Os órfãos de Nevinny escrita por brennogregorio


Capítulo 5
Novo dia




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/809400/chapter/5

Após sair de seu quarto ainda sonolentx você vai em direção à cozinha para comer algo. Ao chegar lá, vê sua irmã transferindo o café da cafeteira para a garrafa.

— Bom dia, S/N!

— Bom dia — você responde.

— Como você está hoje? Prontx pra mais um dia? Se não tiver legal não tem problema em faltar à escola.

— Eu tô bem. Ontem levei um susto grande, mas preciso seguir a rotina — você responde.

— Tem certeza? — ela pergunta com uma cara de preocupada.

— Tenho. Eu tô bem

— Não se preocupe com Alisson, elx vai ficar bem. Lembra o que o pai delx disse ontem? Os médicos veem uma melhora no estado delx. Já, já Allison fica bem de novo.

— Lembro.

— Então. Fique tranquilx. Tudo vai ficar bem e você precisa focar nas aulas agora, não pode deixar desviar sua atenção. Eu sei que o susto foi grande, imagina ser abordadx por um cara armado. Mas você precisa seguir adiante agora.

— Eu vou tentar fazer isso — você fala.

Depois de passarem um tempinho conversando, você foi tomar banho e se arrumar para ir à escola. Logo depois foi a vez de Lívia tomar banho, então, depois de terminarem ambxs saem.

⌚ 38 minutos depois...

Chegando em frente à escola, você se despede de Lívia e assim, adentra o local. De primeira vai ao banheiro para olhar como está sua aparência e em seguida segue para a sala de aula esperar pela professora de Inglês que está para chegar.

Depois de duas horas de aula o sinal toca indicando a hora do intervalo. Repentinamente os corredores vazios logo são preenchidos pelos alunos de todas as idades e turmas.

Igualmente no dia anterior, você decide ir para debaixo da árvore escutar suas músicas e relaxar para se preparar para a segunda parte de aulas que logo viria. Estando há alguns minutos lá, você percebe alguém andando em sua direção enquanto olha de canto de olho. Ao virar totalmente em direção à pessoa, vê uma garota de estatura mediana com cabelos dread preto e rosa acompanhada de dois garotos e uma garota conversando e rindo sem parar.

Então, você tira os fones de ouvido e a olha quando ela se aproxima e senta no gramado próxima à você.

— Oi, S/N. Tudo bem? — ela fala.

— Oi, tô legal. E você?

— Eu tô tranquila, mas preocupada — diz a garota dando uma pausa — Deixa eu me apresentar. Eu sou a Rebekah e esses são meus amigos Felipe, Heitor e Micaella.

— Oi! — dizem os três ao mesmo tempo.

— Todos nós ficamos sabendo o que aconteceu ontem. Allison foi para o hospital, não é? Você 'tava com elx na hora?

— Sim. Nós tomamos um susto enorme — você fala.

— Imagino. Deve ter sido horrível. Isso nunca aconteceu por aqui antes.

— É, eu fui visitá-lx mas não podemos nos falar. Além delx estar dormindo, eu não tinha autorização também.

— Eu entendo. Passar por uma situação dessa não deve ser fácil, ainda mais por ter terminado de uma forma tão triste.

— É, mas já passou. O melhor a fazer é não tentar ficar relembrando isso. É o que eu 'tô tentando fazer.

— Você faz bem. Logo, logo vamos ter Allison aqui com a gente de novo.

— Vamos, Rebekah. A gente ainda tem que fazer aquele negócio, lembra? — diz a garota que a acompanha.

— Tá bom, vamos — Rebekah diz — Bom, S/N foi um prazer te conhecer. Nós sentimos muito pelo que aconteceu com você ontem e também com Allison. Estamos torcendo pra que elx volte logo.

— Tudo bem. Foi um prazer te conhecer também, Rebekah — você fala.

— Nós estamos indo pro refeitório ficar o restante do intervalo lá já que ele tá quase acabando. Você não quer vir com a gente? Assim nós vamos nos conhecendo.

Você hesita por uns segundos, mas responde:

— Tá bom, pode ser.

— Ótimo. Então, vamos. Meus amigos são legais, então eles não vão se incomodar — ela diz.

Então, você acompanha Rebekah e seus amigos até o refeitório e ficam lá por alguns minutos conversando. Depois bebem um pouco de água e vão para a sala de aula após o toque do sinal.

⌚ 10 minutos depois...

Assim que entram, veem uma mulher em pé próxima à mesa com um belo sorriso largo estampado no rosto. De um modo simpático e também muito elegante faz questão de cumprimentar todos que passam por ela.

