Girl, Pitstopped escrita por KendraKelnick


Capítulo 6
Dia 1 - Beltane - Parte 6




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Poucos minutos depois, o interfone tocou mais uma vez e assustou as duas. O porteiro anunciou a presença das senhoritas Madelyn Dinkley, irmã mais nova de Velma, e Alexandra Cabot, uma garota do segundo ano do ensino médio. Quando a porta principal se abriu, Velma recebeu a irmã com uma bronca.

Velma: Você demorou vinte e oito minutos! E ainda trouxe alguém com você! Pode esquecer os seus cinquenta dólares!

Madelyn: Eu não trouxe alguém comigo, eu trouxe a Alexandra porque ela é o meu álibi, e no contrato que foi enviado para o seu e-mail está previsto tolerância de vinte minutos e a presença de ajudantes…

Velma: Você sabe que eu não posso trazer ninguém aqui! Se eu não receber os três mil dólares, a culpa é sua!

Madelyn: Dã! Então o que a Marcie está fazendo aqui?

Marcie: Você vai receber três mil dólares e pagar cinquenta para a Madelyn só para ela ficar aqui com você?

Thorn: Lembrando que meus serviços mediúnicos também são pagos…

Marcie: Peraí, por que todo mundo está sendo pago para estar aqui, menos eu?

Velma: Porque eu não pedi para você vir, você rastreou a porra do meu celular e veio até aqui!

Alexandra: Relaxa, Fleach, também estou aqui de graça…

Marcie: Mas você não precisa de dinheiro! Você é enteada do pai da Josie McCoy!

Velma: Você vive na mesma casa que a Josie McCoy?

Alexandra balançou a cabeça confirmando, com uma expressão facial de desgosto. Desde a morte da Sra. McCoy há cinco anos, o pai de Josie começou um relacionamento com a mãe de Alexandra. Quando o casal feliz decidiu se casar, a Sra. Cabot e seus gêmeos Alexander e Alexandra se mudaram para luxuosa mansão McCoy. O resultado? Josie e Alexandra se odeiam.

Thorn, Marcie, Velma e Madelyn simultaneamente: Meus pêsames…

Marcie: Ela é tão mimada! Você deveria receber indenização por ter que respirar o mesmo ar que ela!

Alexandra: Eu só queria que ela não deixasse bem claro todos os dias que a mansão é dela e que eu, minha mãe e meu irmão não somos bem-vindos…

Marcie: E ela fica bem pior perto das amiguinhas Shelly, Bubbles, Melody…

Alexandra: A Melody até que é bem legal comigo… mas aquela tal de Valerie é insuportável!

Thorn: Nada contra nenhuma delas… mas elas se acham grandes vocalistas e não cantam nada… as bandas delas são um lixo…

Velma: Elas são ridículas! Ponto!

Velma tinha tanto ódio na voz que todas as meninas olharam para ela com espanto. Velma não era a maior fã das garotas populares da escola, mas ela também não era do tipo de garota que tinha o costume de difamar ou sentir raiva das A-listers.

Marcie: Bem, aquela sua amiguinha Blake não é muito diferente…

Velma: Ah, qual é, a Daphne é minha amiga, ela não é como as outras líderes de torcida…

Marcie: Ah, claro que não, ela foi muito legal quando começou a me chamar de Maria-cachorro-quente no 7º ano!

Velma: Foi a Dawn, irmã dela!

Marcie: E ela não fez nada para a irmã dela parar! Que diferente ela é, não?

Velma: Ela não fez nada porque ela não fala com a irmã dela, e ela sequer sabe que você existe!

Marcie: Muito legal da parte dela não saber que uma pessoa que estuda na mesma sala que ela há mais de dez anos não existe, não?

Velma: Talvez se você se apresentasse a ela…

Marcie: A Josie McCoy nunca precisou se apresentar para mim para eu saber que ela estuda comigo desde o primeiro ano do ensino fundamental… isso se chama empatia e bom-senso! E também educação…

Velma: Marcie, o que eu quero dizer é que se você der uma chance para a Daphne você vai perceber que ela é muito mais legal do que ela parece ser…

Alexandra e Marcie gargalharam.

