Draco e Harry odeiam baratas-Drarry escrita por DéboraLuMall


Capítulo 1
Capítulo Único




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Harry andava tendo sonhos. Não o tipo de sonho cruel envolvendo Voldemort, visões, comensais ou qualquer outro trauma de seu passado. Harry Potter andava sonhando com Draco Malfoy.  

Era de se esperar sonhos envolvendo seu namorado, principalmente sonhos em que esse lambia todas as partes de seu corpo, do pescoço até seu pênis, do pênis até seu ân... mas não! Ele não andava tendo sonhos como esses, não como tinha a meses atrás. Eles eram... Digamos, mais fofos! 

Harry andava sonhando com Draco num terno, Draco sorrindo, Draco falando, Draco trabalhando, Draco em sua perfeita essência. Um Draco não movido por seus pais. Esse era seu namorado, seu Draco.  

Depois de três longos anos de namoro, ele não entendia exatamente o motivo para os sonhos terem começado agora. Talvez tivesse o desejo de casar com Draco, o que explicava o sonho com ele de terno. Os outros sonhos deveriam ser apenas por amar Draco. 

É, Harry Potter amava Draco Malfoy. Aquele Draco Malfoy que sorria com coisinhas bobas, que era gentil com as pessoas e que gostava de bebês. Que gostava de brincar com Teddy, e de beijar suas bochechas gorduchas, que não se importava com se sujar de barro e que nunca temeu trocar fraldas quando Teddy era bebê. 

Talvez estivesse na hora de pedir Draco em casamento.  

 

—-Harry! 

Harry é expulso de seus devaneios por um grito. Afobado, ele mal calça os chinelos antes de correr escada abaixo. Draco estava na cozinha, de pé em cima da bancada. Aos seus pés, uma barata realmente grande mexia suas antenas. 

—-Draco, eu não quero matar uma barata!--Harry reclama, com nojo daquele ser asqueroso.  

—-Você derrotou Voldemort e tem medo de matar uma barata?--Draco reclama. Ele tinha um sério pavor de qualquer inseto pequeno. Harry já tentara fazer ele vencer esse medo mais de vinte vezes, mas sempre falhava miseravelmente.  

Se nem Rony conseguiu vencer o medo de aranhas. 

—-Eu derrotei Voldemort, não uma barata! 

Draco choraminga, e Harry é vencido por seu rosto pidão. Draco costumava fazer uma linda cara de gatinho abandonado quando queria conseguir alguma coisa. 

—-Venceu, Draco!--Harry exclama.--Mas se ela voar, não inventa de pular da bancada! 

Movido por uma coragem muito grifinória, Harry tira o chinelo do pé e anda lentamente em direção à barata. Draco, acima, choramingava feito um bebezinho. Se Harry não o amasse, teria mandado ele matar a barata sozinho e subiria correndo escada acima. 

Harry joga o chinelo com tudo nela, porém era o alvo. A barata abre as asas, os olhos de Draco se arregalam e ele pula da bancada antes que a barata voe em direção à janela. Era a primeira barata que Harry via sair da casa, geralmente elas preferiam ficar sem pagar o aluguel. 

Draco não teve sorte como a barata. Com o impacto no chão, seu pé virou, acabando perfeitamente torcido.  

—-Draco, eu disse para não pular!--Harry se ajoelha ao seu lado no chão, deprimido. Draco choramingava de uma forma que parecia ter quebrado o pé ao invés de torcido. Ele girava de um lado para o outro, falando coisas sem sentido. Harry revira os olhos.--Para de drama, Draco. Eu resolvo isso com apenas um feitiço! 

Draco não parece convencido. Seu plano de vida naquele momento era ser mimado, não xingado.  

—-Harry, se não for me mimar, não me xinga!--Ele grita, apontando em direção ao pé.--Aliás, como você derrotou Voldemort se não consegue derrotar uma barata? 

Harry revira os olhos. Já havia torcido o pé, apesar de não ser a dor da morte, como Draco fez parecer, era uma dor terrível.  Um único feitiço de cura e Draco estava perfeitamente bem. Talvez mancasse por um tempo, com medo de tocar o chão, mas não teria motivo para fazer mais drama. 

—-Eu te amo.--Harry ajuda Draco a se sentar no chão.--Mas às vezes eu me pergunto o que fez eu me apaixonar por você. 

Draco ri. Se Harry não sabia, imagina ele. 

—-Não sei, Harry. Aliás, não acha que deveríamos nos casar?  

Harry ri, assustando com o assunto novo. Foi tão aleatório, que seu cérebro demorou a processar. Draco leu a sua mente, mas Harry não teria sido direto a esse ponto. Se fosse para pedir Draco em casamento, compraria um anel e planejaria um passeio romântico. 

—-Que pedido de casamento mais sem graça, Malfoy! 

Draco revirou os olhos. 

—-Eu não pedi, só perguntei! Estamos namorando a três anos, eu quero me casar com você! 

Pelo menos Harry já tinha a resposta, uma resposta um tanto afobada. 

—-Okay, senhor briguento. Eu, Harry Potter, estarei te pedindo em casamento nos próximos meses.  

Os olhos de Draco se iluminaram, mas logo voltaram ao normal.  

—-Por que tem que ser você a pedir?  

Sério isso? 

—-Você perguntou aquilo, o que me levou a pensar que gostaria que eu pedisse.  

Draco dá de ombros e Harry solta um risinho baixo. Por que ele amava Draco Malfoy? Se perguntava isso todos os dias. Mas, sendo sincero, Harry não precisava da resposta.  

Ele aperta as bochechas de Draco, que antes tinha um biquinho nos lábios. Com raiva, Draco bate na mão dele, a afastando de sua pele.  

—-Eu vou te zoar muito antes de pedi-lo em casamento.--Harry brinca, sabendo que isso o irritaria. Draco franze as sobrancelhas, um pouco irritado. Ele amava e odiava os jogos de Harry, eles sempre envolviam muitas cosicas, dor de cabeça, pegadinhas e dias lindos jogados no lixo. Mas se Harry queria brincar, Draco brincaria também.  

—-OKay, Harry Potter.--Ele se coloca em pé, a postura decidida, porém um pé ligeiramente mais levantado do que o outro.-- Que os jogos comecem! 

Talvez Harry não devesse pensar em brincar com um Sonserino, porque eles podiam ser muito traiçoeiros, mas Harry convivia com Draco a três anos. Quem conhecia as estratégias de Draco mais do que seu namorado?  

—Que os jogos comecem, bebê.  

Mal sabia ele, que pela parte de Harry Potter, não teria brincadeira nenhuma. Obviamente, ele pediria Draco em casamento no primeiro passeio romântico que conseguisse planejar. Harry apenas achava divertido pensar em Draco Malfoy planejando vinganças para seus joguinhos.  


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