Devil Slayer Chronicles escrita por Aquele cara lá


Capítulo 2
Decisão definitiva




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Noelle solta um suspiro, aliviada. "Finalmente deu a hora de ir embora. Sinceramente, não sei do que o Kuzuha reclama tanto, aqui é muito legal. Os professores são atenciosos, as salas são bem organizadas, e eu até fiz algumas amigas novas ! Se bem que..." - Ela se lembra de uma conversa que teve com duas garotas.

"Você é a garota nova, não é ?" - Uma garota ruiva diz.

"Sim. O que foi ?" - Noelle pergunta.

"Uma dica de amiga: não fica perto do Demônio." - Uma garota morena diz.

"D-Demônio !? Onde !?" - Noelle diz, surpresa. "Será que eu esqueci uma Besta do Caos ?"

"Aquele garoto que você fica perto, ele é um demônio. Só traz problemas." - A garota morena diz.

"É ! Escuta a gente, só queremos o seu bem." - A garota ruiva diz.

"Não tem como uma pessoa daquelas ser do mal... Já sei ! Meu próximo passo, depois de espionar ele, vai ser melhorar sua vida estudantil ! Heh, eu sou boa demais~" - Noelle pensa. "Mas antes de tudo, acho que vou falar com a diretora."

Enquanto isso, em um parque.

Kuzuha está sentado em um banco, encarando um lago. Ele está com um buquê de flores brancas em seu colo. O delinquente solta um suspiro. "O que será que eu vou faço ? Não posso entrar nessa organização de gente maluca… Mas, se eu não entrar, morro. Cara, eu não posso morrer. ELA nunca ia me perdoar se eu morresse." - Ele nota alguns patos nadando no lago. "Vocês têm sorte, carinhas. Não precisam se preocupar com nada. Tudo o que fazem é nadar e nadar, sem se preocupar que, um dia, tudo e todos que conhecem vão desaparecer... pra sempre. Saudade da época que eu costumava ser assim…" - O delinquente morde seu braço e começa a gritar. Ele para, olha para o céu e solta um longo suspiro. "Mas que merda, cara ! Hiro, Holly ! Eu tô confuso pra cacete ! Não sei o que eu faço !"

De repente, um dos patos afunda.

"Eh ? Que estranho... Nah, deve só ter ido pegar comida." - Kuzuha pensa. "Devil Slayers... Será que eu realmente quero me tornar um deles ? Que motivos eu tenho para lutar por uma organização esquisita dessas ? Que motivo eu tenho pra NÃO lutar por uma organização esquisita dessas ? Nah… Talvez…" - Ele encara suas mãos. "Eu quero continuar usando aquele fogo… ? E se eu repetir aquele acidente de novo… ?"

Noelle e Excalibur estão escondidas em uma moita, observando ele à distância.

"O que será que ele tá fazendo ?" - Noelle pergunta.

"Eu sei lá, loira. Não tenho bola de cristal." - Excalibur diz. "Acha que, se descobrirmos o que ele faz, esse moleque vai mesmo querer trampar com a gente ? Tipo, você sabe que isso é espionagem e coisa e tal, né ?"

"Quieta ! Não é espionagem, se for pelo bem de outra pessoa." - Noelle diz. "Enfim, pelo que a secretária disse, só temos até hoje à noite, ou voltamos para a França."

"Não esquenta, loira ! Nós vamos conseguir convencer ele, e você vai continuar aqui !" - Excalibur diz.

"…Tomara…" - Noelle diz.

Outro pato afunda.

"Que patos comunistas ! Parece que nunca comeram nada !" - Kuzuha pensa.

Algumas bolhas começam a subir, onde os patos afundaram.

"Devem ter se afogado. Tô nem aí. Mas, que motivos eu tenho pra entrar nessa empresa de agentes doidos aí ? Proteger o mundo ? É... Nah, o mundo consegue se proteger sozinho. Lutar pela paz ? Não, eu tenho preguiça demais pra fazer isso. Pelos meus ideais ? Eu sou uma pessoa simples, não tenho muitas ambições." - Kuzuha diz. "Pensando bem, eu tô afim de descobrir quem é essa tal dessa Queen, não sei por quê. E, eu acho que seria legal virar um King... Se é que dá pra fazer isso, né." - Quando ele percebe, não há mais nenhum pato no lago. "Eh... ? Eles devem ter voado enquanto eu tava olhando pro nada." - O delinquente dá de ombros. "Tô nem aí. Que horas são, hein ?" - Ele pega seu celular e se espanta. "Puta merda, eu tô atrasado ! Tá na hora de vazar !"

Há uma mancha vermelha perto da beira do lago. Kuzuha se aproxima dessa mancha.

"Psiu ! Ei, loira ! Ele vai fazer alguma coisa logo ?" - Excalibur pergunta, entediada.

"Ele levantou !" - Noelle diz.

"Que estranho... Não era por aqui que os patos estavam ?" - Kuzuha se pergunta, pensativo. Ele perde o interesse e vai embora.

"Grr ! Que saco ! Quando é que nós vamos falar com ele ?!" - Excalibur pergunta, brava.

"Quieta." - Noelle diz.

