Família Addams WENCLAIR escrita por raexgar001


Capítulo 10
O desafio da amizade


Notas iniciais do capítulo

Sobre este capitulo, ele foi feito entre trancos e barrancos, durante meu resfriado e falta de criatividade. A história mudou um pouco do que era originalmente, porém finalizei do jeito que achei o melhor. Ao ler o capitulo da Emma, vocês vão notar o quão ele é diferente de tudo que já trouxe, foi escrito com esse objetivo, porque a Emma não é igual aos demais, mas assim como tudo que fiz, essa história, essa fanfic toda, fala sobre relações. Meu tema principal de tudo são as relações que os personagens tem, seja com a família, seja com os amigos, paixões, seja com os próprios sentimentos. Relações humanas.

Boa leitura, eu diria algo do tipo "espero que gostem", mas tenho plena ciência que esse capitulo será o menos apreciável de toda fanfic e com razão ~



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Aos treze anos não se esperam que uma criança saiba de tudo. Tendo acabado de entrar na terrível puberdade só agora a criança realmente está começando a descobrir o mundo, e até que realmente possa dizer que entende qual o papel que quer cumprir na terra, essa criança já estaria com seus trinta e poucos anos.

Mas não Emma Addams.

Não mesmo, senhoras e senhores. Emma está muito a frente do seu tempo, seus irmãos tolos, estão abaixo de si e as mães logo seriam superadas por sua genialidade. Ela sabia quem era, o que queria e por isto não sentia remorso algum de passar na frente de quem quer que seja para alcançar seus objetivos. Palavras eram inúteis, odiava perder tempo com o que os seres inferiores chamavam de “papo furado”, apenas respondia o que lhe convinha e os contatos físicos estava fora de questão, a menos que fossem extremamente necessários. Medo ou nojo de encostar em outras pessoas? Vocês se perguntam. A reposta era mais simples, ela apenas não queria, não sentia necessidade de encostar em alguém e poucos eram os dignos de tocarem nela.

Quando os gêmeos foram embora para estudarem na mesma escola que as mães, os avós e o tio estudaram – algum tipo de tradição familiar, imaginava ela – Emma sentiu saudades. Não lhe entendam mal, ela apenas sentia falta de como a presença deles mascarava a sua. Sem os irmãos mais velhos na casa, as mães agora tinham total foco nela e em suas atividades, regulando seus horários de saída e volta para casa. Enid tentava sempre que possível participar de alguma atividade com a filha, talvez a lupina sentisse necessidade de concerte-se com a caçula ou algo do tipo, porém aquilo incomodava Emma, e bem mais do que ter que enterrar os corpos novamente no cemitério após estudos. Nas poucas vezes que permitiu a lupina participar de algo consigo, a mulher não se saiu muito bem, chegando inclusive a desmaiar para o tédio da filha. Assim como Wednesday na juventude seguia fotógrafos de revistas criminais, Emma gostava de seguir alguns agentes forenses da polícia local. Os adultos já a conheciam, chamavam-lhe de “a garota pálida”, nunca dizia o nome, mas vira e mexe aparecia para olhar algum assassinato, não esboçava nem um tipo reação e muito menos proferia palavra alguma. Por vezes acharam que ela era um fantasma, assombração ou algo do tipo, como se estarem presentes em diversos locais de assassinatos brutais atraísse algum tipo de mau agouro e ele seria Emma, que vale ressaltar amou a comparação. Porém para espanto dos profissionais, um dia ela apareceu com uma mulher, belíssima na opinião dos agentes, e essa mulher disse ser mãe da garotinha, naquele mesmo dia tiveram que fazer um atendimento de emergência na dita mãe da criança enquanto a mesma ia embora sem interesse algum no estado de saúde da loira que havia desmaiado após ver tantos membros cortados.

Ainda assim, era vantajoso para Emma, ter algumas atividades com Enid, pois aprendia com ela a ser uma ótima rastreadora, sabendo exatamente qual animal passou por aquela parte da floresta, quando o tempo ia mudar, qual direção certa do vento lhe traria vantagem entre vários outros. Emma não era um lobisomem como a mãe e os irmãos – tendo Larissa descoberto a alguns meses atrás, após salvar a namorada – e também não era uma psíquica como Wednesday, Mortícia, e a falecida vovó Addams. Emma era humana, como Gomez e Pugsley. Em outras palavras, para o terror dos excluídos, ela era uma normie. A realidade era que, talvez também não se encaixasse na palavra normie como os humanos comuns, afinal diferente deles, com pouca idade ela sabia fazer muito mais coisas que um agente secreto do governo poderia sequer imaginar, e matar estava entre suas especializações.