— Bom dia, alunos. Vocês já me conhecem, mas estou vendo que temos um rosto novo na sala, então como faço questão de saber os nomes de todos os meus alunos. Qual é o seu nome? — a professora pergunta olhando para você.

— S/N — você responde.

— Muito prazer, S/N. Eu sou a professora Safira e irei lecionar a disciplina de artes para vocês. Por favor, pode se sentar que agora vou iniciar a minha aula. Todos já chegaram, então é hora da gente se divertir. Mas antes, quero a atenção de todos — ela diz dando duas palminhas — Como vocês já sabem em duas semanas teremos o nosso festival de talentos. Como S/N é novatx eu faço questão de explicar novamente. É bem simples: vocês apenas devem escolher um talento que desejem apresentar para a escola. Após escolherem, vocês assinam na lista que estará disponível no painel na parede do lado de fora da sala assim que essa aula acabar e pronto! É só se preparar para o seu número, esperar o dia chegar e se deixar levar. Vocês já escolheram alguma coisa pra nos apresentar?

De repente a sala começa a fazer um burburinho e todos começam a falar e discutir sobre o que queriam fazer no dia do festival. Você apenas observa todos fazendo aquela vozearia toda, pois nem ao menos estava sabendo que teria esse tal festival. Subitamente, você se dá conta que a professora tinha falado que faltam apenas duas semanas para o festival e, imediatamente, um pequeno desespero toma conta de você, pois uma questão surge em sua mente. E ela é: o que você iria escolher para apresentar?

Perdidx em seus pensamentos você estava, até que uma voz conhecida te desperta:

— S/N! Você ouviu o que eu disse?

— Ah, oi Rebekah. Foi mal. O que 'tava perguntando?

— Se você já escolheu o que vai apresentar — ela diz revirando os olhos.

— Ah, er... Na verdade, não. Eu nem sabia que 'tava rolando essa história de festival. Eu cheguei ontem, lembra?

— Eu sei, mas infelizmente isso não é desculpa, queridx. Você era pra estar sabendo disso desde quando fez sua matrícula. Esse festival é uma das coisas mais esperadas pelos alunos todos os anos. E dessa vez chegou a nossa vez de podermos apresentar uma das coisas que a gente sabe fazer de melhor pra mostrar — ela assegura.

— Quando a aula acabar eu vou dar uma olhada no painel e vou ver o que ainda posso fazer — você fala dando um sorrisinho.

— Por favor — ela diz fazendo um "jóinha" com os dois polegares, depois se vira e sai.

Pensar em algo para apresentar para o festival seria algo positivo para se fazer, mas você não está muito no clima para fazer uma atividade assim. Aquilo realmente te pegou de surpresa, mas era melhor fazer algo do tipo e se distrair criando e projetando o que fazer do que ficar pensando em coisas que poderiam te trazer preocupações e te deixar num estado de aflição ou nervosismo.

Essas duas semanas que viriam seriam bem motivadoras para te levar a fazer coisas diferentes na qual não tinha experimentado antes. Suas ideias e sua criatividade seriam testadas, então você teria que fazer algo que goste mas acrescentando alguns itens de acordo com seu gosto, mas ainda assim, pra isso, precisaria olhar o painel antes para se decidir.

⌚ 1 hora e meia depois...

Após algumas conversas sobre o festival, o sinal mais uma vez toca, indicando que é hora de ir para casa.

— Até amanhã, alunos. E não esqueçam de pôr seus nomes na lista que já está disponível — a professora Safira grita.

— OK, professora. Até amanhã — diz um aluno.

— Não vou esquecer, professora — fala uma garota.

Quando já ia sair de sala, de repente sente uma mão puxando seu braço fortemente lhe arrastando para fora. Ao observar de quem se trata, vê que é Rebekah a responsável por sua locomoção. Pegando o pique você anda em passos acelerados por um trajeto não tão longe, até que finalmente chega em um preciso local.

Vários alunos em frente a um grande painel fixo na parede disputando de uma só vez quem iria pôr seus nomes na lista que Safira havia dito. É incrivelmente uma cena doida de se ver, pois ninguém parecia querer ser o último a escrever seu respectivo nome em uma daquelas linhas em branco, parecendo mesmo que o que estão prestes a fazer era algo que pudesse mudar suas vidas para sempre. Se bem que parando pra pensar, talvez pudesse.

Você e Rebekah apenas observam aquela cena de era das cavernas ou cena de que o mundo está prestes para acabar. Literalmente o caos tinha sido implantada naquela área a desordem não parecia que ia acabar tão cedo.

— Vocês têm certeza que vão querer colocar seus nomes agora? — um rapaz que para ao lado de vocês pergunta.

Você e Rebekah nada respondem. Apenas se olham por alguns segundos, se viram e vão embora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os órfãos de Nevinny" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.