Feel Like Shit - One escrita por Julie Kress


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Mais uma One.

Esta é inspirada na música Feel Like Shit da Tate McRae.

Com certeza trarei mais Ones inspiradas nas músicas dela.

Boa leitura!!!



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P.O.V Da Sam

— Eu não quero ir, Carls. Que saco! - Reclamei com a Shay.

— Mas é o aniversário do Gibby, ele vai ficar triste se você não for, todos os nossos amigos vão estar lá e...

— Por isso mesmo que eu não quero ir... Ele vai estar lá. E eu não quero vê-lo. - Me referi ao meu ex.

Freddie e eu terminamos.

Demos um tempo da última vez, no entanto, agora é oficial, realmente o nosso relacionamento chegou ao fim.

— Ontem disse que já tinha superado. Eu juro que não te entendo, amiga. - Me encarou cruzando os braços.

Apenas suspirei.

— Apenas diga para o Gibson que eu sinto muito, mas não irei comparecer. - Eu quis encerrar o assunto.

— Você quem sabe, mas é mesmo lamentável, preciso ir, vou ajudar o meu mozão com os preparativos. - Sorriu.

Carly estava animada. Como sempre.

Gibby decidiu dar uma festa, iria comemorar o aniversário, fazendo uma noite de karaokê.

21 anos.

Como o tempo passa rápido, saudades da época em que tínhamos 13 anos.

Às vezes só quero voltar no tempo, onde não sofria tanto por amor e não tinha as preocupações que tenho hoje em dia.

Vida de adulto é um saco.

Após Carly ir embora, fiquei pensando e refletindo sobre a nossa conversa.

Eu tinha dito a ela que havia superado o fim do meu namoro com o Benson, portanto, não era bem a minha realidade.

Como seguir em frente fingindo que tudo está bem quando na verdade ainda estou aos pedaços?

Nós tentamos e não deu certo, falhamos miseravelmente. Como dois tolos insistindo em algo que não teria futuro.

Fomos teimosos.

Para quê forçar algo se juntos somos como peças que nunca se encaixam? É doloroso e frustrante saber que não podemos ser como os outros casais por aí, até mesmo como Carly e Gibby que de alguma maneira mesmo sendo opostos estão dando certo juntos.

Freddie e eu simplesmente fracassamos como um casal.

A culpa é minha? É dele? Ou nossa?

Como se conserta isto ou não temos mais jeito?

Pensei mais um pouco sobre o convite, era aniversário do Gibson e eu nunca fui de perder nenhuma festa ou boca-livre.

Decidi fazer um esforcinho.

Vou para esta festa e que se foda o Benson.

Sempre amei uma boa noite de karaokê.

Por volta das 19h, eu já estava preparada para sair.

Continuar morando com a minha mãe ainda continua sendo um pé no saco.

Ainda somos aquelas mãe e filha que quando discordam de algo, brigam aos gritos, mas fazer o quê? Sempre fomos assim por termos o mesmo temperamento.

— Vai sair para encontrar algum cara bonito que tenha grana? - Era o que ela queria.

Ter um genro rico.

— É o aniversário do Gibby. O que foi? Exagerei demais? - Eu não devia ter colocado um vestido novo.

Ganhei da Melanie e é lindo.

— Arrasou no look e no make, não é assim que vocês falam? Minhas filhas são lindas demais, só estão solteiras por opção. - Disparou.

Revirei os olhos.

Melanie está focada no trabalho. Alega que não tem tempo para relacionamentos.

Eu devia pensar como ela.

— Tô indo nessa, mãe. - Me despedi.

Deixei minha moto em casa e pedi um carro por aplicativo.

Eu não iria desarrumar meus cachos e nem subir numa moto usando um vestido, além do mais, até coloquei saltos.

Meus Ankle Boots combinam perfeitamente com o meu vestido vermelho-cereja.

Decote coração e com o comprimento um pouco acima dos joelhos.

Logo avistei o seu Nissan preto estacionado quando cheguei no Vanilla Karaoke.

Claro que ele não perderia a festa do nosso amigo.

Nem deu para eu comprar algo para o Gibby, apareci de mãos vazias e de cabeça erguida, com o sorriso forçado estampado em meus lábios.

