A Liga de Atena: A Ressurreição de Hades escrita por Aldemir94


Capítulo 2
A Liga de Atena




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— Mabel, não imagino minha vida sem você nela – disse o jovem rei – Pelo menos, não mais.

— Oh, Aethel! – disse a garota de suéter – Isso foi fofo demais, até mais do que o Waddles!

— Mas falo sério, Mabel. Nunca me senti assim antes, nem quando eu tinha toda a liberdade do mundo, lá na floresta. – insistiu Aethel, abraçando Mabel como a um ursinho de pelúcia.

Aethel olhou para sua amiga, sorridente, recostou sua cabeça na dela e depois tirou do bolso da calça uma faixa vermelha, mostrando a Mabel.

— A gente passou por muita coisa – disse ele – Mas, agora, só quero ficar em paz com você, Dipper e com os nossos amigos. Para o bem do império: chega de mortes, sangue, guerras, conspirações e lágrimas; Mabel, estou cansado de tantas batalhas! 

Mabel abraçou Aethel e olhou para o lago, sorrindo com as folhas que caíam na água, produzindo ondas:

— A gente passou por muita coisa mesmo, não é?

Por trás dos arbustos, Paradoxo e seu seleto grupo observavam tudo, com olhos brilhando por toda aquela fofura (exceto Abel, que era frio demais para se comover com os sentimentos humanos).

— Ei, Paradoxo – sussurrou Shun – A gente não devia estar espionando eles. Pense em como vão ficar constrangidos quando perceberem todos nós aqui!

— Andrômeda, acredite em mim – riu Paradoxo – “Constrangimento” será o de menos… se Aethel se sentir ofendido conosco, a palavra será “EXECUÇÃO”, até para Atena e Abel… 

— Humm – resmungou Ikki – E vamos buscar ajuda de alguém assim?

— Na pior das hipóteses, cavaleiro de Fênix – disse Paradoxo – Aethel nos matará com amor… Exceto se ficar com ódio da espionagem; nesse caso, vai nos matar como gado… até a mim. Sabem, estou me divertindo muito com tudo isso.

— Meu Deus! – disse Hyoga – Nesse caso, temos que tirar Saori daqui imediatamente!

— Bobagem, Hyoga – resmungou Ikki – O que aquela criança pode fazer contra Atena? Haha, não me façam rir.

Paradoxo apenas sorriu e respondeu:

— Receio que muita coisa, senhor Ikki. Se ele fosse só um garotinho comum, nós nem estaríamos aqui, para início de conversa.

— Quem está aí?! – chamou Aethel, já sacando sua espada.

Com tranquilidade, Paradoxo saiu dos arbustos, juntamente com os cavaleiros, Atena e Abel.

Aethel ficou na frente de Mabel e pediu que ela se afastasse:

— Mabel, fique atrás de mim. – pediu o rei – Não sei quem são, mas ninguém me surpreende pelas costas. Agora falem! São espiões franco-armanianos? Ou talvez assassinos de URSI?

Tirando uma folha do ombro, o professor Paradoxo tentou acalmar a situação, mas Aethel estava por demais apreensivo; com sua história recente, era difícil confiar em qualquer um, além do mais, o garoto temia pela segurança de Mabel.

— Tenha calma, garoto – disse Ikki – Não machucamos crianças…

Ikki não pôde terminar, pois Aethel avançou contra o cavaleiro de Fênix, que mal conseguiu desviar a tempo do corte da espada.

— Corra, Mabel! – gritou Aethel – chame os cavaleiros da ordem e a elite militar. 

— Calma, garoto – pediu Ikki – Eu não quero te machucar!

— Diga que estamos sob ataque e precisamos de auxílio imediato – disse Aethel – Vá, Mabel, depressa!

Assustada, a garota tentou correr, mas grandes correntes prateadas bloquearam seu caminho: as famosas correntes de Andrômeda.

— Por favor, não desejamos lutar – pediu Shun – Se nos der uma chance, podemos explicar tudo!

O sangue de Aethel ferveu; ninguém ameaçava Mabel.

