Lost: O candidato escrita por Marlon C Souza


Capítulo 19
Capítulo 19 - Os candidatos: parte 2




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Hugo guiava um pequeno grupo composto por Aaron, Jessy e Ji Yeon até o antigo acampamento dos sobreviventes do voo 815. O ambiente estava tomado pelos resquícios corroídos do avião, testemunhas silenciosas do passado. Os destroços, agora sombras do que já foram, evocavam uma mistura de sentimentos. Para Aaron, havia uma sensação de nostalgia inexplicável, como se suas memórias estivessem ressurgindo das profundezas.

Observando os destroços com um olhar distante, Aaron parecia envolto em pensamentos. Era como se os fragmentos retorcidos da aeronave o transportassem para um passado turvo, um tempo em que ele era apenas um bebê. No entanto, a memória era fugaz, uma névoa perturbadora que o intrigava. Como reviver algo que estava perdido? Sua única esperança residia nas narrativas de Hugo e dos outros, na possibilidade de descobrir os segredos de sua própria história.

Enquanto Aaron se perdia em suas reflexões, Hugo quebrou o silêncio com uma pergunta intrigante:

— Esse lugar te parece familiar, Aaron?

As palavras flutuavam no ar, carregadas de curiosidade e significado. Aaron, ainda absorto em suas memórias nebulosas.

— Não sei dizer. — Respondeu Aaron, incerto.

Ao longe, Bernard estava imerso na serenidade da pesca, até que seus olhos avistaram a chegada de Hugo e sua companhia. Um sorriso se formou em seus lábios e ele não hesitou em se aproximar, movido por uma mistura de surpresa e alegria. — Hugo? — Indagou Bernard, buscando confirmação naquele encontro inesperado.

Hugo retribuiu o sorriso de Bernard com genuíno contentamento.

— Olá Bernard. É um prazer finalmente revê-lo, meu amigo — comentou, sua expressão cativante irradiando calor. A resposta de Bernard não se fez esperar, um sorriso de gratidão dançando em seus lábios enquanto proferia suas palavras:

— Estou realmente feliz em vê-lo novamente.

A curiosidade de Bernard logo se voltou para o trio acompanhando Hugo. Olhando para Aaron, Jessy e Ji Yeon.

— Quem são esses? — Bernard perguntou com interesse. Seus olhos, curiosos e indagadores, buscavam entender o elo que os unia.

Hugo não pôde deixar de soltar uma breve risada antes de responder, sabendo que sua revelação poderia parecer inacreditável.

— Se eu falar, você não vai acreditar — comentou com um toque de mistério. Ji Yeon, sem conter sua própria curiosidade, acrescentou:

— Quem é esse, Hugo?

A resposta de Hugo foi carregada de significado, seus olhos encontrando os de Ji Yeon antes de direcionar-se a Bernard: — Esse é Bernard. Ele conheceu seus pais.

As palavras ecoaram no ar, carregadas de emoção. E então, como um gesto de revelação completa, Hugo concluiu, deixando Bernard atordoado e sem palavras: — Essa é Ji Yeon, filha de Jin e Sun. E aquele ali é Aaron Littleton, o filho da Claire.

O choque se manifestou nos olhos de Bernard, um turbilhão de emoções preenchendo o espaço entre eles. As histórias entrelaçadas da ilha, do passado e do presente, convergiam naquele momento, transformando os destroços do passado em um palco vivo para reencontros e descobertas.

Enquanto a bordo do navio, o impasse persistia. Juan encontrava-se diante de Wilbert, cujo olhar silencioso parecia esconder segredos profundos, enquanto Yan mantinha-se absorto na leitura da papelada, cada página desvelando novos mistérios sobre suas identidades entrelaçadas. A aguardada resolução pendia no ar, enquanto Wilbert, Bianca, Miguel e Marcel permaneciam amarrados, ansiosos pelo desenlace iminente.

— O que faremos com eles? — indagou um dos soldados, ecoando a incerteza que todos sentiam.

— Eu ainda não sei — retumbou a resposta de Juan, a impaciência tangendo suas palavras.

