Capitulo onze: reencontro 

Estavam sendo difíceis esses dias, depois do acontecimento não tenho mais ninguém para compartilhar as dificuldades e de certo modo sinto falta de ter alguém para proteger e ajudar nas horas difíceis, nunca me senti tão sozinha na minha vida. Era segunda, eu tinha aula, a parte mais difícil da minha nova rotina. Faz um mês que eu não vou às aulas depois da partida de Jared eu tentei continuar com minha rotina, mas eu não consegui. Durante esse mês eu passava o dia inteiro fora da cidade, às vezes saia do estado, e voltava para casa quando o Charlie estava acordado. Depois de muito refletir decidi voltar a minha velha rotina isso incluía a escola então esse era meu retorno.

Desci as escadas parando no ultimo degrau para verificar se meu pai já havia saído. Infelizmente ele ainda estava em casa, eu iria ter que atuar.

- bom dia pai.

- bom dia acordou com o pé direito hoje?

- acho que sim – peguei uma barra de cereais, abri e comecei a comer. Que coisa nojenta! Como eu conseguia comer isso aqui antes? – bem tchau pai to indo para a escola. - “que bom que a velha Bells voltou” ele pensou alegre quando eu fechei a porta.

Entrei no meu carro e sai. O caminho para a escola foi tranqüilo, estava chovendo como sempre. No estacionamento do colégio parei na minha vaga de sempre, ao lado da porta, que por incrível que pareça não tinha sido tomada por outro aluno. Quando desliguei o carro e sai o primeiro dia de aula se repetiu, o que pareciam poucos pares de olhos olhando meu carro passar virou uma multidão de pessoas me olhando, eu estava inteira de preto e não vou negar isso ajudou um pouco a chamar atenção a única coisa que se destacava era meu pingente e minhas lentes lilases. Tentei ignorar as mentes e os sussurros a minha volta, mas parecia que eles gritavam para mim. “achei que ela tinha voltado a morar com a mãe depois de brigar com o pai” “ela não tinha fugido com aquele namoradinho dela? Por que voltou?!” “me falaram que ela tinha morrido! que bando de mentirosos!” até minha morte eles mentalizaram que coisa horrível!

- bando de fofoqueiros, isso sim – deixei escapar.

Inspirei o doce ar do colégio, doce até demais para o meu gosto, tinha um novo cheiro no ar, um cheiro familiar, mas que me escapava da onde. Segui para minha aula.

Durante todas elas os sussurros do meu primeiro dia aqui se repetiram. Tudo estava se repetindo pelo menos eu não levaria um susto com os vampiros daqui, na hora do intervalo. Entrei no refeitório. Passando o olho pelo mesmo notei minha mesa vazia, os humanos no lugar de sempre, os vampiros… o.O um, dois, três, quatro, cinco, seis! Legal um vampiro a mais para alegrar minha vida – pensei irônica – cheguei mais perto da mesa deles para visualizar melhor, como se eu precisasse disso, mas enfim, cabelos castanhos na altura dos ombros, olhos dourados, pele com um leve bronzeado, mas pálida, traços delicados no rosto o.O Meg?! Não pode ser ela. Cheguei mais perto da mesa deles, estava a um metro de distância, eles se viraram para mim, meus olhos se arregalaram.

- Meg?! É você?

- vocês se conhecem? – deixei essa pergunta de lado

- Belinha?! – ela se levantou com os olhos também arregalados

- achei que tinha perdido você! Enterraram você ao lado do tumulo do Jared! – deixei minha voz morrer no nome dele. Abracei-a – senti sua falta.

- eu também senti a sua, eu queria te contar que estava viva, mas eu não podia, eu não podia contar para ninguém, nem mesmo para você.

- espera um pouco o Jared era seu irmão? – o Edward perguntou, ignoramos essa pergunta também. Qual é estávamos no nosso reencontro depois de 10 anos juntas.

- por que você veio para Forks?

- intuição – a intuição da Meg, esse era seu poder.

- ah.

- então agora que passou a cena reencontro da pra explicar as coisas? Meg? Bella? – falou o Jasper acalmando e tentando me acalmar.

- acho melhor ser num lugar mais reservado. – indiquei com a cabeça para as pessoas nos olhando e sai puxando a Meg comigo.

- ai não acredito que você ta viva, amiga!

- não acredito que eu to te reencontrando – nós nos abraçamos mais uma vez

- agora que estamos num lugar mais reservado pode nos explicar as coisas? – perguntou Edward nervoso

- sim e sim - disse

- o que?