"Mas se a gente não falar com ele, o prazo acaba !" - Excalibur diz.

"Quieta, empregada !" - Noelle diz, brava.

"'Quieta' o cacete ! Eu já tô cansada de ficar aqui !" - Excalibur diz, brava. "E eu acho que tem um galho cutucando meu-"

"Fica quieta ! Se ele descobre que estamos aqui, o plano já era !" - Noelle diz, brava.

Kuzuha aparece atrás das duas e põe as mãos na cabeça delas. "Não é um galho não, fica esperta aí. A propósito, nem é um plano tão bom assim. E isso é crime."

"Gente, eu não tô nem aí-" - Noelle diz, percebendo a situação.

As duas se assustam e caem para fora da moita.

"C-Como foi que você nos achou !?" - Noelle pergunta, surpresa.

"É que eu tenho um faro pra idiotas, sabe." - Kuzuha diz. "E não muda de assunto, não ! Tão me espionando por quê ?!"

"Ela quer descobrir o que é esse tal 'compromisso' que você tem, e vai usar isso pra te chantagear." - Excalibur diz.

"Empregada !" - Noelle diz, brava.

"Qual é, loirinha. Tá na cara que isso não ia rolar." - Excalibur diz.

Kuzuha faz carinho na cabeça de Excalibur, que fica bem contente com isso. "Tá vendo, loira ? Não dói falar a verdade."

"Então fala o que você faz !" - Noelle diz.

"Em mim, dói." - Kuzuha diz.

"Por favor, entenda a situação em que nos encontramos." - Noelle diz. "Se te deixarmos ir, você morre e eu volto pra França."

"Hmm… Olhando por esse lado..." - Kuzuha diz, pensativo. Ele dá de ombros. "…não. Continuo sem vontade de ir."

A jovem tenta enforcar ele, mas Excalibur segura ela. "Não me solta, empregada ! Se não, eu mato esse moleque !"

Kuzuha se levanta, põe as mãos nos bolsos e começa a andar.

"Mas não vai mesmo ! Isso não vai ficar assim !" - Noelle diz, brava. Ela dá um sorriso malicioso. "Hora de usar minha arma secreta."

Excalibur inclina sua cabeça, confusa. "A gente tem isso ?"

"Claro que temos: Meu charme, fofura e inocência de menina bonita~" - Noelle diz.

A empregada olha para sua amiga com desgosto. As duas vão atrás de Kuzuha.

"Sai do meu pé, cara !" - Kuzuha diz. "Eu já falei que não vou entrar em nenhuma-"

Noelle pega o braço dele e começa a puxá-lo. Eles param no meio do parque. A jovem solta o braço de seu amigo.

"Qual é a sua, hein ?! Já não falei que tô ocupado !" - Kuzuha diz, bravo.

"Eu quero que você veja." - Noelle diz.

"Ver… ?" - Kuzuha pergunta, confuso.

Há várias pessoas andando pelo parque. Algumas caminhando, algumas de mãos dadas, outras sozinhas, e até pessoas com carrinhos de bebê.

"Tá vendo ?" - Noelle pergunta.

"Whoa… Pessoas no planeta Terra, que coisa anormal…" - Kuzuha diz, zombando de sua amiga.

"Erradissimo." - Noelle diz. "O que essas pessoas parecem pra você ?"

"…Pessoas… ?" - Kuzuha diz.

"Quase isso. Essas pessoas, para mim, parecem muito felizes com suas vidas, suas casas, amigos e suas famílias." - Noelle diz.

"E… ?" - Kuzuha pergunta.

"Nosso trabalho como Devil Slayers é garantir duas coisas: Fazer com que essas pessoas continuem vivendo, e garantir que elas possam continuar sorrindo, mesmo depois de tudo o que passaram." - Noelle diz.

O delinquente permanece em um silêncio misterioso, até que solta um suspiro, irritado. "Tch. Será que aquela mulher não consegue ficar de boca fechada uma vez na vida ?!"

"A diretora não tem culpa ! Eu quem fui atrás dela !" - Noelle diz.

"Não tô nem aí, otária ! Se você-" - Kuzuha diz, sendo interrompido por um tapa que Noelle dá em seu rosto, deixando a marca de sua palma.

"Vish... Longe demais, loirinha…" - Excalibur diz, preocupada com a tensão no local.

"Você tem parar de ser um otário !" - Noelle diz, brava. "Só você pode decidir se continua ouvindo este disco tocando melodias melancólicas sozinho, enquanto a vida se torna uma anedota de tristezas amarguradas e sofridas, ou se vira este disco, e começa a ouvir uma nova melodia com tons alegres, tristes, indefinidos, mas nunca, nunca mesmo, nunca sozinho !"

Kuzuha aperta o buquê em sua mão. "…Se você chegar perto de mim de novo, não vai ter uma 'outra vez'." - Ele vai embora.

"Ei, seu covarde ! Quando é que você vai parar de correr dos seus problemas e começar a enfrentá-los cara a cara ?!" - Noelle pergunta, brava.

O delinquente ignora.