Wilbert, contudo, sustentava um sorriso enigmático, como se estivesse exatamente onde queria estar. Enquanto Juan saía para o convés, uma fina trilha de fumaça serpenteando do cigarro que agora queimava entre seus dedos, a mente do capitão navegava por um oceano de dúvidas.

Em meio ao rufar das ondas, um dos soldados acompanhou Juan ao ar livre, deixando escapar suas próprias inquietações.

— Capitão, não sabemos se as pessoas na ilha estão vivas ou não. Deveríamos voltar ao continente e buscar ajuda. A situação atual é insustentável. Muitos homens já caíram. — Comentou o soldado.

A brisa salgada brincava com as palavras, e Juan inalou profundamente o cigarro antes de expirar lentamente, sua mente se equilibrando no fio tênue entre decisões cruciais.

— Não parece uma ideia descabida, soldado — admitiu Juan, reconhecendo o valor da sugestão. — Mas, mesmo que retornemos, não sabemos qual costa nos receberá. Estamos à deriva no Pacífico. O GPS não funciona direito. Nossa única esperança é aquela ilha.

— Se tem um homem aqui que sabe o que está acontecendo é aquele amarrado ali. À essa altura deveríamos entender que estamos à deriva. — O soldado soltou esse comentário intrigante, puxando Juan de volta à realidade do momento. Com um movimento rápido, Juan apagou o cigarro e regressou à cabine, seus passos rápidos ecoando o ritmo de suas reflexões.

Seus olhos se pousaram sobre o soldado que mantinha guarda sobre os quatro cativos. Sua ordem era clara e inegável: — Solte Wilbert.

A perplexidade tomou conta dos amarrados, mas um sorriso sutil brincou nos lábios de Wilbert, como se sua confiança finalmente tivesse sido justificada.

Yan, porém, não permaneceu em silêncio.

— O que está fazendo? — Indagou Yan, desafiador.

— Não temos opção de retorno ao continente. Precisamos escolher um lado — pronunciou Juan, sua impaciência transparecendo nas palavras. — No momento, estou do lado de Wilbert. E você, Yan, onde se coloca?

A troca de olhares entre Yan e Juan era carregada de tensão e escolhas irrevogáveis. A decisão de Yan não tardou a ser tomada: suas palavras ressoaram frias e determinadas. — Então é assim? Você está abandonando a missão por um homem do qual nunca ouviu o melhor. O homem que te alertaram que tem interesses obscuros.

As palavras de Yan pendiam no ar, marcadas por uma franqueza amarga. Mas Juan, inflexível, decretou sua resposta.

— Então você escolheu seu lado. — Disse Juan, sem hesitação, sua ordem se estendeu: — Amarrem ele.

Entretanto, uma reviravolta inesperada emergiu da própria sombra dos cativos. Marcel, contra todas as expectativas, manifestou sua lealdade: — Esperem. Estou do lado de vocês.

As palavras ecoaram no ambiente, deixando até mesmo Bianca perplexa com a revelação.

Juan, contudo, não se deixou persuadir facilmente.

— Mal sabemos quem você realmente é — ponderou Juan, cético em relação a essa mudança repentina de alianças.

Mas Marcel não recuou, suas palavras ecoando com uma promessa silenciosa.

— Posso ser de útil. Sou arqueólogo e vocês não imaginam o que tem naquela ilha — afirmou Marcel, com uma convicção que transcendeu sua própria ambiguidade. Os soldados desamarram Marcel, com aceno de mãos de Juan para que o fizessem.

Os elos das amarras, uma vez confinantes, cederam sob a lâmina secreta da traição. Miguel lançou uma faca hábil e discreta, que aterrissou silenciosamente próximo a Yan, enquanto Juan e Wilbert continuavam sua discussão. Esse pequeno gesto deu início a um desdobramento inesperado, enquanto Miguel conduzia Wilbert, Juan e Marcel para o helicóptero, Yan e Bianca eram abandonados, à mercê da sorte.