— Mabel! – gritou o rei – Vocês estão mortos… Vou mandar todos para o Hades!

— Interessante você tocar no assunto – riu Paradoxo.

Aethel segurou a espada e fez um corte partindo de baixo para cima, visando acertar a jugular de Ikki, mas esse foi mais rápido e conseguiu bloquear o ataque, abaixando-se um pouco e segurando o braço do garoto (embora suas idades fossem próximas, Ikki desfrutava de maior altura).

— Me perdoe, criança… – disse Ikki – Mas acho que não vai nos ouvir sem uma boa batalha, não é verdade? Haha, até que estou gostando de você.

Afastando-se um pouco, o cavaleiro estendeu o punho direito para Aethel e disse “golpe fantasma de fênix”.

Nesse momento, Aethel arregalou os olhos, recebendo algo próximo a um raio, que acertou sua testa e fez seu cérebro doer.

Com esse ataque, Ikki era capaz de criar ilusões e entrar na mente de seu adversário, destruindo-a totalmente. Mas tudo que ele desejava era conversar com Aethel.

— Está mais calmo, garoto? – perguntou Ikki.

Olhando ao redor, Aethel só viu um grande jardim, com colunas dóricas e um lago.

— Entendo – disse o rei – Esse não é mais o mundo real… você me trouxe para algum tipo de… mundo feérico… não. Isso deve ser só uma ilusão. Prepare a alma para Cristo, porque eu vou matar você, aqui e agora!

— Mas que diabos! – irritou-se Ikki – Porquê você não me escuta?!

Ikki tentou criar uma grande neblina, para ocultar-se e poder conversar com Aethel, sem que esse pudesse fazer qualquer coisa a respeito.

— Me escute, rapaz! Se eu fosse seu inimigo, você já estaria morto! 

De repente, a neblina se dissipou e Aethel desapareceu.

O cavaleiro procurou o jovem rei por todos os lados, até que o chão começou a tremer.

Ikki se desequilibrou e caiu, sem entender o que estava acontecendo.

— Como se atreve a entrar na minha mente, homenzinho?

Olhando para cima, Ikki viu Aethel, tão grande quanto o próprio universo.

Nesse momento, o cavaleiro percebeu porque o chão tremia tanto:

— Entendi. Estou andando sobre sua mão esquerda, não é isso? Até que você tem criatividade. Mas não entendo como reverteu o fantasma de fênix contra mim.

Antes que pudesse receber uma resposta, Ikki viu a imagem de uma bela mulher ao lado de Aethel.

Ela tinha olhos azuis, cabelos longos e ruivos, sorriso confiante e abraçava o pescoço do garoto, como uma boa amiga.

A mulher usava um vestido rosa, com cordão de ouro e uma tiara de flores na cabeça.

— Me escute, valente cavaleiro – disse a mulher – Eu sou Nimue, a Dama do Lago. Sou a guardiã da Excalibur e conselheira de Aethel, o imperador e rei dos ghalaryanos. Peço que baixe os punhos. E agora, me escute você, Aethel. Esse rapaz e seus amigos não estão aqui para fazer mal a Mabel, caso contrário, ela já teria sido ferida por aquelas correntes.

Se acalmando, Aethel fechou os olhos e pediu desculpas a Nimue e Ikki:

— É verdade, senhora Nimue… tem razão. Me perdoe, eu a envergonhei. – dizendo isso, o garoto se virou para Ikki – Simto muito, senhor, não deveria tê-lo atacado antes de ouvir o que queria dizer.

— Está tudo bem – sorriu Ikki – Só queria proteger a sua amiga.

Com os ânimos acalmados, a ilusão foi desfeita por Nimue e ambos, Aethel e Ikki, se viram novamente no lago, onde Paradoxo e os outros aguardavam.

Finalmente, o professor pôde explicar toda a situação para Aethel, incluindo o estado do exército de Atena e o renascimento de Hades.

