Construindo meu futuro - HARMIONE escrita por LadyPotterBlack


Capítulo 3
01 _ "A GRANDE BATALHA"




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/810803/chapter/3

[HOGWARTS – 2 DE MAIO DE 1998.]

E ali, no segundo dia de maio de 1998, a guerra finalmente havia acabado. Tom Riddle estava morto! Ele não iria mais perseguir ou destruir a família de ninguém.

"Era pra eu estar feliz, não era? Quer dizer, eu estou há 16 anos com medo de ser morto ou pego por ele, passei um inferno no último ano, na caçada das horcruxes, porque eu não estou sentindo felicidade ou alívio? Por que tudo que eu sinto é culpa e vazio? Culpa porque todos que eu amo sempre saem feridos ou mortos pelo fato de me amarem. Porquê toda essa maldita guerra aconteceu por que eu sou aquele que foi chamado de 'O eleito'. Vazio pelas perdas de todos que ousaram me amar e se preocupar comigo, por faze-los sofrer e por não conseguir salvá-los" – pensou Harry frustrado.

Lá estava o-garoto-que-sobreviveu sentado no chão contra uma parede no grande salão de Hogwarts, ao centro ainda estava o corpo daquele que um dia se declarou "O lorde das trevas" — Voldemort, ao longo de todo o salão haviam famílias chorando e lamentando a perda de seus familiares. Ao percorrer o olhar pelo ambiente, os olhos esmeraldas encontraram oito cabeças ruivas como fogo abaixadas – chorando a perda de Fred. Ao ver aquela cena o coração de Harry se afundou, os Weasley's sempre foram um modelo de família para ele, fora com eles que pela primeira vez em sua vida se sentiu amado - realmente querido e agora eles estavam sofrendo, devastados por essa maldita guerra. Continuando com sua vistoria, seus olhos automaticamente marejaram, seu coração disparou e seu corpo congelou, ali estava Remus Lupin, seu tio Aluado, monny, aquele que o ensinou a combater dementadores — a conjurar seu patrono, que fora com certeza uma das maiores figuras paternas em sua vida — o pai de seu afilhado e ao seu lado Nymphadora Lupin, a Dora, aquela mulher cheia de vida, brincalhona e engraçada — mãe de seu afilhado. Ambos mortos.

"NÃO! Isso não é justo, não pode ser verdade, deveria ser eu, era pra ser eu" – Pensava o moreno de olhos verdes.

Subitamente, quebrando seus pensamentos, sentiu um par de braços o envolverem em um abraço apertado, cheio de amor e carinho, alguns cachos faziam cócegas em seu rosto e um aroma de morangos e pergaminhos inundou suas narinas, era Hermione, sua Mione, aquela que sempre esteve com ele desde os 11 anos de idade – sua melhor amiga.

— Mione... – disse Harry, com sua voz embargada por lágrimas não derramadas.

— Shiiiii, não precisa dizer nada, ok? – disse Hermione e Harry apenas assentiu com a cabeça, permanecendo no abraço, que naquele momento eles poderiam jurar que era o lugar mais seguro do mundo inteirinho.

— Eu estou tão mais tão orgulhosa de você, Harry – continuou a garota – Você foi tão corajoso, eu fiquei com tanto medo quando eu vi aquele monstro com o seu corpo, droga! Eu pensei que nunca mais o veria – terminou com a voz tremula e fazendo círculos com a palma da mão nas costas do menino.

— Eu estou aqui Mione, eu estou aqui... – disse o garoto. Com isso ambos se permitiram chorar tudo aquilo que reprimiram pelo último ano, pelas últimas horas, por todas as perdas que sofreram. E naquele momento eles não precisavam mais ser fortes, bom, pelos menos não por enquanto.

*

*

*

Quanto tempo ficaram naquele abraço? Nenhum dos dois poderiam dizer. Estavam ali apenas recebendo e fornecendo carinho um para o outro.

Perceberam que já era tarde quando pararam de escutar vozes ao redor, o choro e fungadas estavam baixinhos. Com, isso Hermione desfez o abraço, se levantou e estendeu a mão para Harry.

   - Vem, vamos sair daqui, já está tarde e a gente precisa descansar.

O garoto assentiu, se ergueu com ajuda da amiga e saíram do grande salão. Após um período de caminhada Harry olhou confuso para Hermione.

  - Para onde estamos indo? - Questionou franzindo a testa.

  - Estamos indo para a sala precisa - respondeu - ou você prefere ficar sozinho no dormitório da grifinória? - indagou com uma sobrancelha arqueada.

  - Sala precisa, vamos para a sala precisa - o garoto se apressou em responder, tudo o que ele menos queria era ficar sem a presença de sua melhor amiga.

Hermione se permitiu, por um momento ainda que breve, dar uma risada e continuou a liderar o caminho para o sétimo andar. 

Ao chegar em frente a tapeçaria do sétimo andar, a garota desejou um ambiente confortável - como o salão comunal da grifinória, com um banheiro, para que pudessem tomar um banho e que tivesse roupas limpas. Finalmente, após as três vezes passando em frente a tapeçaria e mentalizando o ambiente que desejara, uma porta se formou, ao entrar se depararam com o espaço exato que a menina idealizou - havia um grande sofá vermelho com almofadas douradas, uma lareira e uma porta que dava para um banheiro.

