Cemetery Drive Frerard escrita por Noahlexander


Capítulo 1
Capítulo 1 Único


Notas iniciais do capítulo

Primeiro Fanfic que posto aqui, espero que gostem....
Boa Leitura!!!



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Capítulo Único 

 

 

Frank sempre ia ao cemitério no final da tarde e ficava lá por horas, só voltava à noite,o chamavam de louco e esquisito, só pelo fato de gostar daquele lugar que o trazia um pouco de paz, mas também quem iria gostar de um lugar tão mórbido? Além de Frank, ninguém. 

 

Era mais um final de tarde, Frank entrava dentro do cemitério, não tinha nenhum segurança lá, o que facilitava a entrada do garoto ali.

 

Com seus fones de ouvido no máximo, ele andava de túmulo em túmulo, já conhecia tudo alí e às vezes se sentia entediado, não tinha ninguém para conversar, não tinha amigos e também não queria, afinal, quem ia querer fazer amizade com o baixinho esquisito.

 

Enquanto fazia a sua caminhada por entre os túmulos, ele viu um homem sentado na porta de um mausoléu, ele tinha uma garrafa de whisky em mãos da qual ele tomava grandes goles.

 

Ao notar a presença de Frank, o homem acenou para ele, Iero acenou de volta e ia seguir com sua caminhada, mas parou quando ouviu o homem falar. 

 

— Hey garoto! - Chamou o homem, fazendo Frank se assustar um pouco. 

 

— O - Oi! - Frank gaguejou, ainda um pouco assustado. 

 

— Me desculpe, eu não quis te assustar. - Se desculpou, sua voz era doce e tinha um tom divertido.

 

— Não, tudo bem.. - Frank respondeu um pouco mais tranquilo e arriscou sorrir um pouco.

 

— Venha, sente - se um pouco.. - Balançou a mão o chamando para sentar ao seu lado. 

 

Frank ficou um pouco relutante, mas foi se sentar ao lado do homem desconhecido. 

 

— Não precisa ficar acanhado garoto…… - Disse o outro com um sorriso de lado. 

 

Só então, Frank pode reparar melhor no homem ao seu lado, Cabelos negros na altura dos ombros, pele clarinha e olhos verdes, nariz fino e arrebitado, sobrancelhas grossas, usava um terno todo preto, com exceção da gravata vermelha,enfim, muito lindo. 

 

— Gosta do que vê? - perguntou o olhando e estava levemente corado. 

 

— Me desculpe, eu não queria…. Eu não queria ficar te encarando… - Agora é a vez de Frank ficar corado e arrancando uma risada doce mais velho. 

 

— Tudo bem, não precisa se desculpar. - Sorriu timidamente. 

 

— Quer? - Ofereceu a garrafa para que Frank tomasse um gole. 

 

— Obrigado, mas eu não bebo… - Frank negou, corando ainda mais. 

 

— Tudo bem….. Mas então, o que você faz num lugar desses no meio da noite? - perguntou depois de dar um gole no conteúdo da garrafa. 

 

— Eu venho aqui para ter um pouco de paz, e ver os túmulos, ficar imaginando o que cada pessoa fazia quando estavam vivas. - Frank diz enquanto olhava para seus próprios pés. 

 

— Interessante, eu nunca pensei nessas coisas… - respondeu depois de outro gole.

 

— E você? O que faz no cemitério, eu nunca tinha te visto aqui antes? - Frank perguntou curioso. 

 

— Eu vim ficar perto da minha esposa, faz dez anos que ela se foi, e faz dez anos que eu venho aqui, beber ao lado de seu túmulo. - O homem respondeu com pesar, talvez, ele ainda a amasse.

 

— Você ainda a ama muito? - estavam começando a engatar uma conversa.

 

— Sim, ela era minha melhor amiga, claro que a nossa relação era puramente fraternal, mas nós tivemos que nos casar, porque ela engravidou, enfim, apesar de tudo, nós fomos felizes com a nossa filha. - Ele contou, e um suspiro de alívio saiu de sua boca, parecia que um peso tinha sido tirado de suas costas. 

 

— E do que ela faleceu? - Frank perguntou, olhou para o lado, quando escutou um riso nasalado do homem. 

