Câmara Secreta: Regulus Black, Mestre de Poções 2 escrita por Bruna Rogers


Capítulo 20
Capítulo 20




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Regulus subiu os degraus que liga as masmorras ao hall do castelo, tudo foi para o buraco muito mais rápido e feio do que já estava desde o Halloween e a petrificação da Madame Nor-r-ra.

Um péssimo momento para Dumbledore ser afastado de sua função pelo Ministério. Porque é claro que eles estão fazendo besteira novamente.

Agora a escola está prestes a ser fechada, talvez para sempre e uma aluna está desaparecida dentro do castelo, vítima de algo que deveria ser apenas uma lenda.

— Black — Stevens o chamou, interceptando seu caminho até a sala do diretor — Temos problemas.

— Mais?

Como pode piorar?

— Encontraram o corpo dela? — ele questionou.

— Não, ninguém sabe onde é a Câmara Secreta — ela disse com um misto de preocupação e indignação — essa merda tinha que vim de Sonserinos racistas — ela bufou, mas continuou antes que ele pudesse falar — Fui até a sala de Lockhart, obviamente ele desapareceu, mas McGonagall voltou da Comunal dela, Potter e o garoto Weasley mais novo desapareceram também.

— Ah porra — ele gemeu — Por que isso nem me surpreende?

— Eles são grifinórios — ela disse simplesmente.

— Temos que achar eles.

[...]

— Longbottom disse que os viu no banheiro feminino, os meninos e Granger algumas vezes durante o ano — ela mensionou enquanto eles caminhavam pelo corredor.

— Qual banheiro?

— Aquele com a fantasma — ela mensiona apontando para o lado oposto — talvez ela saiba.

O banheiro da Murta é um que foi evitado pelos alunos à anos, obviamente por causa da fantasma chorona que parece nunca sair daquele lugar. Então é um bom lugar para se esconder, mesmo os professores não se dão muito ao trabalho de ir lá normalmente.

Eles se olharam por um momento, concordando sem palavras de ir checar o local. Eles deram meia volta e foram até aquele banheiro especifico.

Não havia nada diferente no local, tudo parecia no lugar e até limpo, mas também vazio.

— Os meninos não estão aqui — ele disse.

— Bem, onde eles estariam? Granger ainda está petrificada na enfermaria e a menina Weasley, bem ninguém sabe onde ela está.

Antes que ele pudesse responder o vulto fantasmagórico saiu de uma das cabines assustando Stevens que pulou para trás dele antes de sacar a varinha.

— Murta, olá — ele a cumprimentou.

— Blackzinho — ela disse com sua voz estranhamente chorosa de sempre.

— Espera — Stevens disse dando alguns tapas de alerta no braço de Regulus. Ele se afastou deixando-a ter a epifania que seu rosto diz que ela está tendo — Murta, eu sinto muito ter que te perguntar isso, mas, quando você morreu?

Os olhos da fantasma se arregalaram por trás dos óculos de aro redondo. Regulus nunca entrendeu porque um fantasma ainda usaria um óculos, nunca fez sentido na cabeça dele, mas ele abafou esse pensamento se focando no que a mulher estava dizendo. Murta está morta desde antes deles começarem a estudar lá, e parando para reparar agora, ela usa o uniforme da corvinal.

— Era época das provas, eu não sei ao certo que dia — ela disse vagando lentamente para o lado — era 1943. Por que todos parecem tão interessados na minha morte de repente?

— De repente? — Stevens chiou, como faz quando está chocada — você era uma aluna, morreu na escola e... e ninguém se deu ao trabalho de te perguntar sobre isso antes?

Murta apenas deu de ombro balançando a cabeça.

— Ekeínos o gerontikós géros* — ela murmurou zangada.

— Quem perguntou sobre sua morte Murta? — Regulus pergunta.

— Os meninos, Potter e Weasley.

Os dois se entreolharam. Regulus teria se perguntado o por que dos meninos estarem querendo saber algo tão mórbido. Como dito por Longbottom antes, os três grifinórios estavam vagando por esse banheiro por vários meses, e todos óbviamente estavam curiosos sobre a Câmara Secreta, quem não estava esse ano?

Agora, o que poderia ser mera curiosidade infantil se tornou um risco real, porque é claro que Potter e seu amigo estavam se mentendo em problemas tão sérios. Como ele chegou aos 12 anos sendo tão imprudente?

Se ele foi capaz de enfrentar todas as armadilhas que Dumbledore criou e enfrentar um professor possuido pelo próprio Voldemort e sobreviver, é claro que ele vai tentar salvar a irmãzinha do melhor amigo.