Alexandra: Pelo amor de Deus, Velma, você sabe que essas garotas fazem isso o tempo todo com quem não é popular… elas sabem que nós existimos, elas só não querem saber! Eu moro na mesma casa que a Josie e ela me trata como se eu simplesmente não existisse… e isso é muito triste…

Velma: A Josie é cruel, mas a Daphne não é assim!

Marcie: A Daphne só começou a falar com você quando ela precisou de você… afinal, você é amiga do namorado dela e é a fundadora do clube de mistérios… da mesma forma, Penelope Pitstop só te notou quando precisou de um cachorrinho para vigiar a mansão dela… quando você não for mais necessária para nenhuma das duas, você voltará ao anonimato… bem-vinda à realidade…

Velma: A Daphne não é…

Madelyn: SHHHHHHHHH!

As garotas foram inesperadamente caladas por Madelyn e olharam para ela com raiva.

Madelyn: Será que vocês idiotas não imaginaram que neste momento pode haver alguma câmera em algum lugar filmando tudo o que vocês falam? E que depois esse conteúdo pode ser usado contra vocês?

Alexandra: Ah, isso é típico dessas garotas, a Josie me filma escondido a todo momento para enviar para as amiguinhas dela rirem…

Marcie: Tá vendo? Eu sei que você está recebendo 3 mil dólares para falar bem dessas garotas, mas a realidade conta uma história bem diferente…

Velma: Marcie, eu as desprezo tanto quanto você e jamais concordarei com a maneira como elas tratam as outras pessoas, eu só estou dizendo que a Daph…

Madelyn: SSSHHH!!!

O silêncio imposto por Madelyn foi seguido de um suspiro longo de Velma. Marcie, porém, não pareceu se intimidar com a impaciência da amiga e continuou.

Marcie: Você tá deixando de ser você mesma por causa da Daphne…

Velma: O quê? Você é que está com ciúmes porque…

Thorn: Olha, eu sei que esse assunto super relevante está muito interessante, mas hoje é Beltane e eu preciso encontrar o meu coven para celebrar. Então, será que podemos realizar a sessão mediúnica logo?

Marcie: Sessão mediúnica? Você contratou uma médium? Tá vendo, você está irreconhecível por causa dessa sua amiguinha nova! Tá ficando irracional igual a ela!

Velma: Eu chamei uma médium aqui porque eu estava em apuros e a minha melhor amiga estava vestida de lobisomem no trem fantasma! E você sabe muito bem por que eu chamei a Thorn, você também presenciou o que eu presenciei lá em cima e também ficou medo!

Alexandra: Peraí, tem alguma coisa ali em cima?

Thorn: Tem um poltergeist… eu sinto…

Madelyn: Peraí, você contratou uma médium porque está com medo de um fantasma?

Madelyn começou a gargalhar debochadamente e Velma ficou constrangida.

Velma: Eu não chamei a Thorn médium, eu chamei a Thorn amiga, eu só queria a companhia dela porque eu estava com medo de ficar sozinha!

Thorn: Nem pensar! Quando você me chamou, eu deixei bem claro que minhas visitas mediúnicas são pagas e você disse que me pagaria…

Velma: Não! eu… eu…  eu só queria companhia, Thorn!

Marcie: Então agora que você é amiguinha das garotas populares você paga pessoas para lhe fazer companhia?

 Madelyn: E também tem medo de fantasmas!

Madelyn gargalhou como uma criança de três anos por longos minutos, mas Velma não conseguiu fazer nada para impedir. Thorn apenas revirou os olhos e pegou seus pertences em cima da mesa.

Thorn: Bem, pelo visto houve um engano aqui, e eu tenho mais o que fazer do que ter que aturar piadinhas de uma garota de 12 anos… adeus!