"Quer saber ?! Que se dane ! Eu queria poder ficar mais tempo no Japão, aqui é maravilhoso. Pensei que um dos meus discursos motivacionais fosse funcionar, mas esse moleque consegue ser um cabeça oca, quando quer !" - Noelle diz, brava.

"Acho que você passou do ponto, loirinha." - Excalibur diz. "E de onde você tirou tanta coisa pra falar assim ?"

A jovem se senta no banco que Kuzuha estava. Sua amiga a segue.

"Bom…" - Noelle diz. Ela se lembra de quando foi à diretoria. A jovem está parada, na frente porta. Ela bate. "A diretora deve saber alguma coisa sobre ele, afinal, ela é a diretora."

"Pode entrar." - A diretora diz.

Noelle entra na sala.

"Oi, diretora. Eu gostaria de falar com você por alguns instantes." - Noelle diz.

A diretora inclina sua cabeça, confusa. "Quem… é você... ?"

"E-Eh !? Eu sou a aluna nova !" - Noelle diz, surpresa.

"Desculpa, eu não lembro de nenhuma matricula recente. Hehehe..." - A diretora diz, constrangida.

"Eu sou a Noelle. Me transferi para cá ontem." - Noelle diz.

"Noelle… Noelle…" - A diretora pondera. Ela se lembra de algo. "Ah ! Noelle ! Então, quer dizer que VOCÊ é aquela Noelle que o Kuzuha gosta ! Ouvi falar bem de você, hein~ Bem que vocês podiam namorar~"

Noelle se envergonha.

"E-Eu disse namorar ? E-Esquece isso ! Eu… É... Uh..." - A diretora diz, tentando disfarçar.

"…É melhor, uh, deixar pra lá..." - Noelle diz, tentando mudar de assunto.

A diretora limpa sua garganta. "Posso saber o que quer aqui, senhorita Vermillion ?"

A jovem fica um pouco incomodada. "Poderia... não repetir isso, senhora ?"

"Seu nome ?" - A diretora pergunta, confusa.

"Sim. Apenas Noelle serve, senhora." - Noelle diz.

"Por quê ? Eu me sentiria orgulhosa de ter um nome desses." - A diretora diz.

Noelle fecha seus punhos.

"Seu pai é um homem revolucionário e genial. E sua mãe e suas irmãs são-" - A diretora diz, sendo interrompida imediatamente pela jovem.

"Só. Noelle. Serve. Senhora." - Noelle diz, séria.

"O-Ok..." - A diretora diz, confusa. Ela limpa sua garganta. "O que veio fazer aqui, senhorita Ver- Noelle ?"

"Eu quero saber mais sobre a vida do Kuzuha." - Noelle diz.

A diretora começa a olhar para os lados, vendo se não há ninguém em volta.

"Uh…" - Noelle diz, confusa.

"Senhorita Noelle, poderia fechar as persianas da janela, por favor ?" - A diretora pergunta.

Noelle se levanta e as fecha.

"Ah ! Antes que se sente, poderia trancar a porta ?" - A diretora pergunta.

A jovem tranca a porta e se senta. "Pra que tudo isso ? Não é como se fossemos falar de um armamento super secreto do governo."

"Temo que seja pior." - A diretora diz.

"E-Eh !?" - Noelle diz, surpresa.

"É do filho da Lilyum que estamos falando." - A diretora diz.

"Ugh ! O-O que tem de tão perigoso nisso ?!" - Noelle diz, irritada.

A diretora faz uma cara assustadora. "Quer mesmo saber ?"

Noelle engole seco. "Q-Quero !"

"Quer realmente saber o quão perigoso isso é ?" - A diretora pergunta. Ela aproxima seu rosto ao da jovem.

"Não vou desistir do Japão !" - Noelle pensa. "Eu quero saber !"

"Muito bem. Já que deseja tanto, eu vou lhe dizer." - A diretora diz. "O perigo dessas informações que eu estou prestes a te dizer é…"

A jovem engole seco novamente.

A diretora sorri. "…nenhum."

Noelle cai da cadeira.

"V-Você está bem, senhorita Ver- Digo, Noelle !?" - A diretora pergunta, preocupada.

"…Eu tô legal…" - Noelle diz. Ela se levanta, e senta novamente.

"Só queria te assustar mesmo." - A diretora diz. "Bom, o que quer saber ?"

"Tudo." - Noelle diz.

"Bom, eu não vejo desde que ele era criança, mas acho que o pênis dele deve ter uns-" - A diretora diz, sendo imediatamente interrompida pela jovem.

"N-Nem tudo !" - Noelle diz, envergonhada.

"Ah ! Podia ter dito antes, né." - A diretora diz.

"Por que os alunos chamam ele de Demônio ? Até parece que eles não tem educação !" - Noelle diz.

"Você já deve ter notado o tapa olho dele." - A diretora diz.

"Sim. Não é muito normal, mas cada doido com a sua mania." - Noelle diz.

A diretora solta um suspiro. "Se o problema fosse só o tapa olho…"

"Como assim ?" - Noelle pergunta, confusa.

"Debaixo daquele tapa olho reside o maior mistério da humanidade: o olho dele." - A diretora diz.

"E o que tem de tão especial assim em um olho ?" - Noelle pergunta.

