The Chain - Garou escrita por MrsOtosaka


Capítulo 1
Prólogo: uma dúvida, muitas consequências


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem com vocês? É a minha primeira fanfic que trago para o site, então estou um pouco nervosa por não saber como funciona muito bem aqui kkk embora tenha essa canto há um certo tempo aqui!
Então peço desculpas de forma adiantada se houver alguns erros ao decorrer da história, estarei sempre atento para melhorar mais minha escrita :)



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Eva Fernandes, uma mulher no auge de seus vinte e três anos que trabalha em um escritório como tantos outros. Hoje, ela se arrumava para mais um dia de trabalho, porém tinha um humor diferente das outras vezes, um humor que vem se tornando cada vez mais comum desde que aquele homem havia chegado em sua vida. 

 

A jovem cantarolava uma música qualquer na frente do espelho, enquanto arrumava seu longo cabelo negro, optaria por amarrar em um rabo de cavalo completo, porém…

 

— O quê…? — Ela olhou incrédula para o seu reflexo, se aproximando do espelho. — Uma espinha?! — Eva ficou devastada.

 

Se isso fosse há quatro meses atrás, a morena certamente nem se importaria com uma dessas coisas em sua pele branca, afinal, era normal para ela ter espinhas algumas vezes, bom, era até ela começar a gostar de alguém. A Fernandes rapidamente pegou seu estojo de maquiagem — algo que antes ela nem usava — e tirou sua base, iria sair dessa casa apenas quando aquela espinha não fosse mais detectada a olho nu. 

 

Demorou, mas conseguiu, os tutoriais do YouTube nunca falham, bom, pelo menos alguns. Chegando na parada de ônibus, esperou por alguns minutos até o automóvel chegar e agora, sentada em um dos assentos, ela olhou para o celular com uma expressão claramente contente e até… apaixonada.

 

"Fofo como sempre", ela pensou enquanto olhava para a mensagem de bom dia de seu namorado, Garou. 

 

Eva não imaginava que um dia poderia conseguir um namorado tão bom quanto esse, ainda mais levando em consideração a forma como eles se conheceram. A Fernandes tinha um irmão mais velho, que pouco sabia mexer em alguns aplicativos de vendas que existiam pela internet e por isso, acabou sofrendo um golpe e ela ficou responsável por conseguir o dinheiro perdido de volta. 

 

Inicialmente, ela iria apenas conversar com a pessoa, mandou um áudio de quase três minutos, cada segundo seguido de algum xingamento, ofensa, para a pessoa que havia roubado seu irmão, isto é, era o que ela pensava. 

 

— Ah, cuidado, eu acabei de ver que existem dois Garou. — alertou o irmão dela. — O qual tem a foto de um cachorro não é o culpado.

 

A mulher olhou em choque para a tela do seu telefone, havia enviado o áudio para a pessoa errada, pior ainda, era um pai de pet! Tentou rapidamente apagar o áudio, mas acabou apagando para ela mesma e Eva sentiu seu mundo cair. Naquele dia, ela sentiu o verdadeiro terror, não sabia como sair de uma situação dessas e acabou escolhendo a opção mais razoável possível: implorar perdão. 

 

Escreveu quase quatro textos se desculpando em todas as línguas que sabia, ela certamente não ficaria surpresa se o dono daquele perfil a chamasse de louca e a bloqueasse, ou pior, denunciasse sua conta nas redes sociais. Entretanto, aconteceu tudo o que ela não imaginou, aquele Garou riu e disse que estava tudo bem. 

 

"Ainda existem pessoas compreensivas neste mundo!" 

 

Ela quase chorou de verdade por não ser taxada como louca. No dia seguinte, ele tornou a mandar mensagem perguntando se ela havia conseguido o dinheiro do seu irmão de volta, parecia que ele estava um tanto interessado nisso, ou melhor, nela, deveria ser isso o amor à primeira ofensa? Eva não sabia, porém ele insistiu em manter uma amizade com ela e até que uma coisas levou a outra, fazendo com que dois meses depois, ambos iniciassem um relacionamento.

