Capitulo vinte e três: ladrão de camas

Assim que eu entrei em casa ele já me atacou com sua vida, sua mãe estava ignorando-o outra vez, ela não aceitava muito bem a sua escolha, imagine se ela soubesse o que sua melhor amiga é.

- vamos lá na escola, falaremos com o diretor e pegaremos meu carro – disse depois que resolvemos todos os detalhes.

- a culpa não é minha que você me deu as chaves – olhei cínica para ele – ta a culpa foi minha, mas também foi um pouco sua, eu não as pedi e você não notou, poderia muito bem ter tirado do chaveiro.

- não vamos realmente discutir isso, vamos?

- não (?)

- isso agora vamos. – peguei a chave do carro dele e fui para frente de casa.

- eu dirijo, queria – ele disse rançando as chaves da minha mão. Fiz uma careta que ele não viu.

Entramos no carro e rapidamente estávamos no estacionamento da Forks High School, não sei como ele chegou aqui tão rápido sendo que ele não conhece a cidade. Ia perguntar, mas assim que ele estacionou o carro ele já saiu do mesmo e ficou me esperando do lado de fora. Sai do carro sem entender nada.

- vamos falar com o diretor e ir embora logo, não gosto da escola.

- tudo bem que você não gosta, mas também não precisa ter pavor não, ninguém irá te morder. – bem… não posso dar total certeza tendo os alunos que essa escola tem, mas ele não precisava saber disso. – o que um trauma não faz com uma pessoa.

- não é possível que você não tenha ficado depois do que aconteceu com você também.

- fiz o que fiz pois eu queria.

Andamos até a secretaria, lá a mulher disse que precisávamos esperar um pouco e depois poderíamos falar com o diretor. Passado alguns minutos, que eu acho que ele passou arramando a sala dele, já que ninguém vem visitá-lo, ele nos chamou.

Perdemos meia hora lá dentro, ele não deixou o Matt freqüentar a escola sem documentos, tentamos até suborna-lo, ele levou na brincadeira ¬¬. Sai de lá batendo os pés e o Matt pulando de felicidade, esse mundo não é justo.

Voltamos para casa, cada um em um carro e ficamos conversando lá até eu ouvir a porta da frente batendo, era Charlie.

- desça atrás de mim – disse para o Matt. Ele não disse nada. Sai do meu quarto e fui descendo lntamente as escadas, o Matt como eu pedi foi atrás de mim.

- pai?

- sim, ola Bella.

- pai queria te perguntar uma coisa

- o que é Bells?

- um amigo meu pode ficar aqui em casa? Ele veio lá de Phoenix por causa de alguns problemas e não tem lugar para ficar.

- claro Bella, quando ele chega?

- bem… - desci as escadas mais um pouco e o Matt ficou na vista do meu pai. Ele não gostou realmente de saber que era um menino. Finalmente ele gostou de eu ter um namorado. – pai, esse é o Matt. Matt esse é o meu pai, Charlie. Pai, esse é o pai da… - vi ele procurar a arma no seu cinto, mas ele já havia pendurado

- Bella – ele disse baixo em tom ameaçador – tem certeza?

- sim, pai. - meu pai virou as costas e foi para cozinha. Estranhei a reação dele, mas não falei nada. – vem, vamos pegar suas coisas e deixa-las no quarto de hospedes.

Fomos até o carro ele abriu o porta malas e eu tirei as malas, ia começar a carrega-las, mas ele não deixou.

- deixe que eu carregue essa mala para você, minha cara dama – ele disse com a voz divertida, fazendo uma mini reverencia e estendendo a mão para mim. Comecei a rir da cara dele.

- só porque você pediu assim – falei e entreguei a mala a ele.

- o que iremos fazer hoje? – ele perguntou enquanto entravamos em casa e subíamos até o quarto de visitas.

- você eu não sei, mas eu farei um trabalho de historia. – disse

- vamos, eu te ajudo

- sabe eu não te entendo, você tem pavor de escola, mas ama fazer trabalho escolar.