Marcie: Eu vou com você, Thorn… pelo jeito, agora a Velma tem dinheiro o suficiente para comprar novos amigos…

Madelyn: Eu também vou embora! Não acredito que perdi uma hora de game streaming por causa do medo idiota da minha irmã idiota! Por favor, deixe meu pagamento debaixo do pote de biscoitos quando você chegar em casa…

Madelyn riu como um bebê descontrolado novamente e Thorn, irritada, desferiu golpes contra a fechadura de bronze para tentar abrir a porta. Alexandra, por sua vez, começou a mexer na porcelana fina das estantes e a tirar selfies ao lado dos objetos finos da mansão. Enquanto isso, o relógio do salão principal badalou dez batidas e Marcie continuou a expressar seu ciúme com resmungos incompreensíveis sobre as garotas populares da escola. Tudo isso, misturado com o medo da porta possuída que se mexia no andar de cima, foi a fagulha necessária para explodir a paciência de Velma.

Velma: CHEGAAAAAA!

O grito de Velma foi tão alto e tão ríspido que as garotas se assustaram, pararam imediatamente o que estavam fazendo e olharam com medo para ela.

Velma: NINGUÉM VAI SAIR DAQUI!

Madelyn: O quê? Eu tenho que…

Velma: NIN-GUÉM-VAI-SA-IR-DA-QUI! EU FUI CLARA? EU CONTRATEI VOCÊS, ENTÃO VOCÊS IRÃO FICAR AQUI COMIGO ATÉ QUANDO EU QUISER! E quanto a vocês duas, Cabot e Fleach, vieram porque quiseram, e agora irão ficar também!

Marcie: Isso é absurdo!

Velma: Absurdo é você rastrear a sua melhor amiga!

Madelyn: Isso é ridículo!

Velma: Ridículo é você cobrar cinquenta dólares para ajudar a sua própria irmã!

Velma estava tão ameaçadora e fora de si que as garotas suspiraram e se calaram. Nenhuma delas teve coragem de enfrentá-la. Após alguns minutos de silêncio, Thorn ousou dizer algo.

Thorn: Ok, isso é completamente justo. Você me contratou, então eu terei que cumprir o meu trabalho. Então vamos lá, vamos fazer Sneekly falar para eu poder dar o fora…

Thorn tirou seus pertences da bolsa com rapidez e jogou o tabuleiro ouija em cima da mesa. As demais garotas paralisaram e se olharam assustadas, mas o olhar apreensivo delas não impediu Thorn de acender  velas e preparar o altar onde ela faria seu ritual. Velma sentiu um arrepio percorrer sua coluna e gaguejou de medo ao tentar pronunciar palavras que impedissem Thorn de continuar. Quando Thorn terminou de preparar, ela sinalizou para as garotas formarem um círculo e darem as mãos. As meninas obedeceram com receio, e olharam desesperadamente para Velma, pedindo uma intervenção.

Thorn: Muito bem, limpem suas mentes e fechem seus olhos…

Velma: Não!

A intervenção de Velma fez as garotas abrirem os olhos. Thorn expressou sua raiva olhando seriamente para Velma.

Velma: Não, não vamos fazer isso, Thorn!

Thorn: Está com medo?

Velma: Eu? Não! Nunca! Eu só… só acho que não é certo que a gente faça isso! A Penélope pode ficar furiosa…

Marcie: Lá vai ela se importar com o que a ridícula da Pitstop pensa…

Thorn: Ok, então isso é uma quebra de contrato, e eu estou liberada para ir embora…

Velma: VOCÊ NÃO VAI EMBORA!  Eu…

“…te contratei para ficar aqui”, era o que Velma gostaria de ter dito, mas no mesmo momento um barulho muito alto de tiro ecoou pela sala e assustou todas as meninas. Logo em seguida, elas ouviram a porta se fechar com força e algum vidro se estilhaçar. Madelyn, Alexandra e Marcie gritaram e se abraçaram com força, e Thorn apenas olhou interrogativamente para Velma, esperando uma explicação que Velma não conseguiu formular adequadamente. Ao invés disso, Velma apenas murmurou:

