Eu sou apenas um garoto escrita por Pinkie Bye


Capítulo 2
Ouça com atenção, siga minhas instruções


Notas iniciais do capítulo

Eu real não acredito que já estamos em Setembro, esse ano está voando!



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ELIJAH nasceu com defeito.

Ou pelo menos foi isso que ele ouviu durante seus oito anos respirando. Tudo era cansativo e monótono. Por mais que estivesse existindo, não tinha vida.

Sua cela era uma grande sala branca, sem janelas e com apenas uma cama no canto. O colchão era desconfortável e a imensidão branca o fazia perder a noção do dia e da noite. Somente era autorizado a sair quando era absolutamente necessário para os responsáveis pela sua sentença.

No entanto, sempre teve a sensação de estar sendo observado. Parecia que as câmeras capturavam todos os seus movimentos e as escutas ouviam seus suspiros noturnos.

Se lembrava com clareza do dia em que sua vida virou de cabeça para baixo. Sua rotina matinal começou como sempre. Um membro da equipe entrou na cela. Era alto, robusto e vestia roupas brancas da cabeça aos pés, ostentava uma máscara que escondia seu rosto.

A porta da cela era revestida por uma placa de titânio e fazia um barulho alto quando destrancada. Lhe indicou sete pílulas que precisava tomar para começar o dia e o guiou para fora, com uma mão apertada na sua nuca. Elijah mal conseguia ouvir a respiração do homem e se perguntava se ele era real ou uma máquina, como as professoras do jardim.

Foram para o banheiro, onde o banharam com uma mangueira, trocaram suas roupas — de um avental passou para uma calça de tecido fino e uma camiseta larga, ambas brancas — e realizou sua higienização bucal.

Depois disso, tomou o café da manhã, que consistia em barras energéticas sem sabor, e se movemos para um novo bloco, onde o treinamento diário começaria.

Durante o trajeto, Elijah tentou adivinhar qual seria o foco do teste do dia. Geralmente era submetido a uma série de experimentos projetados para testar seus poderes psíquicos e medir o nível de controle. Esses experimentos podiam incluir testes de telecinese, leitura de mentes e outras habilidades sobrenaturais.

Foi direcionado a um espaço fechado e estéril, com paredes brancas e luzes fluorescentes que iluminavam o ambiente. No centro da sala, havia uma cadeira de metal com tiras de couro que o prendiam nas pernas, braços e cintura. Ao lado da cadeira, havia uma mesa com vários equipamentos eletrônicos, incluindo monitores, computadores e cabos que se estendiam por todo o espaço. Havia também vários objetos metálicos e magnéticos espalhados pela sala.

No canto da sala, havia um espelho unidirecional, atrás do qual se escondia uma equipe de cientistas. No teto, câmeras e equipamentos de gravação registravam todos os movimentos do garoto em teste. O ar era filtrado constantemente para garantir que nenhum agente externo interferisse nos resultados do experimento.

Elijah era o centro das atenções naquele ambiente de testes, cercado por tecnologia avançada e cientistas sanguessugas.

Aquilo o fazia engolir em seco.

Enquanto não começava, começou a refletir. A parte da manhã era entediante, além de exaustiva. A parte favorita dele era a da tarde, onde era autorizado a se envolver em atividades recreativas e educacionais projetadas para manter sua mente e corpo saudáveis. Se isso fosse possível… costumava incluir jogos de tabuleiro, livros para ler, aulas de ginástica e outras atividades selecionadas pelo laboratório.

Uma mulher de traços asiáticos empurrou a porta da sala e adentrou com passos firmes e determinados. Seus longos cabelos pretos estavam amarrados em um coque impecável e ela usava um jaleco branco que caía perfeitamente em seu corpo magro e esguio, mas com músculos definidos que se destacavam sob o jaleco.

Ela segurava uma prancheta embaixo do braço e usava grandes óculos pretos que destacavam seus olhos brilhantes e expressivos. Seus lábios finos estavam ligeiramente apertados em uma expressão séria e concentrada.

Ela analisou rapidamente o ambiente, certificando-se de que tudo estava em ordem e que os equipamentos estavam funcionando corretamente. Caminhou com passos precisos até o centro da sala, onde posicionou sua prancheta e começou a revisar as anotações cuidadosamente.

Enquanto se concentrava em seu trabalho, ela irradiava uma aura de competência e autoridade que era impossível ignorar. Sua presença era imponente e respeitável, e sua postura demonstrava um profundo comprometimento com sua pesquisa e com a ciência em geral.

— Bom dia, Elijah! — Finalmente se dirigiu a palavra à criança, que a observava com atenção. — Dormiu bem?

— Dormi.

Ela sorriu.

