Pelo Outro Lado escrita por MariiLuck


Capítulo 2
Capítulo 1 – Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Já estou postando o primeiro capítulo, para poder esclarecer as coisas...
Quero bastantte reviews por esse!
N/M lá em baixo!



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Capítulo 1 – Surpresa

 

E se sinto, me descubro pensando em você. Doce ironia da vida, escapo de você E sem se mexer você me alcança; Escondo-me de você e no meu esconderijo O encontro.” 

 

Acordei com os primeiros raios de sol do dia iluminando meu quarto, como todos os dias desde que me mudei para cá. Eram raros os dias de sol, mas eu sempre acordo com a claridade batendo em meu rosto.

Andei até a janela e abri a cortina com um movimento rápido. Olhei para fora e vi começar um dia ensolarado. Como eram raros dias ensolarados... Mas eram meus dias preferidos de todo ano. Abri a janela e coloquei minha cabeça para fora, sentindo o cheiro úmido da praia entrando em minhas narinas e me fazer sorrir.

Fui até minha cômoda e peguei uma troca de roupa qualquer e meu nécessaire e depois corri para o banheiro. Passando pelo curto corredor que dava acesso aos quartos vi que o relógio marcava quatro e cinqüenta, dez para as cinco. Meu horário normal de acordar. Todos dizem que eu acordo muito cedo, mas já virou costume, não consigo fazer como meus amigos e aproveitar os feriados para dormir até tarde... Simplesmente não faz parte de mim.

Entrei no banheiro e deixei as roupas em cima da bancada. Liguei a torneira, enchi as mãos com água e joguei no rosto. Tirei minha camisola com um movimento rápido e a joguei no cesto de roupa suja. Peguei minha calça Jeans que estava na bancada e vesti, logo após fiz o mesmo com a blusa. Escovei os dentes rapidamente e escovei o cabelo.

Saí do banheiro e deixei a nécessaire no quarto, seguindo para a cozinha.

Todo dia eu preparava a mesa do café da manhã, e hoje não seria diferente. Eu fiz um café novo e preparei uma massa de panquecas. Enquanto eu fritava algumas panquecas meu pai apareceu na cozinha.

- Bom dia! – Eu disse enquanto ele veio até e me deu um beijo na bochecha.

- Bom dia mina flor... – ele disse enquanto sentava-se à mesa e enchia um copo com café.

Eu e meu pai éramos muito próximos, desde quando eu era pequena, mas ficamos mais próximos ainda quando minha mãe morreu. Eu me lembro de na época eu não entender nada, ficar tão confusa... Afinal, ninguém de fato conseguia me dizer o que tinha acontecido. Mas eu era velha o bastante para entender o conceito “morte”. Eu fiquei desesperada quando finalmente alguém me disse que minha mãe tinha morrido. Foi simplesmente o pior dia da minha vida.

Minha mãe foi atacada por algum animal da floresta enquanto ela foi fazer uma caminhada. Eu me lembro de que naquele dia só uma pessoa ficou do meu lado e me ajudou. Jacob. Afinal, mas que ninguém ele me entendia... Ele era meu melhor amigo, e também tinha perdido a mãe. Desde aquele dia, tudo foi diferente. Nós dois ficamos mais próximos, sempre ajudando um ao outro.

Mas, de verdade, algo mudou naquele dia. O modo como o meu coração batia por ele. Sempre o enxerguei como um amigo, mas a partir dali, eu tinha certeza de que estava perdidamente apaixonada por ele. Eu nunca aceitei isso, mas eu sempre soube que sentia algo a mais por ele. E naquele dia, o dia em que ele me beijou, e finalmente deixei aquela paixão me tomar. Mas foi só um beijo, e nunca mias aconteceu nada, já fazia quase um ano que aquilo acontecera. Eu nunca consegui dizer a ele como o amava, eu tinha tanto medo de que ele não correspondesse meus sentimentos e eu o perdesse. Eu acho que eu não poderia viver sem ele, ele era... Meu porto seguro. Ele era tudo para mim.

Eu tirei as panquecas da frigideira e coloquei no prato. Levei-as até a mesa e me sentei. Olhei para o lado e vi o calendário, marcando que hoje era o dia. 24 de junho. Fazia um ano que minha mãe morreu. Diante daquele fato, nada consegui dizer. As palavras se acumularam, mas não saíram. Eu sentia tanta falta dela... Eu nunca disse adeus. Eu não quer dizer adeus...