Velma: Thorn… por favor… eu preciso de você aqui…

Thorn: Eu adoraria, Velma, de verdade! Mas eu não posso. Não é má vontade, é por motivos religiosos. Hoje é Beltane, a festividade mais importante da minha religião, e eu tenho um coven inteiro me esperando nesse momento para eu poder liderar os rituais…

Velma: Thorn, você é a única que sabe lidar com… com… essas coisas

Thorn: Velma, eu adoraria te ajudar, mas eu não tenho escolha! Eu sou uma bruxa, eu preciso fazer esse ritual… são os ritos que fazem de mim uma bruxa, e eu amo ser uma bruxa, você não pode simplesmente me privar de ser quem eu sou!

Velma quis argumentar, mas o medo e o desespero tomaram conta de seu corpo e fizeram-na desabar em lágrimas. O choro inesperado de Velma não despertou nem uma centelha de compaixão em Thorn, que começou a recolher os pertences que ela havia espalhado pela mesa para fazer o ritual. Ao perceber que Thorn não mudaria de ideia, todo desespero de Velma se converteu em ódio e ela bateu com força no tabuleiro ouija com uma de suas mãos, fazendo o tabuleiro cair da mesa e levar todos os pertences e velas de Thorn junto com ele. Thorn olhou para Velma estupefata, sem poder acreditar na atitude agressiva atípica que ela tomou.

Velma: EU DISSE QUE VOCÊ NÃO VAI SAIR DAQUI, ENTENDEU? Eu aceitei esse trabalho pelo bem do Clube de Ciência e Tecnologia das garotas, e estou aqui cumprindo meu dever de presidente e me sacrificando em nome do nosso prestígio e do nosso aprendizado! O mínimo que você deveria fazer como membro do clube é me ajudar nisso! TODAS VOCÊS DEVERIAM! E É EXATAMENTE O QUE VOCÊS IRÃO FAZER, CASO CONTRÁRIO, SERÃO EXPULSAS DO CLUBE! Eu fui clara?

A expressão de ódio no rosto de Thorn evidenciava que ela não concordou com nada do que ouviu, mesmo assim ela balançou a cabeça afirmativamente e não ousou enfrentar Velma. As outras três meninas se olhavam confusas, temendo o comportamento de Velma.

Velma: Agora arranjem o que fazer!

Velma se afastou um pouco do grupo para evitar uma nova discussão e Thorn começou a juntar seus pertences calmamente sem dizer uma palavra. Alexandra ousou quebrar o silêncio imposto por Velma, murmurando para suas amigas:

Alexandra: Er… não sei se todo mundo leu aquele livro do Stephen King que uma família vai para um hotel e o pai começa a virar um psicótico porque o lugar tá cheio de pessoas mortas que possuem o corpo dele… mas… tipo… vocês não acham que a história está meio que se repetindo aqui?  Uma pessoa psicótica... um morto possuindo o corpo dela... um lugar que parece um verdadeiro hotel...

Marcie: O quê? Ela não está possuída, ela só está sendo mimada, assim como as novas amiguinhas dela…

Madelyn: SSSSSHHHHHHH!

Velma olhou com indiferença para a irmã, provando que havia ouvido tudo antes mesmo dela pedir silêncio.

Velma: Foi a coisa mais ridícula que eu já ouvi, Alexandra…

Marcie: Ridículo foi o que você acabou de fazer com a Thorn!

Velma: Marcie, pelo amor de Deus, será que você não consegue entender?  Nenhuma de vocês?  É tão difícil assim entender que uma pequena fortuna e um encontro com Elon Musk estão em jogo aqui e eu quero muito ganhar os dois pelo bem do nosso clube? Você trabalha mais de seis horas por dia no parque de diversões dos seus pais, quando foi que você conseguiu juntar 3 mil dólares? E quanto a você, Madelyn, quantos shows de mágica idiotas você teria que fazer para conseguir essa quantia? Quantos shows e sessões mediúnicas, Thorn?  Esse trabalho é como ganhar na loteria… qualquer pessoa minimamente inteligente saberia disso…

Madelyn: É…eu  acho justo…

Velma: Agora entendem por que estou aqui? Por que estou me humilhando de ser o cãozinho da mansão sinistra de uma garota popular?

