Através de Robert escrita por HEILA HANS SHEFTER


Capítulo 35
CAPÍTulo 35




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O dia amanheceu ensolarado, os pássaros cantavam, e o movimento na cidade começava.
Nathan resolveu começar sua ronda um pouco mais tarde e aproveitar cada segundo, daquela mulher de pele macia, suave e perfumada, que dormia nua em seus braços, os cabelos avermelhados, caiam sobre seu peito, onde seu delicado rosto repousava, sua pequena mão onde sua aliança de casamento estava, parecia tão minúscula ali em sua mão, Nathan não acreditou naquilo. Ele só poderia estar sonhando...
"Ele dormiu apaixonado por Elizabeth, e acordou mais apaixonado ainda… era como se cada amanhecer seu amor renovasse e crescesse ainda mais."
— Bom dia, meu marido... ela sorriu ao falar sem abrir os olhos.
— Bom dia, minha linda esposa.... Os olhos dela se abriram e Nathan se perdeu naquele mar azul, enquanto ela se perdia naquele vale verde dos olhos de seu marido. Eles conversaram no silêncio daquela profundeza e, ao mesmo tempo:
— Eu amo você...
E foi naquele momento, que uma grande explosão foi ouvida, toda a casa de Nathan balançou e a janela de seu quarto quebrou, jogando estilhaços por todo lado, Nathan puxou a coberta e protegeu o corpo nu de sua linda esposa e o seu também. Eles ouviram os gritos de Alien e do pequeno Jack.
Elizabeth tentou se levantar, mas acabou arranhando o braço nos cacos de vidro. Nathan jogou a coberta longe limpando a cama, após colocar sua esposa sentada em uma cadeira.
Ela era uma visão linda, sua pele clara, braços a frente do corpo tentando se tampar, cabelos avermelhados caindo com cachos por todo seu corpo, e aqueles imensos olhos azuis, ele respirou fundo, puxando forças do fundo de sua alma para que se concentrasse, pois ele precisava ser rápido e ver o que havia acontecido e também verificar as crianças.
Pegou sua roupa e vestiu correndo sua sarja vermelha, enquanto seus olhos não saiam de Elizabeth ali sentada, sem nada a lhe tampar. Sua boca salivava ao olhar para aquela beleza toda.
— Nathan! Ela disse com as bochechas ruborizadas.
— Eu te amo, senhora Grant.
Enquanto você se veste, meu amor, vou olhar as crianças e todos vocês vão ficar aqui seguro, enquanto eu descubro o que aconteceu. Hoje é sábado e vocês não precisam sair, assim poderei fazer meu trabalho, sabendo que vocês estão em segurança.

Ele passou para ela sua roupa de dormir e um robe para cobrir, foi até o quarto do pequeno Jack e o encontrou no colo de Alien, com olhos arregalados e chorando.
— Papai...
— Fique aí, filho... disse Nathan com a sua voz grave de policial.
O pequeno Jack, nunca tinha ouvido seu pai falando dessa forma. Ele estremeceu e segurou firme no pescoço de Alien. Sua filha Alien, já conhecia seu pai e esse seu tom de voz usado quando seu lado mountie assumia o controle...
Nathan olhou e viu que seu pequeno filho estava assustado, tanto com sua voz, quanto com as janelas quebradas devido aquele estrondo.
Nathan já estava com seu uniforme, correu até o andar de baixo e calçou seu coturno, havia muitos vidros e perigo de se machucar… voltando ao quarto, pegou seu filho no colo e beijou o pequeno passando segurança para ele. Nathan olhou e viu que Alien estava descalça, pois ela havia corrido para proteger seu irmãozinho. O coração de Nathan se encheu de orgulho de sua filha amada.
— Venha você Alien, papai tem braços para você também.
— Pai... eu já tenho dezesseis anos... sou grande e pesada. Ela riu sentada ao chão.
— Alien… você é e sempre será minha filhinha. Pode estar com cabelos brancos, que ainda terei braços para te carregar. Venha minha filha...
Ela se levantou com cuidado para não se cortar, e se viu levantada do chão com a maior facilidade por seu pai. Esse homem era muito forte, pois estava carregando ela e o pequeno Jack como se não tivesse nada em seus braços. Seu irmão não tinha nada melhor naquele momento, para ele tudo era uma festa, ele dava gargalhadas, e acabou fazendo Nathan e Alien rirem alto.
Ele os levou para seu quarto, encontrando sua esposa encostada na cabeceira da cama, com expressão preocupada com sua família.
— Chegamos, meu amor. Disse Nathan notando a preocupação dela. Uma voz amorosa, e o olhar mais apaixonado que ela já havia visto.
Elizabeth olhava para eles, seu marido com seus filhos nos braços, uma adolescente de dezesseis anos e uma criança de quatro anos, que sorriam muito. Era uma família linda e feliz. Ela abriu os braços e assim seus pequenos ficaram cada um de um lado, dando uma visão maravilhosa para Nathan. Ele beijou seus filhos e sua esposa, pedindo para ficarem em cima da cama, pois ele precisava ir à cidade ver o que havia acontecido e se tinha algum ferido. Mas antes de sair ouviu Alien perguntando a sua mãe Elizabeth se o ferimento estava doendo.
Nathan se lembrou do arranhão no braço de Elizabeth. Pegou o kit de primeiro socorro e fez um curativo.
— Nathan, você deve ir meu amor. Precisa ver se alguém se machucou ou precisa de algo. Estaremos bem aqui.
— Elizabeth, a despedida sempre é difícil, mas hoje eu percebo que nunca foi tão difícil sair, como está sendo hoje... eu queria somente poder ficar e cuidar de você e de nossa família.
— Eu também queria que você ficasse, meu marido. Ela fez um leve carinho em seu rosto. Mas você tem um dever com a nossa cidade. Eu, digo, nós, vamos te esperar de braços abertos... E deu um leve beijo em seus lábios...
— Mamãe beijou o papai... gritou pequeno Jack, provocando grande risada em todos.


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