Carly gritou e praticamente arrastou a Wendy até a mim.

— Não acredito que veio! - A Shay me abraçou.

— Eu não poderia perder. Cadê o aniversariante? - Perguntei.

— Está ali. - Apontou para o namorado.

Gibby estava conversando com Brad e Freddie perto de uma máquina de doces.

Os três olharam para nós ao mesmo tempo, eu desviei o olhar, Wendy riu ao meu lado.

Depois irei parabenizar o Gibson.

— Sorria e banque a plena, ele veio sozinho... - Enlaçou o braço no meu e Carly fez o mesmo.

Nós três fomos para uma mesa, eu precisava beber algo.

Minhas amigas me elogiaram.

Não pude evitar não olhar para o Benson, ele estava usando a jaqueta marrom, aquela que eu mais gostava, ele ficava tão sexy nela.

Tentei me distrair conversando com as minhas amigas.

[...]

— Oi. - Freddie me abordou.

— Oi. - Não consegui sorrir.

— Você tá muito linda. - Por quê tinha que me elogiar?

Seus elogios sempre mexiam comigo.

— Valeu. - Segurei meu copo com mais firmeza.

Estava bebendo Coca-Cola.

Nada de álcool, eu queria estar sóbria naquela noite.

Ter tudo sob meu controle.

Estava cansada de me afundar em bebidas sempre que a bad batia com força.

Ele bebericou seja lá o que estivesse tomando.

— Sam, eu...

— Aqui está você, eu estava mesmo te procurando, gato. - Sabrina apareceu e o interrompeu.

Me afastei, eu não suportava a prima do Gibby.

Deixei eles a sós.

Pelo visto estavam se pegando mesmo.

Wendy estava ficando com o Brad.

Todos os nossos amigos estavam ali reunidos no Vanilla Karaoke.

— Ela é uma vaca! - Carly exclamou olhando para a girafona.

— Deixa pra lá, eu não me importo. - Voltei a sentar com as meninas.

Sabrina estava se atirando para cima do meu ex.

Tão descarada.

Eu não ia cantar, mas senti uma súbita vontade de extravasar um pouco.

Foi então que levantei, já com a música em mente, logo eu estava diante de muitos amigos e conhecidos prestes a cantar meus sentimentos em público.

E foi exatamente o que fiz naquela noite.

Soltei a voz, um pouco tímida no começo.

"Normalmente, eu nunca choro
Eu diria que sou muito difícil
Mas já se passaram algumas semanas e ainda me sinto presa em meus pulmões
E normalmente eu saio à noite
E não penso em você uma vez
Mas se eles começarem a tocar aquela música
Eu não posso deixar de pensar em nós, oh, oh"

Olhei para ele, eu queria que ele sentisse, pois era especialmente sobre mim... Sobre nós.

"Realmente pensei que acabaria com a parte mais difícil
Quando eu me puxei para fora de seus braços
Queria saber que era só o começo
E agora estou desmoronando porque"

Quando terminamos, eu fiquei em pedaços. Tudo que dissemos naquele dia. Certas verdades doíam, nos machucamos.

"Noite passada pela primeira vez
Você nem tentou ligar
Oh eu, eu, não vou mentir
Eu pensei que poderia morrer
Eu nem conseguia dormir
E talvez eu me acostume com isso (ah, ah, ah-ah, ah)
Mas agora estou me sentindo uma merda (ah, ah, ah-ah, ah)
Oh oh"

Consegui chamar sua atenção, ele deixou Sabrina de lado, estava atento me ouvindo cantar.

Eu queria chorar, porém, me controlei.

"Então, eu beijei outra pessoa
Só para ver como me sinto
Mas tudo isso estava passando pelo meu cérebro
Suas mãos estavam em volta da minha cintura
Você sabe como fazer isso tão bem"

Fiquei com o Shane, foi um erro, eu não conseguia mais ficar com outro sem pensar nele.

Tudo em mim sentia falta dele.

O que era uma droga.

 

"Realmente pensei que tinha acabado com a parte mais difícil
Quando eu me puxei para fora de seus braços
Queria saber que era só o começo
E agora estou desmoronando porque"

Noites em claro... Ou quando pegava no sono, acabava sonhando com o Benson.