— Dra. Jiaying, precisamos mesmo fazer esses testes? — O menino interveio. — Não poderíamos fazer uma pausa, só por hoje.

— Por quê? Achei que gostasse deles. Me deixa triste quando diz isso.

— Eu até gosto. Mas eles são exaustivos e machucam. Não podemos pular para as atividades da tarde, só por hoje?

— Elijah — Ela se aproximou, tocando suas mãos. — Quando você expressa críticas sobre o meu trabalho, isso afeta o meu estado emocional e me entristece profundamente. Eu me dedico muito a você e faço tudo o que está ao meu alcance para ajudar na sua evolução, e ouvir tais comentários ingratos é muito doloroso. Quando você fala dessa forma, parece que está me desrespeitando e desvalorizando todo o esforço que coloquei nesse trabalho. Fica a impressão de que você deseja me ver infeliz. Você quer me ver infeliz?

Jiaying olhou profundamente em seus olhos.

— Não — Abaixou o olhar.

— Melhor assim. Vamos começar, já perdemos tempo demais.

Ela se sentou em uma mesa próxima à parede e posicionou sua prancheta com anotações e gráficos. Colocou um capacete com eletrodos na cabeça de Elijah, conectando-o a uma máquina de leitura de ondas cerebrais.

— Vamos começar com um teste simples — Explicou a mulher, sua voz calma e firme. — Gostaria que você movesse este objeto usando apenas sua mente.

Ela apontou para um pequeno objeto de metal sobre a mesa. Elijah estreitou os olhos e se concentrou com toda a sua força mental, enquanto Jiaying observava cuidadosamente as leituras dos eletrodos na máquina ao seu lado.

De repente, o objeto de metal se levantou e começou a flutuar no ar. A doutora anotava as leituras com uma expressão concentrada.

— Excelente — elogiou. — Agora, vamos tentar algo um pouco mais difícil.

Ela colocou um objeto maior na mesa e instruiu Elijah a movê-lo com a mente também. Elijah se concentrou intensamente, seus olhos fechados enquanto tentava mover o objeto.

Desta vez, a tarefa foi mais difícil e levou um pouco mais de tempo, mas eventualmente o objeto começou a se mover, deslizando lentamente pela mesa. Jiaying observou as leituras com uma expressão de satisfação.

— Mais um desafio cumprido. Acredito que esteja pronta para evoluir o nível, com base nas suas notas altas nos testes anteriores. Agora vamos deixar de trabalhar com objetos inanimados e passar para seres orgânicos. — Ela disse e com um estalar de dedos. Dois guardas fortes, de roupa branca e rosto coberto por mascaras, adentraram puxando uma gaiola. Dentro da mesma, se fazia presente um médio coelho branco.

— Que bichinho fofo! — Elijah disse com um sorriso.

— Você sabe que animal é esse?

— Não me lembro o nome, mas lembro que já vi ele nos meus estudos de ciência e vida animal. Ele parece ser bem frágil e delicado, como um algodão.

— Você não pensaria isso se ele te mordesse.

Os guardas posicionaram a gaiola de frente a ele e a firmaram ali.

— Bem-vindo ao novo nível. — Ela começou. — A sua primeira missão é controlar a mente desse animal.

Elijah arregalou os olhos.

— Isso é possível?

— Acha mesmo que eu teria cogitado lhe propor isso se eu não achasse que fosse?

— Mas você acha que estou pronto?

— É claro que está. Depois de todo o treinamento que te submetemos nesses oito anos, só se for você muito incompetente para fracassar.

A sua têmpora começou a queimar. Fixou os olhos no coelho. Tentou o máximo que pode, os aparelhos começaram a oscilar os resultados. Depois de seis tentativas, apenas conseguiu fazer o coelho virar o rosto em sua direção e piscar os olhos, como também uma Jiaying impaciente.

Aquilo era extremamente incômodo. Além do cansaço física e a cabeça latejando, a impressão que lhe ficava era que, se como a cada nova tentativa, aquele coelhinho fosse explodir. Não queria isso. Queria abraçar o animalzinho, não machucar.

O coelho deu um pulo e soltou um gemido de dor. Elijah interrompeu o teste e fechou os olhos com força.

— E-eu não consigo… — sussurrou. — Desculpa, mas eu simplesmente não consigo!

— Você consegue. Só se esforce mais um pouco. Está quase lá.

— Não quero machucar ele… não quero. — Abriu os olhos e estes ardiam. — É como se eu pudesse desviver ele a qualquer momento.

— E qual é o problema em fazer isso?

— Ele é inocente e nunca fez mal a ninguém, então por que eu iria achar certo desvivê-lo?