Na ilha, Clementine e Ben se dirigiam a uma estrutura onde pessoas trabalhavam incansavelmente.

— Quem são essas pessoas? E o que estão fazendo? — Perguntou Clementine.

— Estão cavando para alcançar um dispositivo que pode mover a ilha. — Explicou Ben.

— Como assim, mover a ilha? — Indagou Clementine, perplexa com a revelação.

Uma mulher se aproximou apressadamente, revelando-se Cindy Chandler, a comissária de bordo do Voo 815, envelhecida pelo tempo.

— Olá, Cindy. — Saudou Ben.

— Oi, Ben. Que surpresa desagradável. — Respondeu ela com um sorriso falso. — E quem é esta garota?

— Vamos pular as formalidades. Como vai o progresso do projeto? — Pressionou Ben.

— O terremoto enterrou a Estação Orquídea por completo. Não fizemos avanços muito significativos desde que começamos a escavação. — Informou Cindy.

À distância, Ben avistou Zach e Emma, conversando no chão. Zach, trinta anos, e Emma, trinta e três, tinham crescido consideravelmente. O rapaz era loiro, olhos azuis e possuía um ótimo porte físico, adquirido com anos vivendo na ilha, enquanto sua irmã irradiava beleza. Uma jovem de cabelos longos e loiros que chamava a atenção de qualquer um.

— Eles cresceram. — Observou Ben.

— Sobreviver nesta ilha não foi fácil para eles. Mas estamos bem, e não graças a você. — Respondeu Cindy, sua irritação palpável.

— Espera aí. O que está acontecendo aqui? — Questionou Clementine.

— Desculpe, e você é...? — Indagou Cindy.

— Clementine Phillips. Prazer em conhecê-la. — Respondeu Clementine, com um gesto irônico.

— A filha de Sawyer? Ben, você trouxe a filha de Sawyer para cá? — Acusou Cindy, deixando Clementine intrigada quanto a esse tal "Sawyer".

— Escute, você está ciente da nossa situação atual. Responda apenas se já é possível "mover a ilha". Temos que impedir alguém pior que Charles Widmore de chegar aqui. — Interveio Ben, demonstrando impaciência.

— No momento, não sabemos as consequências se você girar aquela roda novamente, Ben. Da última vez, você quase nos matou. — Retrucou Cindy.

— Deixe-me decidir o que fazer. — Disse Ben, partindo em direção às escavações, abandonando Clementine e Cindy.

— Você conheceu meu pai? — Perguntou Clementine.

— Estávamos no mesmo voo. — Respondeu Cindy. — Ficamos presos aqui porque eles partiram e nos abandonaram.

Cindy saiu abruptamente, deixando Clementine sozinha. Clementine então dirigiu seu olhar a Zach e Emma, que corresponderam ao olhar com igual curiosidade.

Enquanto esses acontecimentos desenrolavam-se na mata, na praia, uma nova narrativa se tecia. Aaron e Hugo adentraram a habitação improvisada que pertencia a Rose e Bernard, deparando-se com uma cena inesperada. Rose, suas mãos ainda trêmulas pelo impacto da surpresa, deixou cair a faca que segurava, uma maçã cortada à metade ao seu lado.

— Não pode ser. Você... é você mesmo. — Rose murmurou, sua voz ecoando o espanto que preenchia o ambiente. De alguma forma, ela havia reconhecido Aaron.

— Rose, este é Aaron, o filho da Claire. — A voz de Bernard ressoou, ecoando a emoção do momento.

O olhar de Rose se fixou em Aaron, um choque mútuo de reconhecimento cruzando os olhos dos dois. Rose se aproximou e o abraçou.

— Você cresceu tanto. Mal posso acreditar que a ilha o trouxe de volta para nós. — A voz de Rose transbordava de felicidade genuína.

Enquanto esse encontro transcorria, ouvindo o nome "Aaron", Roger, que estava em outro cômodo, mesmo diante da dor que o assolava na cabeça, ergueu-se com determinação, caminhou penosamente em direção ao epicentro da reunião.

— Roger? — A voz de Aaron trazia perplexidade e curiosidade.

