Rainbow 5 escrita por Lee George


Capítulo 4
Rival e amiga




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No despertar da alvorada, os primeiros raios de sol infiltravam-se pelas frestas da janela do alojamento, pintando de tons dourados a serenidade do quarto de Sing. Os lençóis estavam amarrotados, testemunhas silenciosas da agitada noite anterior. Sing acordou com um suspiro, os cabelos negros emaranhados e a expressão sonolenta. Com um movimento elegante, ela esticou os braços acima da cabeça, seus olhos âmbar piscando para se acostumar com a luminosidade crescente.

Sem perder tempo, Sing lançou-se de sua cama e dirigiu-se à sua penteadeira, onde fileiras de maquiagens e produtos de beleza esperavam ser empregados. O espelho refletia seu olhar concentrado enquanto ela habilmente aplicava camadas de maquiagem, realçando sua beleza natural com toques sutis. As sombras escuras destacavam seus olhos brilhantes e um batom vermelho intenso adornava seus lábios.

 

Com a maquiagem concluída, Sing virou-se para o guarda-roupa. A escolha de sua vestimenta era vital, cada peça uma extensão de sua personalidade cativante. Vestiu um conjunto de roupas que combinavam elegância e sensualidade, cada peça cuidadosamente selecionada para aperfeiçoar sua aparência magnética.

Após se arrumar, Sing observou seu reflexo uma última vez, um sorriso sutil brincando em seus lábios. Ela sabia o efeito que causaria quando saísse pela porta. Com passos confiantes, ela deixou seu quarto e atravessou o corredor, chegando à porta de Di. Um olhar de superioridade atravessou seu rosto ao lembrar-se da última discussão com a sua colega. Sing não hesitou em deixar que a emoção do triunfo se exibisse em seu olhar antes de seguir adiante.

Desceu as escadas com graça e determinação, guiando-se pelas sinuosas curvas do alojamento até chegar ao estúdio de dança no subsolo. O local era um santuário, uma extensão de sua alma onde sua paixão pela dança se manifestava com fúria e graça. Sem hesitação, ela começou a executar uma série de movimentos complexos, cada passo e giro sincronizado, fluindo como uma sinfonia perfeitamente orquestrada.

Enquanto seu corpo se movia em harmonia, Sing percebeu um leve zumbido em seu bolso. Parou por um momento, respirando profundamente antes de pegar o celular. Um sorriso sedutor curvou seus lábios quando viu o nome do remetente: Jae-hyun, um dos dançarinos mais talentosos da empresa. A mensagem era curta, mas carregada de insinuações, deixando claro que ele estava ansioso pelo próximo encontro.

Uma risada divertida escapou dos lábios de Sing enquanto ela digitava uma resposta enigmática. Era um jogo de flertes e provocações, um pas de deux virtual que ela dominava tão bem quanto a dança real.

Quando a troca de mensagens chegou ao fim, Sing decidiu que era hora de um merecido café da manhã. Deixou o estúdio e caminhou elegantemente em direção ao refeitório, onde o aroma do café fresco pairava no ar. Lá, avistou Sun entrando, ainda sonolenta, o cabelo desgrenhado, os olhos piscando contra a luz repentina. Um sorriso irônico brincou nos lábios de Sing enquanto ela observava a amiga, sabendo que sua aparência estava longe de ser perfeita.

As cortinas de seu cabelo negro oscilaram enquanto ela se aproximava de Sun, cada passo uma mescla de graça e autoconfiança. "Bom dia, Sun. Parece que alguém teve uma noite agitada." Sua voz era como um sussurro melodioso, carregado de uma ousadia que raramente encontrava o mundo real.

Sun bocejou e esfregou os olhos, ainda tentando se despertar completamente. "Bom dia, Sing. Você sempre tão... impecável."

Sing soltou uma risadinha, apreciando o reconhecimento. "Alguém precisa manter os padrões elevados ao nosso redor, não é?"

O refeitório estava ganhando vida, com as outras garotas começando a se reunir para o café da manhã. Sing e Sun se encaminharam para a fila, cada uma seguindo seu próprio ritmo. O dia estava apenas começando, e o brilho nos olhos de Sing indicava que ela estava mais do que pronta para enfrentar tudo o que viria a seguir.

Enquanto o refeitório ganhava vida com as conversas animadas e o som de talheres tintilando, as garotas do Rainbow 5 desfrutavam de um momento de descontração antes do treinamento matinal. O ambiente estava repleto de risos e vozes sobrepostas, cada uma compartilhando histórias da noite anterior e planos para o dia.

