- Eu vou perguntar pela ultima vez, o que é tudo isso?

E mais uma vez eu fui ignorada.

Tinha me levantado do lago, mas minhas roupas estavam todas molhadas, e grudaram em minha pele

E Peter que negue, mas eu vi muito bem que ele estava olhando para o meu corpo com um certo interesse...

Meninos!

Era mais ou menos a sétima vez que eu perguntava.

E era mais ou menos a sétima vez que eles me respondiam com um olhar indiferente.

Por que todos sabem menos eu?

Me distanciei deles e sentei-me debaixo de uma árvore. Aquilo era uma injustiça!

Os homens sabiam de tudo. Lógico que sabiam. Até minha melhor amiga sabia.

Mas eu, não... Porque Rebeca Delle nunca poderia saber o tão famoso segredo...

Que ódio!

Não era nada de machismo, como havia dito Carolina uma vez. Se fosse algo que somente homens pudessem saber, como ela estava totalmente a par da situação?

Tudo é tão confuso...

Senti então uma mão em meu ombro. Suspirei entediada. Qual era a desculpa agora?

- Vamos. - disse Peter.

Vamos aonde, se é que eu posso saber?

Esperei ele me responder como fazia a pouco tempo. Mas nada aconteceu.

Repeti a pergunta mentalmente. Nada.

O que estava acontecendo?

- Aonde?

- Longe daqui. – respondeu.

Fiquei confusa. Por que o repentino interesse em fugir?

- Por que? – perguntei, já que aparentemente ele estava “surdo” em questão de pensamentos.

E como resposta extremamente esclarecedora eu recebo... Absolutamente nada.

Isso é tão irritante!

- Se você não me contar, eu não vou.

- Ah, você vai... – falou em tom de ameaça.

Nem que ele me arrastasse!

De repente chamas me cercaram. Afastando Peter. E adivinha quem vejo na arvore mais próxima?

Isso mesmo. Diego.

E o meu pensamento tão inteligente foi:

“Ele não tava morto?”