— Olá, rapaz. — Roger cumprimentou, um sorriso terno brincando em seus lábios, abafado pelos gemidos de dor que escapavam de seus lábios. Bernard rapidamente o apoiou.

— Roger, não deveria estar de pé. — Rose interveio com preocupação.

Ji Yeon entrou no recinto, acompanhada por Jessy, o olhar de Bernard a saudando.

— E essa é Ji Yeon, a filha de Jin e Sun. — Bernard introduziu, provocando um sorriso radiante nos lábios de Rose. Aproximou-se dela e a abraçou. Ji Yeon deu um sorriso sem graça, afinal, não conhecia aquela senhora. Mas deixou-se ser abraçada.

As palavras de Bernard evocaram lembranças de um passado compartilhado, um passado que se entrelaçava nas histórias de todos eles.

— Quem diria que teria o privilégio de conhecê-la, querida. Durante a gravidez de sua mãe, fui uma das que cuidaram dela. E de Claire. Que ela esteja bem, onde quer que esteja. — Rose expressou com nostalgia, um sorriso saudoso em seus lábios.

— Minha mãe está bem. Ela está em Sydney. — Aaron informou, uma nota de tranquilidade em sua voz.

Mas então veio a pergunta que pairava no ar, como um eco do passado triste que sempre permanecia presente.

— E meus pais? — Ji Yeon questionou, o silêncio descendo sobre o grupo como uma sombra.

— Sinto muito. — Rose falou, as palavras carregadas de pesar.

Minutos depois, Ji Yeon encontrava-se diante do memorial simbólico erguido em homenagem a seus pais. Um tributo silencioso para aqueles que não mais estavam presentes.

— Eles não foram sepultados aqui. Infelizmente, perderam a vida a bordo de um submarino que se afundou nas profundezas do mar. — Rose compartilhou, palavras que ecoavam o lamento.

Hugo, Aaron, Roger, Jessy e Bernard permaneceram a uma distância respeitosa, testemunhando o momento com uma mistura de curiosidade e empatia.

— Mal poderia imaginar que carregavam um fardo tão pesado. — A voz ponderada de Aaron quebrou o silêncio, dirigindo-se a Hugo.

— Ah, meu amigo, você não faz ideia da metade. — Hugo respondeu, sua voz carregada com as cicatrizes do passado.

Enquanto o passado encontrava um eco presente na conversa deles, Rose se aproximou de Aaron com um olhar carregado de significado.

— Guardo algo para você, algo que espero que signifique tanto para você quanto para mim. O momento chegou para finalmente colocá-lo em suas mãos, agora como um adulto. — Rose falou, sua voz enredada em emoção contida.

Com passos determinados, Rose convidou Aaron a segui-la, um gesto que desencadeou uma onda de antecipação. Enquanto isso, Jessy encontrou Ji Yeon, um elo silencioso de cumplicidade entre elas. Enquanto Jessy se aproximava da jovem, Bernard voltou-se para Roger e Hugo, com uma ideia em mente.

— O que acham de deixar as preocupações de lado por um tempo e irmos pescar um pouco? Vai ajudar a pormos a ideias no lugar. — Bernard sugeriu, um sorriso cativante animando suas palavras.

Enquanto o tempo avançava, Aaron cruzou o limiar da casa de Rose, imerso na aura acolhedora da morada. Seus olhos percorreram cada centímetro daquele ambiente rústico, uma combinação habilidosa de destroços do avião, argila, cascalho e madeira, entrelaçados para criar um refúgio naquela ilha enigmática.

— Sinta-se à vontade para entrar, querido. A casa é simples, mas aconchegante. — A voz suave de Rose ecoou, indicando o caminho para o que viria a ser o seu quarto.

Guiado por suas palavras, Aaron seguiu Rose, a ansiedade e a curiosidade dançando dentro dele. Enquanto ele observava, Rose vasculhava cuidadosamente, até encontrar debaixo da cama algo de valor inestimável: um diário. Mas não era um diário qualquer.