"Não é 'um olho', é 'O Olho' !" - A diretora diz. "O olho esquerdo do Kuzuha é muito estranho. A pupila e totalmente preta, a íris é roxa, parece o olho de um gato ou um bicho, e, o pior de tudo, aquilo brilha no escuro. Cara, de noite, aquele olho dá medo ! Sem contar que ele fica estranho, quando o olho abre."

"Que esquisito… Por que isso acontece ?" - Noelle pergunta.

A diretora dá de ombros. "Sei lá. Ninguém sabe. Levei ele em vários médicos, mas a única conclusão que chegaram é a de que o olho dele não é normal. Ou seja, não existe uma cura para aquilo." - Ela solta um suspiro. "Coitado… Quando as crianças viram o olho dele, deram o apelido de 'Demônio' na hora. Depois disso, ninguém chegou perto dele. Nunca mais. Eles têm medo de ficarem doentes ou apanharem."

"…Nossa… E onde os pais dele moram ? Quero falar com eles. É impossível que não façam nada pra ajudá-lo." - Noelle diz.

"Você vai ter que cavar bem fundo." - A diretora diz.

"Oh…" - Noelle diz, percebendo a situação.

"Há dez anos atrás, uma grande explosão aconteceu em Tokyo. Você deve ter ouvido falar." - A diretora diz.

A jovem concorda. "Ouvi dizer que foi uma bomba que estavam fazendo escondido do governo."

"Essa mesma. A explosão destruiu metade de Tokyo e devastou completamente Kyoto. Minha família e a dele moravam em um distrito perto da explosão." - A diretora diz. "Quando tudo aconteceu, eu não me lembro de muita coisa, só de conseguir acordar no meio de muito fogo, caos, destruição, e ver os pais do Kuzuha mortos, abraçando ele e a irmã dele, enquanto ele os abraçava de volta chorando muito." - Ela fecha seu punho, angustiada. "Essa maldita cena ficou grudada na minha cabeça pra sempre. Se eu pudesse ter feito alguma coisa…"

"Eu… não sabia… Sinto muito..." - Noelle diz, triste.

"Por um milagre, só nós três conseguimos sobreviver." - A diretora diz.

"Três ?" - Noelle pergunta, confusa.

"Eu, Kuzuha e Yasumi." - A diretora diz. "Por uma coincidência do destino, meu filho estava com a minha mãe. Mas, infelizmente, meu marido também morreu..."

"Sinto muito pela sua perda." - Noelle diz. "Quem é Yasumi ?"

"A irmã mais nova dele. Na época, ela só tinha um ano e meio, então não sabe como eram seus pais." - A diretora diz. Ela solta um longo suspiro. "Sabe, eu fico muito triste quando o Kuzuha apronta. Não porque ele faz algo que não devia, mas sim, porque eu sei que, no fundo, ele só faz isso pra descontar a frustração de não poder ter salvado os pais naquele dia…"

"Ele tem uma irmã mais nova… Aha ! É isso !" - Noelle pensa. Ela se levanta. "Com licença, madame, eu preciso urgentemente ir embora !"

"Então é isso..." - Excalibur diz.

"Ninguém nunca quis chega perto dele… Eu imagino como deve ser essa solidão…" - Noelle pensa.

O lago começa a borbulhar. Os Vizers das duas começam a tocar.

"Se liga, loirinha ! Tem alguma coisa por perto !" - Excalibur diz, olhando para todos lados.

"Deixa eu ver aqui… Ih ! A é aqui, no lago !" - Excalibur diz.

Elas ficam atentas e preparadas.

"Pelo que parece, é uma Besta do Caos aquática." - Noelle diz. "Fica atenta, empregada."

Dois tentáculos cinzas saem da água e pegam as duas. Enquanto isso, na entrada de um hospital.

"Bom, já que eu tô batendo as botas, eu tenho que aproveitar esse dia como se fosse o último." - Kuzuha pensa. Ele vai na recepção. "Yo, Hyoirin ! Continua bonita como sempre, hein~"

Uma enfermeira usando um uniforme rosa, atrás do balcão, dá um cascudo nele. "Sai dessa ! Ahahaha ! Eu sou muito velha pra você. Mas, qual é a bo ? Veio checar esse seu olho aí-" - Ela nota a marca da palma de Noelle. "Eh ? Quem foi que te bateu ?! Fala pra mim, que esse cara tá morto !"

"Relaxa, foi só um tapa leve. Nem doeu. E… eu meio que mereci..." - Kuzuha diz. "Enfim, meu olho tá do mesmo jeito. Eu vim fazer o de sempre. A propósito, alguma melhora ?"

"Não..." - Hyoirin diz, triste.

Kuzuha dá um leve sorriso. "Tá de boa. A gente tem que viver os dias como se fossem os últimos mesmo."

"Tá esquisito hoje, huh. Aconteceu alguma coisa ?" - Hyoirin pergunta.

"Nah. Tudo do mesmo jeito de sempre." - Kuzuha diz.

"Bom, pode subir." - Hyoirin diz. "Ah ! Trocamos o médico dela ontem. O outro desistiu, que nem o resto. Mas esse novo é bom."

