The Reason escrita por Kathe Black, Katherine Black


Capítulo 18
17. Sangue




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Pov Bella

       Me remexi na minha cama, sentindo o corpo de Edward bem ao meu lado. A noite estava especialmente fria e eu tive que ajustar o aquecedor algumas vezes durante aquela madrugada, até que o mesmo não deu conta – eu já devia ter mandado concertar – e agora estávamos nos dois aqui morrendo de frio mesmo com dois edredons nos cobrindo.

         - Também não estou conseguindo dormir- ele murmurou, se virando para me abraçar. – Eu preciso te contar mais uma coisa.

        - Que tipo de coisa?

        - O verdadeiro motivo para mandar Renesmee pra longe. Você precisa saber, já que tecnicamente está envolvida por ser minha namorada.

          Me virei na cama novamente, esticando minha mão em direção ao abajur e o acendi, analisando a expressão preocupada dele.

          - Estou começando a me preocupar. – indiquei

      Sentou-se na cama, me puxando para me acomodar em seu peito, o frio já nem era o que estava me incomodando no momento. Edward começou a me explicar tudo, desde o início, falando devagar para que eu pudesse assimilar tudo o que me era dito.

          -... eles sabem onde moro lá em Palo Alto e por isso estou pedindo transferência da residência. Carlisle me ajudou com isso, estou vindo para o hospital de Seattle.

           - As ameaças agora são contra a sua vida – resumi as informações da minha mente, enfiando meu rosto em minhas mãos. – Isso não pode ser real. Por que não pagar de uma vez o que eles querem?

        - Eu tentei, inclusive estou devendo um bom dinheiro a Renesmee por conta disso

         - É da vida de vocês que estamos falando, ela não vai se importar se a conta dela for zerada.- grunhi – Eu tenho algum dinheiro guardado também...

         - Bella, Bella, calma! – ele pediu me fazendo olhar diretamente pra ele. – Não adianta, eu tentei pagar. Limpei minha conta, mas a dívida que eles dizem haver, nunca acabaria. Quanto mais eu cedo a pressão, mais eles cobram. Eu entreguei nas mãos da polícia, agora é esperar que eles façam a parte deles. – Edward tocou gentilmente meu rosto - Gosto de pensar na parte boa, agora Renesmee está estudando em uma das melhores escolas do planeta e até amizade com uma princesa ela fez. E viver em Seattle também tem seus benefícios, eu posso estar aqui mais vezes, se ajustar direitinho então talvez eu possa vir dormir aqui uma ou duas vezes na semana.

         - Não da. Eu não consigo pensar em um lado positivo quando é a sua vida que está em jogo. – me levantei da cama, verificando o horário. O frio já nem era mais o meu problema no momento.

        Ele veio atrás de mim, passou seus braços pelo meu corpo me envolvendo junto a ele embaixo da coberta mais grossa.

        - Não falei isso pra te causar preocupação, te falei para que você possa entender se por acaso eu precisar viajar de última hora. Se tudo continuar assim, talvez eu também tenha que deixar o país. – confidenciou – ao menos foi essa a sugestão de amigos próximos à Carlisle.

         - Vamos passar por essa juntos- sussurrei como uma promessa, sentindo seu peito inflar.

           - Com você do meu lado, fica até mais fácil. – ele beijou meus cabelos, me levando com ele de volta pra cama. – Vamos tentar dormir, temos algumas horas ainda antes que o dia amanheça.

             - Vamos tentar.

05 de Setembro de 1999

       Abril e Maio passaram muito mais rápido do que eu podia imaginar. Em junho, eu cheguei a tirar uns dias para visitar Edward em Palo Alto. Em Julho, Edward preparava suas coisas para iniciar sua vida em Seattle, um novo hospital, uma nova residência, foi bem complicado se adaptar ao ritmo imposto pelo hospital de Seattle. Em Agosto, Renesmee nos ligou eufórica pois precisava da autorização de Edward para poder viajar a Dinamarca para o aniversário da princesa Jane. A princípio Edward não gostou da ideia, mas acabamos por convencer ele a permitir. Afinal, ela estaria segura com a realeza Dinamarquesa, e qual menina nunca sonhou em estar tão próximo a príncipes e princesas?.

          Já era Setembro, meu aniversário estava próximo e não só isso como o segundo casamento da família Black. Sam havia pedido Emily em casamento, estavam organizando tudo para que acontecesse o mais breve possível para que ela pudesse ir embora com ele. Se por um lado eu estava feliz por ela, por outro eu estava apreensiva com as discussões entre minhas primas ultimamente, pois Emily pretendia levar a Claire com ela ( Emily era praticamente a mãe da menina) só que Rebecca e Rachel estavam odiando a ideia e se recusavam a aceitar que Emily levasse a caçula da família pra longe.

          As inúmeras revistas de vestidos de noivas estava aberto sobre o chão do meu apartamento. Rebecca tinha acabado de sair com o pequeno Jared, Rachel ajudava Emily a decidir modelo do vestido. Eu apenas tinha fornecido o lugar e feito alguns petiscos, mas não entendia nada sobre tecidos e vestidos como elas.

           Quando ouvimos a porta do apartamento sendo aberta, todas olhamos na mesma direção. Edward passava pela porta e estava sangrando. Com dificuldade ele a fechou.

        - Meu Deus! – gritei correndo até ele. – O que ouve?

        - Estou bem, estou bem. – ele repetia mas estava visivelmente alterado, enquanto eu tentava verificar de onde era aquele sangue, ele não tinha ferimentos visíveis. – Liga pra polícia, tinha um cara na porta do seu apartamento, ele está ferido.

        Emily ligou e logo duas viaturas e uma ambulância faziam barulho em frente ao meu prédio. Edward tinha algumas marcas pelo corpo, mas nenhuma que pudesse causar aquele alarde de sangue em sua camisa e então quando desci para ver o tal homem ferido foi que percebi que o sangue na camiseta azul de Edward era daquele homem com um canivete no pescoço.

        - Como isso aconteceu? – meu pai questionou, encarando Edward.

        - Ele me atacou com o canivete, eu consegui me defender e entramos em luta corporal, eu estava no chão quando o vi tentar sacar a própria arma e consegui pegar o canivete que pertencia a ele.

         - Ah, meu Deus! – Rachel gritou quando viu o homem sem vida e virou de costas, escondendo o rosto.

        - Ok, acredito em você, Edward. Mesmo assim, preciso te levar comigo.

     Não conseguia falar. Edward apenas assentiu, esticando as mãos para que as algemas fossem colocadas.

      - Não precisa disso – Charlie barrou o policial que ia algema ele – Edward não é perigoso.

        - O que eu faço? – consegui enfim formular uma frase.

       - Avisa ao Carlisle. - disse Edward, enquanto era guiado até a viatura.

No chão da entrada do prédio, o sangue ainda escorria.

 

 

 

 

 


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