— Este é o diário de sua mãe. Ela escreveu cada detalhe de sua vida desde que embarcou no avião até chegar até essa ilha. Que você possa ler com carinho. — As palavras de Rose foram permeadas de uma ternura genuína, as emoções fluindo entre as duas gerações.

Os olhos de Aaron começaram a se embaçar com lágrimas, sua conexão com o passado se tornando quase palpável.

— Não se preocupe, ainda não li uma única palavra. — Rose brincou, lançando um sorriso gentil. — Vou lhe dar um momento de privacidade. — Completou ela, saindo do aposento.

Aaron sentou-se com o diário em mãos na cama de madeira que testemunhara muitos capítulos da vida de Rose e Bernard. Ele abriu o diário, como quem desvenda um portal para o passado. Suas mãos trêmulas folhearam as primeiras páginas, seus olhos encontrando as primeiras palavras escritas pela mão de sua mãe:

“O aeroporto foi um verdadeiro teste de paciência. Os banheiros sempre pareciam estar em estado de caos, e eu parecia precisar ir ao banheiro a cada dez minutos. Droga de bebê, não deveria estar reclamando disso... Espero que eu durma o voo inteiro, diferente da noite passada, que foi dominada pelo nervosismo. Não consegui dormir, e não podia... maldito cara que fica tagarelando antes de embarcar, dizendo coisas como 'não, definitivamente você não pode passar para a primeira classe', como se estivéssemos lotados. 'Que babaca imbecil'."

Enquanto as palavras ecoavam nos olhos marejados de Aaron, um sorriso sincero se abriu em seus lábios, seguido de lágrimas silenciosas que escapavam furtivamente. Página após página, as emoções transbordavam das palavras de Claire, como um elo que unia os tempos.

Ele descobriu o vínculo profundo que sua mãe compartilhava com Charlie Pace. Cada linha, uma testemunha das lutas diárias que enfrentaram naquela ilha misteriosa. Nas palavras dela, viu que foi Kate quem trouxe Aaron ao mundo ao realizar o seu parto, uma presença familiar durante seu nascimento.

Com a visão embaçada e o coração pulsando com as memórias, Aaron fechou o diário, segurando-o com devoção. Um movimento brusco fez uma foto escapar do seu confinamento nas páginas. A foto pousou no chão com um suave suspiro.

Enxugando as lágrimas, Aaron abaixou-se e contemplou a imagem virada com o nome "Thomas" inscrito no verso. Ao virar a foto, seus olhos encontraram um homem de cabelos castanhos e olhos azuis claros. A fotografia estava marcada, riscada por alguma emoção indescritível.

A perplexidade substituiu as lágrimas, e Aaron encontrou-se envolto em um enigma que ansiava por decifrar.

Um pouco distante dali, Walt mergulhava nas entranhas das densas matas da floresta, escoltado por Frank e sua pequena tropa. As árvores, imponentes guardiãs da ilha, pareciam sussurrar segredos ao vento. Walt estava tomado por um misto de inquietação e ansiedade.

— Não temos pista de para onde eles foram. — A voz de Frank ecoou na sombria vegetação. — Aposto que não se distanciaram muito. Talvez estejam lá na praia. — Walt ponderou, sua voz trazendo um traço de confiança incerta.

Entretanto, em um instante, um som familiar rompeu o silêncio e reverberou nos ouvidos de Walt. Era um som que há muito ele não tinha a oportunidade de escutar. Ele parou abruptamente, os olhos fixados no horizonte.

— Walt, o que está acontecendo? — A pergunta de Frank flutuou no ar.

Era a fumaça negra. Sua presença sinistra emergiu como um pesadelo vivaz, ceifando vidas uma a uma, encurralando os que estavam ao redor de Walt. Um véu de paralisia o envolveu, deixando-o imóvel. E então, quando tudo cessou, surgiu diante dele a figura de John Locke.

— John?! — A voz de Walt carregava perplexidade, como se encontrasse um enigma desconcertante.

— Olá, Walt. — John pronunciou, um sorriso misterioso dançando em seus lábios.


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