Hermione logo se adiantou para o banho,  ao entrar se deparou com um espelho, a imagem que se formara era de uma garota toda suja, com sangue seco em suas bochechas, alguns cortes ali outros aqui, o cabelo estava um caos, e suas roupas, bem, tinham algumas partes rasgadas e outras chamuscadas por fogo e as bolsas abaixo de seus olhos que indicavam as noites mal dormidas e as que mal conseguira pregar os olhos. Chacoalhou a cabeça e começou a se despir, para se livrar de toda aquela sujeira em que se encontrava, com a esperança de que a água que caia do chuveiro também levasse toda a tristeza e angústia em que seu coração se encontrava - aquele sentimento de que algo grande estava por vir, algo que com toda a certeza mudaria sua vida, bom, não só a sua na verdade - mas naquele momento ela não fazia ideia do que  estava preste a acontecer.

Quando saiu do banho, vestida com roupas quentinhas e confortáveis que se assemelhavam a um pijama, encontrou um Harry pensativo no sofá, todavia, não o questionou, ele precisava de espaço e ela respeitaria isso. Não iria pressioná-lo, não, isso só faria com que ele se fechasse, tudo que ele precisa era saber que ela estaria ali pra ele - e acredite ela realmente estaria.

Harry percebeu que Hermione havia saído do banho e se adiantou para o seu. A imagem que encontrou no reflexo do espelho não foi muito diferente da qual a garota havia visto. Seus óculos estavam quebrados, o rosto sujo, cortes nas bochechas, sangue seco em torno de sua cicatriz, roupas rasgadas e os cabelos mais revoltos se e que isso é possível - presente da genética Potter. Chacoalhando a cabeça para se livrar dessa imagem, começou a caminhar em direção do chuveiro - se livrando das roupas pelo caminho.

Ao passo que a água do chuveiro escorria por seu corpo, ele ansiava para que a água não levasse apenas a terra, o sangue e lavasse suas feridas, não, ele ansiava que levasse também toda a culpa o vazio e aquela sensação que martelava dentro do seu peito - a sensação de que algo grande e importante estava por vir - "Não pode ser Voldemort, ele está morto!" - Harry penou - "Mas o que será?" 

*

*

*

Após tomar um longo e necessário banho e vestir roupas quentinhas, que a sala havia fornecido, o garoto se adiantou para o sofá onde a garota estava abraçando suas pernas.

Ele sentou-se ao seu lado e passou o braço pelos ombros da garota trazendo-a para perto. Ficaram assim por um longo tempo apenas aproveitando o calor que imanavam dos corpos – imersos em seus próprios pensamentos.

Subitamente, quebrando o silêncio confortável que estavam o garoto disse:

— Hermione isso tudo é minha culpa, tinha que ser eu! Era pra ser eu!

— Harry não diga isso nunca mais, entendeu?! Nada disso é sua culpa.

— Por Merlin, tem que haver uma maneira, não é possível, tem que ter um jeito de salvá-los, salvar o mundo mágico, dessa maldita guerra não acontecer, tem que ter, por favor tem que existir algo.... –Terminou o garoto dizendo as palavras em forma de suplica com a voz tremula de lágrimas não derramadas.

— Harry... – Hermione começou, no entanto, sua fala foi cortada por um clarão que inundou a sala precisa, desaparecendo tão rápido quanto apareceu.

— O que diabos? – A garota questionou.

— Mione, olha! – O garoto apontou para um objeto no centro da sala. Era um vira-tempo, mas não um comum como aquele que a menina havia usado em seu terceiro ano, esse era diferente – especial.

A garota pegou o objeto e em seu centro haviam algumas runas.

— O que está dizendo aí? – Questionou curioso o menino.

Hermione começou a falar a tradução das runas e quando a terminou o mundo inteiro parecia estar girando e eles não estavam mais em 2 de maio de 1998, não, eles estavam em Hogwarts de 1977 – A Hogwarts dos Marotos e de Lily Evans.

Quando, enfim, o mundo parou de girar o casal se encontrava em outra sala, no entanto, não era mais a sala precisa. Todavia, estavam cansados de mais para notarem onde estavam.

A cabeça de Hermione, girava sem parar, seu corpo gritava de exaustão pelos esforços da guerra e sua magia também estava fraca, então a garota se permitiu abraçar a escuridão que vinha ao seu encontro.

As pernas de Harry, estavam trêmulas, a cabeça latejava de dor e o corpo, bem o corpo finalmente estava sentido toda a tortura que sofrera na floresta proibida – todo o esforço que fizera para sentir-se vivo, sua magia pedia por um tempo para se recuperar – para descansar e fora com essas sensações que o garoto se permitiu desmaiar.

NOTAS DA AUTORA

Espero que estejam gostando da história ;)

Deixe aqui em baixo o que você está achando da história, sugestões e opiniões ;)

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Construindo meu futuro - HARMIONE" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.