Câmara Secreta: Regulus Black, Mestre de Poções 2 escrita por Bruna Rogers


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

COMBO 3/5



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Harry Potter

As coisas se acalmaram com a chegada de Janeiro, as histórias sobre a Câmara Secreta se amenizaram com a calmaria na escola. No entanto, as conversas sobre a disputa intitulada como O Mais Fabuloso começaram.

Essa história havia amenizado depois do ataque de Colin, mas Harry vê como a mudança de foco que os alunos estavam tendo era benéfica. Cada vez menos pessoas o chamavam de o Herdeiro de Salazar, mais focados em outros assuntos, principalmente depois da publicação de uma lista no jornal Profeta Diário, onde alguém nomeava os homens mais belos, jovens e influentes da Grã-Bretanha bruxa.

Em algum lugar da matéria estava escrito o termo: bom-partido.

— O que isso significa? — Ele perguntou aos garotos mais velhos.

— Que é alguém bom para casar, seja por amor ou por negócios.

— Casamentos por negócios existem ainda?

— Principalmente entre a alta sociedade — Percy assentiu.

A lista possuía quinze nomes de pessoas do melhor ao pior, e tanto Lockhart quanto Black estavam na lista.

— Veja que Lockhart está na sétima posição — Hermione disse mostrando o jornal para Gina e Lilá Brown.

— E Black na terceira — Ron rebateu orgulhoso do professor de poções.

É estranho para ver como Ron passa de um odiador de esnobes puro sangues da sonserina, para um defensor ferrenho do professor Black sempre que o homem é comparado ao professor Lockhart, mas Harry não o comenta, apenas assiste os dois amigos discutindo novamente os prós e contras de cada um de seus professores.

Infelizmente, em pouco tempo muitas outras pessoas entraram na conversa que foi escalonada para as outras mesas. Bem, a Sonserina em massa estava apenas dizendo como Black era indubitavelmente melhor que qualquer outro.

Harry apenas balançou a cabeça focando em sua comida, e lendo o que mais tinha no jornal.

Nada que realmente lhe chamasse a atenção, uma matéria de uma página sobre a nova legislação de controle de lobisomens, que passou com pouco mais da metade dos votos do Wizengamot. Isso não fazia diferença para Harry, então ele passou pelo resto, ele leu a matéria sobre o baile de natal, apenas mais fofocas.

Foi quando ele viu uma foto do sr. Malfoy com o braço em volta do ombro do sr. Black que estava bebendo alguma coisa.

Harry franziu a testa para a imagem, ele se lembrou de Black ter mencionado que era primo de da mãe de Draco, então ele era próximo do pai do loiro também.

Isso o deixou desconfiado, como alguém amigo de Malfoy poderia ser de confiança? Além do que, ele se lembrou, Black também foi um dos seguidores do assassino de seus pais.

Black se diz contra Voldemort, mas o quanto disso é verdade? Quanto disso poderia ser apenas fingimento para enganar a todos?

Ele poderia realmente confiar naquele homem? Bem, Dumbledore confiava e ele era o maior bruxo vivo e ele é uma pessoa sábia, certo?

[...]

— Eu tive uma ideia — Hermione contou no almoço.

Eles estavam sentados um pouco mais longe dos outros na mesa dessa vez, e ela estava muito empolgada.

— Estive pensando, enquanto estava na enfermaria — ela tomou um pouco de suco — talvez a coisa na Câmara Secreta pode estar em um dos livros da biblioteca.

— Já procuramos lá — Ron disse com a boca cheia, recebendo uma careta de Hermione.

— Não na área restrita.

— E como faríamos isso? — Harry disse coçando a cabeça.

— Arranjamos uma autorização — ela sorriu ainda mais — pedimos para um dos professores assinar e pronto.

— E qual professor faria isso ? — o moreno voltou a comer.

A ideia é boa, mas como enganar um dos professores para conseguir essa autorização.

— Lockhart — Ron respondeu depois de engolir o que mastigava, uma coxa de frango em uma mão e uma taça de suco na outra — aposto que ele nem vai notar o que está escrito desde que ele possa assinar.

E isso desencadeia outra discussão de como Lockhart é um professor ruim, e Mione defendendo o loiro como sempre. Harry decidiu se concentrar em sua comida e não se meter nisso, de novo. Além do que os jogos vão voltar em breve e ele precisa se fortalecer para vencer o próximo jogo contra a Corvinal.

[...]

— Ele nem leu — Mione lamentou enquanto eles caminhavam para a biblioteca, com a autorização assinada na mão.

— Eu avisei — Ron riu do lado direito de Harry.

— O importante é que deu certo, Mione.

Ela apenas resmungou.

Harry imaginou que as coisas seriam descobertas mais rapidamente agora, mas não havia respostas para o que eles procuravam, principalmente porque eles não tinham ideia de que tipo de criatura eles estavam procurando.

Não há nenhuma pista sobre o que era, nem na lenda, nem em lugar nenhum.

Tudo o que sabiam é que a câmara foi aberta a décadas atrás e alguém morreu, mas nada além disso.

Já era noite quando a Madame Pince os expulsou da biblioteca porque já estava na hora de fechar, o toque de recolher seria em breve e eles precisavam chegar a torre da Grifinória a tempo ou teriam pontos debitados e detenção pelo atraso.

