Minha BabyBug escrita por Naruko Namikaze Uzumaki


Capítulo 1
BabyBug




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— CHAT, CUIDADO!— Ouço a voz da My Lady antes de sentir um impacto nas minhas costas e sentir seu peso por cima de mim. Mas estranhamente, sinto seu peso diminuir e seu tamanho também.

— Mas, o que diabos...— Olhando pra trás, vejo ela cair sentada ao meu lado e seu corpo cada vez menor até parar no tamanho de uma criança de dois anos de idade. A pego em minhas mãos erguendo-a na altura dos meus olhos olhando incrédulo para a Baby Bug a minha frente que me olhava estendo as mãozinhas pequenas na direção da minha cabeça enquanto dizia. – Gatinho, gatinho...— Tentando alcançar minhas orelhas de gato. — Eu não acredito. – Olhando para os lados enquanto abraço ela, procuro pelo akumatizado que estava distraído acertando todos a sua volta com um raio azulado que saia de um estranho livro, que parecia muito um álbum de fotos, transformando todos em bebês, exatamente como a minha parceira que brincava com meu guizo nesse exato momento. — Preciso ver o mestre.— Saio pulando ate a casa do mestre Fu, me certificando de que não era seguido por ninguém. Ao chegar, praticamente arrombei a porta da frente causando um susto nele e em Wazzy. – Mestre, preciso de ajuda!

 

— O que houve? Pra que esse alvoroço todo... Ladybug? O que houve com ela? – Ele chegou perto de mim que a segurava com os dois braços a apertando contra meu peito pra que não se machucasse pelos pulos que eu dei no caminho.

— Ela foi pega pelos raios do akumatizado. – Digo recuperando o folego enquanto me sentava com as pernas cruzadas e a colocava entre elas. Ela voltou a brincar com o meu guizo logo em seguida. – Na verdade, era pra ser eu. Ela se jogou na frente e foi acertada no meu lugar. – Sinto ela se levantar e se equilibrar nas minhas pernas, levantando os bracinhos até minha cabeça tentando novamente pegar minhas orelhas. – Gatinho. Eu abaixo a cabeça pra que ela possa tocar nelas enquanto a seguro firme para que não caísse.

— Conseguiu derrotar o akumatizado?

 

— Ainda não. Preciso dela pra purificar o akuma. Mas ela virou um bebê. Eu acho que sei onde ta o akuma, mas sem ela...— Eu não sou nada sem ela. Foi o que completei em pensamentos.

— Entendo.— Vejo ele andar um pouco e parar olhando pra gente. — So vejo uma solução. Você vai usar o miraculous dela novamente.

 

— Mas, eu preciso do cataclismo pra destruir o livro.

 

— Então leve o Plagg junto. Ele so precisa controlar um pouco o poder dele. Pra não destruir a cidade toda. Um toque de leve será suficiente. Ele já fez isso uma vez quando você não podia se transformar. O talismã vai concertar tudo depois de qualquer maneira. Pegue os brincos dela.

— Mas...— Eu travo olhando pro rostinho dela. – Assim eu vou saber quem ela é. Nós não podemos...

— Não há tempo pra isso, Adrien. Além de tudo, vocês já provaram que são fortes o suficiente pra resistir a uma akumatização. Eu sinto que já é a hora de vocês saberem quem são de verdade.

Eu fico parado olhando pra ela que me encarava com seus grandes olhos azuis e um sorriso fofo. — Recolher garras!— O brilho verde cobre meu corpo retirando meu uniforme de herói. Vejo ela tapar os olhos com os bracinhos e logo após os afastar me olhando de novo. — Gatinho?— Ela vira a cabeça de lado. — Oi, Bugboo!— Sorrio pra ela, ela é tão fofinha. — Gatinho!— Ela se joga no meu pescoço me abraçando enquanto ria. – Espero que você não fique muito brava comigo depois.— Digo a afastando e a sentando no meu colo. Afasto seu cabelo de suas orelhas e travo por uns segundos com as mãos nos brincos dela antes de retirar ambos ao mesmo tempo. O brilho vermelho toma conta da sala e fecho os olhos automaticamente. Ao abri-los novamente eu a vejo, olhando pra mim com um sorriso e um brilho nos olhos. — Marinette!

 

— Surpreso? – Pergunta mestre Fu.

— Não totalmente. – Adrien diz enquanto acariciava delicadamente a bochecha rosada da pequena Marinette. – Na verdade, não consigo imaginar alguém melhor. Como não notei antes? É ridículo como está tão obvio agora que era ela o tempo inteiro.

 

— Acredite Adrien, ela vai ficar ainda mais incrédula do que você quando voltar ao normal. – Disse a pequena kwami vermelha. – Minha dona vai pirar. -  Ela diz tapando uma risada com a mãozinha.