"Ele é ?" - Kuzuha pergunta.

A enfermeira concorda. "Ela parece mais feliz com ele."

"Que bom que ela tá mais feliz..." - Kuzuha diz, aliviado. "Falou, belezura." - Ele vai embora. O delinquente caminha, até parar em uma porta. Ele respira fundo e solta um suspiro, nervoso. "Eu até diria 'Seja o que Deus quiser', mas sou ateu, então não tô nem aí. O que eu digo ? 'Desculpa pelo atraso ! É que eu tava passeando por aí' ? Nah, essa não cola. Hmm… 'Foi mal pelo atraso ! Ehehehe. Sabe como é, né'. Também não. Hmm… Ah, já sei !" - Ele força um sorriso e abre a porta. "Olha, eu cheguei na hora certa-" - Um travesseiro o acerta no rosto e o delinquente cai no chão. "Ugh… Tá com a pontaria boa hoje, hein. Normalmente, você acerta meu peito." - Ele se levanta.

Uma garotinha malcriada de olhos castanhos, vestindo uma camisola branca e com a cabeça enfaixada está parada na frente dele. Ela parece estar muito brava. "Eu não teria de fazer isso, se você não se atrasasse todo santo dia ! Sabe muito bem disso ! Humpf !"

"Eu sei, eu sei… É que eu tive que resolver algumas coisas com umas amigas minhas." - Kuzuha diz.

"Você, amigas ? Ahahaha ! É a melhor piada que eu ouvi hoje- Não ! Que eu ouvi no ano !" - A garotinha malcriada diz.

"Eu não sou tão antisocial assim, tá !" - Kuzuha diz.

A garotinha malcriada nota que o delinquente está escondendo algo atrás de si. "O que é que você tem aí ?"

"É uma coisa que você vai adorar~" - Kuzuha diz.

A garotinha malcriada se anima. "Sério !? Me mostra ! Me mostra !"

"É um shampoo que eu te comprei. Legal, né ?" - Kuzuha diz, zombado da garotinha.

"Aww~ Acha que eu esqueci de você ? Eu te comprei um óculos de presente~" - A garotinha também zomba.

O delinquente solta um suspiro. "Chega de elogios. Toma aqui." - Ele entrega o buquê.

A garotinha malcriada pega o buquê, o joga no chão e pisa em cima. "Margaridas ?! Você sabe que eu odeio essas flores !"

"É exatamente por isso que eu trouxe elas, Yasumi." - Kuzuha diz.

Yasumi abraça seu irmão e sorri. "Melhor irmão do mundo~♥"

O delinquente abraça sua irmã de volta e faz carinho as costas dela. Os dois ficam assim por alguns segundos, até que se soltam.

"Você acha que tá melhorando ?" - Kuzuha pergunta.

"Com certeza !" - Yasumi diz.

"É, eu tenho certeza de que você tá ! Olha só pra você ! Cresceu bastante... eu… acho… ?" - Kuzuha diz, confuso.

"Você me viu ontem, bobinho. Não tem como eu crescer tanto em um dia." - Yasumi diz. "Mas, eu queria ter meu cabelo de volta, tô sentindo falta dele. Era tão fofinho e bonito..."

"Pensa pelo lado bom, você economiza muito com shampoo." - Kuzuha diz.

"Ahahaha ! Pior que é verdade." - Yasumi diz. Ela segura a camiseta de seu irmão e começa a apertá-la. "...Irmãozão…"

"Fala, baixinha." - Kuzuha diz.

"Quando você acha que… eu vou poder brincar com você de novo ?" - Yasumi pergunta, um pouco cabisbaixa.

"Infelizmente, aí já não é comigo." - Kuzuha diz. "Estranho, você nunca perguntou isso antes- Perai ! Estão te maltratando aqui ?! Porque se tiverem, eu juro que-"

"Não ! Eles são muito legais comigo !" - Yasumi diz.

"Que bom. Pra eles." - Kuzuha diz.

"Você acha que tem alguma cura pra minha doença… ?" - Yasumi pergunta.

"Ahahaha ! Tá brincando, né ? É óbvio que tem cura ! Pfftt ! Até parece que não vai ter." - Kuzuha diz.

"Mas se não conseguiram achar uma cura pro seu olho..." - Yasumi diz.

"Meu olho é meu olho." - Kuzuha diz. Ele põe a mão na cabeça de sua irmã, em uma tentativa de consolá-la. "Olha, você não precisa ficar se preocupando comigo, ok ? Eu tenho certeza de que tem uma cura pra sua doença. Se eles não acharem, eu juro juradinho de dedo mindinho que vou achar. Nem deve ser tão difícil assim, esse povo que deve ser preguiçoso."

"…Irmãozão…" - Yasumi diz. Ela solta a camiseta de seu irmão e põe as mãos na nuca, despreocupada. "Nah, tô nem aí."

"Eh ?" - Kuzuha diz, confuso.

"Não se preocupa em achar uma cura, eu não ligo de esperar." - Yasumi diz. "Você devia é fazer o que você quer, em vez de ficar vendo me ver toda hora, idiota."

