Onde o Amor nos Trouxe escrita por AndyWBlackstorn


Capítulo 1
Onde o Amor nos Trouxe


Notas iniciais do capítulo

Essa história se passa no universo alternativo de Grãos de Areia à Beira Mar, e funciona como uma sequência dessa história, mas não é preciso lê-la para entender Onde o Amor nos Trouxe.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/808917/chapter/1

Quando Namor despertou naquele dia especial, tomou consciência de onde estava por sentir a esposa sobre ele. Ele notou Shuri levantar a cabeça de seu peito lentamente, despertando primeiro. Era muito costumeiro, pelo menos na maior parte dos 10 anos em que estavam casados, ele acordar primeiro do que ela, mas em algumas exceções ela era a primeira, como naquela manhã.

Namor também sentiu o olhar dela sobre ele, por mais que ainda mantesse os olhos fechados. Sua esposa deixou uma mão firme sob seu abdome, deslizando por ali, com movimentos uniformes, suaves, reconfortantes, passou pelo seu peito e por seus ombros, até que decidiu beijá-lo bem nas costas, onde havia uma cicatriz exposta.

Ele sabia como ela tinha surgido, seu motivo, mas a raiva e vingança que provocaram o ferimento tinham ficado para trás, ainda assim, Shuri beijou a cicatriz com reverência, como se fosse mais um pedido de perdão, ainda mais naquele dia.

Ele então sentiu uma das mãos dela por seu cabelo, alisando-o à vontade, depositando doses de carinho com cada toque. A vontade de acordá-lo e falar logo com ele naquele dia foi apenas crescendo dentro do coração da rainha, então, sendo um tanto egoísta no momento, beijou os lábios do marido, suavemente, e então um pouco mais firme, mas ainda assim ela não teve a resposta que queria, apenas sentindo um leve tremor de sorriso dele nos próprios lábios.

Shuri então apenas fechou os olhos e o segurou firme pelo tronco, sua mão agora massageando as costelas dele. Ela parou o gesto quando sentiu o corpo dele estremecer por uma risada baixa, o que a fez o encarar.

—Qual o motivo de me cutucar tanto, minha esposa? Achei que como é nosso aniversário, teríamos todo o tempo do mundo para ficar aqui - ele a respondeu, ainda de olhos fechados.

—Acho que senti sua falta demais... - ela murmurou, voltando a abraçá-lo.

—Sentir minha falta? Por que, Shuri? Estou bem aqui e estava aqui na noite anterior, se me recordo bem - ele se sentou, se ajeitando para encarar a esposa.

—Deixa eu corrigir, falta de você acordado - ela entrou no jogo dele - sabia que você é adorável enquanto dorme?

—Talvez não tanto quanto você, ou T'hani e Namuri - ele mencionou os filhos com um sorriso - agora já estou acordado, minha rainha, já conseguiu o que queria, o que quer de mim, meu amor?

—Eu queria te dar os parabéns por hoje, queria que fosse a primeira coisa que eu te dissesse hoje - Shuri deixou as brincadeiras de lado e foi direto ao assunto, cheia de sinceridade e emoção.

—Claro, eu entendo - Namor também ficou mais sério e comovido.

—Quero agradecer por tudo que fez por mim - ela prosseguiu quando ele ficou em silêncio - sabe que conversamos há anos atrás sobre isso e não falamos mais sobre isso...

—Foi quando nos casamos, na verdade - seu marido entendeu sobre o que ela estava falando.

—O passado ficou mais que pra trás, e eu escuto sempre de você o quanto eu sou a luz da sua vida, mas você também é da minha - Shuri confessou, sentindo lágrimas se formar em seus olhos - você me apresentou um mundo completamente novo, me aceitou no seu reino e me fez sua rainha, você me perdoou e você me ama, me ama por tudo que eu sou, de um jeito que me deixa constrangida, você é um homem maravilhoso, um pai maravilhoso, graças a Bast e a Cha'ac, e eu te amo por isso, te amava depois que essa aliança foi feito, e continuo te amando, depois de 10 anos, meu marido.

—Ah Shuri, meu amor... - Namor ficou sem palavras depois que a esposa as roubou com sua confissão e devoção - eu não sei o que responder, sabe que eu não estou à sua altura, quanto mais o tempo passa, mais eu me sinto assim, indigno da sua misericórdia, mas é verdade, minha esposa, eu me encantei por você no momento que a vi, tão intrigante, obstinada, uma mulher da superfície como nenhuma outra, jamais conheceria alguém como você, nem em cinco séculos, porque você é simplesmente única, completamente feita para mim e eu para você, eu te amo, Shuri, te amo, te amo...