Porque eu simplesmente não consigo afastá-lo dos meus pensamentos.

É o que o amor faz com a gente, nos tortura, nos faz perder a cabeça.

Nos prende a uma pessoa.

 

"Noite passada, pela primeira vez
Você nem tentou ligar (nem tentou ligar)
Oh eu, eu, não vou mentir
Eu pensei que poderia morrer
Eu nem conseguia dormir
E talvez eu me acostume com isso (ah, ah, ah-ah, ah)
Mas agora estou me sentindo uma merda (ah, ah, ah-ah, ah)
Oh oh"

E vê-lo flertando com outra, só me fazia sentir pior.

Só ele estava seguindo em frente.

Por quê eu não fazia o mesmo?

 

"E se fico um pouco bêbada, começo a pensar: “E se fosse você?”
Eu sei que o dano está feito, feito
E eu ainda tenho a camisa que você usava quando nos conhecemos
Está lá no chão, posso chutá-la para debaixo da cama

Esperando poder esquecer isso"

Dói e continua doendo. Eu quero reatar e eu mesmo tempo, tenho receio.

Vale a pena?

Ele ainda me ama?

Quer reatar comigo?

"Noite passada, pela primeira vez
Você nem tentou ligar
Oh eu, eu, não vou mentir
Eu pensei que poderia morrer
Eu nem conseguia dormir (De jeito nenhum)
E talvez eu me acostume com isso (ah, ah, ah-ah, ah)
Mas agora estou me sentindo uma merda (ah, ah, ah-ah, ah)
Oh oh"

Será que ele se sente como eu?

Me sinto tão vulnerável.

Sinto sua falta... Droga, olha o que o amor faz com a gente.

 

"Acostumada
Me sinto uma merda"

Terminei de cantar.

Todos olhavam para mim.

Nossos amigos compreendiam.

Eu estava sofrendo e era até mesmo sufocante.

Precisava respirar.

Saí depressa deixando o estabelecimento.

— SAM! - Ouvi seu grito.

Atravessei a rua, lágrimas já embaçavam minha visão.

Freddie me alcançou na outra calçada.

— Ei, ei, ei, olhe para mim. - Me fez virar.

Chorei ainda mais diante dele.

— Me deixe ir embora, sou uma idiota e caramba, Benson, volte para o karaokê e esqueça o que ouviu...

— Eu não devia ter vindo, só vim pelo Gibby e então, eu me deparo com você, parecia tão linda e radiante e agora sei como se sente... Eu também me sinto uma merda! — Admitiu em voz alta.

Eu quis rir e socá-lo.

— Achei que estivesse indo bem com a Sabrina...

— Não estamos juntos. - Droga, entendi tudo errado.

Ele não estava ficando com ela.

E agora?

— Quer sair daqui? - Suas mãos foram para o meu rosto.

Benson secou minhas lágrimas.

— Quero. - Confirmei.

Freddie passou o braço ao redor do meu corpo e me conduziu até o carro.

Juntos não dávamos certo e separados, ambos viravam cacos.

O que podíamos fazer?

Nós dois estávamos aos pedaços.

— Sam...

— Só cale a boca e nos leve para bem longe daqui. - Pedi suplicante.

Ele me ajudou com o cinto de segurança e nossos olhares se cruzaram, tão perto...

— Merda! Eu mal consigo me controlar perto de você, loira... - Avançou contra mim, sua boca esmagando a minha.

Segurei sua nuca, o beijando de volta e com a mesma intensidade.

Não fomos para lugar algum.

Matamos nossas saudades e desejos dentro do seu carro.

Transamos, fodemos, trepamos... Fizemos amor.

Nos entregamos completamente, da nossa maneira e de todas as formas.

Juntos éramos um .

Nunca era só sexo.

Se fosse para nos sentirmos uma merda depois, que assim fosse, pelo menos nos sentíamos iguais.

Não sei quanto tempo ficamos presos no seu carro em nossa própria bolha.

Quando estávamos entregues, nada mais importava.

Porque éramos Sam e Freddie. E sempre seríamos juntos ou separados.


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Notas finais do capítulo

E aí?

Curtiram?

O que acharam da One? Querem mais?

Até a próxima. Bjs



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