Baby Dean Winchester escrita por Any Sciuto
Se aproximando de seu mais novo aliado, Abaddon tocou os fios curtos do cabelo do caçador. Ela podia ser uma psicopata, maluca e um cavaleiro do inferno, mas tinha que dar o braço a torcer.
Dean Winchester era um homem bonito. Ele tinha pés grande e tinha quase certeza que outras também. Mas ela sabia que ele nunca se interessaria por ela.
— Ah, Dean. – Ela passou a mão pelo corpo dele. – É uma pena que você tenha uma queda por aquele anjo idiota. Eu poderia fazer você meu brinquedinho favorito.
Tocando novamente a testa dele, Abaddon colocou finalmente o ingrediente final de seu feitiço de controle mental.
— Hora de acordar, Dean. – Ela viu os olhos do caçador se abrirem e virarem negros. – Bem-vindo a sua nova vida.
Dean se sentia estranho. Não parecia nada com seu velho “eu”, embora ele estivesse em seu corpo adulto. Sem hesitar, ele se levantou e olhou para a marca em seu braço.
— Você vai precisar dela. – Abaddon o ajudou a se levantar. – Agora venha comigo, querido.
— O que minha rainha desejar. – Dean não sabia o porquê, mas ele sabia que precisava obedecer a ruiva a sua frente. – Quais são suas ordens?
A mulher ruiva deu uma risada de aprovação, que fez a casa onde eles estavam no momento balançar um pouco.
Castiel estava sentado sozinho. Olhando para uma foto dele e de Dean pescando, ele começou a sentir que havia algo errado. Lúcifer ainda nem tinha feito um pedido de resgate, troca ou qualquer coisa.
— Acho que podemos ter entendido toda a coisa da bruxa errado. – Sam interrompeu o silencio na casa. – Talvez Dean não tenha apenas sido uma vítima qualquer. Talvez Lúcifer esteja por trás dela.
— Podemos ter nossas respostas. – Gabriel voou para dentro segurando uma mulher ruiva, com roupas rasgadas. – Uma magia tão forte deixa uma impressão quando usada várias vezes.
— Ah cale-se. – A mulher gritou. – Vocês anjos são todos certinhos assim?
— Não, não somos. – Cas se aproximou. – Fazemos coisas questionáveis, admito. Mas não trabalhamos com demônios.
— Esse é o negócio, queridinho. – Ela zombou dele. – Ele não é apenas um demônio. E a garota, bem, ela não é de se jogar fora.
— Garota? – Sam deu um passo para trás, como se tivesse levado um tapa. – Não. Por que ela faria uma coisa assim?
— Sabe como ela é. – A bruxa olhou para Sam. – Seu irmãozinho, ele está diferente agora. Ela o transformou naquilo.
Castiel observou Bobby, Sam e Gabriel se darem conta do que havia acontecido.
— Abaddon? – Castiel viu Sam hesitar e finalmente compreender. – Ela não é simplesmente um demônio.
— Não. – Sam se sentou, de repente sem ar. – Ela é um cavaleiro do inferno.
— Merda. – Bobby viu Gabriel olhar sem entender. – Acredite, rapaz. Mesmo sendo um anjo, você deveria tentar beber algo forte.
Castiel olhou para a mulher a sua frente. Seus olhos mudaram e ela começou a recitar algo em silencio.
— Todo mundo, corram! – Cas se afastou segurando Bobby e Gabriel protegeu Sam da iminente explosão.
O corpo da mulher começou a se iluminar e de repente, todos fecharam os olhos. Um som de explosão foi ouvido e todos perceberam que onde a mulher estivera havia um buraco.
As paredes da casa pareciam queimadas, mas não haviam danos. O mesmo não poderia ser dito da mulher. Era como se ela tivesse sido vaporizada. Uma poça de sangue, roupas e os sapatos era tudo o que havia sobrado.
Enquanto isso, em Maryland, Dean entrou em um mercadinho de beira de estrada. Abaddon estava ao seu lado e desligou todas as câmeras com um simples movimento de mãos.
Ele foi direto para o caixa, onde um homem estava parado, olhando sem conseguir se mover.
Uma menina que estava fazendo compras se escondeu, tentando não fazer barulhos. Se os dois estranhos que entraram a notaram, ela não sabia.
Tudo o que ela conseguiu ver era um brilho intenso, um grito alto e o sino da porta do mercado.
Fechando os olhos, ela fez algo que fazia muito tempo. Ela rezou para seu anjo de devoção. Era tudo o que ela conseguia se lembrar antes de desmaiar.
Gabriel estava sentado, ouvindo sobre Abaddon e sua história com Henry Winchester quando algo em sua mente chamou a atenção. Ele saiu voando da casa de Bobby e entrando em um mercadinho de estrada.
Ele ainda não entendeu o que poderia ter atraído ele para lá, mas a cena de morte era claramente um indicativo. Caminhando um pouco mais para uma das sessões, ele notou uma garota desmaiada no chão.
Sem hesitar e com medo do que quer que tenha feito aquilo voltasse, ele a colocou em seus braços e saiu de lá.
Dean olhou para a linda garota junto a ele e suspirou.
— Havia uma garota lá dentro. – Ele viu o sorriso no rosto da demonia. – O que? Por que não matar ela?
— Ela não é uma ameaça, Dean. – A ruiva apenas se sentou no carro. – Afinal de contas, ela nem sabe o que somos.
Voando para dentro da casa de Bobby com a menina que havia testemunhado tudo, Gabriel viu os olhares e Sam correu para ajudar.
— Eu acho que Dean e Abaddon fizeram um massacre. – Ele olhou para a menina. – E ela é a única sobrevivente, porém não sei explicar porque.
— Ela não parece machucada além do pulso. – Cas pegou uma tala, não querendo deixar a garota assustada. – Sam, poderia ficar com ela?
— Claro. – Sam não iria admitir, mas ele sentiu uma atração pela menina.
Ele olhou mais atento para ela e notou que ela tinha uma marca de nascença em seu pulso. Era idêntica a sua.
Atualmente, com quase 40, Sam ainda não havia tido contato com suas antigas namoradas e se essa garota fosse jovem o suficiente, ela poderia ser sua filha.
— Cas? – Sam a olhou de novo. – Me diga que ela não é minha filha.
Mas o olhar dele não ajudou Sam, que se ajoelhou e começou a chorar percebendo que sim, ele tinha uma filha e ela havia presenciado algo ruim.
— Sam? – Bobby entrou sem entender. – Porque está chorando?
— Eu acho que essa menina é minha filha, Bobby. – Sam foi direto. – Biológica.
— Caramba. – Bobby, Gabriel e Cas estavam olhando sem saber o que fazer.
Com um pequeno passo, Gabriel desenhou sua espada em direção a porta do quarto, assustando a todos.
— Caramba, se eu soubesse que você tentaria me matar assim que pisasse aqui, eu teria ligado. – Lúcifer olhou para Gabriel e depois para Sam. – Olá, Sam. Se divertindo?
Se movendo entre o demônio e sua recém descoberta filha, Sam pegou sua faca de demônios e a apontou para o homem.
— O que você está fazendo aqui? – Sam estava sentindo a vontade de acabar com esse cara.
— Apenas uma conversa antes de ser morto. – Ele disse.
Sam sabia que se quisesse achar o irmão e proteger a filha, teria que ouvir. Mas a faca ficaria em sua mão, bem a vista.
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