- respondi as perguntas de vocês sim nós nos conhecemos e sim Jared era o irmão dela.

- como vocês se conheceram? – perguntou Rosalie.

- nós já nos conhecíamos antes de se tornar de eu me tornar vampira. Desde os sete anos, nós éramos melhores amigas e nunca nos separamos…

- como você se lembra dessas coisas?

- sei não – respondeu Meg – continuando: até o dia em que eu estava voltando para casa depois de um dia na casa da Bella e um vampiro me pegou e me levou para o bosque, não consegui ver o rosto dele estava escuro então ele me mordeu e começou a chupar meu sangue, mas antes que ele terminasse comigo alguma coisa o distraiu gritando com ele ‘você é louco de aparecer lá em casa a essa hora...’ – O.O

- ela estava lá, ela poderia ter te visto, nunca mais faça isso ok? Você sabe que eu sempre apareço! – terminei a frase para ela. Todos me olharam espantados

- era você?!

- eu não acredito que ele fez isso com você! Aquele… aquele ah! – lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto – me perdoe Meg, o único dia que eu não te segui e aquele desgraçado faz isso! Eu achei que você estava segura, ele era seu irmão não achei que ele seria capaz de fazer isso com você – já estava chorando.

- calma Bella, explica isso direito. Você disse meu irmão?! Mas ele morreu!

- ele morreu como você morreu, ele virou vampiro. Quando eu estava com 15 anos eu ‘trombei’ com ele pelo bosque, mas antes que algo acontecesse, nós nos reconhecemos e viramos amigos, pelo menos eu achava. Nós saiamos toda noite para… ann… ééé… - todos olharam para mim desconfiados - se… divertirmos juntos, aquele dia como você estava lá em casa eu me atrasei – sentei no chão encostada a uma árvore com os braços em volta do joelho. – ele foi até em casa para verificar o porquê, quando você se distraiu eu mandei-o ir embora ou você poderia descobrir tudo.

‘Quando você saiu de casa, eu sai junto, normalmente eu te seguiria até sua casa, mas naquele dia ele já estava me esperando, então, eu fui ao lugar de sempre, ele não estava lá. Comecei a procurá-lo pelo bosque e quando eu encontrei comecei a dar a bronca, que você ouviu, nele. Meg me desculpe, em dias normais eu teria notado o seu sumiço, mas eu estava tão ocupada com a minha mudança que não percebi as coisas que estavam na minha frente – quando terminei cada um tinha uma feição: Edward: triste; Meg: feliz; Rosalie: chocada; Alice: compreensiva; Jasper: dor; e Emmett: pensativo.

- então quer dizer que meu irmão esta vivo. Eu quero vê-lo, Bella – ela começou a dar pulinhos – me leva, Bellinha, por favor,

- pare, Meg, pare! – ela parou – não, ele não esta vivo – o choro que já havia passado voltou – ele morreu, hoje completa um mês. Meg, me desculpe mais uma vez por você não poder ver seu irmão novamente.

- não precisa se desculpar, Bella, você não foi a culpada

- tá – enxuguei minhas lágrimas – eu não falaria isso na frente deles – indiquei para os Cullens – mas você merece saber. Eu vou entender perfeitamente se você nunca mais quiser olhar na minha cara, só peço não tente fazer nada contra mim. Eu… o matei. – ela riu

- Bella, ele era um vampiro você não poderia ter o matado.

- eu o matei sim, Meg, ele iria contar meu segredo, de inicio eu não planejava isso, mas depois da conversa que eu tive com ele, ele não ficou nem um pouco arrependido e ainda começou a falar mal de você – flashes daquele dia vieram em minha mente. – depois de dois anos aquela traição foi imperdoável. Desculpe-me eu tive que fazer.

- Bella, você esta ficando louca. Você não teria como fazer isso!

- porque eu mentiria, Meg? Principalmente com uma coisa dessas. Acredite em mim, eu o matei. Como eu disse vou entender se você não quiser mais falar comigo. – ela começou a soluçar

- você não está brincando, está? – o choro sem lagrimas se intensificou.

- desculpe-me Meg, desculpe-me eu me arrependi muito depois de ter chegado a esse ponto, mas eu não consigo controlar minhas emoções até hoje me desculpe – andei em sua direção para levantar seu queixo.

- saia de perto de mim! – ela me empurrou para o lado, sem medir suas forças eu cheguei a bater em uma arvore e ela cair. Um cheiro doce começou a invadir o ambiente, sangue estava escorrendo pelo meu braço. Péssimo sinal, nunca eles agüentariam ficar controlados perto do meu sangue exposto. Ferrou!