Konoha se encontrava escura com apenas a lua e as estrelas presentes no céu que eram as testemunhas naquele momento em que Uchiha Sasuke caminhava calmamente nas rua silêncio em direção a sua casa. 

Onde elas estariam lá, esperando por ele.

Às vezes, para Sasuke, era algo surreal imaginar que finalmente tinha alguém esperando-o em casa para recebê-lo. E quanto mais viajava pelos anos, mais ele ansiava por elas.

Ansiava pelo carinho da esposa, o cheiro do corpo dela sem qualquer vestimenta junto ao seu, sentir o calor dela, ver seus sorrisos e ouvir sua voz; por sua filha, que sempre lhe recebe com sorrisos e abraços calorosos com sua voz graciosa e seu cheirinho doce. 

Com esse pensamento, ele sorriu. Ansioso para finalmente chegar ao tão esperado destino.

O que ele mais queria também era ficar debaixo dos lençóis com sua esposa enquanto se amavam como se não houvesse amanhã. 

Sasuke se esquecia completamente de tudo em sua volta quando estava com a ninja, amando-a do jeito que ela merecia e também ser amado na mesma intensidade. Só de pensar sentiu o membro pulsar dentro de suas calças. Ele não era um pervertido, claro que não, mas quando se tratava de sua esposa era inevitável. 

Imaginar ela sem roupa enquanto desejava e estava tão perto de encontrá-la deixa difícil de controlar esses desejos. Porque havia momentos onde ele se sentia desesperado para que os dias passassem rapidamente e chegar aquele em que finalmente pudessem aprofundar-se um no outro. 

Já que ficava fora por dias, meses ou anos, Sasuke se tocava imaginando-a ali, amando-a por completo e ainda tinha em mente os gemidos dela que jamais sairiam de seus pensamentos. No entanto, ele procurava não pensar demais, já que isso poderia fazê-lo querer dar meia volta e ir diretamente para Konoha. 

Ele sentia falta de cada momento que vivia ao lado de sua família e isso de certa forma deixava-o angustiado por não tê-las ali consigo no dia a dia, como sempre pensou que um dia teria. Queria muito poder levá-las para viajarem juntos como fizeram anos atrás antes e depois do nascimento de Sarada. 

E, ao falar dela, Sasuke também sentia saudades de estar com sua filha e ajudá-la em seus treinos, assim como dos momentos cômicos que ambos tinham juntos. 

Esses pequenos momentos que o faziam um homem mais feliz. 

No entanto, vivendo naquela situação, era necessário ter que ficar longe delas.

Para Sasuke, era um castigo e para elas um bem maior. Sim, de fato, ele sofria com isso. Contudo, sabia desde o início que não seria fácil. O massacre do seu clã o fez perceber que nem sempre as coisas seriam um mar de rosas. 

Queria suas mulheres protegidas e por isso se sacrificava em sair de casa para ficar dias sem vê-las. Difícil, sim, mas ele amava sua família. E quem ama, protege e cuida, sem se importar com as circunstâncias. 

Apertou os passos para chegar no distrito Uchiha, onde sua esposa poderia estar descansando após um dia longo de trabalho e sua filha após treinar e estudar. 

Sasuke tinha orgulho dela, a garota era doce, forte, companheira e inteligente. Não pôde evitar um sorriso, Sarada podia ter sua aparência, mas sua personalidade era igual a de sua esposa e ele agradecia por isso. Tem orgulho e admiração por sua esposa, é a mulher mais bela e talentosa, além de forte também. 

Ele sempre soube que Sakura seria aquela que escolheria para viver ao seu lado. No começo teve receio e pensava que não era merecedor de seu amor. Mas, por ser egoísta, não aguentaria vê-la com outro homem pois enlouqueceria e nunca mais pisaria em Konoha. Também se orgulhou muito, por ter tomado vergonha na cara e pedido ela em casamento. 

De certa forma, mesmo passando por tudo isso, valeu a pena. Agora era feliz, ao lado de quem ele sempre amou, apenas guardou aquele sentimento bem guardado para não atrapalhar seu desejo de realizar vingança contra seu irmão, que fez de tudo para protegê-lo.

Pensar em Itachi, não era mais doloroso. Agora ele tinha admiração por ele e protegia a vila por ele e por todos. 

O ninja sempre será grato pelos socos de Naruto e por Sakura nunca ter deixado de amá-lo. Era grato também por seu antigo professor, pois este sempre lhe deu alguns conselhos que o ajudava de enquando. 

Ele era grato por todos que nunca desistiram dele e por aqueles que o aceitaram de volta aos poucos, por todos que também tiveram esperança de sua volta para vê-lo ser feliz.

E finalmente, chegou na enorme porta, Sasuke bateu três vezes e ouviu um grito "Já estou indo" de uma voz melodiosa, que fazia seu coração acelerar. 

