La malédiction des fleurs - Drarry escrita por Daroon


Capítulo 1
A flor amaldiçoada




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/806905/chapter/1

Muita merda aconteceu na vida de Harry, que simplesmente nada poderia piorar, porém, sempre dava, porque ele era Harry Potter, simples assim. O garoto da profecia esgueirava-se pelos corredores de Hogwarts, não querendo ser visto por ninguém, nem mesmo por Snape — que parecia adorar achar alguém quebrando uma regra —, pois já havia passado da hora de todos estarem em seus dormitórios. Mas, como sempre, Potter estava perambulando escondido, com sua capa de invisibilidade (que ainda poderia ser descoberto, se não tomasse cuidado). Quando finalmente chegou no seu objetivo, a Torre de Astronomia, pode respirar o ar puro que lhe era proporcionado assim que removeu a capa.

Era praticamente um ritual estar por ali naquele horário. Por mais que viesse durante o dia quando apenas queria fugir de tudo, era o lugar perfeito; contudo, não se comparava quando vinha à noite. Observar o céu noturno era completamente diferente do diurno. Sentando-se na beirada, descansou cada mão do lado de cada perna, fechando brevemente os olhos e apreciando a leve brisa batendo em seu rosto. 

Infelizmente, esse precioso momento estava prestes a ser interrompido. Harry ouviu passos cada vez mais próximos de onde estava, sendo a deixa para colocar a capa rapidamente antes de encolher-se em um canto da torre. Para a sua sorte, não era Snape, também não era Hermione — que não pensaria duas vezes em tirar pontos de sua própria casa —, mas era Draco. Ele não parecia estar procurando por algum aluno, na verdade, carregava uma expressão cansada, o que chamou atenção de Harry. Observando-o atentamente, achou curioso ao vê-lo se debruçar no parapeito, não parecia nada com o Malfoy que conhecia (e não era a primeira vez que percebia algo de diferente nele).

Não poderia ficar ali por mais tempo, iria ser descoberto, Draco era esperto. Todavia, no momento em que estava prestes a dar o primeiro passo, uma dor violenta atingiu todo o seu corpo, deixando-o sem fôlego e cedendo as pernas. Segurou a respiração devido ao medo que sentiu quando Malfoy olhou estranhamente para trás. A dor não passava, apenas agravou, transformando-se em uma queimadura interna. Era como se estivesse sendo queimado vivo. E então, sua garganta começou a arranhar, segurou o máximo que pode, contendo a tosse o tempo que fosse necessário. 

Para sua sorte, Draco logo saiu, não deixando nenhum rastro de sua presença. Harry não aguentou mais e começou a tossir, chegando a doer seu pulmão. Poderia ser apenas uma pequena irritação boba, ou o início de uma febre, dado que não seria a primeira vez que ficaria doente do nada. No entanto, ele sabia. A confirmação veio no instante em que cuspiu sangue e uma pequena pétala branca, misturada com o líquido vermelho.

Olhou perplexo para a mão trêmula, de súbito limpou-a em suas vestes e saiu correndo da torre o mais rápido possível para chegar no dormitório. Não importava se fosse descoberto, sinceramente aquele era o menor dos problemas. Harry sabia quais eram os sinais, conhecia a lenda trouxa. De tudo o que enfrentou na vida, não esperava que fosse pego justamente por Hanahaki. E, de tantas pessoas, não conseguia entender o porquê de ser o Malfoy. Só sabia que estava encrencado.

…….

A careta que Rony fazia, enquanto olhava para o amigo, era curioso para aqueles que passavam por eles — alguns até mesmo acompanhavam a careta do Weasley. Não tinha como não estranhar a atitude bizarra que Potter estava demonstrando, olhando para todos os lados como se estivesse fugindo ou até mesmo procurando por alguém, fora que ele parecia um defunto: rosto pálido, cabelos bagunçados (como sempre, mas conseguiu ficar pior), roupas todas amassadas e tortas. Um caos completo.

— Harry, você está bem? — perguntou, cauteloso. 