Se fosse para escolher uma pessoa favorita da família, Emma diria sem maior duvidas que esta pessoa seria sua progenitora Wednesday. A mulher lhe dava uma liberdade que nem um pai conseguiria fazer, pois Wednesday confiava plenamente na filha. A adulta lhe ensinou tudo que os irmãos sabem e um pouco mais, como a fluência em certos idiomas e o recém aprimoramento da latina, hackeamento. Wednesday sempre tinha algo a lhe ensinar, com ela parecia que as curiosidades sobre determinados assuntos não teriam fim, quando Emma achava que já havia dominado alguma nova técnica de abater animais, a mãe lhe ensinava um novo truque. Wednesday realmente lhe deixava fazer absolutamente tudo, ou era isso que achava. Na verdade, Wed sempre permitiu que a filha fizesse aquilo que ela tinha certeza que a pequena havia dominado ou que poderia dar conta de o fazer sozinha. Idas ao cemitério, trilhas na floresta, visitas ao necrotério, invasão em enterros e outras coisas a mais pela cidade era permitido. Enquanto Emma não se envolvesse seriamente com coisas que poderiam de fato por sua vida em risco, estava tudo bem.

[...]

Mais um final de semana na Mansão mal assombrada dos Addams. Enid conversava alegremente com Mortícia e Ophelia enquanto Wednesday, Gomez e Pugslay eletrocutavam – por diversão, causando diversos risos nas crianças - os filhos do feioso. Emma não quis participar da brincadeira e muito menos socializar com as mulheres, optando por afastar-se de todos. Após um breve passeio no cemitério da família a garota sentiu que alguém lhe observava, revirou os olhos entediada já imaginando de quem se tratava. Thing vez ou outra vinha atrás dela, provavelmente a mando de Enid para vigia-la, caso fosse realmente isto, ele seria um péssimo espião. A criatura era barulhenta demais quando movia-se, e nem conseguia disfarçar o cheiro do creme para mãos, não precisava ter um olfato apurado para reconhece-lo. Decidindo ignorar o membro humano, ela voltou a caminhar para seu objetivo inicial, o pântano particular dos Addams.

Aquela parte pertencente à família já havia sido explorada cada canto por ela, inclusive até nadará algumas vezes com os crocodilos que ali habitavam. Emma não queria rever as mesmas coisas, nada ali realmente mudava, não existiam novidades, talvez apenas quando certas espécies de animais caçavam outra, era engraçado de ver. Hoje a morena gostaria de algo novo, seus olhos negros e profundos então correram para além dos limites da mansão. De um lado a cidade, do outro uma nova floresta nunca antes explorada por si. Deu seu primeiro passo.

Pode parar por ai mocinha! É perigoso— Thing gesticulou rapidamente saltando de seu esconderijo. Emma estranhou, ele nunca se revelava quando a perseguia.

A garota ignorou seguindo em frente, a mãozinha moveu rapidamente seus dedos atrás da pequena versão de Wednesday, parando novamente em sua frente e voltando a gesticular irritado.

Tem que obedecer aos mais velhos Emma, você pode acabar morrendo!

— Eu não teria essa sorte – Foi o que respondeu antes de voltar a ignora-lo.

Thing bateu os dedos contra o chão, indignado com o quanto a garotinha era parecida com a mãe. Pensou seriamente em deixar com que a criança seguisse sozinha, mas sabendo que poderia se meter em confusão resolveu seguir adiante em seu encalço. Ao alcança-la, Thing rapidamente vai para o ombro da garota – como ele fazia com Wednesday quando a mulher era mais nova – porém logo foi empurrado para longe, Emma odiava contato, até mesmo o dele. Se tivesse olhos a mão os reviraria em frustração, teria que seguir a criança a “pé”, o que lhe deixava cansado mais rápido. A morena foi entrando cada vez mais na floresta, em busca de algo que lhe chamasse atenção, qualquer coisa para sair do tédio. Sabe o ditado que diz “quem procura acha”? Pois é, Emma encontrou, para desgosto de Thing.

É melhor irmos embora daqui— A mão gesticulou receosa do que estava por vir.

Sua resposta veio quando Emma deu mais alguns passos cautelosos na direção da cena que acontecia alguns metros mais a frente. Três pessoas apontavam as armas para um homem que encontrava-se ajoelhado no chão, chorando e ensanguentado, ele pedia para que os homens não fizessem nada com ele. Houveram cinco disparos e o corpo caiu morto, o trio guardou as armas e engataram em uma conversa como se nada tivesse acabado de acontecer. Enquanto eles iam embora, Emma analisava o modo de se vestirem. Terno e gravata, sapatos caros, cabelos alinhados, o clássico modelo visual de mafiosos – clichê – ela revirou os olhos entediada. Nova Jersey não era uma cidade tão violenta assim, então poucos sabiam da existência de grupos de gangues e mafiosos que disputavam o controle da venda de drogas ilícitas na região.