Sing deixou seu olhar percorrer a mesa, seus olhos detendo-se em Di, cujo semblante ainda trazia vestígios do cansaço da noite tumultuada. Seus cabelos estavam emaranhados e uma maquiagem apressada havia sido aplicada. Um pensamento audacioso formou-se em sua mente, uma piada perspicaz que ela estava prestes a lançar sobre a amiga. No entanto, no último instante, uma sombra de empatia a fez reconsiderar suas palavras. Ela não sabia o quão exaustiva a noite passada havia sido para Di, mas até mesmo sua arrogância conhecia limites.

Enquanto elas compartilhavam risadas e histórias, o gerente da banda irrompeu no refeitório, apressado e com o rosto vermelho de ansiedade. Sua voz ressoou, cortando o burburinho alegre como uma tempestade repentina.

"Daeun! Tea! Song! Saem! Jiang! Preciso de todas vocês na sala do alojamento imediatamente!" Cada nome foi pronunciado com urgência, suas sílabas ecoando através do refeitório.

As garotas olharam surpresas para o gerente, trocando olhares entre si enquanto se levantavam da mesa. Era raro o gerente aparecer de maneira tão agitada, e a gravidade de sua expressão fez com que elas se apressassem em segui-lo.

Chegando à sala do alojamento, a atmosfera estava tensa. As garotas sentaram-se, seus olhares buscando respostas na expressão preocupada do gerente.

"O que está acontecendo?" perguntou Lea, com sua voz trêmula.

O gerente suspirou profundamente, sua mão esfregando a testa como se tentasse afastar a tensão. "Uma de vocês saiu do alojamento durante a noite passada sem permissão. O alarme silencioso do portão foi acionado, e os diretores foram notificados."

Di, Lea, Sing, Sun e Jia trocaram olhares surpresos, confusos sobre qual delas poderia ter causado essa situação. O olhar do gerente pousou em Di por um momento, sua expressão carregada de reprovação.

"Vocês sabem muito bem que relacionamentos amorosos não são permitidos. Um escândalo poderia ser devastador para a carreira de todas vocês. Precisamos manter um perfil impecável", disse o gerente, sua voz firme.

Sing lançou um olhar de desdém na direção de Di, seus olhos brilhando com uma mistura de superioridade e sarcasmo. Ela não precisava de confirmação para suspeitar de quem poderia ter saído sem permissão.

Os pensamentos de Sing voltaram à noite anterior, ao olhar que Di havia lançado para Lea antes de irem dormir em seus quartos. Havia algo na expressão de Di, uma determinação feroz que Sing achava peculiar. Agora, tudo fazia sentido, e a situação poderia ser mais problemática do que qualquer uma delas poderia imaginar.

Enquanto o gerente continuava sua reprimenda, as garotas ouviam em silêncio, cientes do perigo que essa situação poderia representar. O futuro delas estava em jogo, e Sing sentiu um leve aperto no peito, uma mistura de incerteza e frustração.

O gerente da banda limpou o suor da testa com um lenço, sua expressão tensa denunciando o peso das preocupações que carregava. Ele respirou fundo e fez um gesto para que as garotas se dirigissem ao estúdio para um ensaio de canto. Era uma tentativa de restaurar um pouco de normalidade e foco na rotina da banda.

"Vamos, meninas, temos muito trabalho pela frente. Ensaio de canto agora", disse ele com firmeza, seu olhar passando por cada uma delas.

As garotas se levantaram, seguindo em fila para fora da sala do alojamento. Enquanto desciam as escadas que levavam ao subsolo, o gerente observou Di por um momento, um olhar cheio de suspeita. Ele não tinha provas, mas uma intuição aguçada o fazia acreditar que ela estava de alguma forma envolvida na saída não autorizada da noite anterior.

 

Antes que Di saísse completamente da sala, o gerente chamou seu nome real, fazendo-a se virar para encará-lo. Seus olhos se encontraram, e o peso da liderança recaiu sobre Di. O gerente não precisou dizer muito; o olhar dele transmitia uma mensagem clara de responsabilidade e expectativa.

"Lembrando sua posição, Kim Daeun. A banda conta com você para liderar e orientar as demais. Mantenha isso em mente.", ele disse com um tom que misturava autoridade e preocupação.

Di assentiu, seu rosto sério e determinado. Ela estava ciente de sua responsabilidade, mesmo que isso significasse enfrentar desafios pessoais difíceis.

No estúdio, as garotas se reuniram ao redor do piano, prontas para começar o ensaio de canto. As músicas que haviam gravado para o CD de estreia eram familiares, mas cada ensaio era uma oportunidade de aprimorar suas harmonias e garantir que estivessem perfeitamente sincronizadas.

A melodia ecoava pelo estúdio enquanto elas entoavam as letras com paixão. Suas vozes se entrelaçavam em uma harmonia cativante, preenchendo o ambiente com uma energia contagiante. Di estava focada, seus olhos fechados enquanto ela sentia a música fluir por suas veias. Ela estava determinada a se superar, a liderar pelo exemplo.

