Rafael prendeu a respiração. Seus olhos encontraram os frascos brilhantes, reluzentes na penumbra do casarão abandonado. Cada frasco parecia conter um mundo de possibilidades e emoções encapsuladas, uma prova definitiva de que os sonhos estavam, de fato, sendo roubados.

Ele sabia que não podia deixar que os sonhos das pessoas continuassem a desaparecer. Precisava acabar com aquilo.

Deslizando silenciosamente pela janela entreaberta, ele adentrou ao local. As paredes do lugar eram revestidas de veludo escuro. Cortinas pesadas cobriam as janelas. Cada passo era cuidadoso.

— Ora ora, um intruso!

Rafael congelou, ao escutar a voz grave e arrastada daquele indivíduo sinistro.