Aethel não gostou nada de ser envolvido em um abacaxi daqueles, mas seu semblante mudou quando viu Mabel se deliciando com os biscoitos de chocolate dados a ela por Shun.

Nesse meio tempo, os aliados de Aethel chegaram, alertados pelos gritos do casal.

— Galera! O que aconteceu? Vocês estão bem?! – um rapaz gritou, aparecendo por entre as árvores.

— Como vai, Ben Tennyson? – perguntou o professor, deixando o rapaz surpreso.

Enquanto tocava nos cabelos castanhos e ajeitava o smoking (pois ele também estava se divertindo no piquenique), Ben perguntou o que o professor fazia ali e quem eram aquelas pessoas.

— Aethel, Mabel – disse Ben – Vocês estão bem?

Antes de responderem, mais pessoas surgiram, para bagunçar ainda mais as coisas; eram Dipper Pines (irmão gêmeo de Mabel), Rex Salazar, Duncan Rosenblatt e o mais novo do trio, Hiro Hamada.

Todos eram membros de uma nova ordem de cavaleiros, recém fundada por Aethel, cujo propósito era zelar pela paz e ajudar os humildes.

Antes que seu amigo, Danny Fenton, também chegasse e fizesse perguntas, Aethel fez sinal para que aquela pequena multidão o seguisse até uma grande tenda militar, onde poderiam conversar com mais calma.

Enquanto Aethel e Saori conversam sobre a questão de Hades, vamos aproveitar e olhar os amigos do rei mais de perto, ok?

No lado esquerdo da tenda, sentado em uma cadeira de ébano está Rex Salazar, usando uma camiseta branca, um casaco laranja e um par de óculos de aviador igualmente laranjas. Seus cabelos são castanhos escuros, seus olhos são castanhos e sua pele é levemente bronzeada, anunciando sua herança mexicana.

Ao seu lado temos Benjamin Kirby Tennyson, amigo de Paradoxo e também de Rex. Assim como Rex, Ben já está com 16 anos.

No pulso direito, Bem possui um relógio alienígena chamado Omnitrix, mas falaremos dele mais tarde, prometo.

Ben possui olhos verdes, cabelos castanhos (como já dito) e uma namorada chamada July Yamamoto – que não está presente.

Ao lado de Ben, temos Hiro Hamada, que ainda está usando o smoking preto da noite anterior.

Hiro tem a idade de Aethel, 13 anos, cabelos negros e bagunçados, olhos castanhos e uma expressão de opressão, ante todos os visitantes ilustres.

Ele está olhando para Duncan, que está ao lado de Aethel, com olhar e dúvidas.

Duncan tem 16 anos, é loiro e a íris de seus olhos é amarela. Ele está com smoking negro, que acaba destacando a pele laranja do garoto (pois ele é filho de uma humana com um kaiju; um tipo de dragão) e tem um topete descolado. Aethel ainda não decorou o nome completo de Duncan (e duvido que um dia conseguirá): Duncan Xeres Absalom Belphegor Gressil Pythis Wu Fan Cassius Draco Draconus Quetzelcoatl Gondwana Mjarl Khan Belloc-Rosenblatt, Jr.

Ao lado da cadeira de Hiro, podemos ver Jake Long e Danny Fenton; ambos com 14 anos, cabelos negros e smokings luxuosos (porque também são amigos do imperador).

Jake é sino-americano, possui olhos castanhos e seus cabelos (um tanto arrepiados) apresentam reflexos verdes que, provavelmente, são resultado do gel de capilar.

Quanto a Denny, ele é um garoto de olhos azuis e, assim como Jake, pele clara…

E terminamos por aqui.

Nesse momento, Aethel e Saori já haviam terminado a conversa sobre a ameaça de Hades, mas o imperador ainda não estava muito certo em ajudar ou não, até que Mabel entrou na tenda (ela e o irmão gêmeo haviam ficado do lado de fora) e interferiu:

— Aethel! Eles precisam de ajuda e você vai ajudar, tá me entendendo?

