspiro. Ele se senta novamente. "Não foi eu. A empregada que fez isso. Pfftt ! Até parece que eu ia cuidar de você. Tenho coisa melhor pra fazer."

"Q-Que bom que você não tentou nada !" - Noelle diz.

"Tá se achando demais, loira. Você não é lá tudo isso." - Kuzuha diz. "AÍ, EMPREGADA ! SUA AMIGUINHA ACORDOU !"

"BELEZA !" - Excalibur diz.

O delinquente se levanta e se espreguiça. "Hah… Bom, agora que você tá em pé, vou trampar." - Ele solta um suspiro e vai embora. "Cara, vou levar uma bronca por chegar atrasado..."

Excalibur entra no quarto. Ela parece aliviada. "Achei que você já era, loirinha."

"O que foi que aconteceu ?" - Noelle pergunta.

"Você apanhou tanto daquele polvo que acabou desmaiando." - Excalibur diz.

"Verdade…" - Noelle diz. Ela se levanta e senta na cama. "Ugh ! Isso explica a dor em tudo."

Excalibur solta um suspiro. "Vou te contar, hein, por mais que eu deteste admitir, se aquele ouriço não tivesse chegado na hora certa, essa conversa não ia tá rolando."

"Que bom que ele decidiu virar o disco." - Noelle diz, com um leve sorriso de gratidão em seu rosto.

"Mas, e aí, tudo inteiro ?" - Excalibur pergunta.

"Bem melhor agora." - Noelle diz.

"Tá melhor mesmo ?" - Excalibur pergunta.

"Eu já disse que tô ! Pra que tanta preocupação ?" - Noelle pergunta, aborrecida.

"Ah, vai saber, né." - Excalibur diz. "Seus curativos ainda tão inteiros ? Nenhum saiu do lugar ?"

"Empregada, para. Você tá me assustando." - Noelle diz.

"N-Não é que eu tô preocupada, é só que… Bom, quem fez esses curativos foi aquele porco espinho. Vai saber se ele fez certo, né." - Excalibur diz.

"F-Foi ele !?" - Noelle diz, surpresa. "Mas e todo aquele papo de 'até parece que eu ia cuidar de você', huh ?"

"Pois é. O carinha é gente fina. Ele até fez a janta enquanto eu tava descansando." - Excalibur diz.

"Ele fez ? Tá aí uma surpresa." - Noelle diz. Ela percebe o que sua amiga acabou de dizer. "Janta !? Que horas são !?"

"Deixa eu ver aqui… Umas sete da noite." - Excalibur diz. "Você ficou umas boas horas apagada. Quase um dia inteiro."

"EH !? EU PERDI A AULA !" - Noelle grita, em desespero.

"…Meu ouvido..." - Excalibur diz. "Bom, vou te trazer um rango." - Ela sai do quarto. A empregada volta, minutos depois, segurando uma bandeja com uma tigela de misô quente. "Toma." - Ela põe a bandeja no colo de Noelle, que pega os palitinhos.

"Ah, qual é. É o Kuzuha." - Noelle diz. "Isso deve ser macarrão instantâneo vagabundo-" - Ela come um pouco e simplesmente trava.

"Uh... Loirinha... ?" - Excalibur diz.

A jovem volta a realidade. "EH !?"

"…Meu ouvido..." - Excalibur diz.

"Comment quelqu'un d'aussi stupide peut-il faire quelque chose d'aussi bon !?" - Noelle diz, incrédula. Ela começa a comer muito rápido.

"Gostou tanto que voltou a ser francesa." - Excalibur diz.

Começa a chover.

O delinquente está trabalhando, atrás do balcão. "Huh, hoje tá meio vazio. Será que tá rolando alguma coisa ?"

Namba chega. "Ah, qual é ! Não desanima ! Eu sei que as pessoas vão chegar !"

"Mas o senhor não acha estranho ninguém ter vindo até agora, chefe ?" - Kuzuha pergunta, curioso.

"Estranho isso é. Mas por que você acha que eu ainda tô com a loja aberta ?" - Namba pergunta.

"Não faço a mínima ideia." - Kuzuha diz.

"É porque mesmo que apenas uma pessoa venha, eu sei que ela precisava de mim." - Namba diz. "Então, imagina se eu fechasse, o que essa pessoa faria ? Não vou fingir que eu não gosto de ver dinheiro entrando na minha conta, mas é mais pela ajuda do que pelo dinheiro. Não importa se são uma, duas, ou até um milhão, se eu puder ajudar essas pessoas, é o que importa."