Eles seguiram seu caminho até ouviram vozerio no andar acima deles.

— É o Filch — Harry disse.

— Acha que mais alguém foi atacado? — Ron já estava apavorado e eles nem sabiam o que estava acontecendo.

Os três ficaram em silêncio, com as cabeças inclinadas na direção do som para tentar ouvir algo mais. Eles subiram até onde ouviram o zelador, e o viram resmungando sobre seu trabalho e sobre Dumbledore.

Filch se afastou ainda falando. Os três espiaram pela esquina ao longe quando ouviram o som de uma porta bater. O posto de vigília de Filch estava no mesmo lugar em que a Madame Nor-r-ra foi petrificada quase três meses atrás.

— Um dos banheiros inundou — Mione apontou.

Havia água pelo chão, assim como no Halloween. Uma inundação vinda do banheiro da Murta enchia o corredor e não parava de escorrer.

Quando os sons de Filch reclamando acabou, neles puderam ouvir os lamentos da Murta ecoando pelas paredes do banheiro.

— O que ela tem dessa vez? — Ron perguntou.

Eles levantaram as vestes para atravessar o corredor até o banheiro. Apesar de ter perguntado, Ron não parecia realmente curioso para saber qual era o problema.

Eles atravessaram a porta, agora com um aviso de INTERDITADO, e encontraram a Murta Que Geme chorando cada vez mais alto e com mais força do que nunca, se é que isso é possível.

O banheiro estava mais escuro do que o normal pois as velas haviam sido apagadas pela água, Murta estava se escondendo em seu boxe habitual, tudo do chão às paredes estavam encharcados.

— O que foi Murta? — Harry perguntou.

— Quem é? — ela rebateu infeliz — veio jogar mais alguma coisa em mim?

— Por que alguém faria isso? — Hermione perguntou.

— Pergunte aos seus — ela gritou surgindo em meio a onda líquida — eu estou aqui cuidando da minha vida e alguém acha engraçado jogar um livro em mim...

— Mas não deve machucar — Ron pondera — já que você está...

— Morta!

— Bem, ele só atravessa, não é?

Isso rendeu um grito tão alto que fez os três recuarem. Harry temeu que alguém ouvisse e fosse tentar descobrir o que estava acontecendo, e os pegassem, eles estariam em problemas de novo se isso acontecer.

— Vamos todos jogar coisas na Murta, porque ela não sente — a fantasma se aproximou do trio, parando bem na frente de Ron que recuou um pouco.

Harry notou de relance, que se Murta não estivesse flutuando — bem, se seus pés tocassem o chão — ela seria só um pouco mais alta do que eles.

— Dez pontos se atravessar a barriga...

Ela socou a barriga de Ron, seu punho atravessando o meio do corpo do ruivo.

—... Vinte se atravessar a cabeça.

Ron se abaixou dessa vez, evitando o soco fantasma bem no meio de seu rosto.

— Mas afinal quem jogou o livro em você? — Harry tentou mudar um pouco o foco dela.

— Eu não sei... Eu estava na curva do corredor pensando na morte e o livro atravessou a minha cabeça — ela choramingou novamente — está lá.

Ela apontou.

Harry espiaram embaixo da pia e viram o pequeno caderno preto flutuando na água. Ele o pegou, o caderno parecia velho, a capa gasta.

— Você é louco — Ron disse — pode ser perigoso.

Perigoso? — Harry riu.

— Como exatamente isso poderia ser perigoso? — Hermione perguntou olhando para o caderno

— Você ficaria surpreso — o ruivo respondeu cruzando os braços — Há livros que o Ministério vem confiscando, meu pai disse, tinha um que queimava os olhos das pessoas.

— Não acho que é o caso — Mione disse olhando agora um pouco desconfiada.

— Não vamos descobrir se não dermos uma olhada.

Hermione recuou para o lado de Ron, distante do caderno.

— Não acho que testar a sorte seja a melhor coisa a fazer — ela disse.

Harry ignorou-os olhando melhor para o caderno, ele rapidamente notou ser um diário, a data estava meio desbotada mas dava para ler que o objeto tinha uns cinquenta anos. O moreno o abriu na primeira página, havia um nome meio borrado.

— T.S. Riddle

— Espera — Ron saltou para perto do amigo, olhando para o nome no diário — eu conheço esse nome... T. S. Riddle, tem um prêmio que ele recebeu no armário de troféus. Algo sobre serviços prestados a escola há uns cinquenta anos.

— Como sabe disso? — Hermione perguntou.

— Filch. Ele me fez polir os troféus umas cinquenta vezes enquanto estava de detenção com ele.

Harry passou por várias páginas, separando-as grudadas pela água, mas estava completamente em branco exceto pelo nome.

— Só não sei porque algo tão velho esteja por aqui.

— O dono deve ser um nascido trouxa — Harry disse — para ter comprado na rua Vauxhall.

— Bom não vai servir para ninguém — Ron disse abaixando a voz — cinquenta pontos se você conseguir fazer ele atravessar o nariz da Murta.

Ron deu grito de dor e espanto quando Hermione lhe deu um forte tapa no braço.

— Isso não tem graça.

Harry guardou o diário no bolso, ele não teria o jogado na fantasma de qualquer modo.

 


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