 

— Ridiculo mesmo, garoto. Mas não temos trabalho a fazer aqui não? — O gatinho preto diz enquanto flutuava ao lado de Tikki. -  Vamos logo com isso. Quanto mais rápido acabarmos, mais rápido ela volta a ser a garota dos seus sonhos. Agora me da meu camembert. – Ele diz já se enfiando nos bolsos da jaqueta que ele usava sem nem notar em como ele ficou ainda mais vermelho após a fala dele.

— Não acredito que direi isso mas, Plagg ta certo. Temos que ir logo. – Tikki fala enquanto terminava de comer um cookie que mestre Fu a deu. – Você já sabe as palavras. Confio em você tanto quanto eu confio na Mari. Sei que vai se sair bem, só invoque o talismã antes do Plagg destruir algo ou a cidade vai pro espaço de vez. – Ela diz engolindo o ultimo pedacinho de cookie e ouvindo Plagg resmungar ao seu lado sobre como não foi culpa dele o que aconteceu com os dinossauros. — Tá, tá. Até você sabe que ta mentindo, Plagg. Aquele pobre Giganotossaurus nem tava rugindo pra você.

 

— Não, tava rugindo pra você. – Ele diz sussurrando baixinho logo após. — Como se eu fosse deixar ele fazer isso com a minha docinho. Abusado.

 

— Vocês são engraçados juntos. — O garoto diz rindo enquanto colocava os brincos e retirava seu anel e deixava com o mestre, só por precaução. – É muito amor camuflado isso aí. – Ele vê os kwamis ficarem vermelhos e se afastarem rapidamente.

Não confirmo, mas também não nego.

 

— Que falou ai, Plagg? – Adrien pergunta mesmo tendo escutado perfeitamente.

 

— Eu não falei nada. Anda logo com isso e vamos resolver esse problema de uma vez.

 

— Tá bom, pronta Tikki? — Ele recebe um aceno da pequena. — Tikki, transformar! — E após um brilho vermelho, la estava novamente o Mister Bug. Já de pé ele se preparava pra sair a procura do akumatizado novamente, quando sente bracinhos abraçando suas pernas e um breve resmungo choroso. – Tudo bem, Bug Boo. Eu volto rapidinho.  – Ele a pega nos braços e ela o abraça no pescoço. – Volta? Promete?  - Ela sussurra abafado pelo abraço.— Prometo! De dedinho. – Ele a afasta e pega o dedinho dela com o próprio. — Eu sempre volto pra você, Bug Boo. – Da um beijo na testa dela e a coloca no chão, logo se virando e sumindo pelos céus com Plagg logo atras dele.

— Vamos, Marinette. Vamos ver a luta deles pela TV. — Pegando na mãozinha dela, ele a leva ate a sala e a coloca sentada no sofá de frente pra TV, senta ao seu lado e a liga no noticiário onde Nadja Chamack transmitia ao vivo a destruição que o vilão fazia por onde passava e mostrava naquele exato momento a chegada de Mister Bug ao local.

“- Olha só, parece que o Mister Bug está de volta. Mas não vejo a Lady Noir com ele. Será que aconteceu algo com ela? É a primeira vez que ela não está ao lado dele em uma batalha. Ocasiões em que Chat Noir não pode comparecer, já ocorreram em alguns poucos momentos, mas ela nunca sumiu assim. Isso é estranho não acham? Talvez ela tenha sido atingida pelo vilão e por ser a única que pode purificar o akuma, Mister Bug pode ter saído por esses minutos pra fazer a troca dos miraculous novamente. OH MINHA NOSSA! O akumatizado acabou de jogar um ônibus em Mister Bug que o partiu ao meio com ioiô. Espera... Como assim? O que aconteceu ali? O Akuma foi libertado do objeto, mas como? Você viu o que aconteceu?

 

— Tambem não entendi, Nadja. Não vi nada que possa explicar o Akuma ser libertado assim do nada.

 

— Mister Bug acaba de purificar o Akuma, nesse momento ele está concertando os estragos na cidade com o talismã. Que bom que deu tudo certo, mesmo não tendo entendido como isso aconteceu. Esperem. Parece que tem algo errado.

 

A câmera foca nas calçadas depois de tudo ser arrumado, mostrando Mister Bug andando aparentemente conversando sozinho enquanto apontava pras varias crianças que deveriam ter voltado ao normal junto com a cidade que estava novamente intacta. Aos poucos o helicóptero pousa numa rua larga próxima e Nadja e sua equipe correm ate o herói que estava verificando algumas crianças próximas.

 

— Mister Bug, Mister Bug. – Ela grita com o microfone perto do rapaz vendo-o virar para ela. – Mister Bug, você sabe nos dizer o que aconteceu para todos que foram atingidos não terem voltado a idade normal? -  Ela termina e praticamente enfia o microfone na cara do loiro.

 

— Infelizmente, assim como vocês eu não tenho a resposta pra essa pergunta, Nadja.  Também não entendo o que aconteceu aqui. – Ele olha as crianças com preocupação estampada em seu rosto.

 

Logo atras dele surge o policial Roger andando entre as crianças e indo na direção dele.

 

— Mister Bug, o que aconteceu? Elas não deviam ter voltado ao normal? Vários dos meus homens estão entre essas crianças.