"Hmm…" - Kuzuha diz, pensativo.

Um sino toca.

"Falando no diabo. Continua com o bom trabalho." - Namba diz. Ele vai embora.

Uma pessoa alta, usando um sobretudo e com um chapéu cobrindo o rosto entra na loja. A pessoa pega uma garrafa de água, um jornal e os põe no balcão.

"Só isso… senhor ?" - Kuzuha pergunta, confuso.

"Senhorita." - A pessoa misteriosa diz. "E, sim, apenas isso."

"F-Foi mal !" - Kuzuha diz, constrangido. Ele nota uma notícia no jornal. "Alucard Von Vladi, o famoso bilionário que herdou as fábricas de peças automobilísticas de seus pais após a morte deles, está vindo para Tokyo, em busca de uma pretendente para ser sua noiva."

"Vejo que está interessado em Alucard." - A mulher misteriosa diz.

"Nah, não sou muito fã de burguês." - Kuzuha diz. "Só de ler isso, já deu pra sentir o cheiro da arrogância desse cara."

"Eu soube que ele fará um baile em comemoração à Lua Carmesim daqui alguns dias, e que Alucard levará sua futura noiva para lá." - A mulher misteriosa diz.

"Tô nem aí. Sinceramente, esses burgueses sempre se acham os maiorais só porque tem dinheiro. Eles esquecem que, sem os empregados, eles nunca iriam ter o dinheiro." - Kuzuha diz.

"Você é jovem, mas já tem o senso de justiça de um leão." - A mulher misteriosa diz.

"Senso de justiça de um leão ?" - Kuzuha pergunta.

A mulher misteriosa concorda. "Dizem que leões têm um ótimo senso de justiça, e, quando seguem um ideal, não o abandonam."

"Nunca ouvi falar isso, mas beleza…" - Kuzuha diz. Ele dá de ombros. "Não vejo absolutamente nenhum motivo pra não acreditar em uma estranha que acabou de me dizer um fato sem base nenhuma."

"Você é um garoto jovem. Gosta de leões ? Garotos da sua idade, na minha época, os adoravam." - A mulher misteriosa diz.

"Na verdade, até que eu gosto." - Kuzuha diz.

"Uma curiosidade desconhecida sobre os leões: quanto mais ódio eles têm, mais forte ficam." - A mulher misteriosa diz.

"A senhorita gosta bastante de leões, huh ?" - Kuzuha diz.

"Odeio leões com todo meu ser. Digamos que eu tenha um infame histórico de encontros com essas bestas horrendas." - A mulher misteriosa diz. Ela pega o jornal, a lata de refrigerante e põe o dinheiro no balcão. "Foi uma boa conversa, mas tenho de me retirar."

"Beleza. Deixa só eu te dar o troco." - Kuzuha diz. Ele se abaixa.

"Eu insisto que o troco fique com você." - A mulher misteriosa diz.

"Não. Essa loja tem a obrigação de devolver o troco pro…" - Kuzuha diz, se levantando e vendo que a estranha não está mais no local. "…cliente… ?"

Namba chega. "Tudo bem aí ?"

"Eu... acho que sim… ? Só tava pegando o troco do cliente e-" - Kuzuha diz, sendo interrompido por seu chefe.

"Que cliente ?" - Namba pergunta, confuso.

Kuzuha inclina sua cabeça, confuso. "Eh ?"

"Eu voltei pra minha sala, decidi checar as câmeras e vi que você tava falando sozinho. Por isso, voltei pra cá." - Namba diz.

"M-Mas... Eu… Ela… Cliente… Uh..." - Kuzuha diz, não conseguindo achar palavras para continuar.

"Deve ser cansaço. Tudo bem, essas coisas acontecem. Vai pra casa e descansa. Seu expediente já está quase acabando mesmo." - Namba diz.

"…Beleza…" - Kuzuha diz, não entendendo a situação. Ele vai embora. "Que droga foi aquela ? É, acho que o chefe tem razão, tô precisando descansar a cabeça." - O delinquente nota uma multidão de garotas gritando loucamente. "O que será que tá rolando ?" - Ele dá de ombros. "Nah, tô nem aí. Provavelmente, é algum tipo de sapato novo ou alguma coisa do tipo." - Kuzuha se lembra de algo. "Pô, é mesmo ! Falando em coisa nova, tenho que ir na agência ver minhas informações e essas paradas."

