Meu querido Inuyasha escrita por raquelsd


Capítulo 1
Diario


Notas iniciais do capítulo

Obrigado por lerem, e espero que gostem.



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Ainda hoje é fácil me lembrar como tudo aconteceu. Os momentos de alegria que vivi ao seu lado, nossas aventuras enquanto buscávamos a joia de quatro almas. Cada batalha ganha ou perdida era um novo aprendizado para nós. Aprendemos juntos a confiar, a ter amigos e a descobrir a dor da perca. Você quando se despediu da Kikiou, dizendo um adeus eterno, e eu quando me perdi de você, com esperanças de um dia ainda te encontrar. Nunca poderemos comparar nossas dores, mas meu sofrimento permaneceu durante muitos dias e atrevo-me a dizer que ainda sofro.

Talvez porque poucos dias antes, conheci uma das maiores felicidades que imaginei, que foi me entregar a ti. Entregar meu coração, minha alma, meu corpo. Aquela noite, selei meu destino junto ao seu, naquele momento de prazer e êxtase, soube que nenhum outro tomaria seu lugar, meu querido Inuyasha.

Como tantas outras vezes, depois de uma briga vim para minha era, e como de costume você veio atrás de mim, mas diferente dos ouros dias, estava sozinha, minha família foi viajar e ficamos só eu e você. Conversamos e quando percebemos estávamos tão próximo um ao outro que poderia sentir seu hálito em meu rosto, sua respiração acelerada. Sabia que eu não estava tão diferente de você, sentia meu rosto corar, meu coração acelerado minha respiração falha, e um momento depois tudo sumiu, quando você me beijou.

No começo um beijo tímido, como se precisasse da minha permissão para continuar, e como te negar algo que eu mesmo tanto ansiava? Nosso beijo se profundou, e quando toquei sua nuca, por baixo de seus cabelos e ouvi um leve gemido sair de seus lábios, me perdi em você, assim como você em mim. Até hoje quando fecho meus olhos posso lembrar cada sensação que senti naquela noite, seus lábios percorrendo meu corpo, beijando cada parte dele, minhas mãos descobrindo cada centímetro de sua pele, nossos corpos queimando em paixão e luxuria.

Naquela indescritível noite, me tornei sua mulher. Somente sua.  Não consigo me lembrar o tempo que durou ou até mesmo quando fomos dormi, só me recordo quando acordamos no outro dia, felizes e sorrindo se entregamos ao amor mais uma vez. Assim aqueles três dias ainda são os mais felizes de minha vida.

Como a vida não é feita só de felicidades, tivemos que retorna. Sabíamos que não ficaríamos completamente tranquilos enquanto Narak não fosse derrotado. Nossos amigos nos aguardavam, e acho que nossa felicidade era tão transparente que eles nem precisaram pergunta, estava estampado em nossos rostos, refletindo em nossos semblantes que estávamos enfim juntos, mesmo permanecendo com grande descrição.

Nossa busca não tarda em termina, quinze dias depois tivemos o embate final, conseguimos vencer o Narak, mas a que custo?? Você como sempre me salvou, me trouxe para minha era, para minha família, mas se foi. O poço que ligava nosso tempo, que ligava nossos corpos se fechou, a única coisa que ficou ligada foi nossa alma, pois ela o tempo não pode apagar, distancia nenhuma pode me separar de você, meu querido Inuyasha.

Ainda hoje meu coração se acelera e meus olhos enche de lagrimas quando penso em você, tento ser forte, eu preciso ser forte. Existe alguém que depende de mim, alguém que me faz lembrar de você a cada instante, a cada momento e mesmo com a dor de olhar para ele e me lembrar de você eu o amo acima de tudo até de mim mesmo, e até mesmo acima de você, pois ele representa a união do nosso amor.

O resultado daquela noite, foi um lindo garotinho. Assim que percebi que o poço se lacrou e que eu nunca mais poderia te ter ao meu lado, fiquei profundamente triste, me tranquei não só em meu quarto mais também em meu mundo. Minha família ficou muito preocupada. Já não comia e nem bebia, parecia que a essência da vida tinha saído da mim. Eu me comparava com Kikio, uma casca sem alma e vazia. E quando realmente fiquei muito doente, minha mãe não teve outra alternativa do que me levar para o hospital, onde fiquei internada por alguns dias e foi lá que descobri que esperava meu menino, o nosso fruto.

Foi um choque para mim e para minha família, mas aquele presente foi o que eu precisava para me reergue, eu quase o perdi por não me alimenta direito e sou sincera em falar, se por minha causa perdesse nosso presente eu não me perdoaria, minha morte seria pouco. Voltei para minha casa, com um novo ânimo, agora além de mim teria que cuidar e zelar pelo nosso filho. Não vou dizer que foi fácil, pois não foi. Voltei a estudar no verão e como em qualquer lugar do mundo, não é bem visto uma jovem de dezesseis anos gravida e sozinha. Foi difícil o preconceito, mas sempre tive muito apoio de meus familiares e amigos. Souta amava a ideia de ser tio, minha mãe de ser avó e de meu avô ser biso, quando as pessoas perguntavam, simplesmente diziam que você estava estudando fora, mas que um dia voltaria. Nunca perdi as esperanças em te reencontrar.

