I will jump after you escrita por soulxsheart


Capítulo 1
You can't jump Expecting i will not jump After you




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Sam Wilson estava puto da vida. Ele não sabia exatamente o motivo, mas ele estava puto. E, é claro, que Bucky Barnes tinha alguma coisa a ver com isso.

O fato é que James era um filho da mãe imprudente e Sam não conseguia engolir isso. Ele era impulsivo beirando o suicídio e isso estava deixando Sam Wilson completamente maluco.

Incapaz de dormir Sam levantou da cama e saiu de seu quarto. Assim que abriu a porta se surpreendeu ao ver Bucky sentado no sofá concentrado em algo que passava na TV. Sam fingiu não notá-lo e foi direto para a cozinha.

"Também não consegue dormir, Sammy?"

Sam não respondeu. O idiota ainda tinha a cara de pau de perguntar.

Sem perceber exatamente o que estava fazendo Sam começou a abrir os armários com força à procura do pote com erva de camomila para tentar acalmar sua mente. Ele não notou o olhar de Bucky em sua direção à medida que ele fechava a porta de um armário com força.

"Você sabe que os potes com as ervas para o chá ficam sobre o balcão, né?"

Sam teve que fechar os olhos para não gritar com ele. Ao invés disso ele se limitou a bufar e pegar o pote ignorando mais uma vez a voz que vinha da sala.

Mas não, James Buchanan Barnes era irritantemente insistente e ele teve que se levantar do sofá para encher a paciência de Sam na cozinha.

"O que cê tem, coração?"

Ah, e claro, agora ele também deu para inventar apelidos carinhosos. Sam respirou fundo contando até dez mentalmente.

"Nada, só não consigo dormir.", respondeu seco.

Sam podia sentir o olhar de Bucky escaneando cada movimento seu.

"Hm, quer que eu te faça uma massagem pra ajudar a relaxar?", perguntou simplesmente enquanto colocava a água para esquentar.

"Você também vai querer uma xícara?", Sam devolveu com uma pergunta ignorando a que o moreno tinha feito antes.

Bucky balançou a cabeça.

"Não, tô esquentando só pra você."

Sam resmungou e voltou sua atenção para os ingredientes do chá. Ainda podia sentir o olhar de Bucky sobre si.

"Será que dá pra parar de me encarar?", soltou rispidamente, mais alto do que pretendia.

Bucky arqueou uma sobrancelha e sentou no balcão da cozinha, mesmo sabendo que Sam odiava isso.

"Que bicho te mordeu, hein?", Bucky rebateu.

"Já disse que não foi nada."

Bucky bufou e deu de ombros se afastando e voltando para a sala.

"Ok, mas se quiser conversar sabe onde me achar, paixão."

Foi a gota da d'água. Sam cobriu o rosto em sinal de frustração e não pôde mais segurar o que estava entalado em sua garganta.

"Você age como se não fosse nada demais, né?!", soltou exasperado.

Bucky girou nos calcanhares olhando para Sam com um maldito sorrisinho de canto de boca, como se ele soubesse que Sam ia falar o que o estava incomodando cedo ou tarde, mas isso só serviu para deixá-lo mais irritado ainda.

"UGH, VOCÊ É INACREDITÁVEL!", gritou voltando para o seu quarto deixando Bucky sem entender o que estava acontecendo.

"Sam, espera!", Bucky pediu antes que ele pudesse cruzar a soleira. "O que quer que eu tenha feito, me desculpe!"

Sam parou de olhos fechados, seu peito subindo e descendo depressa, seguindo as batidas do seu coração. Ele nem ao menos sabia o que tinha feito. E então, quando a ficha caiu para Sam toda a sua raiva e frustração virou preocupação e tristeza.

"Meu deus, você não tá nem aí. Por acaso você tá querendo se matar?", Sam soltou de uma vez  fazendo Bucky franzir o cenho em extrema confusão.

"Do que você tá falando?", perguntou tentando se aproximar.