- é a vida

Fomos para o meu quarto e ficamos fazendo o trabalho, ele estava mais difícil do que eu havia pensado, se eu estivesse sozinha teria terminado ele rápido, mas o Matt queria me ajudar então eu o deixei, vou confessar que eu praticamente não fiz nada do trabalho. Estávamos a horas fazendo o trabalho e ele não parava, já estava ficando com medo, que menino viciado, ele nem comeu.

            - Matt, acho melhor você descansar, comer algo, deixe que eu faço, o trabalho nem é seu, não precisa se preocupar.

- não se preocupe eu estou bem – conseguia ver as olheiras dele, desde quando ele não dormia?

- Matt, da pra ver na sua cara que você está mal, desde quando você não dorme?

- só algumas noites, mas eu estou bem – como eu não havia percebido que ele esta nesse estado antes?

- Matt – disse repreendendo-o, mas quando eu olhei para trás ele estava com a cabeça deitada no teclado do notebook – Matt, Matt, Matt, você tem algum problema só pode, o que eu tinha na cabeça quando aceitei que você cuidasse da Isa sozinho? Não sei como a menina ta viva até hoje. – disse para mim mesma. Peguei ele e coloquei-o deitado na minha cama, não deixaria ele dormir no chão. Depois de feito isso peguei um livro em minha estante e fui para a sala, deixaria ele dormir até amanha, só quero ver se o Edward vier aqui de novo a noite, ele vai pirar por ver o Matt dormindo na minha cama e não eu. sorri com a imagem da cena em minha cabeça, capaz de ele atacar o Matt ou coisa do tipo O.O melhor eu subir. Subi as escadas e fui para o meu quarto, abri a janela e sentei no peitoril da janela e fiquei esperando o Edward enquanto lia o livro.

Esperei a noite toda, mas ele não apareceu. Amanheceu e logo deu o horário que seria para eu acordar, peguei uma roupa no meu closet e fui para o banheiro, tomei um banho rápido e lavei meu cabelo, depois quando sai, passei um hidratante em meu corpo coloquei a roupa, sequei meu cabelo passei um perfume. Estava guardando meu perfume quando ouvi o celular do Matt tocando, depois de alguns toques ele atendeu com uma voz de sono ele conversou por alguns minutos e ficou assustado. Sai do banheiro e vi ele desligando o celular.

- quem era? – perguntei

- minha mãe

- ela esta muito brava?

- mais por eu ter deixado a Isa lá com ela – O.O

            - você é louco? Você sabe que ela não gosta dela!

- mas ela nunca faria mal a ela

- se você diz… vou ter que ir para a escola agora, o que você irá fazer hoje?

- vou para Port Angeles… o que está… - ele olhou ao redor – o que eu estou fazendo no seu quarto?

- você adormeceu ontem na frente do computador e eu coloquei, com muito esforço, você na minha cama.

- desculpa Bells eu não queria mesmo

- não foi nada, não precisa pedir desculpas

- claro que precisa, eu já estou aqui como um intruso… - não deixei ele terminar

- ok, você é um ladrão de camas, satisfeito? – perguntei brincando. – vamos descer   que logo eu tenho que ir.

- vou me trocar assim já saio com você – ele saiu correndo do quarto e eu fui la para baixo, dez minutos depois ele estava de volta, é incrível a velocidade com que certos homens se arrumam – estou pronto.

- quer comer algo?

- como lá em Port Angeles

- ok, vamos.

- você vai comigo ou vai com seu carro? – ele perguntou

- você volta antes de minha aula acabar?

- sim, eu estarei te esperando quando ela acabar.

- então vamos juntos, você me deixa lá na escola e vai para Port Angeles.

- ok

Entramos no carro e ele dirigiu até a escola, parou na frente dela e eu desci do carro.

- ah, acabei de me lembrar, parabéns, hoje é  o seu aniversário e se por acaso falar com a Isa deseje a ela também – eles nasceram no mesmo dia, pai e filha fazendo aniversário juntos, chegar a ser cômico

Fechei a porta e fui para o prédio da escola, Alice estava encostada no carro dela, o estranho é que ela estava sozinha.