Quando eu era criança, havia aqueles momentos, em que eu não acreditava, mas ela me colocava na linha. Sinto falta dela nos domingos de manhã. Quando ela me levava para colher flores com ela... É tão difícil falar disso. Eu nunca tinha passado por isso, toda essa coisa de morte e separação, ela nunca me falou disso, acho que era por que ela me amava e não queria me ver triste. Haveria tanto para dizer se hoje ela estivesse aqui comigo. Eu nunca pensei que eu pudesse sofrer tanto assim, e todo dia eu desejo ter conversado mais com ela, ter dado mais valor para ela, desejo poder segurar as lágrimas enquanto o tempo passa... É, eu sei que ela está num lugar bem melhor agora, mas eu daria o mundo para ver o rosto dela mais uma vez, e poder estar com ela, porque ela se foi tão cedo, e agora só me resta dizer adeus...

Ela nunca vai ter a chance de ver o que eu me tornei, nunca me vai ver subir ao topo e ser a número 1, eu queria ela aqui para comemorar comigo, queria passar os momentos bons juntos dela. Eu me lembro de quando ela me colocava para dormir, com aquele ursinho que eu tinha e eu o abraçava tão forte... Achei que ela era forte a ponto de superar tudo, é tão difícil aceitar o fato de que ela se foi para sempre...

Todas as lembranças que me invadem e fazem as lágrimas caírem de meus olhos...

Voltei à realidade e me levantei da mesa, pegando minha mochila de escola na bancada.

- Não vai comer? – Meu pai perguntou de boca cheia.

- Não estou com fome... – Eu respondi sem graça.

- Letícia, você não pode ficar sem comer... De novo. Achei que tudo já estava bem e...  – Eu o interrompi enquanto saía da cozinha.

- Eu estou ótima, ok pai! Só não estou com fome, eu como alguma coisa na escola ok? – Eu disse saindo de lá. Eu odiava agir assim com meu, mas ele não me deixava escolha.

Houve uma época na minha vida, que foi como se a escuridão e as trevas me engolissem num abraço. Só consegui passar por tudo aquilo por que Jacob ficou do meu lado o tempo todo.

Essa época foi quando minha mãe morreu. Quando recebi a notícia, fiquei dois dias chorando sem parar, e Jacob ficou dois dias me abraçando sem parar. Acho que foi naquele momento que eu percebi como ele era importante para mim. Eu fiquei sem comer, andar, falar ou fazer qualquer coisa por quase uma semana. Catatônica foi como o médico me descreveu. Jacob este lá, todos os dias, em todos os momentos ruins. Ele me ajudou a voltar ao normal, quer dizer, não totalmente. Alguns meses depois fui diagnosticada com Anorexia nervosa. Não sei como começou, mas desconfio que fosse naquele momento em que eu desisti de viver e tentei me suicidar. Eu cortei os pulsos, mas não morri. Depois disso, eu não comia nada, até que Jacob apareceu novamente e me ajudou, em pouco tempo fiquei bem. Quer dizer, depende do que você define “bem” e “normal”.

Tomo remédios controlados para depressão, vou à psicóloga, e meu pai não tira os olhos de mim, e quando ele não pode me vigiar, Jacob faz isso por ele. Eu não tenho como agradecer Jacob por tudo que ele me fez, ele salvou minha vida tantas vezes, ele me ajudou a me achar quando eu já não era eu mesma. Com certeza, o que nós tínhamos era mais que amizade, e o que eu sentia por ele era muito mais que uma simples paixão adolescente. Eu tive certeza disso na primeira vez que tive realmente ciúme dele, nunca vou me esquecer daquele dia.

 Flash Back ON

 - Você tem que conhecê-la! Ela é tipo... Uau! – Ele dizia sem parar, fascinado coma tal garota.

- Tudo bem... Conversamos quando você estiver raciocinando normalmente jake... – Eu olhei um olhar de desprezo para ele e me virei para o Embry. – Quem é a garota Embry? – Eu sorri para ele.

- Isabella Swan... Filha do Charlie, o chefe de polícia... – Embry respondeu. – Ela é bonita mesmo, mas sabe que só tenho olhos para você Lê... – Ele veio beijando meu rosto e eu dei um tapa na cabeça dele, rindo.

- Sei tá... – Eu ri dele e olhei com raiva para o Jacob. – O que está garota tem demais? É só uma branquela sem sal...- Eu ri e Embry parou de andar e me olhou perplexo.

- Peraí! Para tudo!Emoção último grau! A LETÍCIA TÁ COM CIÚME DO JACOB! – Ele gritou e eu arregalei os olhos até no branco enquanto Embry ria e Jacob estava confuso.