O discurso de Velma encorajou e convenceu todas as garotas, menos Thorn, que continuou com seu ódio contido em uma expressão facial séria.

Velma: E além disso, esse lugar é incrível! Vamos aproveitar!

O comando de Velma provocou um sorriso nos rostos das garotas e elas se levantaram e começaram a andar pelos arredores. Thorn foi a única inabalável que permaneceu sentada, com os braços cruzados, olhando seriamente para a parede.  Nenhuma delas, no entanto, teve a oportunidade de iniciar uma atividade em alguma parte luxuosa da mansão. Em poucos minutos, a energia acabou inexplicavelmente, deixando todas no escuro. As garotas gritaram e imediatamente se uniram em um abraço. Thorn bocejou impacientemente e não esboçou nenhuma reação além de tédio. Os minutos se passaram e a energia não voltou. As garotas procuraram lanternas e luminárias com as luzes dos celulares, e por fim decidiram acender as velas elegantes de um candelabro de prata que decorava a lareira. Reunidas à luz de velas, elas se acomodaram nas almofadas ao redor da lareira e começaram a conversar e a rir – exceto Thorn, que permanecia contrariada em um canto da sala, mexendo no celular e evitando conversar com as demais. Os minutos se transformaram em horas, e a escuridão permaneceu até o momento em que todas, exaustas, adormeceram juntas em cima do tapete. Thorn foi a última a dormir. Mas antes de se juntar às amigas na cama improvisada, ela caminhou ao redor de Velma adormecida murmurando palavras misteriosas e derrubando lentamente em no corpo dela um pó de ervas que ela havia preparado para o Beltane. Quando ela terminou o percurso, ela caminhou até a cabeça de Velma, tocou sua testa com o indicador e assim permaneceu por alguns segundos, murmurando palavras incompreensíveis. Quando as palavras se esgotaram, Thorn retirou o indicador e disse em voz alta:

Thorn: Velma Dinkley… você me impediu de participar da festa mais importante da cultura pagã e me privou de ser a bruxa que eu sou… você fez isso em nome de um desejo egoísta e arrogante de conseguir ser notada por um gênio da tecnologia, e cinicamente disse que foi para o bem de todas as garotas do clube… por isso, agora você também será impedida de ser quem você é até que você deixe seu egoísmo e seu orgulho de lado e tome uma atitude verdadeiramente altruísta… eu te condeno a ser o tipo de pessoa que você mais odeia! Energia de Beltane, faça Velma ser outro alguém!

O comando em voz alta de Thorn provocou uma rajada de vento que entrou violentamente pelas grandes janelas e soprou os rostos e cabelos das meninas adormecidas. O pó de ervas que havia sido derrubado apenas em Velma se espalhou com o vento, em seguida, ele se iluminou em uma luz azul brilhante e desapareceu segundos depois. A única que esboçou alguma reação foi Madelyn, que coçou o nariz logo após o pó de ervas tocá-lo. Thorn observou o cenário com satisfação e riu.

Thorn: Que pena! A maldição pegou um pouco em você, Madelyn… e nas outras tolinhas também… bem, quem sabe agora você possa achar a paranormalidade menos engraçada, Maddie?

Thorn recolheu seus pertences e se afastou rindo. Quando ela tocou a pesada maçaneta de bronze, ela viu a imagem de Velma sonâmbula tateando o corrimão da escada e caminhando para o andar de cima. A visão fez Thorn gargalhar e comemorar o sucesso do feitiço.

Thorn: Nada mal! Eu sou uma excelente bruxa mesmo quando eu sou impedida de ser uma bruxa!


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