Eterno escrita por Madoro to Amesu


Capítulo 1
Uma eternidade ao seu lado


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, boa tarde e boa noite!

Então, já tem um tempo que tive essa ideia em razão de tudo que tem acontecido na minha vida no decorrer desse último ano. Juntei toda a inspiração que tinha e busquei me expressar através dessas duas personagens que amo tanto e com as quais me identifico.

Escrevi essa história inteira do ponto de vista da Kaguya. Espero que gostem. Sem mais delongas, desejo à vocês uma boa leitura!

Obs: Esta fanfic contém TeruMoko. Não gosta, não leia.



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Como um mundo cego de pureza

Poderia ser sinônimo de beleza?

Para mim a lua incolor

Só poderia significar a dor.

 

Não riem, não choram e nada temem.

Apenas julgam com ignorância

Aqueles que abaixo de nós vivem.

É de estarrecer tamanha petulância.

 

Mas será que os humanos

Em seu mundo imperfeito e mundano,

Teriam mais a nos ensinar

Sobre a efêmera vida em seu lar?

 

Para descer até lá,

Abraço a impureza

E renego a natureza

De um ser lunar.

 

Pássaros, insetos e criaturas.

Toda alma possui seu valor

E apreciá-los com ternura

Traz um agradável calor.

 

À medida que cresço

Tal qual um talo de bambu,

Os homens aqui eu conheço

Seus dilemas, temores e tabus.

 

Como uma flor a desabrochar,

Eu amadureço e assimilo

A essência do meu novo lar.

Porém, tão logo viria o perigo.

 

Não delonguei a notar

O quão nociva a minha presença era.

Boatos sobre uma beldade começaram a se espalhar

E a paz não reinaria mais naquela terra.

 

As notícias não tardaram a chegar

Aos ouvidos de cinco nobres que vieram se declarar

Na pretensão de me ostentar

Como mais um troféu de que se vangloriar.

 

Não seria sensato meu coração entregar

A quem não merecia me amar.

Nada mais justo do que a eles requisitar

Cinco pedidos impossíveis de realizar.

 

Meus cinco pedidos egoístas

Pouco à pouco se mostraram fatais.

Clãs influentes findaram desonrados e em ruínas

Enquanto outros sofriam acidentes mortais.

 

Não era nada disso que eu desejava

Em meio à todo esse caos eu me questionava

Se a decisão de vir à Terra estaria equivocada.

Por todas essas calamidades eu me culpava.

 

Onde estava com a cabeça

Crendo que a eternidade sanaria meu pesar?

Talvez aqui não seja mesmo meu lugar

E amar não seja algo que eu mereça.

 

Era isso o que eu acreditava

Até ela ter aparecido

Com aquelas duas orbes carmesins sedentas de raiva

No intuito de vingar um ente querido.

 

Suas chamas a encobriam com intensidade

Podia sentir sua agressividade

E tal como a fênix em seu fulgor,

Voava com enorme esplendor.

 

Mas todo esse ódio é apenas fachada.

Pois escondia feridas profundas e não cicatrizadas,

Um penoso arrependimento por todas as vidas que ceifou

Desespero pela liberdade com a qual tanto sonhou.

 

‘Você me compreende’

Exclamaram nossos olhares em uníssono.

Encontramos uma razão para seguir em frente

Temos uma a outra sem o temor do abandono.

 

Poucos conseguem captar

Nosso motivo de lutar.

Apenas nela posso encontrar

Um lugar para o qual sempre retornar.

 

Enfim, entendo que a eternidade

Não faz a vida valer à pena.

A verdadeira felicidade

Jaz nas coisas pequenas, porém plenas.


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