"Foi até que rápido... Mas não há nada que eu possa fazer, as cantadas dele me arrancaram muitas risadas boas"

 

A Fernandes suspirou, apenas de lembrar a forma como o conheceu. Quando chegou em seu ponto, desceu do ônibus e andou até o escritório em que trabalhava, iniciando oficialmente mais um dia de trabalho. A chegada de Garou mudou muitas coisas em sua vida, incluindo seu humor, que pela parte da manhã era sempre péssimo; agora, seus colegas de trabalho estavam se acostumando aos poucos com a repentina mudança dela, pelo menos não tinham mais medo de se aproximar dela e serem recebidos com um sorriso torto — algo que ela nem mesmo percebia que fazia. 

 

A moça sentou-se no seu local de trabalho, esticou os braços e rapidamente digitou várias coisas na tecla do seu computador. Ela era uma mulher feliz e uma mulher feliz apenas queria paz, provavelmente. 

 

 

[...]

 

 

Era hora do almoço quando ela recebeu uma mensagem de seu namorado, fazendo-a pegar o celular instintivamente.

 

— Ora, alguém aqui é muito dedicada ao namorado. — disse uma de suas colegas de trabalho, sentando-se rapidamente ao lado dela, apenas para ver o conteúdo da mensagem.

 

— E-Eu apenas tento ser uma boa namorada, tudo bem? — Eva tentou argumentar, enquanto abria a mensagem que dizia claramente que hoje ele não poderia ir buscá-la no trabalho. 

 

— Ah, o príncipe encantado não vai vir hoje. — A mulher, que se chamava Elaine, fazia uma voz lamentável. — Uh? 

 

Uma nova mensagem chegava, dessa vez dizendo que ele estaria livre mais tarde para o encontro. Elaine e Eva olhavam para a tela do celular, mudas, vendo a mensagem ser apagada quase imediatamente e um pedido de desculpas vir em seguida, afinal, a mensagem havia sido um engano. 

 

— Ele tá te train…

 

— Não! — gritou a Fernandes.

 

"Garou não faria isso!" ela pensou, seu coração acelerando como um motor. 

 

O homem era o namorado perfeito; era carinhoso, amoroso e gentil, jamais iria fazer algo assim com ela! Ela tinha confiança nele, ela…

 

— Com quem será que ele vai se encontrar então? — A mulher olhou para ela, desconfiada.

 

"Ele não..." 

 

— Segue ele. 

 

O ruim da mulher era suas paranóias, que sempre falavam mais algo que a razão e o coração, porém o que seria uma mulher sem seu instinto, não é mesmo? Agora estava ela, Eva, seguindo seu próprio namorado que saia do trabalho. 

 

— Preste atenção em tudo ao seu redor! Não deixe ele te ver! — falou Elaine, do outro lado da linha. 

 

— Eu sei, eu sei! — respondeu ela, estava dentro de um táxi que estava seguindo o carro de seu namorado. 

 

Deus sabia que ela não estava fazendo isso por mal, era apenas para apagar as malditas dúvidas que surgiam em sua cabeça por causa daquela bendita mensagem "errada". 

 

— Droga, vou ter que sair agora, mas não esqueça de me contar tudo! De preferência, grave! — disse a sua colega de trabalho, que virou amiga muito rápido demais, antes de desligar o telefone.

 

Agora era apenas Eva e sua consciência, que pesava a cada segundo naquele táxi. Talvez fosse um encontro de trabalho? Talvez. Também poderia ser um encontro com outra mulher. 

 

"O que estou pensando?! Garou jamais faria isso!"

 

Quando se deu conta, o táxi parou um pouco antes de um estacionamento subterrâneo, o qual estava aparentemente abandonado.

 

— Eh? O carro parou aqui? — indagou ela, confusa. 

 

— Sim, lá dentro. — O motorista apontou para o estacionamento.

 

Se ele quisesse traí-la, certamente não seria em um estacionamento abandonado, nem mesmo a amante gostaria de um lugar desse e acabaria batendo nele. Agora ela estava intrigada.

 

— Certo, quanto deu? — perguntou para o motorista, antes dela sair do carro. 

 

Eva olhou ao redor, fazia frio e a grama estava alta demais; não havia ninguém ao redor, era realmente um lugar isolado e deixado de lado, certamente não havia uma alma viva nos próximos metros.

