Simplicity escrita por Kaline Bogard


Capítulo 1
At Every Moment


Notas iniciais do capítulo

Com quem será...?
Com quem será...?
Com será que o Kiba vai casar?
Vai depender...
Vai depender...
Vai depender se...

VOCÊS COMPLETAM AÍ!!! ME SURPREENDAM, MAS NÃO ME DECEPCIONEM!

Boa leitura ♥



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— BOM DIA, MULHERES DA MINHA VIDA!! — a voz animada ecoou na cozinha em um ritmo cantarolado e nada surpreendente.

Tsume e Hana trocaram um olhar e um sorriso de puro entendimento. Conviviam com um adolescente emocionado em todos os sentidos.

— Bom dia, irmãozinho. Dormiu bem? — a jovem ofereceu uma tchawan cheia de arroz branco, omelete e filé de peixe bem grelhado.

— Sim, Hana-nee.

— Bom dia. Tudo isso é pelo Tanabata? — Tsume provocou sentando-se também.

Kiba agitou o par de hashi no ar, um pedaço de peixe bem preso à ponta.

— Sim e não. O festival é muito bom, mas bom mesmo é o meu aniversário. Não é todo dia que se faz dezessete anos assim tão forte quanto eu! — gabou-se de algo que julgava incontestável.

Alarde que diminuiu quando Tsume conteve uma risada e quase engasgou-se com o arroz que mastigava. Hana riu um pouco, solidária ao biquinho ofendido que surgiu nos lábios do caçula.

— Vai de yukata? — ela indagou, tentando descontrair.

— Sim — Kiba respondeu ainda meio mal-humorado — Combinei com o Shino.

Tsume e Hana trocaram mais um olhar. Ambas conversavam sobre a duplinha de vez em quando. Notavam como a amizade ia ganhando outros tons conforme Alpha e Ômega entravam na adolescência. As nuances de inocência e pureza iam mudando, principalmente nos gestos de Shino.

Nada significativo, nada imposto. Apenas sutil e natural, percebido apenas pela perspicácia experiente de Tsume, sempre sensível ao que acontecia com seus filhotes. Na opinião das mulheres, era apenas questão de tempo até que Shino e Kiba engatassem em um relacionamento amoroso, talvez em dois ou três anos tivessem o novo casal na família. Pois Kiba era todo my pace e Shino parecia disposto a seguir essa característica.

O resto da refeição foi feita em silêncio um tanto apressado. Era domingo e Kiba queria sair para dar uma volta antes do Tanabata. E foi o que fez tão logo colocou a vasilha vazia dentro da pia: assobiou chamando Akamaru, gritou um “Ittekimasu” e saiu feliz.

O primeiro que encontrou foi Naruto. O rapaz vinha com os braços cheios de laranjas mexericas, apanhadas sabem-se os deuses onde, e deixou algumas com Kiba junto a profusas congratulações. Contagiou até Akamaru, que participou com latidos animados e da divisão das frutas, claro.

Mal tinham se separado, e encontraram com Sasuke indo na mesma direção de Naruto, mas os três fingiram não se ver e que aquele momento nunca tinha acontecido na vida do trio. Akamaru era solidário a antipatia que seu humaninho sentia pelo garoto Uchiha.

Quando chegavam perto do centro de Konoha, Kiba viu Hinata e acenou para a amiga. Ela aproximou-se e o abraçou em uma demonstração muito bem-vinda de afeto. Hyuuga Hinata era uma das Betas mais tímidas e inseguras que Kiba jamais conheceu, até o convivo no Colegial, quando foram divididos em grupos de apoio e ela passou a frequentar as aulas com Shino e Kiba. Associação que a ajudou a tornar-se menos vacilante e acanhada.

Despediram-se com a promessa de que Hinata levaria um presente para entregar no festival deixando Kiba ansioso e animadíssimo! Combinado que foi selado com um latido forte de Akamaru.

Depois de andar mais um pouco, notou Ino acenando na porta da floricultura e rumou até ela intuindo que receberia um presente (ou a promessa de um). Conquanto ganhasse apenas um beliscão dolorido na bochecha e um “Parabéns, moleque” dito em falsete que tinha pouco de afeição e só acabou quando afastou aquela mão atrevida com um tapa.