Murta disse ter morrido em 1943, mesmo ano em que Hagrid foi expulso por abrir a Câmara Secreta, ou por manter uma criatura perigosa na escola. Ele não tem completa certeza.

— Como você morreu? — Regulus perguntou.

— Eu não sei — a fantasma diz um pouco irritada — como eu disse a eles. Eu estava aqui, chorando, bem naquela cabine, quando ouvi alguém entrar, e a voz de um garoto falando algo estranho lá perto das pias — ela apontou para as pias organizadas em circulo — quando eu sai para mandá-lo ir embora, vi olhos amarelos e morri.

Regulus se aproximou das pias, ele encarou as torneira tocando o metal, com um relevo de cobra.

— Foi em 1943 que a escola quase foi fechada dá última vez, não foi? — Stevens perguntou o olhando de longe.

— Foi — ele concordou — o que você acha?

— O que pode nos matar apenas com o olhar ?

— Eu não sei, mas se pode matar apenas com o olhar, porque apenas petrificou os outros?

— E se petrificar não foi intencional — ela diz se aproximando dele — Pense, fídi, havia água no chão no Halloween, Justin estava atrás de Nick quando ele foi petrificado. Colin estava olhando através da camera.

— As senhoritas Granger e Clearwater estavam olhando pelo espelho — ele percebeu andando pelo banheiro — sempre tinha algo refletivo ou algo na frente.

— Isso é possível?

— Eu não tenho certeza, blaireau** .

— Regulus — ela o chamou.

Ele se virou para ela e percebe a pia se mexendo, abrindo para os lados. Ele empunhou a varinha apontando para o local.

Antes de Regulus pudesse perceber o que está acontecendo, ela o puxa para a cabine fechando quase completamente a porta.

— Ficou maluco Ilíthios*** — ela diz baixo — há alguma coisa que pode matar só de olhar e você quer bater de frente? Virou Grifinório agora?

— Também não precisa ofender — ele diz olhando pela frestra da porta.

— Então pare de encarar a morte assim — ela resmunga — use os espelhos.

— Certo — ele diz encarando o reflexo das pias que ainda estão se movendo — se eu me petrificar corra.

— Tá achando que eu sou burra? — ela diz dando um tapa no braço dele — eu vou ficar aqui até ter certeza que não vou mor...

Ele tampa a boca dela. Os sons da pia arrastando contra as pedras do chão param e os dois prendem a respiração. Depois de segundos de silêncio, vários sons quebram a tensão crescente.

Pios altos de uma ave, o baque de varias coisas no chão e vozes que eles conhecem. Regulus respira fundo antes de olhar pela fresta novamente, pelo reflexo ele vê varias pessoas no chão perto da pia que agora está se mexendo novamente para seu lugar original.

Regulus abre a porta e sai da cabine para encarar a cena a sua frente melhor. Ele ignora o aperto de Stevens em seu braço.

Com um suspiro cansado, mas ainda feliz, ele encara os três alunos desaparecido, e apesar de um pouco aborrecido, ele também encara o seu colega, Lockhart.

— Crianças — ele diz com um suspiro mal disfarçado.

Ele observa pelo canto dos olhos Stevens saindo da cabine, a varinha ainda em mãos.

— O que diabos aconteceu? — ela disse como uma mãe irritada.

Ela se aproximou das crinaças, para observar melhor os ferimentos deles. Todos eles estavam sujos de poeira e fuligem, mas as vestes de Harry e Gina estavam molhadas ao contrário de Ron e Lockhart.

Harry tem sangue em suas mãos e braços, um pequeno hematoma no queixo. A garota estava apenas molhada, tremendo de frio, e com o cabelo bagunçado, não tinha sangue ou outros ferimentos visíveis.

— Vocês estão bem?

— Sim Professor — os três respondem ao homem moreno.

— Bem? 0lhe para eles — ela disse rangendo os dentes mas falando baixo — não acredito nisso até Pomfrey me garantir.

Eles finalmente se viraram para Lockhart que estava estranhamente quieto, olhando ao redor com uma facinação muito incomum para o homem.

— Lockhart — Regulus o chamou.

O homem se virou para ele com um olhar confuso.

— Nós nos conhecemos? — ele perguntou.

Regulus abriu e fechou a boca algumas vezes, essa não era a reação que ele esperava. As coisas estão muito sérias sem Lockhart agindo como um estranho.

— Nop — Stevens disse se levantando e ajudando as crianças — enfermaria primeiro, explicações depois. Merlim me diz que vai ser uma longa explicação.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

* aquele velho senil

** Texugo (frances)

***Idiota

Fidi - Cobra



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