Ele a tomou nos braços sem aviso prévio, a segurando um pouco ali, mas depois a beijando firmemente, aproveitando cada momento do gesto de carinho. Percebeu Shuri alisando suas costas, enquanto Namor o trouxe um pouco mais para perto de si. Ela tinha razão, as comemorações do seu aniversário de casamento podiam esperar, enquanto eles desfrutavam um pouco mais do compartilhar do seu leito conjugal, entregando-se um ao outro.

=======

Sem se esquecerem das suas obrigações para com o dia, mais a quantidade de pessoas que os esperavam, incluindo T'Challa e sua família, o casal real de Talokan tratou-se de se levantar. Namor se vestiu primeiro, se aprontando o mais rápido possível, mas sem deixar de notar a esposa ainda absorta em alguns detalhes.

—Acho que me importei mais com as joias do que as vestes hoje - ela se voltou para ele, rindo, ostentando brincos de jade típicos de Talokan, mais um cordão wakandano, junto com a maquiagem de pontos em seu rosto, os cabelos perfeitamente trançados caindo por cima de um dos ombros, mas ela ainda vestia a camisola - acha que pode me ajudar com o que eu escolho pra me vestir? É a primeira vez que eu passo por uma ocasião assim, meu aniversário de casamento de 10 anos...

—Isso nunca foi um problema pra você - Namor riu um pouco, acariciando o rosto dela e aproveitando para depositar um beijo ali rapidamente - sempre confiei no seu senso de moda, mas confesso que essa é a ocasião perfeita para que eu faça uma coisa.

Ele saiu dali rapidamente, deixando Shuri confusa, como se estivesse esperando por isso a manhã toda. Namor retornou sem muita demora, para alívio da esposa, ostentando em suas mãos um vestido novíssimo, requintado, predominantemente carmim escuro, bordado de pedrarias, ouro e vibranium. Havia um corte wakandano nas mangas e gola, mas o restante dele era certamente talokani. Não precisava de explicações para saber que ele mesmo tinha desenhado e feito com as próprias mãos.

—Esse é o meu presente de aniversário? - Shuri se aproximou, tocando a peça, completamente admirada.

—Feliz aniversário, meu amor, espero que esteja do seu agrado - Namor completou a dedução dela.

—É lindo, perfeito! Obrigada, obrigada! - ela disse animada, e depois o beijou rapidamente - será que você pode me ajudar a colocar?

—Claro, será uma honra - seu marido se prontificou para a tarefa.

Ele se ajoelhou aos pés de Shuri, e ela passou os dois pés por dentro do vestido, Namor o puxou para cima, passando pela silhueta dela, e por fim, ajeitando a gola, com um nó delicado atrás. Ela correu até o espelho do quarto por instinto, indo checar seu reflexo. Estava realmente diferente, mais velha, com certeza, mas certamente linda. Pelo espelho, deu para ver Namor se aproximando, segurando a cintura dela e beijando seu rosto mais uma vez.

—Linda, minha Shuri... - ele murmurou, encantado.

—Você também, obrigada - ela se voltou para ele e o beijou.

Segurando a mão um do outro firmemente, eles então deixaram sua casa, prontos para encarar o dia que celebrava o amor que estava tão presente em cada momento compartilhado.

==========

A brisa salgada enchia o ar e a praia onde o povo Talokani tinha se reunido naquele dia para celebrar seus soberanos. 10 anos de um casamento claramente feliz, mas também, 10 anos da paz e segurança que tanto queriam e estavam vivendo. Ali aconteceria apenas a primeira parte das festividades, que terminaria nas profundezas de Talokan, no mais tardar do dia.

Famílias se reuniram para dar o melhor que tinham ao rei e à rainha, enfeites, cestos, caça, armas, o que poderiam criar e oferecer de melhor, um trabalho requintado feito pelas mãos dos artesãos. Depois de receberem tantos presentes, agradecendo e atendendo a todos, foram surpreendidos por duas pessoas especiais, ninguém menos que seus filhos.

—Majestades - Namuri foi a primeira a falar, os cumprimentando com as mãos abertas reverenciando o sol - quero dar meus parabéns pelo seu casamento e pela aliança que mantém Talokan e Wakanda unidos, e não só por isso, me deixa muito feliz ver o quanto se amam, mamãe e papai.

