[Nome] havia acabado de falar por videochamada com Dino, que se encontrava na Itália a resolver problemas do trabalho dele. Fazia um mês que não se viam pessoalmente, porque a vida do homem era na Itália e ficava poucas vezes no Japão quando tinha oportunidade.

Na maior parte das conversas que tinham um com o outro, Dino fazia uma oferta a [Nome] passar uns dias com ele na Itália para conhecer o lar onde cresceu. Ao início teve que recusar o convite: naquele tempo, mudou de trabalho logo após conhecer o jovem no aeroporto; não tinha direito a férias ainda, mas sempre que ele vinha ao Japão, arranjava uma oportunidade para ter momentos maravilhosos a sós com ele.  

Fazia agora exatamente dois anos quando se viram pela primeira vez. Durante esse tempo que se conheceram, a relação deles começou a crescer e agora são namorados a combater o relacionamento à distância.

Motivada, [Nome], quando chegasse ao trabalho, iria pedir as suas merecidas férias ao seu patrão; queria aproveitar o verão e ainda por cima estava a chegar o feriado, era uma bela oportunidade de ir visitar o Dino.  

(…)

Fazia já uma semana desde que [Nome] tomou coragem de pedir umas pequenas férias. A última semana foi muito atarefada para a jovem que teve que acabar e adiantar alguns trabalhos antes de viajar para Itália.

Mesmo cansada com sua rotina, todas as noites mantinha contacto com seu amado por videochamada. O Dino percebia que [Nome] encontrava-se cansada, mas também notou que ela devia estar a preparar alguma coisa, só não sabia o que era.

Ele queria estar ao lado dela para a apoiar em todos os momentos. Só que ser mafioso dá muito trabalho, sempre aparecia algo que o impedia de viajar até ao Japão para ter dias a relaxar com [Nome].

A jovem acabara de organizar a sua mala e ia, neste momento, para o aeroporto embarcar. Decidiu ligar ao seu amado, enquanto esperava pelo táxi que tinha chamando antes de sair de casa.

— Não devias estar a trabalhar? — perguntou Dino assim que atendeu o celular e viu que [Nome] ligou a ele muito cedo do que estava esperando. Eles tentavam sempre falar em alguma hora que dava jeito, já que o fuso horário possuía uma diferença de oito horas.  

— Desculpa por ter te acordado a esta hora. Bem, decidi tirar umas pequenas férias de verão e estou a caminho do aeroporto — respondeu [Nome] e percebeu que seu amado Dino ficou sem palavras.

— Queres dizer que daqui a algumas horas estarás aqui na Itália para aproveitar o feriado comigo? — questionou Dino porque não estava acreditando que jovem iria ter com ele de um momento para outro.

— Sim, ultimamente pensei na tua oferta de ir visitar. Decidi há uma semana tirar umas férias e também estou com saudades tuas — contou [Nome] com um sorriso na cara. Daqui a algumas horas poderia abraçar o mafioso.

— Agora é que não vou conseguir dormir, à espera da tua chegada para finalmente te abraçar depois de um mês sem nos vermos — comentou Dino, que se levantou da cama para ir chamar Romário para ajudar a preparar as coisas para a estadia da [Nome].

— O meu táxi já chegou. Tenta descansar alguma coisa. Até logo, amor, beijos — despediu-se [Nome] com um sorriso bobo porque Dino sempre se despedia dela com meiguices que derretiam o coração dela.  

(…)

[Nome] saiu do avião e se dirigiu para dentro do edifício para sair depois do aeroporto. Na entrada, pegou seu celular para avisar ao Dino que chegara na Itália.  

Quando desbloqueou o celular, seus olhos foram tapados por alguém. [Nome] ficou surpreendida porque não estava à espera que alguém se aproximasse dela do nada.

— Adivinha quem é? — falou uma voz masculina perto do seu ouvido.

— Queres me matar de susto, Dino — comentou [Nome] que virou para trás e viu o seu amado atrás de si com um ar de felicidade ao vê-la ali.

O casal ficou olhando um para o outro por um bom tempo para ver se estavam bem e se algo havia mudado. [Nome] tomou a iniciativa e pulou para cima do namorado e abraçou-o. Ficaram a sussurrar um para outro dizendo coisas fofas, que tinham sentindo imensas saudades.

— Desculpe por interromper os pombinhos. O carro já está pronto — revelou Romário que se aproximava do seu chefe e de [Nome]. Abriu a porta do carro à espera que os mais jovens entrassem.