Okay, tinha atazanado a vida de Ino e Sakura durante todo o primeiro ano do Colegial. E aquele começo do segundo ano também se insinuou dos mais animados com uma ou outra pegadinha “quase” maldosa, embora infantil...

Mas isso era motivo para descontar logo no seu aniversário?! Que Ino impertinente!

Afastou-se resmungando, esfregando a face dolorida e ainda ouviu um nada justo “se roubar a carne do meu bento de novo te mato, vira-latas!”. Kiba tinha surrupiado o almoço alheio o quê? Umas três vezes só? E em dias de gincana escolar, quando as meninas ficavam sem fome por causa das competições e os meninos sentiam fome em dobro! Além disso, meninas precisavam cuidar do corpo para não engordar! Ou seja, Kiba estava ajudando a colega de classe com a dieta. Ino era exagerada e rancorosa, isso sim.

— E você não fez nada, Akamaru! Devia ter mordido a Ino — acusou sem pena. O ninken balançou o rabo e não pareceu se importar. Amava seu humaninho, mas não podia concordar com o roubo de carne!

Os instintos aguçados informaram da proximidade de Sakura, uma colega mais brava do que Ino... só por precaução desviou o caminho e passou longe da jovem! Mesmo sabendo que Akamaru seguia atrás, julgando.

Enquanto se aventuravam, Kiba encontrou Rock Lee, Neji, Chouji e Shikamaru, parando para conversar com os amigos por alguns instantes. Chouji até ofereceu metade do saco de batatinhas fritas que comia! Uma concessão de aniversário.

Porém foi ao aproximarem-se da feira de domingo que ficou feliz de verdade. Logo sentiu a energia familiar de Aburame Shino, pois sabia que o jovem Alpha faria algumas compras para repor o estoque em casa.

— Shino! — acenou ao localizá-lo, chamando atenção — Quer ajuda?!

— Bom dia. Sim, obrigado. Olá, Akamaru — o cumprimento final não foi respondido. O ninken tinha um tiquinho assim de ciúmes ao ver seu humaninho interagindo com o humano dos insetos.

— Falta o quê?! — Kiba perguntou pegando a pequena lista das mãos alheias.

— Pouca coisa — Shino indicou a bolsa que carregava e já tinha alguns produtos.

O Ômega leu rapidamente, notando que várias verduras e legumes foram riscadas. O próximo era batatas. Olhou em volta, identificando uma barraca que exibia belas leguminosas.

— Ali! — e segurou na mão do Alpha, puxando-o consigo.

Batatas foi a primeira compra do resto da lista, e foi algo divertido de fazer. Kiba tinha uma boa vontade enorme para ajudar a escolher o que levar, querendo sempre as melhores e mais bonitas, Akamaru ajudava dando umas farejadinhas. Shino controlava a empolgação lembrando a cada instante que era para apenas duas pessoas, não precisava comprar tantos quilos! Ao que Kiba rebatia: dois Alphas de mais de um metro e oitenta de altura?! Tinham que comer bastante e rechear o estomago para os ossos aguentarem.

Shino não questionava, mas esvaziava um pouco as sacolinhas plásticas, reduzindo para o que estava acostumado a consumir.

— Terminou! — Kiba exclamou ao riscar o último nome da lista.

— Quer comer alguma coisa?

— Claro! — imagina se o Ômega recusaria um convite para comer?!

Enquanto Kiba comentava os preços absurdos das verduras, as dificuldades de encontrar bons legumes e a alegria de convencer o outro (fácil até) de adquirir morangos que não estavam na lista, Shino ouvia; caminhando lado a lado até sair da pequena multidão que esvoaçava em volta das barracas.

Seguiram em direção ao Ichiraku sem precisar combinar. Ainda era cedo para o almoço, embora Teuchi já estivesse com os preparativos finalizados para atender a demanda que logo chegaria ali. Akamaru deitou-se à porta para esperar, quando era menor podia entrar. Mas agora era grande demais e incomodava nos horários de pico.