Sam se virou e encarou James tentando entender o que se passava na cabeça do moreno. Como ele não conseguia enxergar o problema. E então respirou fundo.

"Eu tô falando dos seus impulsos praticamente suicidas em cada missão", explicou. "Hoje foi o estopim, James. Você precisa parar com isso!"

James revirou os olhos.

"Parar com o quê? Em fazer o meu trabalho?"

Sam estava incrédulo.

"Seu trabalho não é morrer, Barnes! O jeito que você agiu hoje, pulando do avião-"

"Você sabe que eu tinha um paraquedas. Não consigo ver onde está o problema."

Sam podia sentir a fúria crescer dentro de si novamente. Como ele consegue ser tão burro?

"Eles estavam alvejando a gente, pelo amor de Deus! Se eles acertam voc...", a voz de Sam morreu e Bucky sentiu uma pontada no peito.

"Sam-", tentou.

"Não, Bucky! Você age como se você fosse imortal, como se nada de ruim fosse acontecer. Você é um super soldado e não um Deus!", Sam sentia sua voz embargada, agora era tarde de mais para segurar as lágrimas. "VOCÊ NÃO PODE PULAR ESPERANDO QUE EU NÃO VÁ PULAR ATRÁS DE VOCÊ!"

Um soluço doloroso saiu da garganta de Sam e o apartamento caiu em um silêncio ensurdecedor. Bucky o olhava atônito com o coração na mão e a consciência pesada. Foi se aproximando aos poucos e abraçou Sam incerto, esperando que ele lhe empurrasse para longe, mas o mais alto se jogou em seus braços e o abraçou como se Bucky fosse desaparecer a qualquer segundo.

"Sam, me desculpe, de verdade. Eu nunca pensei em como isso poderia te afetar."

Sam soluçava baixinho, molhando a camiseta de Bucky com suas lágrimas que não paravam de cair.

"Você tem que me prometer que não vai mais fazer isso, que não vai mais se colocar em perigo dessa forma."

Bucky o olhava com pesar, desejando que não fosse por sua causa que Sam estivesse chorando.

"Eu prometo. Qualquer coisa por você, Sam."

Sam se desvencilhou um pouco dos braços de Bucky e o encarou.

"Você sabe que eu sempre estarei lá por você, sempre que precisar. Mas não sabemos o que pode dar errado, James", Sam desviou o olhar. "Se um dia eu não consegu-, e algo acontecer com v-, eu nunca iria me perdoar", sua fala entrecortada por soluços fez o coração de Bucky se quebrar em pedacinhos.

Ele jamais queria que Sam sentisse essa dor de novo, Bucky sabia que ele nunca superaria o que aconteceu com Riley. E só de pensar que ele poderia colocar Sam nessa situação de novo... Bucky se odiou por todas as vezes que havia se colocado em perigo sem pensar nas consequências.

O moreno segurou o rosto de Sam entre suas mãos e o fez levantar o olhar para que pudesse falar olhando nos olhos de Sam.

"Nada de ruim vai acontecer comigo ou com a gente, tá me ouvindo? Eu sinto muito por tudo o que eu te fiz passar durante as missões, Sammy. Eu prometo que nada disso vai acontecer de novo. Eu sinto muito, de verdade", agora era Bucky que lhe encarava com lágrimas nos olhos.  "Você acha que consegue me perdoar?"

Sam balançou a cabeça e deu um pequeno sorriso.

"Não há nada o que perdoar, Bucky. Eu só quero que você continue vivo e seguro", Sam admitiu.

Bucky sorriu e beijou a testa do mais alto.

"Contanto que eu esteja com você, eu continuarei."

Sentindo suas bochechas corarem Sam o abraçou mais uma vez e de mãos dadas voltaram para a cozinha terminar de fazer o chá que já não era mais tão necessário assim.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por chegar até aqui! Seria muito gentil se deixasse um comentário, até a próxima!



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