Em meio a tantos pensamentos, medo e indecisões, o meu maior receio era de como nosso filho nasceria. O que eu faria se ele nascesse um hanyou? Em minha era já não mais existia e seria muito difícil explicar, as orelhinhas e as garras. Por esse motivo, não fiz nenhum ultrassom e o tive em casa com a ajuda da minha mãe.

Em uma linda tarde, quando céu alcançava seu crepúsculo, na primeira noite de lua nova nosso menino nasceu. Lagrimas banharam meu rosto, a primeira vez em meses de felicidade e não de tristeza, quando olhei seus cabelos negros como o meu, a pele clara como a nossa e os olhos. Ah aqueles olhos! Não aguentei, minha alma mais uma vez se partiu, e percebi que agora mais do que nunca, não te esqueceria, os olhos cor de ouro igual aos seus. O chamei de Sasuke, que significa “dele esperamos socorro”, esperava que ele me socorresse da tristeza que era viver sem você.

E assim ele fez, me socorreu. Me tirou da minha tristeza e me banhou em alegria. Ele me fez voltar a sorrir. Sasuke é tão parecido com você, te vejo nele a cada momento. Ele é tão pequeno mais tem um gênio forte, não desiste das coisas enquanto não consegue, seja de um simples brinquedo ou de aprender a andar de bicicleta. É determinado, e não gosta de demostrar medo. Seu sorriso irônico e jeito rude de demostrar carinho e afeição. Tudo isso Sasuke tem, é como se você convivesse com ele, e o ensinasse tudo de bom e ruim. Muitas vezes nós brigamos, como eu brigava com você, mais logo fazemos as pazes, como sempre fazíamos.  E eu o amo, como sempre amei você meu querido Inuyasha.

Uma batida na porta faz Kagome parar de escrever.

—Mae atrapalho? – Um menino de seus sete anos coloca a cabeça para dentro do escritório e questiona.

—Não meu querido, só estava fazendo algo que a muito não fazia.

—Que era? – Questiona curioso, sentando-se no colo de Kagome.

—Escrevendo em um diário – disse fechando o mesmo.

—Você não é muito velha para isso?  -Questionou com um sorriso cínico, e aí estava a parte de Inuyasha que seu filho tanto puxou.

—Não. Nunca é tarde para se recorda e escrever suas lembranças – respondeu com calma- então o que quer?

— Vim pergunta se posso ir com o tio Souta ao mercado.

—Pode sim, mas por favor não fique pedindo nada para o seu tio, e não corre. Você sabe que quando você faz isso ninguém te alcança – disse bagunçando seus cabelos.

—Eu sei, sou o melhor em minha escola em corrida e o mais forte também –fala convencido.

—Eu sei que você é. Puxou ao seu pai. Ele sempre corria comigo nas costas, e pulava tão alto quanto as nuvens –respondeu sonhadora.

—Será que eu consigo pular tão alo quanto as nuvens?

—Talvez quando você for maior – respondeu Kagome.

—Vou treinar bastante, para quando meu pai voltar terá muito orgulho de mim – disse convicto. Kagome sorriu e abraçou ao filho, ele parecia muito com Inuyasha, seu rosto, seu sorriso até a espessura dos cabelos era igual, e para desespero de Kagome o menino amava os cabelos longos, não o deixando corta, era uma miniatura de Inuyasha de cabelos pretos e olhos dourados.

—Sasuke, seu pai terá muito orgulho de você. Não importa se você pule e alcance as nuvens ou não.

—Eu sei. Mas eu queria muito que ele voltasse logo – confessou triste.

—Eu também meu amor. Agora vai antes que seu tio o deixa para trás.

—Adeus mamãe, até mais tarde – falou saindo correndo. Kagome sorriu, por mais que Sasuke a fizesse feliz, a verdadeira felicidade teria somente nos braços de Inuyasha.

Nosso menino acabou de sair correndo de nosso quarto, e se hoje estou te escrevendo e porque logo pela manhã me lembrei que hoje faz exatamente oito anos que não nos vemos. É uma data que sempre me recordo por mais que eu não queira. E a tristeza me invade a alma.

Me entenda meu amor, eu sou feliz. Me formei na faculdade há dois anos. História especializado na era Feudal. Depois de tudo que vivi aí com vocês, achei justo pelo menos uma parte de mim permanecer aí. As lembranças durante as aulas que ministro, me remete a momentos que talvez jamais voltarei a viver. Nosso filho sabe de tudo que passamos, claro que para ele é somente uma história de monstros e heróis, mas ele adora nossas aventuras.

Finalizo aqui minha carta, deixando claro que ainda te amo. Que sempre te amarei, e sempre vou te amar. Você é o único para mim. Meu querido Inuyasha.


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Notas finais do capítulo

Tadinha da Kagome, sofrer por um amor assim é difícil, ainda bem que ela teve um lindo fruto desse amor. O que acharam?



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