Emma decidiu voltar, ser apanhada por algum deles poderia colocar um fim na sua vida – não que realmente se importasse, mas achava que poderia ter uma morte mais digna do que ser esfaqueada ou baleada por um mafioso qualquer - ela sabia dos riscos de se meter com esse tipo de gente, eles não perdoavam ninguém. Quando deu seus primeiros passos para longe uma mão lhe agarrou os cabelos e um pano cobriu sua face lhe apagando rapidamente. Antes de desmaiar, Emma sorriu satisfeita, não estava nos seus planos ser pega, porém gostava de desafios, iria brincar com eles antes de voltar para casa. Só esperava que Enid não reclamasse da sua demora, pois só chegaria depois do horário imposto a ela.

[...]

 Quando acordou notou estar amarrada, os nós bem feitos, mas inútil, se queriam prede-la que tivessem usado correntes. Enquanto retirava as amarras observou o ambiente a sua volta. Um galpão pequeno, sangue seco o chão, uma mesa com objetos para tortura, pouca luminosidade vinda das janelas tão altas e pequenas, protegidas com grades para impedir que os prisioneiros fugissem. Revirou os olhos, eles estavam com pouca criatividade, era tudo tão clichê, achou que o submundo seria mais interessante do que retratavam nos livros e filmes.

Ela se viu livre quando as cordas finalmente caíram no chão, teria que melhorar seu tempo, apenas um minuto para se livrar? Patético. Levantou-se da cadeira e passeou pelo lugar, tinha algumas opções, com o serrote – utilizado para tortura - que encontrou em cima da mesa, poderia cortar as grades da janela e escapar, mas era fácil demais, então sua outra opção seria abrir a porta. Poderia arromba-la utilizando-se de pequenas pinças que tinham ali, mas achava mais interessante esperar pelos sequestradores, gostaria de ver a cara de espanto deles quando abrissem a porta e se deparassem com ela solta e pronta pra machuca-los.

Vamos sair logo daqui! — Gesticulou a mãozinha para surpresa da garota, ela pensou que ele tivesse ido embora – Ouvi eles conversarem, estão pensando em vender sus órgãos, vamos embora!

— Não estou afim.

Como assim, não está afim? Emma eles vão voltar a qualquer momento, anda, vamos embora logo, me passe o alicate vou subir e-

— Um alicate não vai adiantar, pensei que fosse mais esperto mãozinha.

Thing nem atentou-se a mais de duas frases trocadas com ele, apenas queria tirar a menor dali o mais rápido possível, Wednesday e Enid lhe matariam se algo acontecesse com ela. Decidiu por agir sozinho, puxando uma ferramenta e escalando a parede com grande dificuldade, quando chegou ao seu destino a porta abriu-se e entre risadas os homens entraram. Os mafiosos pararam os movimentos assim que notaram a criança desamarrada, piscaram algumas vezes desacreditados. Emma sorriu satisfeita, eram essas expressões que queria ver.

— Você amarrou ela direito seu animal? – Reclamou um deles dando um tapa na cabeça de um dos colegas.

— Ai! É claro que sim, eu sempre amarro todos não é? Nunca escaparam – Rebateu com outro tapa.

— Essa dai você não amarrou direito não – Zombou um terceiro se metendo na conversa.

Emma suspirou irritada, claro, nunca davam créditos a pequena Emma, encontravam desculpas sempre: provavelmente não teriam feito algo direito, deixaram as cordas frouxas, não puxaram o pino da granada, os tubarões estavam bem alimentados e etc. Simplesmente em qualquer situação não notavam sua eficiência e excelência em sair ilesa de qualquer obstáculo, apenas porque era uma garotinha, ridículos, aquela seria a ultima vez. Em um movimento rápido uma faca cirúrgica foi arremessada no único homem que estivera calado, acertando em cheio seu pescoço lhe derrubando na hora. Os demais pararam discussão desesperados ao verem o parceiro sucumbir, quando viraram-se para a dona do ato, seus joelhos tremeram, achavam que crianças assim eram coisa de filme de terror, Emma parecia ter sangue nos olhos!

— Mas que porra! Essa criança matou o Bob!

— Bob? Com esse nome, merecia morrer mesmo – Riu deixando os homens mais temerosos do que antes, a garota não tinha remorso algum.

Thing observou aquilo preocupado, Emma era uma pequena psicopata! Rapidamente os homens puxaram suas armas e engatilharam prontos para dispararem, Thing pulou de onde estava caindo no rosto de um deles o asfixiando, os outros gritaram em pavor nunca antes tendo visto um membro com consciência própria.