Antes que o ensaio pudesse se estender até o almoço, a porta do estúdio se abriu, revelando a figura imponente da coreógrafa da banda. Ela entrou com confiança, flanqueada pelos dançarinos oficiais da banda.

O olhar de Sing encontrou o de um dos dançarinos, Jae-hyun. Seu sorriso sedutor era acompanhado por cabelos escuros perfeitamente penteados e olhos profundos que pareciam conter um segredo intrigante. Sua presença era magnética, capturando a atenção de todos no estúdio.

Jae-hyun era alto e esguio, com movimentos precisos que exalavam confiança. Cada gesto era calculado, cada movimento fluido e elegante. Ele se destacava, mesmo entre os dançarinos talentosos que o acompanhavam.

As garotas começaram a ensaiar a coreografia das músicas, sincronizando seus passos com os dançarinos. O estúdio ganhou vida com a energia da dança, movimentos coordenados que fluiam em harmonia com a melodia que enchia o espaço. Sing sentiu a intensidade do olhar de Jae-hyun sobre ela enquanto executava os passos com graça e precisão, uma troca de olhares quentes que continha uma promessa implícita.

As garotas e os dançarinos se moviam como um único organismo, cada movimento meticulosamente planejado para criar uma performance cativante. A coreografia ganhava vida, exalando sensualidade e poder.

Horas se passaram em um redemoinho de movimentos coreografados e ensaios incansáveis. O estúdio estava impregnado com o suor e a determinação das garotas, que continuavam a aperfeiçoar cada passo e nota. Di e Lea exibiam visíveis sinais de exaustão, seus rostos mostrando traços de cansaço que revelavam as demandas físicas e emocionais dos últimos dias.

Enquanto o ensaio continuava, os flertes entre Sing e Jae-hyun eram quase palpáveis, como uma eletricidade no ar. Seus olhares se cruzavam com frequência, um jogo de atração que parecia transcender as palavras. O sorriso sedutor de Sing e a confiança de Jae-hyun criavam uma dinâmica intrigante entre eles.

Finalmente, a coreógrafa deu por encerrado o ensaio. Os dançarinos oficiais da banda se despediram, satisfeitos com o progresso feito na coreografia. Antes de partir, a coreógrafa dirigiu-se a Sing com um sorriso de aprovação.

"Sing, você se destacou hoje. Seu comprometimento e energia são notáveis. Continue assim", elogiou ela, fazendo com que um sorriso de satisfação se espalhasse pelo rosto de Sing.

Com o fim do ensaio, o estúdio se tornou mais silencioso, as garotas trocaram olhares cansados. Jia e Sun, percebendo o estado de fadiga das amigas, decidiram fazer algo especial para todos. Elas pediram uma pizza tamanho família, uma recompensa bem-vinda após o dia de trabalho árduo.

 

Entretanto, o clima descontraído foi interrompido quando Sing recebeu uma mensagem em seu celular. Seus olhos capturaram as palavras de Jae-hyun, e um sorriso provocador se formou em seus lábios. Ela não compartilhou o conteúdo da mensagem com as outras garotas, em vez disso, agiu rapidamente.

Enquanto o aroma da pizza preenchia o alojamento, Sing deslizou silenciosamente pela janela do quarto e saltou o muro externo. Seu movimento foi tão calculado que o alarme silencioso não disparou, deixando o alojamento tranquilamente inconsciente de sua saída.

Uma praça próxima estava mergulhada na serenidade do anoitecer, e foi lá que Sing encontrou Jae-hyun. Seus olhares se encontraram, um sorriso malicioso brincando nos lábios de ambos enquanto trocavam saudações.

O ar estava carregado de tensão e desejo quando os dois se aproximaram, culminando em um beijo quente que misturava paixão e provocação. Jae-hyun sussurrou sugestões audaciosas em seu ouvido, e Sing não resistiu a seguir seu avanço.

"Vamos para o meu apartamento", sugeriu ele com um olhar cheio de intenção.

Caminhando lado a lado, os dois seguiram pela rua, a atmosfera carregada com um flerte constante. Quando chegaram ao prédio de Jae-hyun, ele a convidou a entrar, e ela aceitou com um sorriso travesso.

Sing tirou os sapatos e olhou para Jae-hyun com um olhar provocativo. "Você tem preservativos?"

Ele respondeu com um sorriso igualmente provocador, sua voz carregada de confiança. "Claro que tenho."

O apartamento estava mergulhado na penumbra, os móveis e detalhes decorativos sussurravam um gosto refinado. Sing e Jae-hyun compartilhavam uma cumplicidade palpável enquanto suas mãos se encontravam.


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