"Epa ! Como assim-" - Kuzuha diz, se interrompendo quando ouve um leve apito constante.

"Que barulho é esse ?" - Kuzuha pergunta.

"Ah ! O meu novo médico pediu pra eu te entregar umas coisas." - Yasumi diz. Ela leva seu irmão até sua cama. A garotinha empurra sua cama. Debaixo dela, há um Vizer e uma espada grande com uma robusta lâmina vermelho carmesim com um lado afiado preto e com uma corrente no cabo dela. "Meu médico novo pediu pra te dar. Ele é um cara bem legal, então eu decidi ajudar."

"E-Esse negócio é quase do meu tamanho ! O que é que eu vou fazer com uma coisa dessas !?" - Kuzuha pensa. "O que exatamente ele mandou você fazer ?"

"Sei lá. Ele só mandou eu te mostrar essas coisas e…" - Yasumi diz. Ela tira uma carta da camisola e entrega para Kuzuha. "…pediu pra te entregar essa carta."

"Eu não quero nem saber onde você escondeu isso…" - Kuzuha diz. Ele pega a carta, limpa sua garganta e começa a ler. "Caro Kuzuha Solace Allwise, se estiver lendo isso, saiba que eu sei tudo sobre a sua vida. Não se preocupe, eu não tenho intenções de te ferir, ou ferir alguém que conhece. Você já deve ter uma noção do que eu vou falar graças às agentes Noelle e Excalibur. Vamos direto ao ponto. Eu gostaria que se juntasse à Devil Slayer. Creio que você seria uma adição perfeita à minha organização. Gostaria de poder estar aí pessoalmente para lhe dizer isso, mas, no momento, estou muito atarefado. Prometo que não mandarei meus agentes especiais, caso não aceite. Se quiser se juntar, apenas ponha o Vizer, o relógio, em seu braço. Tyrfing, esta espada, será muito útil para você. Ela é capaz de se combinar com seu Requiem. Caso esteja se perguntando 'Por que eu entraria nessa organização', não fique em alarde, mas mandei um de meus cientistas para coletar amostras de DNA de sua irmã, e estamos estudando uma cura para a doença dela. Por favor, considere se tornar um Slayer. Assinado: King."

"Uma cura pra mim ?" - Yasumi pergunta, com um pouco de esperança em seus olhos.

Kuzuha põe a mão na cabeça de sua irmã. "Era só uma piada do seu médico novo. Ahahaha ! Nos somos, uh, amigos, e ele quis fazer uma piadinha. Agora, vai descansar que eu tenho que ir pro trabalho."

"Já ? Tá bom… Se cuida, irmãozão." - Yasumi diz, desapontada.

"Prometo que te trago alguma coisa escondido." - Kuzuha diz, na esperança de animar sua irmã. Ele vai embora.

Enquanto isso, no parque. Noelle e Excalibur estão lutando contra oito tentáculos cinzas saindo do lago.

"Hah... Hah… Lugar diferente, mesma coisa de sempre." - Excalibur diz, ofegante.

"Nós não podemos desistir tão fácil assim, empregada ! Ainda têm pessoas nesse parque, e elas não fazem ideia do perigo que estão correndo !" - Noelle diz. Ela cria uma espada com cristais avermelhados e, com ela, a jovem corta dois tentáculos.

"Isso aí, loirinha !" - Excalibur diz. A empregada pega um tentáculo que ia atacá-la, crava seus dedos nele e começa a rasgá-lo, até o dividir ao meio. "Faltam cinco-"

Os tentáculos crescem novamente.

"Que merda é essa, uma hydra !?" - Excalibur pergunta, surpresa.

As duas são agarradas pelos tentáculos e levantadas ao ar.

"Ugh !" - Noelle diz, em dor.

"Gah ! Por que essas merdas têm espinhos ?!" - Excalibur diz, forçando em vão.

Os tentáculos começam a bater elas no chão com força. Em uma loja.

Kuzuha está atrás de um balcão, usando um avental verde, entregando dinheiro para um cliente. "Muito obrigado por comprar conosco. Volte sempre."

A pessoa vai embora.

O delinquente solta um suspiro, aliviado. "Cara, o trabalho foi puxado hoje, hein. Bom, tá ficando tarde e o meu expediente tá acabando."

Um homem barrigudo, calvo, de olhos azuis, vestindo uma camisa social branca, calça jeans e sapatos marrons sai de uma porta, atrás do balcão. "Você parece preocupado com alguma coisa. Tá perdido nos pensamentos."

"Nah, não é nada, senhor Namba. Eu já vou terminar de arrumar as caixas de doces. Só faltam elas. Tive de parar pra atender um cliente." - Kuzuha diz.

"Pode deixar para amanhã." - Namba diz.

"Eh ?" - Kuzuha diz, confuso.

"Sabe, eu já fui jovem como você." - Namba diz. "Hah... A vida era uma maravilha, mas também vinha com problemas e coisas que eu não conseguia decidir. 'Será que eu faço isso ?', 'Será que eu faço aquilo ?' Essas eram perguntas que não saiam da minha cabeça."

"E o que o senhor fez pra parar com elas ?" - Kuzuha pergunta.