Os jovens não desfizeram as mãos dadas por nada, até mesmo ao entrar no carro. Ao sentir a pele um do outro, era a prova viva que aquele momento era verdadeiro. Os guardas-costas viram pelo retrovisor que o casal se encontrava feliz por voltarem a se ver depois de um mês longe. Romário queria chorar, viu como o seu chefe lutava contra as saudades que sentia pela sua amada diariamente, só não foi abaixo porque todos os dias falava com [Nome] por algum meio de comunicação. Mesmo à distância, [Nome] dava imenso apoio ao Dino para não desistir deles e do projeto que andava realizando ultimamente, que estava quase a ser terminado.

O jovem chefe da família Cavallone estava um pouco nervoso, porque não sabia se [Nome] ia gostar da surpresa que preparou em cima da hora. Desde que ouviu pela boca da mulher que em algumas horas estaria na Itália, não dormiu nada, a preparar com muito carinho a surpresa.    

(…)

— [Nome], acorda. Chegamos — falou Dino com uma voz doce, admirando a beleza da sua amada que adormecera no ombro dele.

— Obrigada por me acordares. Não sei quando é que adormeci — agradeceu [Nome] com um sorriso tímido. Sabia do motivo por ter adormecido: é porque nada descansou durante o voo, estava entusiasmada para reencontrar a sua paixão.  

Saiu do carro com ajuda do Dino e reparou que não se encontrava mais no centro da cidade. Percebeu que já deviam ter chegado à mansão da família Cavallone, pela mansão luxuosa que se encontrava à sua frente e pelas árvores que os rodeavam.  

— Seja bem-vinda ao meu lar, [Nome] — comentou Dino com um sorriso sincero, ainda era um sonho de ver sua namorada ali perto dele.  

— Obrigada. Sei que foi em cima de hora que avisei que vinha — falou [Nome], um pouco envergonhada. Dava para ver nas caras dos funcionários que dormiram pouco para preparar as coisas para a chegada dela.

— Todos ficaram animados na hora, quando souberem que vinhas passar cá uns dias — revelou Dino. Muitos dos seus funcionários estavam desejosos para conhecer a [Nome] de tanto ouviram falar dela pela boca do Romário e dos outros guardas-costas.  

[Nome] viu que o Dino era muito amado pelas pessoas que trabalhavam ali, acompanharam o crescimento dele desde criança. Um dos funcionários da mansão aproximou-se do chefe e falou algo, mas não conseguiu escutar o que estavam conversando.

— Tenho algo para mostrar primeiro. Por isso, vamos dar um pequeno passeio aqui fora — revelou Dino que segurou a mão da amada e fez carinho nela.

— Conheço-te, preparaste alguma… — comentou [Nome] que analisava bem a cara do seu amado e viu que o mesmo tentava não revelar o que havia preparado por ela. Como o conhecia bem, sabia que quando ele fazia alguma coisa, sempre tentava desviar a conversa ou o seu olhar, mas nunca conseguia disfarçar isso.

Os trabalhadores da mansão voltaram para os seus postos de trabalho e deixaram o casal sozinho. Mas sentiram alguns olhares do Romário que se encontrava escondido atrás de uma árvore a desejar boa sorte ao seu chefe.    

— Mesmo sendo mafiosos, não sabe esconder — falou [Nome] para o amado que começou a rir. 

— É a velhice e falta de prática — garantiu Dino que não estava conseguindo parar de rir, ele amava imenso a sua família.

Começaram a caminhar calmamente, apreciando a paisagem. [Nome] sentia-se muito leve ao estar ao redor na natureza. No Japão não tinha muitas oportunidades para aproveitar o ar livre, o seu trabalho ocupava imenso o seu tempo livre.  

Dino não conseguia tirar o seu olhar da jovem, só de ver o sorriso dela, ele percebia que nos últimos dias que se falaram, [Nome] encontrava-se um pouco para baixo. Só que ela disfarçava muito bem para não o deixar preocupado. Esta visita de [Nome] foi a chave de ouro para o jovem chefe que, há bastante tempo andava planeando fazer uma surpresa à sua amada, só que nunca teve oportunidade antes por terem rotinas muito diferentes.

— Estou adorando este passeio pela natureza. Faz que as más energias desapareçam — pronunciou [Nome] que parou a sua caminhada e olhou para o seu amado. Ultimamente andava muito para baixo devido ao trabalho, estava sobrecarregada com várias tarefas e nenhum dos seus colegas queriam ajudar.