Algum tempo depois, em um salão com várias telas grandes flutuando, aparelhos de alta tecnologia e várias pessoas sentadas, andando, comendo e conversando. Noelle e Excalibur estão sentadas à mesa, conversando.

A jovem está batendo seu pé no chão, irritada com algo. "Grr ! Não da pra acreditar, empregada !"

"E-Ei ! A culpa não é toda minha ! Você deixou a comida cair porque quis !" - Excalibur diz.

"Desperdiçar comida é feio, sabia !" - Noelle diz.

A empregada dá um sorriso presunçoso. "Tem certeza que é por causa disso que tá brava ? Ou é porque você não quer admitir que gostou da comida dele ?~"

Noelle fica vermelha. "Ora, sua ! Eu NÃO gostei da comida de um troglodita malcriado e insensível !"

Kuzuha chega, com Tyrfing em suas costas. "Yo ! Como cês tão ? Cara, aqui é bem, uh… tecnológico ?"

A jovem faz birra. "Não é da sua conta ! Humpf !"

"Uh... O que deu na oxigenada aí ?" - Kuzuha pergunta.

"Não esquenta. Ela tá nervosinha assim porque-" - Excalibur diz, sendo interrompida quando sua amiga tampa sua boca.

"P-Porque não é da conta dele e pronto." - Noelle diz, envergonhada.

"Beleza... Andaram vendo as notícias ?" - Kuzuha pergunta. "Rolou um acidente sério lá em Akihabara."

"O que aconteceu ?" - Noelle pergunta.

"Um trem ficou preso dentro do túnel e as pessoas foram atacadas, mas todo mundo saiu vivo." - Kuzuha diz. "Ninguém viu quem foi o culpado. Tão falando que pode ser um ataque terrorista."

"Nah, deve ter sido só uma Besta do Caos." - Excalibur diz.

"É mais um dos motivos do porque o mundo precisa de nós." - Noelle diz. "Mudando de assunto. Veio aqui só fofocar ?"

"Na real, eu vim pra fazer aqueles trâmites pra virar um de vocês." - Kuzuha diz.

"Só isso ? Mostra o Vizer aí." - Excalibur diz.

O delinquente mostra seu relógio. A empregada aperta o único botão no aparelho.

"Escaneando usuário..." - Vizer diz. "Escaneamento concluído. Bem-vindo ao sistema Vizer, Kuzuha Solace Allwise."

"Só isso ? Huh, achei que ia ser mais difícil." - Kuzuha diz.

"Allwise ?" - Noelle pergunta.

"É-É meu último nome, ok ? Eu não uso porque acho idiota." - Kuzuha diz, constrangido.

"Acho fofinho." - Excalibur diz.

"A única." - Kuzuha diz.

"Gerando peça de usuário..." - Vizer diz.

"Pô, nada aqui tem emoção ? Pensei que ia passar por um monte de exames e essas coisas." - Kuzuha diz.

"Assim é mais convencional." - Noelle diz. "E por acaso você quer fazer algum exame ?"

"Não ! Mas achei que ia !" - Kuzuha diz. Ele solta um suspiro, despontado. "Tinha até preparado umas desculpas pra não fazer nenhum teste."

"Qual será sua peça ?" - Excalibur pergunta.

"Provavelmente, Pon, empregada." - Noelle diz.

Kuzuha olha para seu Vizer. "É. Deu Pon."

"Eu sabia~" - Noelle diz, se achando. "Nem todos têm a sorte de terem um bom Requiem, ou a peça que querem."

"O que '???' significa ?" - Kuzuha pergunta.

"Eh ? Essa é nova. Deixa eu ver aqui." - Excalibur diz, pegando o braço do delinquente. "…Uh… Loira…"

A jovem continua perdida em sua fala. "Mas, claro, temos de aceitar o que nos foi dado, e usar da melhor forma que conseguirmos."

"Loira !" - Excalibur diz.

"O quê ?!" - Noelle pergunta, brava.

A empregada aponta para o Vizer do delinquente.

A jovem se espanta. "EH !?"

Todos começam a olhar para eles.

Noelle encara essas pessoas de volta, com raiva. "Tão olhando o que, hein ?!" - Ela puxa o delinquente para perto de si. "Ele é meu ! Podem tirar o olho !"

As pessoas voltam a andar, confusas.