Sasuke, então, não deixou de erguer os cantos dos lábios em um sorriso ladino, sentindo-se feliz e ao mesmo tempo nervoso e ansioso, porque ele não via a hora de estar em casa. Não fazia ideia de quantas vezes esperava para estar ali novamente e quando acontecia, era como se o peso em suas costas fosse embora e o alívio se fazia presente. 

Não tardou para a porta se abrir, revelando a mulher de cabelos rosados que, para ele, era linda. Os olhos esverdeados estavam levemente arregalados, e podia-se perceber as bochechas dela ficando levemente avermelhadas. 

O ex-renegado amava tanto quando observava a expressão de surpresa tomar conta de sua faceta sempre que o via. Ele tinha que admitir que achava adorável. Não precisavam dizer nada um para o outro, apenas continuou olhando-a fixamente com intensidade para então sorrir abertamente, fazendo o coração da médica-nin aquecer de tamanha felicidade. 

Ele simplesmente sentia-se completo toda vez que a ela lhe sorria, quando ela lhe tocava ou quando ouvia a sua voz. 

Às vezes, ele se perguntava em como conseguia aguentar ficar longe dela por tanto tempo. Era de fato uma tortura ficar meses e até mesmo anos longe de sua presença, mesmo que se sentia estranho morar naquela vila novamente, até porque, apenas estava ali por elas. 

— Tadaima! – O homem anunciou com a voz rouca, enquanto a observava lhe direcionar um belo sorriso. 

Por dentro seu coração palpitava forte, ansioso para tê-la em seus braços novamente e era assim todas as vezes que chegava em casa. 

— Okaeri, Sasuke-kun. – O recebeu carinhosamente, abrindo espaço para ele entrar. 

Ele pôde sentir o cheiro da sua esposa ao passar por ela e seu corpo logo relaxou. Aquele aroma tinha um significado muito importante: estava em casa onde sempre encontraria a paz. 

Virou-se para sua esposa, fitando-a fechar a porta em seguida. 

Sem mais delongas, circundou a sua cintura colando seus corpos e a prendeu contra a porta, pegando-a de surpresa e fazendo ela soltar um gritinho que o fez rir de canto. 

Ele sabia que sua filha não estava em casa por ter passado no campo de treinamento e a observado treinar com seus parceiros de time. 

A respiração de Sakura ficou pesada, assim como a sentiu ficar tensa com o ato repentino dele. Aproveitou para abraçá-la, enquanto praticamente colocava-se sob a curva de seu pescoço, inspirando o perfume dela. Beijou-lhe a nuca, sentindo-a estremecer. Sasuke gostava de saber que ele era o único que causa aquelas sensações, como ela também lhe causa. 

Sakura o abraçou de volta, colocando ambos os braços em volta de seus ombros e o puxou para si, soltando um pequeno suspiro após sentir os beijos que deixava em sua pele macia.

Sasuke explorava qualquer canto daquele corpo que o levava à beira da loucura, apreciando o momento de tê-la completamente à sua mercê enquanto sentia seu cheiro que tinha um único significado: Casa. 

— Eu senti sua falta — confessou ele em um sussurro, sem hesitar. 

O ninja queria que ela soubesse o quanto ele desejava estar ao lado dela todos os dias, a qual ela imediatamente entendeu. Sakura o conhecia como ninguém. Às vezes, ele nem precisava verbalizar algo que a mesma já captava a mensagem não importando o quão longe estivesse e isso o deixava ainda mais admirado pela esposa. 

As bochechas da mulher novamente atingiram o tom avermelhado e ele sorriu. Era raro dizer o que sentia e quando fazia o coração da Uchiha sempre se aquecia. Sendo algo recorrente em todas as vezes que ele voltava de suas missões de longo prazo. 

O ninja pode sentir o coração dela palpitar fortemente contra seu peito másculo. E ele, obviamente, não ficava para trás. 

— Eu também, Sasuke-kun.

Então ele tomou-lhe os lábios, beijando-a apaixonadamente, saciando sua vontade que tinha há vários meses. 

O beijo era lento, afinal, não tinham pressa para apreciar o momento que tanto ansiavam depois do longo tempo sem se tocarem e fundir-se um no outro. 

Quando o beijo terminou Sasuke olhou profundamente gravando cada detalhe dela. 

As respirações ainda estavam erráticas, os batimentos cardíacos eram fortes o suficiente para que ambos sentissem uma enorme corrente elétrica percorrer em seus corpos. 

Ele então sorriu acariciando as bochechas rosadas, sendo prontamente retribuído pela mulher, não precisavam mais de palavras naquele momento. 

Ambos sabiam através da troca de olhares o que significavam. 

Sasuke finalmente estava de volta ao seu lar. Nos braços de sua esposa, Sakura Uchiha.

E ele não desejaria nunca estar em outro lugar.