- bom dia, Alice – disse sorrindo.

- bom dia, Bella – ela estava estranha

- o que você está fazendo aqui fora sozinha? Cadê seus irmãos, o Jasper? – estranho o Edward não me esperar

- eles já entraram, eu fiquei para te esperar, quero conversar com você.

- ta – disse estranhando

- como você veio para a escola? – ela perguntou.

- o Matt me deu uma carona, ele estava indo para Port Angeles.

- ele vai voltar para sei la onde ele mora?

- não, eu não sei o que ele foi fazer lá, mas as coisas dele ainda estão em casa. – percebi que Alice ia falar mais alguma coisa só que ela foi impedida pelo sinal que bateu, bem no momento que ela iria abrir a boca. – vamos para a aula depois conversamos.

Me separei de Alice e fui rapidamente para a minha aula, o professor não havia chegado ainda, então, pude entrar sem problema algum

Quando bateu o sinal para o almoço, eu estava indo estilo Alice para o refeitório quando um professor que eu não conhecia disse que o diretor queria falar comigo. Você está zoando que ele vai rançar meu horário de almoço para falar comigo! Foi isso que eu tive vontade de dizer, mas consegui me segurar. Fui para a secretaria e a mulher disse que eu já poderia entrar

- queria falar comigo diretor?

- sim, sente-se – ele disse indicando para a cadeira a sua frente. Sentei e ele começou a me encarar. Muito medo dele

- então… o que o senhor queria falar comigo?

- sobre ontem, você veio aqui para ver se seu amigo poderia assistir as aulas, sem ser matriculado.

- sim, mas o senhor disse que isso não seria possível.

- eu estava repensando no assunto, por que ele queria estudar nessas condições?

- bem… ele tem alguns problemas com a mãe dele, então, ele veio aqui para casa. Meu pai deixou ele ficar hospedado em casa, só que não queria que ele ficasse perdendo mais aula do que ele já perdeu por conta de alguns problemas que tivemos.

- vejo no seu histórico que você também perdeu muitas aulas e se não fosse suas notas quase perfeitas você teria que refazer a serie.

- eu estava com problemas semelhantes a ele, isso me impedia de ir a aula.

Ele olhou para mim, para o papel e para mim novamente. Ficou uns dez minutos me encarando e duvido que em alguma hora ele começou a me secar, mas são só teorias.

- bem eu irei verificar, mas acho que dará para ele ver as aulas, agora pode ir – você ta zoando com a minha cara que eu fiquei todo esse tempo parada, para ele dizer que iria verificar se ele poderia ou não!

             - obrigada – disse e sai da sala, queria xingar ele, mas não faria isso, ele era o meu diretor.

Estava saindo da sala quando o sinal bateu, minha próxima aula era biologia, seria a primeira vez que eu veria o Edward hoje, acelerei um pouco o meu passo. Não era o meu dia de sorte, o prédio era um dos mais longes da sala do diretor. Bati da porta da sala e a abri.

- está dez minutos atrasada, srta. Swan – não fazia tanto tempo assim,olhei no relógio e, sim, fazia tanto tempo

- eu estava falando com o diretor – avisei-o

- então volte a fazer companhia a ele – a meu deus, o que eu fiz? Fechei a porta da sala e voltei para a secretaria o diretor estava passando ali e me viu.

- por que ainda está aqui, srta Swan?

- o professor não me deixou entrar em sala

- me acompanhe – ele começou a andar para fora da salinha. Ele foi até a sala de biologia, eu fui atrás dele já tendo uma noção do que ele faria. Ele abriu a porta e me deixou passar. – essa jovem estava tendo uma conversa comigo, não é culpa dela que ela tenha atrasado – tomou! A cara de incredulidade que ele fez foi hilária. Entrei na sala cabisbaixa morrendo de vontade de rir, sentei em meu lugar de sempre e murmurei um oi para o Edward, ele respondeu também com um oi.

A aula acabou rapidamente o Edward praticamente saiu correndo da sala sem me falar nada, o que havia acontecido com ele?