 

— O que é tão engraçado? - Frank ficou mal humorado quase instantaneamente. 

 

— Não é nada, só o fato de você querer saber da vida de um completo desconhecido….. - disse ainda rindo. 

 

— Ela morreu em acidente de carro, ela faleceu no local… - Continuou, seu olhar estava focado na formiga que estava em sua mão.

 

— Sinto muito….. - Frank diz enquanto brincava com as correntes de sua calça….. 

 

— Obrigado….. - Respondeu ele, havia terminado a garrafa de whisky e abriu uma de vinho.

 

— Beba um pouco, não é tão ruim assim… - Ofereceu a bebida mais uma vez, mas Frank negou. 

 

— Eu já disse que não bebo….. - Frank fala e o outro abre um mínimo sorriso.

 

— Então, eu vou ter que beber isso tudo sozinho?? - Apontou para a garrafa que segurava e para mais duas garrafas uma champanhe e a outra de vodka. 

 

— Por que tanta bebida, é uma comemoração? - Frank perguntou surpreso com a quantidade de bebidas alcoólicas.

 

— Eu bebo pra esquecer de tudo, do meu nome, da minha casa, responsabilidades que eu tive de assumir muito cedo, e eu não tô falando da paternidade, mas de uma multinacional, meus pais faleceram logo depois que eu me casei. - O homem dava longos goles no vinho, mas de forma alguma parecia estar bêbado. 

 

— Nossa, não tinha absolutamente ninguém pra assumir no seu lugar, um irmão? - Frank se sentiu um pouco triste pelo homem ao seu lado.

 

— Eu sou o filho mais velho, meu irmão tinha apenas doze anos na época, uma criança ainda. - Suspirou pesadamente. 

 

— Mas apesar disso, eu ainda consegui ver a minha filha começar a andar, escutei suas primeiras palavras, e também sei que nada do que eu fizer agora, vai compensar tudo o que eu perdi da vida dela. - Sorriu tristemente. 

 

— Me desculpe, eu não queria te trazer lembranças ruins…. - Frank se desculpou mais uma vez. 

 

— Eu só te perdoo, se você beber comigo hahaha….. - O homem riu e ofereceu a garrafa para Frank que a pegou da mão dele. 

 

— Tudo bem, eu vou beber, mas é porque o clima ficou pesado…. - Disse Frank, tomou seu primeiro gole de vinho, sentiu a bebida queimar na sua garganta e fez uma careta engraçada, fazendo com que o homem risse ainda mais.

 

 

Seguiram a noite bebendo e rindo na frente daquele mausoléu, que ele descobriu ser da família Way, ou seja, do homem que ria de forma escandalosa, por uma piada idiota que Frank contou. Frank também descobriu que o homem se chama Gerard, um nome muito bonito, igual ao dono. Quando disse aquilo para ele, o viu corar e ficar igual a um tomate e também disse seu nome e Gerard perguntou se outro não era parente dos sete anões.

 

— Para de me zoar, eu não sou tão baixo assim… - Frank reclamou emburrado. 

 

— Você fugiu do jardim da minha casa hahaha…. - Gerard já estava alterado pelo álcool. 

 

— Vai ser foder Gerard!!! - Frank beliscou o braço do mais velho que devolveu o beliscão e abraçou de lado, quase quebrando os ossos de Frank. 

 

— Venha comigo Frerard….. - Gritou Gerard de forma dramática, arrancando risos de Frank. 

 

— Que porra é Frerard??? - Frank perguntou rindo do outro fingindo que iria desmaiar.

 

— São os nossos nomes juntos….. gostou? - Gerard deu risada um tanto ridícula, mas fazia Frank rir até a barriga doer.

 

— Então, o meu nome agora é Frerard Iero? - Riu com o novo nome.

 

— Prazer Frerard Iero, eu me chamo Frerard Way hahahaha…. - Riram loucamente, apertaram as mãos e beberam mais um gole do champanhe.

 

— Um brinde à minha falecida esposa, se não fosse por ela, eu não estaria aqui e nem teria te conhecido. - Gerard levantou a garrafa pra cima e Frank fez o mesmo com a garrafa de vodka vazia. 