 

— Sim Roger, deveriam. Como eu estava dizendo para a Nadja agora, eu não sei o que esta errado. Mas, tenho alguns contatos que certamente vão me ajudar a descobrir o que deu errado. Porem, eu vou precisar da sua ajuda.

 

— Do que precisa?

 

— Por garantia, eu preciso que você faça uma lista com nome e endereço de todos que viraram crianças. Caso eu precise entrar em contato com eles dependendo do que meus contatos disserem sobre o assunto.

 

— Considere feito, Mister Bug.

 

— Obrigado, eu procuro você na delegacia se necessário. – Diz o loiro se virando pra câmera logo após e se dirigindo aos telespectadores dessa vez. – Pessoal, eu preciso da atenção de vocês agora. Mostra as crianças pra mim por favor? – Ele pergunta ao cameraman que assentiu e voltou sua lente mostrando as crianças próximas a eles. – Se você que esta assistindo ao noticiário agora reconhece alguma dessas crianças como um familiar seu, eu peço que por favor venha ate o local e busquem elas. Elas precisam de cuidados nesse momento difícil. O guarda Roger foi gentil em nos ajudar a fazer uma lista de todos eles. Então eu peço pra você, familiar, cooperar e passar a ele e sua equipe os dados necessários como eu pedi pro caso de precisar entrar em contato com vocês. Nosso gentil câmera aqui vai mostrar a vocês todas as crianças, certo? – Ele vê a câmera balançar em um sinal de sim e continuar a passar por entre as crianças mostrando todas como solicitado. – Agradeço a cooperação de todos nesse momento e desejo boa sorte a todos os envolvidos. Não percam as esperanças, vou fazer tudo que eu puder pra que eles voltem ao normal o mais rápido possível.

 

— Bom, esse foi o Mister Bug. – Nadja novamente fala com a câmera girando rapidamente pra ela e mostrando o céu onde o herói saltava e sumia por entre os prédios. – E como nos foi pedido, continuaremos a mostrar as crianças para caso você ai de casa conheça alguma delas e possa vir ao seu auxilio.”

 

No caminho pra casa do mestre Fu, já a poucos metros da casa os brincos apitam loucamente indicando que a transformação acabaria rapidamente. Em um beco escuro se certificando de que não foi visto e que não havia ninguém por perto, Adrien desfaz a transformação e coloca Tikki cuidadosamente em seu bolso vendo Plagg se esconder junto dela.

Tikki, o talismã falhou? Eu não entendo. Será que o problema sou eu? Por não ser seu portador original. Talvez tenha feito algo errado e...

 

— Não Adrien, você foi incrível. Fez tudo perfeitamente bem. O problema não foi você, nem mesmo o meu poder. Sinceramente, acho que foi algum efeito estranho do akuma.

 

— O mestre vai saber o que fazer, não se preocupem. Agora descanse docinho. – Plagg fala enquanto apoia a kwami. – Já estamos quase chegando.

 

Poucos passos a frente e ele entra pela porta da frente da casa a fechando logo após entrar. Nem andou dois metros e sentiu bracinhos ao redor da sua perna novamente. – Gatinho! — A pegando no colo, carrega a pequena Marinette ate a cozinha da casa do mestre, onde suspeitava que ele estaria fazendo algum chá. – Oi, Bug Boo! Como está minha princesa? – Ele diz enquanto apertava a porta de seu nariz ouvindo uma risadinha fofa. – Eu tô bem. – Impressão minha, ou você ta maior que a hora que eu sai.

 

— Ela está mesmo, aparenta ter uns três anos agora. — Mestre disse sem tirar a cara do grande livro que lia cuidadosamente enquanto bebia um chá de camomila. -  Sei o que vai perguntar? E ainda não tenho respostas. Estou estudando o capitulo sobre o miraculous da borboleta desde que notei que ela não havia voltado ao normal. Mas são muitas informações, vai levar um tempo. Vocês podem, sei la... ir brincar? -  Mestre Fu diz enquanto balançava uma das mãos como quem diz “Chô, chô...”. – Ah, seu miraculous. – E aponta pra mesa onde ele tinha deixado o anel.

Adrien pega o anel e sai pra sala de estar onde a TV estava ligada em algum desenho animado qualquer. Ele se senta no sofá e deixa Marinette em seu colo virada pra ele. – E então? Você me viu na TV? – Pergunta so puxando um assunto com a pequena garota enquanto retirava os brincos e os colocava novamente nas orelhas dela cuidadosamente.

Eu vi. Me deu medo. — Ela confessa olhando pra baixo com as bochechas vermelhinhas.

Medo de que princesa? – Perguntou olhando em seus olhinhos azuis enquanto recolocava seu anel no dedo também.

— Daquele monstro malvado te machucar. – Ela o abraça novamente e fica ali em seu colo. Se sentia segura nos braços dele, não sabia o motivo, mas sabia que nada a machucaria desde que estivesse junto do garoto bonito que a abraçava de volta.


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