 

"O que diabos ele viria fazer em um lugar como esse?" A curiosidade estava alta demais, ela segurou sua bolsa e começou a andar lentamente até a entrada do subterrâneo. A Fernandes conseguiu descer aquela rampa se segurando na parede, seus saltos não eram muito altos, mas mesmo assim atrapalhavam.

 

Pensando no trabalho que estava tendo, deveria ter ficado em casa e confiado no seu namorado, não saberia nem o que dizer para ele se ele a pegasse seguindo ele, talvez fingisse desmaio ou demência, as duas soluções para qualquer tipo de situação constrangedora. Quando desceu sem revirar e cair no chão, ela andou até um dos pilares do local, ficando confusa com a situação à sua frente. 

 

O local estava meio escuro, as luzes que não estavam queimadas eram as que estavam em cima daquelas pessoas. Havia três carros pretos, um de seu namorado e os outros dois não conhecia; a mesma coisa era em relação às pessoas que estavam ali, exceto do homem de cabelos prateados, nunca tinha visto nenhum desses homens antes. 

 

Garou estava sentado no capô de seu carro,o rapaz tirou o paletó e depois a gravata, ele não parecia estar de bom humor no momento.

 

— É melhor acabar com isso rápido, eu nem pude vê-la hoje. — resmungou ele.

 

Eva estava longe demais para escutar algo, apenas sabia que ele estava irritado pela sua expressão facial, contudo, seus olhos rapidamente se arregalaram quando ele puxou uma pistola do coldre que estava escondido, a deixando perplexa.

 

"G-Garou tinha uma arma antes…?"

 

Nem teve muito tempo para pensar, pois os gritos de uma pessoa encheram o local de forma instantânea. Um dos homens presentes abriu o porta-malas de um dos carros e tirou um homem de lá de dentro, estava amarrado e seus olhos vendados; ele foi deixado de joelhos, na frente de Garou, ele parecia pedir piedade, se desculpou e prometeu que jamais quebraria as regras novamente, entretanto, a indiferença do rapaz de cabelos prateados era assustadora, era como se ele não estivesse escutando nada. Então ele levantou a mão na direção da pessoa que estava de joelhos, fazendo Eva congelar. 

 

A Fernandes levou as duas mãos até a boca, como se quisesse conter qualquer ruído que pudesse soltar no momento. O que estava acontecendo? Por que Garou estava desse jeito? Seus olhos amarelos brilhavam de um jeito perigoso, de uma forma que ela jamais havia visto antes e que causava arrepios em sua espinha… Definitivamente esse não era o Garou que conhecia. 

 

Ela nem mesmo piscou após isso, ele havia puxado o gatilho, disparando uma, duas, três vezes seguidas, como se quisesse ter certeza que aquele homem havia morrido de vez. 

 

— Limpe isso. — ordenou ele, deixando a arma ao seu lado, no capô do carro, mas sua atenção desviou para o barulho de alguém caindo no chão, alguns objetos se chocando no chão. 

 

As outras pessoas presentes no local sacaram suas armas e apontaram para a entrada do estacionamento, a origem do barulho e como estava muito escuro, não podiam ver direito quem estava ali, contudo, escutaram claramente o som de alguém que fazia o possível para conter o… choro? Garou arqueou uma das sobrancelhas, se levantando e um dos homens ao seu lado puxou uma lanterna, mostrando uma mulher com roupas de escritório no chão, sentada no chão com as mãos na boca, as lágrimas começando a escorrer por seu rosto. 

 

Quando aqueles olhos amarelos a encararam, Eva, pela primeira vez, teve um medo genuíno de seu namorado. A descobriram e ela não parava de chorar, talvez pela cena que presenciou ou então pela chocante verdade que descobriu. O que aconteceria com ela agora? Seria seu fim também?

 

— E-Eva…? — A voz chocada de Garou foi a única coisa que escutou, enquanto fechava os olhos com força para não ver mais nada. 

 

Quem dera se ele tivesse a traído e não cometido o crime de assassinar alguém. Naquele momento, uma corrente foi posta em Eva Fernandes, que havia descoberto o segredo de seu perfeito namorado, algo que ela não iria conseguir se livrar jamais.

 

 

 

 

 

 

 


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