 

Depois do brinde, eles beberam mais um pouco, quando o champanhe acabou, já não sabiam mais o que falavam, riam de qualquer coisa.

 

Quando saíram do cemitério, tentavam caminhar corretamente na calçada, o que rendeu mais risadas de ambos, sempre que um tropeçava no próprio pé, o apartamento de Frank era o mais próximo.

 

Ao entrarem no pequeno apartamento, Gerard se jogou no sofá e Frank se jogou em cima dele, ficaram fazendo cócegas um no outro e até que seus olhos se encontraram, os verdes com os castanhos esverdeados. Seus rostos se tornavam mais próximos, até seus lábios se tocarem levemente, em um breve selar. 

 

Gerard não estava nenhum pouco satisfeito com aquilo e puxou o outro para seus braços e o beijou intensamente, suas mãos não paravam quietas, sempre explorando cada parte do corpo de Frank, este que ofegava entre o beijo. 

 

Roupas foram ao chão, e naquele sofá velho, mas confortável, eles fizeram amor, provavelmente não iriam se lembrar de nada daquilo quando acordassem no dia seguinte, mas o que importava naquele momento, era o agora. E eles se entregavam um ao outro. 

 

Frank chegou ao seu ápice de prazer primeiro e Gerard logo em seguida dentro do mais baixo. 

 

— Eu gostaria de lembrar disso amanhã. - Frank fala e boceja.

 

— Também queria lembrar…. - Gerard respondeu sonolento, logo pegou no sono, Frank deu um beijo em seu peito, se aconchegou e logo dormiu também. 

 

No dia seguinte, Frank acordou sozinho no sofá, lembrava de poucas coisas da noite anterior, procurou pelo homem com o olhar, mas não encontrou que pudesse lhe dizer que aquilo não foi um sonho.  

 

Quando tentou se sentar no sofá, sentiu dores naquele lugar e nos seus quadris, aquilo já era o suficiente pra provar que não foi sonho, levantou com dificuldade e foi até a cozinha, na mesa tinha algumas torradas prontas, algumas panquecas e café na cafeteira. Frank optou pelas panquecas, estavam divinas, nunca que ele faria algo assim. 

 

Depois de tomar o seu café da manhã, vai lavar a louça suja, mas antes que fosse até a pia, sua atenção vai para um bilhete que está grudado na porta da sua geladeira.

 

 

"Eu não sei se vai ler isso, eu lembro de algumas coisas da noite de ontem e não sei se você vai lembrar também…….. Eu gostei muito de ter ficado com você e eu gostaria que nos encontrássemos de novo…. 

É isso e espero que tenha um dia lindo, que nem você….

 

P.s. Eu fiz algumas panquecas, e espero que goste e também tem torradas, café…. "

 

                Ass: Frerard Way : )))

 

 Oh , eu ia esquecendo de colocar o meu número…..

        XXX-XXX

 

 

Frank apenas riu do bilhete atrapalhado de Gerard, foi pegar seu celular, salvou o número do outro e mandou uma mensagem. 

 

Conversavam bastante, resolveram marcar de se encontrarem, os encontros se tornaram um namoro de três anos, estavam noivos e iriam se casar. Depois de dois anos de noivado, eles finalmente se casaram.

 

 

Cuidavam da multinacional juntos, já que o irmão mais novo de Gerard, pulou fora de qualquer coisa que envolvesse a empresa, casou com um guitarrista de uma banda muito famosa e vivia com o marido na Califórnia. Bandit aceitou Frank super bem, ela sempre o agradecia por trazer o pai dela de volta, eles eram cúmplices, Frank sempre acobertava a menina quando ela ia sair com as amigas e também apoiou quando a mesma começou a namorar, Gerard surtou, mas Frank sempre consegue acalmar o marido.

 

 

Em uma noite qualquer em um cemitério, Frank encontrou o seu motivo de acordar com um sorriso no rosto todos os dias. E Gerard, encontrou o que tanto procurava em uma pessoa. 

 

 

Isso é um fim? Não, é apenas o começo de algo belo………

 

 

I miss you, I miss you so far

And the collision of your kiss that made it so hard

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Esse foi o capítulo, espero que tenham gostado e eu aguardo um feedback. Críticas construtivas, são super aceitas.
Até a próxima!



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