— Essa garota é filha do diabo! – Concluiu um dos homens assustado demais para pensar em disparar contra a criança que lhe acertou um martelo na cabeça.

— Sou boa em tiro ao alvo – Respondeu perante o olhar questionador do único que sobrará, como uma pessoa daquele tamanho teria força o suficiente para arremessar um martelo tão pesado quanto aquele?

— Você é um monstro!

— Obrigada.

Emma correu em sua direção com o serrote, desesperado o homem atirou contra ela que caiu no chão a perna ensanguentada, quando preparou-se para o segundo tiro mirado em sua cabeça, Thing jogou-se na frente da arma o fazendo errar e a bala perfurar a parede. Então a mão finalizou o mafioso, a anos não matava alguém, era comum fazer isso durante suas viagens com Fester, o homem viciado em lobotomia vez ou outra estava preso não só por crimes de roubos, mas também pelos assassinatos que cometia em suas fugas desastrosas. Em minutos tudo havia acabado, nem o membro ambulante e nem a garota sentiam arrependimento, aquelas pessoas eram más, mataram dezenas de pessoas naquele lugar e agora foi a vez deles, era o ciclo da vida, sobrevivência dos mais fortes.

Você está bem?

Emma não quis responder, mas mostrou sua perna para Thing que analisou o ferimento, a bala não havia penetrado fundo. A mão agilmente buscou por pinças cirúrgicas em cima da mesa de tortura, as limpou adequadamente com uma garrafa de whisky que achará jogada por ali e retirou o objeto, em momento algum a garota fez careta ou reclamou de dor. Era estranho para a criança ter alguém cuidando de si, as mães faziam isso, claro, mas eram mães, era a obrigação delas, porém Thing não precisava fazer aquilo, precisava?

— Não espere que eu agradeça – Emma se pronunciou antes que o membro terminasse de dar pontos em seu ferimento – Mamãe deve estar lhe pagando bem pra ficar de olho em mim, fez só seu trabalho.

Thing parou os movimentos para gesticular incrédulo de volta para a menina.

Ela não me pagou, muito menos mandou eu fazer nada.

Enid não mandou? Então, porque ele fez tudo isso? Porque ele a seguia sempre? Qual era o interesse da mão nela? Em todas suas atividades secretas notará a mão lá, mas fingia que não o via, seja quando entrava de penetra em funerais ou quando dissecava animais no fundo da mansão. Parecendo perceber todos esses questionamentos a mãozinha começou a explicar.

Eu faço o que faço, porque sou seu amigo, me preocupo, você é importante pra mim.

Amigo? Eles não eram amigos. Ela o tratava mais como um capacho, como ele ainda conseguia vê-la dessa maneira? Thing era estranho.  

Amigos não abandonam os outros, eles ficam.

Emma refletiu as palavras. Ela nunca teve um amigo, seus irmãos não contavam, ela tinha que tolera-los, afinal são família, mas fora isso, nunca deu chances ou brechas para ninguém se tornar seu amigo. Talvez ter a amizade da pequena mão – completamente louca por querer a Addams como amiga – fosse bom, quer dizer, se amigos não abandonam, então aquilo lhe traria certas vantagens. Thing poderia lhe ajudar com seus projetos e planos, e por mais que não quisesse confessar a ideia de ter alguém – que não seja as mães – ao seu lado era interessante.

Sem dificuldades a garota se levantou, pronta para ir para casa. A lua já brilhava no céu quando Emma saiu do galpão abandonado com Thing em seu ombro, sem demonstrar dor, porém mancando levemente, eles seguiram juntos de volta a mansão Addams.


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Notas finais do capítulo

Se você sentiu que faltou coisas a serem respondidas, é porque eu quis assim, como o capitulo fala da Emma então eu quis deixar o mais "não me importo" possível. Há coisas que pra Emma não são do interesse dela, então não faz sentido eu trazer questionamentos, já que ela não vai querer saber as respostas, como: Por que mataram aquele homem? Realmente queriam tirar seus órgãos? Enid e Wed estão a procura dela? Matei pessoas, vão vir atrás de mim?
Enfim, ela não se importa com nada disso. Sobre a amizade dela com o Thing é bem pique Wednesday no começo da primeira temporada, ela apenas o tolera e leva a amizade dele como algo que lhe traz vantagem, porém assim como na série Wed aprendeu a valorizar e se importar, Emma obviamente também vai aprender isso, este capitulo leva o nome de desafio porque é difícil pra Emma aceitar companhias e com o Thing ela decidiu mudar



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