— Bom dia, Teuchi-san! Dois misso lamen no capricho com...

— O dobro de carne! Sim, jovem Inuzuka. Já sou formado nos seus pedidos.

Kiba riu alto, acomodando-se ao balcão. Shino ajeitou as sacolas e sentou-se ao lado do Ômega. Não precisaram esperar muito, alguns minutos depois duas grandes tigelas fumegantes foram colocadas à frente dos rapazes, exalando um aroma saboroso.

— Bom apetite — o dono do lugar desejou antes de se afastar para atender uma família que entrava com três crianças fazendo alarde.

— Ittadakima... ma... ma... SU! — Kiba quase babou de pura antecipação, misturando a reação ansiosa com empolgação.

Shino assistiu o ataque voraz e precipitado que rendeu um palavrão quando Kiba queimou a língua com o naco mais graúdo e quente de carne.

— ‘ARAIO! — exclamou tentado diminuir a sensação de ardência. E passou a sobrar o caldo com certa impaciência e grande precaução.

— Quer namorar comigo? Gosto de você — a frase simples soou baixa, embora perfeitamente audível. Quase sorriu ao ver que a postura descontraída do Ômega não mudava em nada exceto pelas orelhas que avermelharam.

— Aa — Kiba coçou o alto do nariz, ganhando ares de demasiada importância — Gosto de você também sabe?

— Então isso é um “sim”? — Shino provocou um pouquinho achando que a postura tsundere master de Kiba seria acionada.

E se enganou. O rapaz virou-se para ele e ofereceu um sorriso que era todo felicidade e presinhas afiadas:

— Sim, besta! Você foi esperto de escolher um partidão — se gabou e emendou depressa: — E eu não sou besta de perder outro partidão!

O Alpha só não acreditou na arrogância daquelas palavras porque as faces do seu novo namorado (namorado!!) estavam vermelhinhas, vermelhinhas.

Feliz, virou-se para a própria refeição, só então decidindo-se a comer o lamen que já estava um tanto morno. Tinha planejado pedir o namoro apenas durante o Tanabata daquela noite, com os fogos de artificio ao fundo, todo o encantamento da data servindo de cenário. Planejou tudo tão cuidadosamente, um estrategista nato.

Mas acabou agindo no impulso, agitado pela parte animal e irracional. Quando deu por si estava se declarando sem grande glamour ou afetação. Apenas sinceridade e muito amor, levado pela ótima manhã que partilharam.

Talvez o gatilho tenha sido as mãos de Kiba se entrelaçando às suas. Ou as pequenas discussões sobre quantidade e qualidade enquanto selecionavam as melhores hortaliças. Ou ainda a conversa cotidiana desenrolando-se quando caminhavam para o restaurante.

Shino se viu envolvido por sentimentos aconchegantes, que só costumava sentir quando estava ao lado daquele garoto. E logo ele, tão pouco dado a impulsos, se viu seguindo um. Todos os planos elaborados se desfizeram, inclusive outro detalhezinho importante.

— Sobre o seu presente... — começou a dizer apenas para se calar ao sentir Kiba se inclinando e apoiando-se em seu corpo, a cabeça bem acomodada junto ao ombro.

— Presente? Acabei de ganhar um, Shino. O melhor do mundo! Mas você também ganhou, né? — e riu.

— Sim, Kiba. Obrigado — passou o braço pelo corpo do rapaz, trazendo-o para mais perto de si para sentir o calorzinho agradável antes de libertá-lo para que fizessem a refeição e fossem logo para casa.

O Ômega estava louco para contar a novidade para sua mãe e irmã e surpreendê-las! Sem imaginar que a surpresa seria por outro motivo: ambas contavam com o namoro, mas não tão cedo assim!


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Notas finais do capítulo

Eu amo o Kiba do tamanho do mundo! Vou dormir com medo de baratas no quarto? Vou.
Mas hoje não volto atrás: amo o Kiba do tamanho do mundo!!

(e amo o Shino também)

Até a próxima!!

Continua aqui: https://fanfiction.com.br/historia/807058/Eu_vou_proteger_voce/capitulo/2/



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