"Tão surtando por quê ?" - Kuzuha pergunta.

"É óbvio que você não sabe." - Noelle diz.

"Meio que da pra medir a força de cada peça. Cada uma é diferente, saca ? É um número que põe do lado da peça." - Excalibur diz.

"Em outras palavras, uma incógnita significa que você é tão forte, que não tem como medir a força." - Noelle diz.

"Qual é, gente. Eu adoro ser o mais foda, e tudo mais, mas é óbvio que isso tá quebrado." - Kuzuha diz. "Não existe força infinita. Se sangra, morre. Se morre, não é infinitamente forte."

"Bom, você é parte do meu time, agora. Aceita que dói menos." - Noelle diz. Ela limpa sua garganta. "Bem-vindo à agência Devil Slayer."

"Uhuhuhu ! Eu tô doidinho pra descobrir quem é esse King e quebrar a cara dele !" - Kuzuha diz, animado.

A jovem solta um suspiro. "Bruto."

"Até eu tô tentando bater no King, mas tá difícil." - Excalibur diz.

"Bom, ele pode vir com tudo que eu me garanto com essa habilidade de fogo." - Kuzuha diz.

"Você nem sabe o que sua habilidade faz." - Noelle diz.

"…Ela… queima… ?" - Kuzuha diz, confuso.

Noelle solta outro suspiro. "Você não pensa em nada que não envolva agressão ?!"

"Falando nisso, onde arranjou essa espada aí ?" - Excalibur pergunta.

O delinquente tira Tyrfing de suas costas. "Isso aqui ? O King me deu."

As duas jovens ficam em silêncio.

"MAS ! Ele não mostrou." - Kuzuha diz. "Não é pra contarem pra ninguém."

"Caramba… O King te deu isso ?" - Noelle pergunta.

"Ele também me prometeu umas coisas aí, mas duvido que consegue." - Kuzuha diz.

A voz de uma mulher começa a ecoar pelo salão. "Agentes Joker, Lancelot e Excalibur, comparecer ao andar 7 ! Repito ! Agentes Joker, Lancelot e Excalibur, comparecer ao andar 7 !"

"Vamos." - Noelle diz.

"Eh ? Teu nome não é Noelle ?" - Kuzuha pergunta.

"Lancelot é codinome, idiota." - Noelle diz.

"Você não viu o seu ?" - Excalibur pergunta.

"Leitura demais. Cérebro dói." - Kuzuha diz.

"Joker deve ser você, então." - Excalibur diz.

"Andar 7, huh…" - Noelle diz, pensativa.

"Isso é ruim ?" - Kuzuha pergunta.

"Nenhum... Uh... Eu, uh, acho… ?" - Noelle diz, confusa.

O trio se levanta e entra em um elevador.

"Andar 7 é nova... A gente é uma dupla." - Excalibur diz. "Bom, agora é trio. Mas mesmo assim."

"Não sei… O que será que aconteceu ?" - Noelle pergunta.

"Tá quase lá." - Kuzuha diz. "Qual o problema desse andar 7 aí ?"

O elevador para.

"É porque o andar 7 é a ala hospitalar." - Noelle diz.

O delinquente para, por alguns segundos, e fica furioso. "Eu vou matar esse King !" - Ele abre as portas do elevador à força, revelando uma área cheia de macas e cortinas. Kuzuha entra bufando no local.

"C-Calma aí, cara !" - Excalibur diz, surpresa.

"Uh… O que deu nele ?" - Noelle pergunta, confusa.

As duas seguem o delinquente.

"Cade ele ?! Eu vou matar esse cara !" - Kuzuha diz.

Uma enfermeira se aproxima. "A-Acalme-se-"

O delinquente empurra essa enfermeira. "Vaza !"

Um homem alto bem músculoso e careca, de pele escura, olhos pretos, com uma cicatriz cruzando seu olho esquerdo, vestindo um sweater de lã cinza, um jaleco aberto, uma calça preta, sapatos marrons, luvas brancas e um óculos está conversando com duas enfermeiras.

Quando o homem vê Kuzuha, ele sorri. "É exatamente dele que eu estava falando. Agente Joker, é tão bom ver você aqui. Seja muito bem-vindo a agência Devil-"

O delinquente empurra as enfermeiras e pega o homem pelo sweater, porque não alcança a gola do jaleco. "Escuta aqui, ô cabeça de lâmpada desgraçado ! Se você encostar um dedo nela-"

Alguém bate na cabeça dele.

