O avião que vinha da Itália, depois de muitas horas de voo, finalmente pousou no destino final: o Japão. Os passageiros saíram do avião como se suas vidas fossem acabar. Nunca tinha visto tantos homens de terno preto guardarem uma única pessoa. Só de olhar para a cara daquele povo fazia a mente de qualquer um gritar a palavra “máfia”. Por isso, decidiram sair dali vivos para não entrar em nenhuma confusão com aquela gente perigosa.

 — É tão bom estar em terra novamente! — gritou Dino quando saiu do avião.

    Pensava que ficaria maluco depois de ficar várias horas dentro do avião, com os olhares de medo que os civis estavam lhe dirigiam.

    — Chefe é melhor nos apressamos — pronunciou Romário, no seu lado direito. No dia anterior tinham prometido a Reborn que iam encontrar com ele de imediato assim que chegassem a Namimori.

   — Mas, antes, preciso ir ao banheiro. Nos encontramos na entrada — comunicou Dino que saiu apressado de perto dos seus acompanhantes.

  — Porque sinto que algo de ruim vai acontecer? — resmungou Romário, conhecido como braço direito do Dino. Os seus outros colegas não fizeram caso do que Romário falava, já que desastres eram comuns sempre que o chefe deles ficava sozinho.

   Mesmo sentindo que algo aconteceria com seu chefe, decidiu esperá-lo junto dos seus colegas no lugar combinado.                                                                                                                  

(…) 

    O 10º chefe da família de Cavallone nunca pensou que estaria em uma fila enorme apenas para ir ao banheiro. Mas, percebeu a razão de a fila estar assim. Havia uma funcionária do aeroporto a fazer limpezas das cabines de cada banheiro.

    Suspirou de alívio quando chegou a sua vez. Ficava muito nervoso quando viajava para muito longe e, ainda por cima, a viagem havia sido muito longa. Depois de ter saído do banheiro, dirigiu-se a uma das entradas do aeroporto para se encontrar com seus subordinados.

   Quando chegou ao ponto de encontro, reparou que não encontrava nenhum membro da família de Cavallone à sua espera. Entrou em pânico e começou andar de um lado para outro, não sabia o que fazer. Romário sempre ficava com dinheiro para pagar nos lugares onde iam sempre juntos.

   [Nome], que estava passando por ali naquele momento, reparou que um estrageiro de cabelos loiros se encontrava um pouco aflito e atrapalhado, o viu cair diversas vezes quando andava de um lado para outro. 

    — Desculpe, precisa de ajuda? — perguntou [Nome] ao aproximar do jovem, e reparou que deviam ter a mesma idade.

   — Tu és um anjo, veio num bom momento. Me perdi das pessoas que me acompanhavam — disse Dino, que parou de andar quando uma japonesa se aproximou dele e reparou que ela devia trabalhar no aeroporto, pelo cartão de identificação que tinha na roupa.  

   — O meu horário de trabalho terminou. Por isso tenho tempo para te ajudar. — revelou [Nome], que deu um sorriso para que Dino ficasse calmo. Percebeu que devia ser a primeira vez que ele estava em Namimori.

    — Obrigada, você me salvou. — agradeceu Dino,  aliviado por saber que teria ajuda para chegar à casa onde estava hospedado seu ex-tutor, Reborn.

    Dino começou a contar a história de como se perdeu dos seus companheiros de viagem. Como demorou muito para chegar na entrada do edifício, os outros deveriam ter pensado que ele fora na frente para o destino final da viagem.

   Quando ele falou no local onde ficaria hospedado, [Nome] não ficou realmente surpresa. Ela vivia ao lado da casa dos Sawada e havia visto muito movimento de pessoas estrangeiras desde que seu vizinho se tornara o sucessor da família Vongola.

    —  Acho que hoje é o teu dia de sorte. Eu sou vizinha dos Sawada — revelou [Nome]. Parecia que o destino queria que eles dois acabassem se encontrando e se conhecessem com o tempo.

   — Realmente, tu és um anjo que caiu do céu — afirmou Dino, que não esperava que seria ajudado, percebeu que [Nome] era uma boa pessoa que se preocupava com o bem-estar dos outros, mesmo sem conhecer quem realmente eram.

    Até chegarem à casa dos Sawada, os dois jovens foram conversando durante o caminho. Passaram a se conhecer muito melhor e [Nome] até mesmo resolveu escrever no bloco papel seu número de celular. Sentia que veria o jovem Dino muitas vezes em Namimori. 

    Os subordinados de Dino suspiram de alívio na entrada da casa dos Sawada quando ao longe puderam avistar o chefe, caminhando com uma jovem. Mas reparam em um pequeno detalhe: o jovem não encontrava-se nada atrapalhado sem tê-los por perto.

   — Parece que ela vai ser a futura esposa do Dino — garantiu Reborn, que se encontrava neste momento sentado no ombro de Romário, à espera da chegada do seu ex-aluno.

  Nada passava despercebido para Reborn. Só de olhar para os jovens, sabia que, a partir dali, se encontrariam diversas vezes.

   Aquele dia ficaria gravado na mente de Dino. Nunca esqueceria de como foi salvo. Tinha a certeza de que, se não tivesse ajuda de [Nome], demoraria muito tempo para chegar até ao local onde encontravam-se Reborn, Romário e os outros.

  A partir dali, sempre que vinha visitar seu adorável irmão mais novo, acabava por encontrar com [Nome] pela cidade. Aos poucos, a relação dos jovens foi crescendo, que começaram a conviver juntos.