"Simples, eu fiz qualquer coisa. Sempre fui um cara que faz o que o coração manda. Claro, não virei nenhuma estrela de cinema, bilionário ou o dono de uma empresa mundialmente conhecida. Mas, ei ! Eu consegui uma lojinha. Não é muita coisa, mas eu não podia pedir nada melhor."

"Hmm…" - Kuzuha diz, pensativo.

"O que eu tô tentando dizer aqui é: não importa a escolha que você faz, seja ela boa ou ruim, importa se você é feliz ou não com ela." - Namba diz. "Bom, espero que isso tenha te ajudado em alguma coisa."

"Valeu. Isso até que ajudou." - Kuzuha diz.

"Agora, fora daqui. Eu tô fechando a loja mais cedo, e você tem que resolver algumas coisas." - Namba diz. "Deixa que eu fecho a loja."

O delinquente tira o avental e sai da loja. "Puta, é mesmo ! Prometi que ia levar alguma coisa pra Yasumi ! O que ela não pode comer mesmo… ? Nah, tanto faz." - Ele vai embora. "Devil Slayer… Não é que eu não queira ser um, mas também não posso ficar me arriscando…" - Kuzuha solta um suspiro. "Cara, que situação complicada."

Minutos depois, no hospital. Kuzuha e Yasumi estão sentados em uma cama.

A garotinha está comendo chocolate, extremamente contente. "Meu chocolate favorito ! Obrigado, irmãozão !"

"Shh ! Fala mais baixo ! Se ouvirem que eu te trouxe comida de fora, já era !" - Kuzuha sussurra, preocupado.

"Foi mal !" - Yasumi sussurra. Ela se delicia com uma grande mordida na barra de chocolate. "Hmm~ Chi chelichia~"

O delinquente começa a fazer carinho na cabeça de sua irmã. Ele pensa. "Tá aí um sorriso que dinheiro nenhum compra… Se eu virar um Slayer, posso acabar nunca mais vendo isso…"

Yasumi tira a mão de seu irmão de sua cabeça e sorri. "Tá tudo bem. Eu não ligo se você se afastar de mim. Se for pra fazer outras pessoas sorrirem, tá ok."

"Não. Eu não vou virar um deles." - Kuzuha diz. "Se eu morrer, quem vai cuidar de você ?!"

"Você vai virar sim ! Eu tô mandando !" - Yasumi diz, brava. "Se não fizer isso, eu nunca mais vou olhar na sua cara ! Humpf !" - Ela começa a desmaiar. "E eu… eu…"

"Eh !?" - Kuzuha diz,

"…Tá tudo… rodando…" - Yasumi diz, fraca. Ela desmaia.

O delinquente começa a balançar sua irmã. "Ei ? Ei ! Yasumi ! O que foi !?" - Ele nota uma leve gosma negra escorrendo de um corte na perna dela. "Isso não tá certo..."

O Vizer começa a apitar novamente.

"O Vizer !" - Kuzuha diz. Ele o pega.

"Pedido de ajuda para caçar duas Bestas do Caos na redondeza: Kaard e Vikaryos ." - O Vizer diz.

"Alguma dessas coisas deve ter atacado a Yasumi." - Kuzuha pensa. "Vizer, me fala mais sobre esse Vikaryos aí."

"Buscando informações..." - Vizer diz. "Informações encontradas sobre Vikaryos : Uma Besta do Caos sombra humanoide de peça Knight, Promotion: Dark Assassin. Um Vikaryos , normalmente, é encontrado perto de um Kaard, já que servem para buscar comida para eles. Primeiro, ele desmaia suas vítimas com seu veneno. Depois que o alvo morrer, ele o busca e leva para o Kaard. Vikaryos possui garras em suas duas mãos que contém um veneno mortal, capaz de matar um ser humano em questão de duas horas. A única maneira de neutralizar o veneno é extraindo o sangue diretamente de seu coração na ferida."

"Essa vai ser complicada." - Kuzuha diz. Ele olha para sua irmã caída no chão, suando muito. O delinquente põe o Vizer e pega Tyrfing, a espada. Kuzuha se aproxima de uma janela e, antes de pular, olha mais uma vez para sua irmã. "Eu vou fazer qualquer coisa pra te proteger." - Ele pula e caindo rolando. "Ugh… Não é alto assim, mas ainda dói pra cacete…" - O delinquente se recompõe. "Vizer, localiza o Vikaryos ."

"Vikaryos encontrado à cinquenta metros acima, e se movendo ao norte." - O Vizer diz.

"Tá correndo por cima dos prédios. Mas por que tá indo pro parque ? Tanto faz !" - Kuzuha diz. Ele vai embora, correndo.

Minutos depois, no parque. Noelle e Excalibur estão jogadas no chão, com sangue espalhado em volta e nelas.

"Hah… Hah… Ugh ! Tudo... dói..." - Excalibur diz.

Noelle se levanta com muita dificuldade, se apoiando em sua espada, que está quebrada. "…N… Nós… não vamos..." - Ela cai.

"Ei… loirinha… ! Não... exagera…" - Excalibur diz.