"Quem foi o filho da-" - Kuzuha diz, se interrompendo quando ele se vira e vê Yasumi com um cabelo castanho claro, até os ombros, vestindo um vestido azul.

"Uh… Quem… ?" - Noelle e Excalibur dizem, confusas.

O homem solta um suspiro, aliviado. "Cara, você me assustou. Por um minuto, achei que ia me espancar."

Kuzuha solta ele. "Ei, baixinha. Como é que tá a perna ? Melhorou depois daquele dia ?"

"É sério mesmo isso ?!" - Yasumi pergunta, brava.

O delinquente inclina sua cabeça, confuso. "Eh ?"

"Eu tô muito melhor, e você se preocupa com a minha perna ?! Você é o pior irmãozão do mundo !" - Yasumi diz.

"EH !?" - Kuzuha exclama, extremamente surpreso. "M-Mas- Quando- C-C-Como !?"

O homem ajeita seus óculos. "Nada é impossível com a nanotecnologia que inventei. Pode me agradecer depois."

O delinquente começa a balançar a mão dele. "Cara, eu não acredito que você fez isso ! Pra mim você é um deus, cabeça de lâmpada ! Não sei como funciona essa tal de nanotecnografia aí, mas muito obrigado !"

O homem ajeita seus óculos novamente. "É 'nanotecnologia'. E, não é muito complicado. Eu só precisei-"

Kuzuha não está prestando atenção nele.

"Tá de brincadeira com a minha cara ?! Você não tá nem prestando atenção !" - O homem diz, bravo.

"O quão bem você tá se sentindo ?" - Kuzuha pergunta.

"Bem o suficiente pra brincar com você, irmãozão !" - Yasumi diz.

O delinquente abre um grande sorriso. "Ótimo !" - Ele limpa sua garganta. "Agora, você pode ir comprar seus chocolates sozinha, nanica !"

"Até parece ! É você que vai comprar pra mim !" - Yasumi diz.

"Eu não ! Se vira !" - Kuzuha diz.

"Prestem atenção em mim…" - O homem diz. Ele olha para o lado e nota Noelle o olhando, tremendo. "Tudo bem com você ?"

"S-S-Se você criou a nanotecnologia, i-isso s-s-significa q-que..." - Noelle diz, surpresa. Ela se curva e treme ainda mais. "É-É-É-É-É u-um p-p-prazer co-conhecer v-v-você, c-c-c-chefe ! E-E-E-Eu... E-E-Eu…"

"Uh…" - O homem diz, confuso. Ele percebe que sua identidade foi revelada. "Droga ! Esqueci que ninguém pode me ver !" - King começa a olhar para todos os lados, desesperado. Ele pega um saco de papel e cobre sua cabeça. No saco está escrito 'Disfarce'. Aliviado, ele solta um suspiro. "Pronto ! Ehehehe !"

"Uh… Ok... ?" - Noelle diz, confusa.

"Você sabe que, uh, tipo assim… a gente já viu o seu rosto, né ?" - Excalibur diz.

"Uh…" - King diz. Ele solta um suspiro, desapontado. "Como eu sou idiota..." - O líder tira o saco da cabeça. "Mas não tem problema..." - Ele ajeita seus óculos. "Tudo o que eu preciso fazer é eliminar vocês três, e ninguém saberá como é o meu rosto..." - Uma aura assustadora começa a sair do corpo dele.

As garotas se abraçam, assustadas.

King começa a gargalhar. "Pfftt ! Ahahaha !" - A aura dele desaparece.

As duas se encaram, por alguns segundos. "Me solta !" - Elas se empurram.

"Vocês deviam ver seus rostos !" - King diz.

"Ahahaha ! ESSE é meu chefe !" - Kuzuha diz.

Os dois dão um toque de mãos.

Noelle bate seu pé no chão, furiosa. "Grr ! Vocês dois… !"

King e Kuzuha se abraçam, assustados. A jovem dá um soco na cabeça de cada um.

"Ugh ! C-Calma aí, loirinha ! Não sabe o que é uma brincadeira ?!" - Kuzuha diz, bravo.

"Ugh… I-Isso doeu…" - King diz.

"Uh… Loirinha… ?" - Excalibur diz, um pouco assustada.

Noelle se vira para sua amiga, extremamente furiosa. "O QUÊ ?!"

"…D… Deixa pra lá..." - Excalibur diz, assustada.


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