Serem chamados assim por sua filha fez os dois sorrirem.

—É por compartilharmos da sua felicidade também que queremos entregar um presente, pensado por mim e por Namuri - T'hani esclareceu.

O jovem príncipe trouxe à tona seu presente, era um quadro, com a moldura feita de pedrarias wakandanas e talokanis, a imagem emoldurada era um retrato de rei e da rainha de Talokan, mas num momento em que eram apenas Shuri e Ku'kul'kan, os pais de dois filhos, um casal apaixonado aproveitando um momento a sós à beira mar, olhando apaixonadamente um para o outro.

—É simplesmente lindo, T'hani, obrigado, filho - Namor acenou para o rapaz, comovido.

—Temos um lugar especial para pendurar em casa - Shuri sorriu, também agradecida pelo presente.

Um tempo depois, chegou a vez de cumprimentar os soberanos de Wakanda. Era sempre reconfortante ver os reencontros de T'Challa e Shuri, e Namor os observou se abraçarem com alegria. Enquanto isso, ele se voltou para Nakia.

—Como vai, majestade? Como sempre, é um prazer vê-los - o rei foi cordial com ela.

—Estamos bem, Namor, é bom ver você também, meus parabéns pelo aniversário de casamento, e muito obrigada - Nakia fez questão de dizer.

—Por que me agradece? - ele estranhou a colocação repentina da rainha de Wakanda.

—Por fazer a Shuri feliz, ela merece, mais que qualquer pessoa - ela explicou, assentindo, vendo a surpresa de Namor.

—É um dever e um prazer, eu sei o quanto devo a ela e quanto vou dever o resto da vida, nada mais justo do que passar a vida me dedicando à mulher que eu amo - ele garantiu mais uma vez, sem deixar sombra de dúvida das suas palavras.

—Nakia, eu preciso falar com você, me conta como o Toussaint está se saindo como rei interino - Shuri interrompeu a conversa entre os dois com seu jeito animado que não tinha mudado com os anos, puxando a cunhada para longe dali, deixando seu irmão e seu marido juntos.

—Rei T'Challa - Namor o cumprimentou.

—Namor - respondeu o rei de Wakanda no mesmo tom - é bom ver como seus súditos estão bem.

—Eu zelo pelo bem estar deles sempre - confirmou o rei do povo submarino - e como vai Wakanda? Tem mantido o comércio de vibranium com seus aliados?

—Sim, mas a Inteligência sobre os aliados tem aumentado, um golpe foi impedido recentemente - contou T'Challa.

—Precisa continuar com cautela, mas saiba que nossa reserva extra continua aqui, caso seja necessário - o rei de Talokan reiterou seu apoio.

—Eu sei, e agradeço por isso, mas não vim aqui falar de governar, eu quero te dar os parabéns de coração - T'Challa desviou o assunto para algo mais leve.

—Muito obrigado, e eu acho que deveria te dar também, me casei um pouco depois de você, se me lembro bem - Namor apontou.

—Foi, foi sim - o rei convidado concordou, chegando a rir um pouco da lembrança - mas hoje é o dia de vocês e eu queria agradecer por cuidar da minha irmã.

—Como disse à Nakia, é um dever e um prazer - Namor sorriu discretamente.

—Você deve ser um homem muito paciente por aturá-la durante 10 anos - T'Challa brincou um pouco mais, sentindo-se à vontade.

—Eu sei o que quer dizer - seu cunhado riu com ele - mas para ser justo com sua irmã, eu também não sou fácil.

—Reconhecer suas próprias falhas é essencial para um casamento bem sucedido, e acho que vocês dois fazem isso - observou T'Challa - e com certeza o casamento de vocês é bem sucedido, eu nunca disse isso, acho que nunca tive a chance ou o tempo de dizer diretamente à você, mas você faz minha irmã feliz, você a ama de verdade, e eu fiz uma boa decisão ao concordar que ela casasse com você.

—Obrigado, isso vindo de você significa muito - Namor chegou a apoiar uma mão sobre o ombro do cunhado.

Com o tempo, uma irmandade tinha se formado entre eles e realmente faziam parte da mesma família, com laços fortes que os uniam.

=========

Ainda com a festa acontecendo na praia, músicos começaram a tocar melodias, o que fez com que o povo dançasse, aproveitando que essa era uma atividade que mal se dava para fazer submerso, mas era possível e divertida em terra firme.