— Ei, Elijah, olha pra mim. — Segurou-o pelos ombros. — Está pensando como um perdedor, entende? Existem dois tipos de pessoas no mundo, os fortes que lideram e os fracos que obedecem. E os fracos não lideram o mundo. Quer continuar sofrendo feito um fraco?

O garoto apenas concordou, com os olhos cheios de lágrimas e voltou a se concentrar, trêmulo. Olhou o bichinho com atenção, com força. Chegou a sentir a pressão subir à cabeça e a nuca latejou. Mas dessa vez o coelho permaneceu parado, inflando as narinas, não demonstrando qualquer sinal.

Por favor, faça alguma coisa grandiosa... por favor, faça alguma coisa para acabar com isso rápido. — suplicou baixinho.

Jiaying o olhava com atenção, com uma atenção beirando a tédio.

— Não é tão difícil. Só se concentre, tente pensar na sua música favorita, eu fazia muito isso.

— Você já fez isso antes? — perguntou inocente.

Jiaying sorriu forçado, ignorando sua pergunta.

Continuou, outro gemido de dor vindo do animal. Aquilo era demais!

— Já chega! — exclamou.

— O que disse?

— Já chega! Eu não vou mais fazer isso. — Começou a relutar, se chacoalhando com força na cadeira. As luzes começaram a oscilar e os objetos a dar pulinhos nos móveis.

— Para com isso!

— Eu já disse que não! — gritou. Isso gerou um impacto capaz de arremessar Jiaying e os guardas para trás. Quando o corpo da cientista bateu contra a parede, ouviu um estalo, como se um dispositivo houvesse sido quebrado. O coelho por sua vez fugiu, uma vez que a gaiola foi destruída, se escondendo debaixo de uma das mesas dos aparelhos do fundo do recinto.

O alarme de emergência disparou.

Jiaying abriu os olhos, um zumbindo alto nos ouvidos, sua vista estava turva. Tateou o chão à procura dos óculos e machucou a mão com os cacos de vidro. Quando apertou o óculos, notou que tanto a armação quanto as lentes estavam destruídas. Levantou-se com dificuldade, devido a dor dilacerante que sentia nas costas.

— IANA! — chamou pela I.A., que não tardou em responde-la.

— Sim, senhora! — A voz doce soou.

— Me traga novas lentes de contato.

As engrenagens giraram. Em instantes, uma parte de lentes se emergiu da parede.

— Aqui, está. Há dois passos da senhora.

Apanhou e as colocou de qualquer jeito. Elijah sentiu um frio na espinha quando ela o encarou com raiva. Metade de seu rosto havia sido rasgado, e pela abertura pode notar um endo esqueleto. Odiou-se por seus esforços não parecerem de nada e ainda estar preso.

Jiaying levou a mão para frente do corpo e fez um dos guardas flutuar. Este estava aflito, sentindo seu pescoço ser apertado por uma força invisível. O guiou para perto de Eli.

— Anda, ataque ele, extermine ele! — exaltou. O Guarda continuou a grunhir. — Se o coelho é inocente, ele eu te dou certeza de que não é! E sabe por que? Sabe por que ele anda com todo esse armamento? É para caso você saia da linha, a primeira ordem dele é te matar, Elijah. E sabe o que ele também faz? Te dar choque. Você gosta dos choques que recebe por ele sem motivo?

Elijah estava boquiaberto. Sangue escorria no nariz da doutora. Ela continuou:

— Você gosta quando ele te dá choque por acordar cinco minutos atrasado? Ou gosta quando ele te pune te dando choque e te deixando sem comida? Gosta quando ele te tira a força das atividades recreativas enquanto você só quer mais um tempinho de lazer? Gosta de que todo esse laboratório te prive de uma vida normal fora daqui e te fiscalize 24 horas por dia como se fosse um animal? Por que eu não gostava, eu odiava. — Elijah notou lágrimas nos olhos da mulher, suas mãos tremiam. — Esse laboratório não nos merece, Eli. Eles não nos merecem...

Constatado isso, ela fechou fortemente as mãos. O guarda procurou ar, lutou, mas não foi o suficiente. Ela o arremessou ao chão, a máscara caiu com a queda e revelou o homem loiro de meia-idade com o rosto roxo e o pescoço quebrado. Elijah chegou à conclusão de que o guarda não era um robô.

— IANA1, desligue o sistema de teste. — Num instante, a I.A a obedeceu e Elijah se viu livre de suas correntes.

Uma sequência de estrondos fortes foi emitida do lado de fora do prédio. O alerta de emergência soou cada vez mais alto e distante.

— Começou. — Jiaying olhou para o teto, com os olhos brilhantes.

Elijah olhou para a destruição ao redor, horrorizado.