— Mabel – disse o rei – não é hora disso… Eles estão querendo algo muito perigoso e…

— E daí?! – disse Mabel, irritada – Você arrisca a vida toda semana! Ajudar eles não vai fazer mal nenhum.

— Desculpe, Aethel – disse Dipper – Mas a Mabel tá certa. Quer dizer, onde fica todo aquele papo de “defender viúvas e órfãos”, “manter a paz” etc.? Aquilo não era, tipo, um código de honra irrevogável?

Nesse momento, Aethel pediu que Dipper chamasse o corujão Arquimedes, ou a fada Luna, para que esses voassem ao palácio e chamassem Merlin.

Em seguida, Aethel caminhou até Saori e pediu desculpa por sua recusa inicial em ajudar.

— Não acho que você seja a deusa Atena reencarnada, mas prometo ajudar. Por favor, perdoe minha cabeça dura, está bem?

Aethel estendeu a mão esquerda para Saori e ajudou-a a se levantar da cadeira.

Saori beijou sua bochecha e ele ficou tão vermelho quanto uma manga madura.

Quem não gostou disso foi Mabel, que ficou remoendo o ciúme.

Enquanto esperavam, Aethel chamou um oficial e pediu que os visitantes fossem servidos com chá e biscoitos, sendo prontamente atendido.

Enquanto todos desfrutavam da refeição, Aethel se retirou, sendo seguido por Paradoxo e Ikki.

— Me desculpe por tentar cortar sua cabeça, senhor Ikki – disse o rei.

— Me desculpa por invadir sua mente – pediu Ikki.

Ambos começaram a rir, mas Paradoxo disse que o tempo era curto demais para momentos legais como aquele.

— Prometi ajudar e é o que farei – disse Aethel – Mas meu império, meu povo e a…

— Senhorita Mabel? – perguntou Paradoxo.

— Eu os amo muito, professor. Escutem, a Mabel vai querer se envolver nisso e, se a conheço bem, não vou conseguir impedi-la, nem se eu trancar ela em uma torre e jogar a chave fora…

Ikki colocou a mão no ombro da Aethel:

— Diga o que quer de nós.

— Ikki, Paradoxo. Não importa o que aconteça, quero que protejam Mabel tanto quanto protegem essa suposta “Atena”, de que falaram.

O cavaleiro olhou para o professor e ambos assentiram, concordando que era justo, já que os amplos recursos de Aethel seriam fundamentais.

— O que faremos agora? – perguntou Ikki.

— Vou reunir um conselho de Estado… – disse Aethel – Tenho dois amigos da realeza que me devem alguns favores e, se o que disseram sobre Hades for mesmo verdade, vamos precisar de muita ajuda… estou pensando em alguns reinos, como Corona, Arendelle, o antigo reino de Brunhild, etc. Talvez eu peça ajuda aos reinos de Florian, Eric, Adam,  Felipe e Henry… Mas pode ser difícil, já que eles casaram recentemente.

— E se não ajudarem? – Sorriu Paradoxo.

— Nesse caso – riu Aethel – Eu os destruirei e anexarei seus reinos ao meu império… como fiz com URSI e Franco-Armânia.

— Você é um cara durão… – sorriu Ikki – Acho que vamos nos dar muito bem.

Nesse momento, os três começaram a rir, como amigos que se conheciam desde a infância…


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Notas finais do capítulo

Waddles:

Trata-se do porquinho de estimação de Mabel. Ela o ganhou durante uma feira do interior, quando ainda estava passando as férias com o irmão gêmeo, Dipper, em Gravity Falls.

Hades (reino):

Aethel não se refere ao deus Hades, mas ao reino dele. Na mitologia grega, o reino de Hades (também chamado “Hades” ou “Ades” se preferir) era o mundo inferior, para o de as almas iam após a morte. Sua entrada era guardada pelo cão de três cabeças, Cérbero. Nesse reino, Hades vivia com sua esposa, Perséfone.

 Feérico:

Do francês “féerique”, adjetivo. 1. Do mundo das fadas; mágico 2. Maravilhoso, deslumbrante (Mini-Aurélio; 8° edição; 2010).



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