Sombras que vibram na memoria. escrita por PegottyHellathus


Capítulo 8
O consternado




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" Em cada grito de cada homem,

em cada criança chora de medo,

em cada voz: em cada proibição,

As algemas perdidas da mente, eu ouço. "

Songs of Innocence and of Experience - William Blake.

 

 

Zoe procurava por seu irmão no meio da multidão. Sentia o coração dele apertado, angustiado e confuso. Até que conseguia sair no meio de toda aquela gente entrando em outra área do jardim.

Ali ele via seu irmão conversando com uma jovem.

Ela então escondia-se atrás de um arbusto.

— Ora essa, ele mal chega e já arranja uma namorada.

Reclamava baixo os olhando conversar. Ela parecia um pouco animada, dava para sentir pelo coração dela. Já Oliver parecia esboçar um sorriso enquanto conversava com ela. Mas ele não estava realmente bem.

— Porque não pode dizer onde mora?

Perguntava à menina é Oliver olhava-lhe.

— Meus pais não permitem que eu conte.

— Parece que você tem muito a esconder.

Ao ouvi-la Oliver soltava um leve sorriso de escárnio enquanto se lembrava novamente de todo o passado de seus pais e o porque ele e sua irmã não eram permitidos estar em Britannia.

Pelo jeito aquela menina não havia reparado na sua semelhança com seu pai ou ela também não sabia muito sobre o passado.

— É o que você sabe sobre o passado de seus pais?

Perguntava ele curioso.

— Bem, meus pais se conheceram na guerra. Ela é Britannia e meu pai é japonês.

— Lados opostos da guerra então.

— Sim. Mas minha mãe sofreu um acidente e meu pai cuidou dela. Mesmo os países estando em guerra aos poucos eles se apaixonaram.

A menina sorria simpática para Oliver que tentava também sorrir.

Ele então via uma das mãos dela apoiada na grama ele então decidiu botar sua mão por cima da dela e se concentrou conseguindo ligar o seu geass controlado pela primeira vez.

Ele então podia ver que ela era realmente o que dizia ser. Mas não esperava que o pai dela fosse exatamente o segundo comando dos cavaleiros negros depois de seu pai.

O que era para ver apenas o passado, ela interpreta de outra forma quando ele dá a mão a ela. Primeiramente ela corava e então olhava-lhe que parecia olhar um ponto fixo a frente dele. Mas Oliver tinha seu geass desligado quando ouvia passos se aproximando.

Zoe ao ver um casal se aproximando entrava ainda mais entre os arbustos.

— Então é aqui que está você.

Dizia Ohgi para sua filha até ele e sua mulher repararem na aparência do menino sentado ao lado de sua filha de mãos dadas.

— Quem é você?

Perguntava seriamente Ohgi para o menino se aproximando do mesmo.

— Oliver, Oliver Claudel dizia ele mentindo ao pegar emprestado o sobrenome de solteira de sua mãe.

Ohgi suspeitava daquele menino. Mas antes que ele pudesse falar qualquer coisa Villetta o interrompia

— Oliver. Venha comer conosco.

O menino primeiramente recusava, pois podia ser percebido a qualquer momento por eles sobre seu parentesco. Mas de tanto Camélia insistir ele aceitava. O jovem então se levantava e ia com os três até uma mesa onde havia uma das delegações. Naquela mesma mesa grande ele via Kallen e Gino e dava um sorriso amarelo para eles. Ali havia muita gente que ele reconhecia da memória de seus pais. Grande parte deles cavaleiros negros alguns pareciam estar tão bêbados que mal reparavam a presença dele ali. Até que ouvi um dos bêbados apontar para seu rosto.

— Você… Você parece muito com o imperador Lelouch.

O homem estava tão bêbado que mal conseguia falar, mas ao ouvi-lo Oliver se arrepiava com a possibilidade de ser descoberto e consequentemente aos seus pais.

Rapidamente ouvia-se a voz de Kallen.

— Calado, Lelouch morreu a anos. Você está bêbado.

Todos então ali riam enquanto Oliver percebia que Kallen havia de alguma maneira o salvado. Ele se sentiu ainda mais envergonhado estando próxima a ela após ele ter jogado na cara dela toda aquela verdade sobre a relação de afeição que ela tinha com seu pai e foi recusado por ele.

— Oliver. Você está bem?

Ele olhava para o lado direito e via Ohgi falando com ele. Ele então virava o rosto para o lado mais uma vez enquanto falava estar bem.

— Kallen, Gino. Estamos esperando bebês.

Dizia um dos outros cavaleiros alterado fazendo Kallen corar.

— Vão esperar eternamente.

Dizia Gino rindo deixando bem claro que não queria ter filhos. Aquilo deixava Kallen um pouco em choque, pois esperava ter filhos com ele um dia.

Logo Camélia começava a conversar com Oliver, e Villetta assim como Ohgi percebiam que eles conversavam muito animadamente.

Mas Oliver então sentiu uma mão em seu ombro.

Ele olhava para trás e era novamente a princesa Carine.

— Venha comigo Oliver.

Dizia ela com um sorriso que ele encarava como ameaçador. Ele então olhava para Camélia que retribuía o olhar, mas logo ele se levantava obedecendo Carine.

— O que você pensa que está fazendo Oliver?

Perguntava Carine após se afastar daquele grupo de pessoas.

— Eu estava apenas me divertindo.

Oliver sentia um tapa forte em seu rosto e depois olhava para Carine que não parecia nada feliz com aquela resposta.

— Você como príncipe não fala com onzes. Ainda mais sendo plebeus. Está me ouvindo? Só pode falar com outros nobres.

— Sim senhora.

Dizia Oliver com raiva em sua voz enquanto passava a mão no rosto não olhando para Carine.

Zoe sentia novamente estranho o coração de seu irmão. Ela então achava Kallen que também parecia escondida com Gino

— Que absurdo, como ela ousa fazer isso com ele?

Dizia Kallen olhando para alguém.

— Carine e implacável. Pode ela matar qualquer um que fique em seu caminho.

Ao verem Gino e Kallen saírem da surdina. Zoe segurava a mão de Kallen que olhava para trás e observava a pequena.

— Kallen. O que houve com o meu irmão?

Kallen se abaixava e abraçava Zoe enquanto Gino olhava aquela cena.

— Oliver está tão estranho desde que veio à Britannia.

Dizia a pequena chorando nos braços de Kallen.

— Não se preocupe. Vai tudo dar certo. É só seus pais aparecerem e eles resolveram tudo.

— Kallen.

Ela ouvia se chamada e assim como Gino ela olhava para trás.

C.C. Estava ali na frente deles.

— Que bom que você chegou…

Antes de Kallen terminar a frase C.C. puxava sua filha para longe dela que se assustava com aquela atitude ríspida.

— Não ouse tocar nos meus filhos.

— C.C. eu só estou tentando ajudar.

C.C. Ficava com sua típica cara fechada, sem expressão e saia sem dizer nada para Kallen e Gino.

Enquanto era levada por sua mãe Zoe olhava para trás ainda com lágrimas nos olhos e então se virava para frente seguindo sua mãe até o castelo novamente.

O dia ia passando e por mais que tentasse Lelouch e C.C. Não conseguiam achar seu primogênito no meio de tanta gente enquanto ainda tentavam se esconder.

Mal sabiam eles que Oliver estava com a pior companhia possível.


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