— É o momento de novos tempos chegando, querido. — Ela caminhou até o garoto e o ajudou a se levantar. Passou a mão por seu rosto e o limpou. — É o início do progresso. Como sua doutora, só lhe darei mais uma ordem.

Elijah a encarou com atenção.

— Siga até o final desse corredor. Te darei cobertura. Lute, use seus poderes e não sinta dó de machucar, essas pessoas merecem serem machucadas por causa de toda dor que causaram. Em menos de 10 minutos esse lugar estará destruído. Então seja rápido. No final do corredor, irá se encontrar com uma porta com essa insígnia. — explicou, lhe entregando uma chave com a figura de uma fênix, na palma da mão e movendo seus dedos para fechá-la. — Terá um submarino te esperando, com as coordenadas programadas para te deixar em um lugar seguro. Confie em mim! Você vai se sentir vivo, pela primeira vez.

Nisso, ela se ajoelhou e o puxou para um abraço.

— E por favor, não deixe ninguém te encontrar e descobrir sobre as suas habilidades especiais. As pessoas fazem loucuras pelo poder e por temerem o novo, o rejeitam e o atacam com violência e ódio.

O soltou e o beijou em sua testa.

— Você vai ficar bem, eu prometo. E sempre vou te amar, Elijah, e isso eu te digo como sua mãe e não como sua doutora.

Elijah ficou paralisado, sem saber como reagir. Afinal, o que era uma mãe, na pratica? E porque seus olhos estavam marejados e seu nariz vermelho ao reagir a isso? Por instinto, a envolveu novamente com os braços.

— Eu também te amo, Dra. Jia! — Foi um abraço quente e que durou menos tempo que ambos gostariam. Com um acenar de cabeça, Elijah começou a correr e segurou o coelho que encontrou no caminho. Atravessou a porta e ao olhar para trás, viu uma Jiaying atacando mais de três guardas de uma vez com seus poderes telecinéticos. E a viu sibilar um último: — Ouça com atenção, siga minhas instruções… seja livre!

Ele correu e atacou os eventuais guardas que lhe surgiram no caminho, os atirando para longe. A estrutura do laboratório estava instável. Balançava fortemente e ao olhar para os corredores que cruzavam com o que estava, viu fogo e pessoas gritando ao serem queimadas vivas. Nos autofalantes, gritavam em uma língua estrangeira. Eram fragmentos como “atomic bomb”, “emergency evacuation”, “north american attack” e “eliminate the mutant”. Como ele queria entender o que diziam, talvez não iria se sentir tão perdido.

Fez um cafuné no coelhinho, que parecia sereno a catástrofe que acontecia. Sortudo era ele, por ser protegido pelo manto da inocência e da ignorância. Ele encontrou a porta com a insígnia de fênix que Jiaying lhe indicou. Lembrou-se do dúlcido sorriso da mulher, mesmo sem ter muito conhecimento da guerra que acontecia, algo dentro lhe dizia que aquela havia sido a última vez.

Destrancou e adentrou. Desceu uma sequência quase infinita de escadas, em meio a escuridão, com uma rapidez temerosa. Nessa hora, agradeceu pela chave refletir uma baixa luz neon, não era grande coisa, mas daria para improvisar uma lanterna.

Encontrou o submarino no fim das escadas. Deu um passo e estranhou a transição das escadas de concreto para a pequena ponte de madeira que o levaria até a entrada do submarino. A cada passo a ponte parecia balançar e notou um pouco de água transbordando entre as tábuas. Levantou o olhar e viu que estava dentro de uma caverna, onde estalactites e morcegos estavam ali para o fazer companhia.

Com a telecinese, levantou a tampa e entrou no veículo aquático.

Deixou o coelhinho no chão, que ficou ao seu encalço. Pelo pouco de chines que sabia, percebeu que deveria colocar o indicador no escâner da tela. Uma vez identificado, uma voz feminina artificial, que pertencia a IANA, indicou que ele se sentasse e amarrasse o sinto. Mais uma vez o coelho em seu colo.

Quando o submarino emergiu. Uma tela desceu e o mostrou o estado da superfície. O laboratório havia explodido. O céu refletia um clarão e no céu aeronaves e mísseis cortavam as nuvens. No oceano, o submarino se desviava com eficiência e cuidados dos destroços daquilo que um dia Elijah conheceu como lar.

Por mais triste que fosse, Elijah não estava assustado com o que veria para frente. Jiaying prometeu que ele seria feliz e que se sentiria vivo. Talvez fora essa promessa que o deu forças para permanecer vivo quando um dos destroços atingiu o submarino quando estavam próximos a costa de uma ilha isolado no pacifico.


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Notas finais do capítulo

1 Assistente de Inteligência Artificial Neutra

Espero que tenham gostado, meus amores ♥ Até sexta que vem!



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