Harry parou abruptamente e virou-se para Weasley, puxou-o para o outro lado em completo desespero, empurrando até mesmo alguns alunos.

— Caraca, Harry, o que aconteceu?

Não recebeu uma resposta, apenas continuou sendo puxado até chegar em outro canto, antes de suspirar em pleno alívio, deixando Ronald não apenas desconfiado, como também levemente confuso. Havia diversas possibilidades dele fugir daquela maneira, e Rony não sabia quais poderiam ser. Depois de olhar ao redor, Potter sussurrou: 

— Você conhece a lenda Hanahaki

Weasley franziu o cenho.

— Não! O que diabos é isso? E o que isso tem haver com você agir estranho?

Harry coçou a cabeça e suspirou, não sabia bem como abordar o assunto. Trocou o peso do pé e desviou o olhar ao cruzar os braços.

— Tem certeza que não conhece? Talvez por outro nome… — Encarou o amigo. — Você começa a tossir flores devido ao amor não correspondido. 

Ronald arregalou os olhos, sabendo exatamente do que o outro falava.

— A flor amaldiçoada do amor? — Harry escutou aquele nome e acenou, não sabendo exatamente se eles estavam na mesma linha de pensamento. — Cara, essa maldição é extremamente perigosa, ninguém sabe bem como ela surgiu. Ela apenas ataca aqueles que sentem profundamente que seu amor não é correspondido e depois começam a tossir a flor que essa pessoa mais gosta. — Ele estremeceu — No fim, a pessoa morre em agonia, porque elas florescerem dentro do corpo.

Harry não precisava que ele dissesse a última parte. Já sabia muito bem disso, por isso o pânico. Rony, no entanto, ainda não entendeu o motivo desse assunto.

— Mas o que isso tem haver com você agindo estranho? — O breve silêncio do menino, que sobreviveu, foi o suficiente para que um estalar na mente de Ronald fizesse-o compreender a gravidade da situação. — VOCÊ TÁ AMALDIÇOADO?

Harry tampou ligeiramente a boca do amigo e olhou ao redor. Não tinha ninguém. Suspirou em pleno alívio e tirou a mão, com raiva.

— Que merda, Rony, e se alguém ouvisse? — suspirou. — Mas, sim, estou amaldiçoado. No mundo trouxa existe essa lenda, mas estamos em Hogwarts. Já que agora eu sei que existe no mundo mágico e você conhece… — Segurou os ombros do amigo em pleno aflito. — Eu preciso da sua ajuda. 

De tudo o que Weasley esperava ouvir, em nenhum momento chegaria a cogitar isso. Harry parecia estar em pleno desespero com essa maldição, então, não agindo como normalmente, Rony tentou ser o mais racional possível. Afastou-se e procurou tranquilizá-lo.

— Vamos nos acalmar primeiro. Certo, você está com uma maldição — pontuou. — O que é ruim! — As engrenagens da sua cabeça estavam quase pegando fogo. — Mas ainda não entendi o desespero. Quer dizer, é só você se declarar para a pessoa e está tudo resolvido. Você é o Harry Potter! Duvido alguém irá rejeitá-lo.

E o ponto delicado daquele assunto, enfim, chegou. Potter ficou encarando Weasley por um longo tempo, até que ele entendeu o problema da situação.

— Cara… não me diz que você se apaixonou por alguém que te odeia. 

— Em minha defesa… 

— Em sua defesa? — Rony interrompeu sua frase aos berros. 

— Rony, por que não tenta gritar mais alto? Acho que Hogwarts ainda não te ouviu. — Olhou azedo para o amigo, que não afrouxou o olhar sério que tinha dado. Harry bufou. — Rony, eu realmente não consigo entender o porquê fui amaldiçoado por alguém como ele.

Weasley arregalou os olhos com simples menção de "ele", o que definitivamente não era um bom sinal.

— Mas, como conhece essa lenda, então, você, Ronald Weasley, ajudará o seu melhor amigo, certo?

Naquele momento, Ronald percebeu a grande enrascada que acabou de se meter.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "La malédiction des fleurs - Drarry" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.