—Você tem que dançar minha rainha, faz 10 anos que me deve uma dança, depois de me fazer dançar por obrigação - Namor murmurou ao ouvido de Shuri, o que a fez ter recordações de quando dançaram em seu casamento.

—Não seja por isso - ela resolveu aceitar o desafio, o puxando para ficar de pé - ao menos dessa vez, a iniciativa foi sua.

A provocação fez seu marido rir, finalizando o gracejo com um sorriso de lado.

—Um desejo seu é uma ordem pra mim - ele a respondeu, a levando para o meio de todos.

Seguraram as mãos um do outro, procurando seguir o ritmo da música e se mexerem em sincronia. De repente, a sinergia de seus corpos se tornou uma, os fazendo se aproximar cada vez mais. As mãos deslizaram pelos braços, até Namor a segurar pela cintura, e Shuri entrelaçar suas mãos atrás de seu pescoço. Seus troncos tinham se encontrado, completamente unidos, até tocarem as testas, de olhos fechados.

—Eu te amo... - Shuri foi a primeira a dizer naquele momento, mais uma naquele dia.

—Eu te amo... - Namor respondeu, na mesma intensidade de sempre.

Aos poucos, o povo e seus soberanos voltaram a Talokan, onde um banquete submerso os esperava. Shuri não comeu, mas observou com alegria a todos celebrando, famílias e amigos juntos, unidos em nome da aliança de seus soberanos. Namor notou o mesmo e se sentiu orgulhoso de tudo que ele e Shuri realizaram nos últimos anos.

O rei de Talokan tomou um tempo de silêncio para observá-la, refletindo sobre tudo que sua esposa significava, sobre quem ela era para ele.

Sua arqui inimiga ferrenha, disposta a se vingar. Uma convidada da superfície no seu reino, a primeira a estar ali. Uma moça vivaz e tão intrigante, uma gênio brilhante, mas de coração bondoso, disposta a aprender, disposta a ajudar e a ouvir quem precisasse, dona de um coração que tinha trazido amor e família ao menino sem amor. Shuri, o amor de sua vida, sua amada esposa. Ele nunca conseguiria agradecer a Cha'ac o suficiente por tê-la em sua vida.

A noite então foi se encerrando, e assim, os soberanos voltaram para casa, apenas como Shuri e Namor agora, um casal casado e feliz.

================

Antes que entrasse em seus aposentos, Namor teve mais uma recordação, a noite em que tinham confessado que se amavam um ao outro.

O palpitar dos corações pelo amor correspondido e confessado era quase palpável, dava para sentir o amor tão forte correndo pelas células um do outro, ainda mais pela proximidade quase nula entre eles depois de conversarem.

Naquela noite presente, do aniversário de 10 anos de seu casamento, era difícil não pensar no dia da cerimônia, da primeira delas, a wakandana. Shuri tinha estranhado ter sido deixada sozinha nos aposentos, alguns dias depois, Namor encarou a novidade de compartilhar o leito com alguém pela primeira vez, não qualquer pessoa, a mulher que tinha se tornado sua esposa. Meses depois, eles cumpriram seus deveres matrimoniais sem mais medo, cheios de confiança um pelo outro, pelo amor verdadeiro que sentiam.

Antes de qualquer aprofundamento físico, o medo dos dois foi confessado, era uma situação igualmente desconhecida para os dois, tudo que queriam era se sentir à vontade, independente do que acontecesse. Eles resolveram confiar um no outro e delicadamente, sua união se tornou física.

Agora, depois de um dia de celebrações, tanto com seu povo, com as homenagens dignas de dois soberanos, até os parabéns de sua família, seus filhos e finalmente, estarem a sós, restava apenas a companhia silenciosa, porém especial de Shuri.

Sua esposa tinha chegado aos aposentos antes dele e havia vestido algo diferente, porém confortável. O velho pijama da superfície tinha dado lugar a um vestido simples, de cor verde num tom de jade, porém que ressaltava seus ombros e linha da clavícula, os pés dela estavam à mostra, descalços e as tranças compridas caíam por suas costas. Ela estava simples, porém deslumbrante.

Sem nenhuma palavra, mas com muito entendimento que vinha dos olhares que trocavam e todos os anos que compartilharam juntos até agora, ela se aproximou com a delicadeza de um anjo.