"…Eu… não posso… cair… ! Ainda têm... pessoas aqui… !" - Noelle diz. Novamente, ela se levanta, mas cai. "…D… Droga… Corpo… inútil... ! Se… mexe… !"

"…Noelle… Chega…" - Excalibur diz.

Um polvo enorme cinza com três grandes olhos pretos sai de dentro da água.

"…Decidiu… mostrar a cara… Kaard desgraçado... !" - Noelle diz.

O Kaard pega as duas e as levanta ao ar.

"…Boa sorte… com isso… !" - Excalibur diz, tentando forçar, mas falhando miseravelmente. "…Merda…"

"Eu… não quero… morrer aqui…" - Noelle diz, triste.

Uma onda de fogo corta os tentáculos do Kaard segurando as duas. Elas caem no chão. Os tentáculos crescem de volta.

"…Eh… !?" - Noelle diz, surpresa.

"Quem… foi…" - Excalibur diz.

"Não sei se eu acabei de salvar vocês, ou interrompi um hentai de mal gosto." - ??? diz.

Kuzuha aparece na frente das duas, segurando a espada coberta por suas chamas em uma mão e, com a outra, segurando, pela cabeça, uma sombra humanoide esguia com olhos amarelos, garras e um arrombo no peito.

"…Kuzuha… !" - Noelle diz, surpresa.

"Humpf. Na próxima vez que quiser um rango, ô takoyaki gigante, vem pessoalmente." - Kuzuha diz, sério. Ele joga a sombra no chão e finca a espada na cabeça dela. Suas chamas incineram a criatura. "É assim que é um Kaard, huh ? Rapaz, tu é feio, hein."

"Por… favor… Aquelas… pessoas… precisam de... ajuda…" - Noelle diz.

"Deu sorte, loira." - Kuzuha diz. Ele aponta Tyrfing para a criatura. "Trampei feito um condenado e ainda não comi nada. Takoyaki ia cair bem, agora."

Kaard ameaça avançar na direção do delinquente.

"Ei, loira. Percebi que os braços dessa coisa crescem de novo." - Kuzuha diz.

"…Sim… É quase... instantâneo..." - Noelle diz.

"Hmm… Da pra você criar um pedaço de cristal, mais ou menos, do meu tamanho ?" - Kuzuha pergunta.

"…Certo…" - Noelle diz, um pouco confusa. Ela cria o cristal.

O delinquente pega o cristal. "Vai servir. Vizer, aquilo não pode encostar na água, né ?"

"Afirmativo. Um Kaard é uma Besta do Caos anfíbia Rook com a Promotion Juggernaut. Apesar de seu tamanho, quando na água, é extremamente veloz. Já em terra, esta velocidade se transforma em uma defesa mais forte que aço." - Vizer diz.

"Meio roubada essa coisa aí, huh." - Kuzuha diz.

Kaard junta alguns tentáculos, como brocas, e tenta o furar, mas Kuzuha desvia se jogando para o lado.

"Três olhos e nenhum deles presta ?" - Kuzuha diz, zombando da criatura.

Kaard tenta furar o delinquente novamente, mas ele também desvia desse golpe.

"Qual é ! Esse é o máximo que essa coisa consegue fazer ? Sério mesmo que vocês perderam pra um takoyaki desses ?" - Kuzuha pergunta.

Mais uma vez, Kaard tenta furá-lo, mas o delinquente desvia.

"Olha, takoyaki, não é nada pessoal, mas você tem que melhorar essa mira aí, cara." - Kuzuha diz.

Kaard junta todos os tentáculo, fazendo uma grande broca.

"Eu não faria isso, se fosse você. Só avisando." - Kuzuha diz. Ele joga o cristal para o alto. O delinquente corta o ar, criando uma onda de fogo que vai na direção do cristal.

Quando a onda encosta, o cristal se despedaça. Por instinto, Kaard acaba olhando para cima. Os pedaços do cristal caem nos olhos da criatura, que começa a agonizar de dor.

O delinquente corre na direção da criatura. "Bobeou, dançou !"

Kaard se recupera e tenta o atacar de novo, mas Kuzuha pega os tentáculos e põe fogo neles. A criatura dispersa as chamas, junta seus tentáculos e faz a grande broca de novo.

"Pra uma raça de bichos que consegue andar entre dimensões, vocês são burros pra cacete, huh." - Kuzuha diz.

Kaard tenta o furar, mas o delinquente desvia.

"É o fim da linha pra você, amigo." - Kuzuha diz.

Kaard tenta furá-lo de novo, mas seus tentáculos estão presos no chão. Kuzuha pula nos tentáculos, se joga na cabeça da criatura e enfia Tyrfing no olho de Kaard. A espada atravessa sem nenhum problema. A criatura agoniza de dor. O delinquente se joga da criatura, segurando a corrente. Sua espada corta Kaard ao meio. Finalmente, a criatura cai e morre, evaporando em fumaça negra e deixando cristais roxos para trás.

"Coisinha fraca essa aí. E eu achando que ia levar uma surra." - Kuzuha diz.

Noelle encara seu novo aliado com esperança em seus olhos. "…Kuzuha… Que bom… que decidiu… virar… o dis… co…" - Ela desmaia.


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