— Tens que tirar nem que seja uma hora por dia do teu tempo livre para fazer uma caminhada no meio da natureza. Vais notar logo a diferença — avisou Dino que abraçou [Nome] e segurou na mão dela para continuar com o passeio; estavam se aproximando do local onde iria surpreender a sua amada.

[Nome] reparou que Dino estava ficando nervoso, a mão dele não parava de tremer. Percebeu que iria finalmente descobrir o que o décimo líder da família Cavallone tanto escondeu a ela nas últimas horas.  

— Este local é um dos meus lugares preferidos — revelou Dino que abriu os arbustos e mostrou que atrás dele encontrava-se uma pequena cascata, perto dela podia-se ver uma toalha de piquenique.  

— Nunca pensei que no meio desta floresta toda, haveria uma cascata. É muito bonito — comentou [Nome] que não parava de admirar o esconderijo secreto do seu amor, onde devia ter se escondido várias vezes quando era criança.

— Muitos da família desconhecem este lugar. Vou contar umas histórias que vivi aqui, enquanto comemos — falou Dino, que já se encontrava sentado na toalha a tirar alguns pratos de comida que preparou junto da cozinheira.

— Parece que alguém não dormiu nada esta noite — analisou [Nome] ao ver o estado envergonhado do Dino, por ser apanhado em flagrante.  

— Só tem um bom aspecto por fora porque tive ajuda na cozinha. Tu sabe que sou um desastre quando faço algo sozinho — explicou Dino que não sabia onde devia enfiar a cara. Quando ficava sozinho ficava todo atrapalhado, mas ao ter gente perto de si conseguia fazer tudo bem feito.

— O que conta é a intenção. Qual é a sobremesa que me recomendas primeiro? — perguntou [Nome], olhando para os diversos doces que estavam na sua frente.  

— Recomendo este bolo de chocolate com recheio de morango. Espero que gostes — falou Dino dando o prato do bolo [Nome]. Pensava que aquele bolo ia ser o último escolhido, mas se enganou, e já estava se preparando para ver a reação dela.  

Ela aceitou o prato com bolo de bom agrado, sem saber o que vinha a seguir. Partiu o bolo e começou a comer e, ao mastigar, sentiu algo na boca. O Dino deu um guardanapo para [Nome] ver o que estava dentro do bolo.

— Não acredito, um anel! É o que estou pensando? — disse [Nome], observando o anel que estava no bolo que comeu. Nunca imaginou que Dino fosse capaz de surpreendê-la dessa maneira.

— Estamos namorando há dois anos e não vejo a minha vida sem ti. Aceitas casar comigo, [Nome]? — confessou Dino, que se aproximou da namorada e pegou na mão dela, fazendo o seu pedido. O tempo que tiveram afastados um do outro o fez perceber que ela é a mulher que quer construir uma vida até seus últimos suspiros. Sentia-se muito bem perto dela e era a única que entendia o que se passava na mente dele.

— Meu deus, não estava nada à espera disso! Sim, quero casar contigo! — aceitou [Nome] que pulou para os braços do Dino, ainda em choque com a proposta que o seu amado fez. Desde que começaram a namorar, nunca tocaram no assunto de se casarem.

Uns minutos depois de [Nome] ter aceitado, fogos de artifícios surgiram no céu. Esse pormenor dos fogos não foi planeado pelo Dino, mas sim pelo Romário que nunca teve dúvidas de que o casal ia ficar junto para sempre.

— Já faz um bom tempo que queria pedir-te em casamento. Sempre que planejava algo para nós, Reborn aparecia como os mais novos e tudo saía errado — revelou Dino ao esconder sua cara do ombro de [Nome].

— Talvez, porque não era a hora certa naquele tempo. Agora temos todo o tempo do mundo para estarmos juntos — comentou [Nome], mexendo no cabelo loiro do seu amado e a seguir, beijou-o.

Foram as melhores férias de Verão que [Nome] teve desde que começou a trabalhar. Não ficou nada arrependida de ter deixado o seu trabalho para trás. O tempo que ficou na Itália passou a conhecer melhor a vida do seu futuro marido, sentia-se mais feliz ali do que no Japão.

Já estava a planear tudo para o seu casamento que iria acontecer no ano seguinte, no verão. A cerimônia iria ser realizada perto da cascata, foi o local onde Dino e [Nome] passaram maior tempo juntos naquelas férias.