Tirou da cabeça dele a enorme cabeça de serpente, colocando-a ali por perto. Depois disso, acariciou os cabelos dele, até se alisarem de um jeito que a agradava. Namor a olhou agradecido, admirado, continuando a admirar o que ela prosseguiu fazendo.

Se ajoelhou na frente dele, retirando o bracelete do braço esquerdo, o guardou, e depois beijou o pulso esquerdo do marido pela parte de dentro, delicadamente. Ela repetiu todo o processo com o braço direito.

Shuri se levantou, segurando os ombros dele e os beijando antes de retirar seu colar, também o guardando.

Ela ficou na frente dele outra vez, acariciando seu rosto agora, sentindo cada linha que o formava, o rosto do homem que amava, que associava imediatamente ao amor.

Ainda o segurando, Shuri tocou os lábios dele com os dela, delicadamente. Só restava ao seu marido retribuir, completamente rendido, aprofundando o beijo. Ele sentiu as mãos de Shuri segurando seu pescoço, enquanto uma das mãos dele foi às costas dela e a outra em sua cintura. Apesar de toda emoção do momento, não dava para ignorar a vontade de coloca-la em palavras que surgiu em Namor.

—Eu te amo, Shuri, eu te amo pra sempre - ele confessou mais uma vez na vida deles, quando se separaram em busca de fôlego, ainda assim, as mãos dos dois ainda os envolvia num abraço, próximos um do outro.

Envolvendo-a ainda mais, Namor a tomou nos braços, e a depositou delicadamente sobre a cama. Deitou-se ao lado da esposa, sem desviar o olhar, numa conexão profunda, que não foi perdida em 10 anos e nunca seria perdida.

Ele se ergueu se apoiando sobre um dos braços, observando a esposa de uma altura um pouco acima dela. Namor tocou o rosto dela, um dedo indicador delicado passando da têmpora dela até seu queixo, parando um pouco ali, pensando em todas as vezes que ela o tinha erguido para ele, fosse por teimosia, fosse por diversão. A lembrança acabou o fazendo abrir um sorriso.

Shuri conseguiu imaginar o que tinha provocado aquilo e apenas sorriu de volta.

Motivado por carinho, Namor acariciou a clavícula exposta dela, passando os dedos por ali, chegando a sentir os batimentos de seu coração. A vibração fez com que ele se aproximasse mais, beijando o rosto dela. Ao fazer isso, sentiu as mãos dela em seu peito. Lentamente, ele tocou o abdome dela, seguindo a curva até segurar sua cintura, mantendo a mão firmemente ali. Shuri passou de seu peito para seu pescoço, segurando com as duas mãos com firmeza. Os braços dele se entrelaçaram atrás das costas dela.

Num movimento simultâneo, puxaram um ao outro para mais perto de si.

—Eu te amo muito... - Shuri sussurrou para o marido.

Ele respondeu com um beijo dessa vez, profundo, forte, apaixonado, como o laço que os mantinha juntos agora. Estavam unidos fisicamente mais uma vez, e assim de manteriam na vida, unidos pelo amor improvável que os encontrou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então... (se preparem para o textão)

Terminei Grãos de Areia à Beira Mar há um tempinho (acho que já fez um mês, eu acho) e o que mais predominava nessa história nos comentários era uma conversa de não ter hot na história. Bem, quis escrever essa história aqui para dar algo para essas pessoas que reclamaram, mais a minha considerável saudade do casal Shuri e Namor.

Agora, aqui vai minha grande explicação do porque não escrevo hot.

Segundo minha religião, esse tipo de assunto é proibido para pessoas com um status social como o meu (ou seja, solteira). Outra coisa, eu me sinto bem envergonhada e constrangida de imaginar cenas que sejam mais explícitas (fico meio que com vergonha dos atores/personagens). Assim, pessoal, o que eu escrevi e descrevi aqui é o máximo que minha consciência me permite, então eu peço de coração que não esperem ou forcem de mim mais que isso.

Além disso, minhas histórias sempre foram meio que de classificação quase livre (sendo bem sutil em assuntos mais sérios que surjam) porque sei que pessoas mais novas leem fanfic e acho que certos assuntos não são tão saudáveis assim para algumas idades.

Enfim, é o meu jeitinho de encarar essas coisas enquanto continuo amando ler e escrever fanfics. Espero que tenham entendido e até a próxima!

Andy W Blackstorn.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Onde o Amor nos Trouxe" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.