- Claro que não! – Eu disse rápido. É claro que eu não estava com ciúme! Primeiro porque o Jacob nem devia gostar tanto dela, e também porque Jacob e eu somos só amigos. Amo ele como um irmão, mas é só. Eu acho. – Claro que não Embry... Eu e Jacob somos só amigos! Se liga... – Eu disse isso, mas meu coração dizia outra coisa, será que era ciúme mesmo?

- Se você diz... – Embry riu e nós continuamos andando até a escola.

Flash Back OF

Ri com essa lembrança, e lembrei-me daquele dias. Quando a garota chegou à cidade, e Jacob só falava nela. Já faz quase um ano que ela se mudou para Forks e... Tudo bem, eu não gosto dela. O motivo? Simples: Jacob está apaixonado por ela. Mesmo sabendo que ela namora aquele Cullen. Quer dizer, namorava. Há alguns meses os Cullen foram embora, e o cara, tipo, a largou sozinha no meio da floresta. Foi o maior alvoroço aqui na reserva, mas o Sam a achou. Ela passou meses trancada no quarto, e alguns dias atrás resolveu sair da “bolha”, agora ela vem aqui pra La Push todo dia, ficar com o Jacob. Tá, confesso que estou com ciúme, mas não é só ciúme, estou magoada, porque além dela estar roubando meu melhor amigo, ela está dando a ele esperança de que um dia alguma coisa possa acontecer entre os dois. Ele sabe que ela não vai deixar de amar o tal Cullen, mas ele continua insistindo, e eu acho que isto vai acabar magoando ainda mais os dois. Jake passa a tarde toda com ela na garagem da casa dele. Tem mais de uma semana que não caminhamos juntos na praia, e caramba, agente fazia isso todo dia desde... Sempre.

A mais ou menos uma semana, resolvi contar ao Jacob sobre os meus sentimentos. Quem sabe ele não sentia o mesmo por mim? Mas bem quando eu ia falar, ele soltou a bomba: “Estou apaixonado pela Bella”. Eu disse “Que ótimo jake!”, mesmo estando magoada... Por que ele não percebe... Eu poderia fazê-lo feliz, eu não ia magoá-lo ou dar falsas esperanças, eu ia amar ele e ia ensiná-lo a me amar como eu o amo... Mas acho que agora é tarde demais.

Eu saí da minha casa e fui andando em direção a escola da reserva, aonde nós estudávamos. Provavelmente em alguns minutos Embry, Quil, Jacob e Joanna me alcançariam. Acho que depois do Jacob, Embry, Quil e Joanna eram meus melhores amigos. Tudo bem que às vezes o Embry me tirava do sério, mas esse era o jeito dele. Tinha alguns dias que ele não ia à escola e agente não via ele, ele devia estar doente ou qualquer coisa parecida.

Tudo bem, eu confesso de que estava com um pouco de medo. Porque também foi assim com o Jared. Jared é meu primo, e há alguns meses ele faltou uns dias na aula, e logo depois estava andando com o Sam e o Paul. Eles se rotulam os “Protetores” de La Push. Mas sei lá, ninguém realmente gosta deles. Ninguém em sã consciência. Jared tinha deixado claro que não gostava deles, mas um dia ele simplesmente estava com Sam e não conversava com mais ninguém.

Eu andava devagar, até que ouvi passos rápidos atrás de mim seguidas de um grito.

- Ah, que merda Letícia! Espera agente! – Com certeza era o Quil. Eu me virei e esperei-os. Jacob, Joanna e Quil... Nada do Embry de novo.

- Hey, onde está o Embry? – Eu perguntei e todos deram de ombros.

- Já faz dias que não o vemos. – Jacob respondeu e continuamos andando. Entre brincadeiras e conversas, hei de que eu olho pro lado e fico paralisada.

Embry. Ele estava com... Sam, Paul e Jared.

- Gente... Olha só isso. – Eu disse com a voz trêmula, mal passando de um sussurro. Todos olharam, e Joanna deixou tudo que levava na mão cair no chão.

- Não! Ele também não! – Ela  começou a chorar e correu em direção a sua casa.

Então, afinal, Eu tinha perdido mais um amigo.


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Notas finais do capítulo

N/M:

Gostaram?
Agora dá pra entender mais ou menos a história né?
Postarei o próximo capítulo qnd tiver bastante reviews, só postei esse pq tinha gente sem entender a fic... Bem, agora já dá pra entender, está mais ou meenos na época da primeira transformação do jake, bemna época que o embry se afasta deles...

Beeijinhos