Cinco Vidas escrita por Anna Carolina00


Capítulo 3
A witch - parte 3




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Cabelos negros como a noite. Olhos intensos. Frios. Inexpressivos. Tori lhe olhava arqueando o rosto como se estudasse uma cobaia.

—Você veio aqui para me matar. Conheço o brasão em seu escudo. Sei o que eles fazem com mulheres como eu.

Sua palavras não pareciam agressivas, soavam como se estivesse descrevendo fatos…E estava certa. Eram fatos. Cavaleiros da coroa matam bruxas há séculos. Continuou:

— O que fez com meu irmão? Ele não costuma confiar nas pessoas, ele sabe que não pode. Mas aqui estamos nós, eu gastando meu precioso extrato de bálsamo com alguém que me cortaria com a espada se tivesse uma à disposição.

—Charlie é… Uma boa pessoa.

—Eu sei. Você é?

—Eu… - o escudeiro olha ao redor e vê seu escudo sobre uma mesa, longe o suficiente para alcançar. Então, olha para o jovem ao seu lado ainda segurando sua mão. O colhedor de bill berries encolhido parecia muito mais frágil do que quando sobreviviam aos perigos da floresta - Eu sou amigo dele.

Por um segundo, aos mais atentos, poderiam perceber uma ínfima expressão de surpresa pincelada sobre os olhos de Tori, mas logo retornara para o neutro enigmático.

—Eu posso cuidar de um amigo do meu irmão.

A bruxa entrou em outro cômodo e voltou com uma fatia suculenta de uma torta e dois copos com o que parecia ser uma infusão de ervas com frutas azuladas. A priori, Nick cogitou não aceitar comida de uma bruxa, poderia estar envenenada, pensava, mas soava tolice considerando o contexto que já se encontravam. A madrugada seguia com a bruxa e o escudeiro conversando sobre assuntos neutros, que ervas usou em seu machucado na cabeça, que lugares o escudeiro já visitou, sem nunca se aprofundar no assunto sobre que obrigação precisava cumprir em tais locais.

—... Por que continua aqui, Tori? Você parece querer ir para o norte e definitivamente não é bem vinda no condado.

Nicholas acabou adentrando em um assunto delicado. Isso implicava em ouvir sobre o que estava evitando a todo custo aceitar: Tori era uma bruxa.

— O coven da minha família há muito tempo se mudou dessas terras.São andarilhos…Já recebi algumas visitas, mas… Não posso ir com eles, não posso deixar Charlie para trás.

— Então ele não é…

—Oh! Não. Ele não é um bruxo, Nick, assim como nosso pai. Ainda assim, Charlie poderia vir comigo se eu pedisse, mas não posso fazer isso com ele. Ele é …Diferente. Eu não poderia protegê-lo do que fariam com ele se descobrissem… Seria um destino tão terrível quanto o que fazem com as bruxas.

O loiro não entendia. O que poderia ser tão terrível quanto a queima às bruxas?

—Em que é diferente?

Após ponderar se cabia a ela contar, continuou:

— Depois que nossos pais morreram, meu irmão passou a estudar com o padre do  condado, monsenhor Ajayi,  e… Foi visto beijando outro fiel na capela. Outro garoto. O padre poderia denunciá-lo por sodomia, mas preferiu tentar colocá-lo em um casamento bem visto aos olhos do deus dele. Charlie fugiu e veio morar na floresta comigo. Todos o tratam como uma aberração, mas… Seria muito pior se soubessem da verdade. Aqui ele está seguro do pior.

Tori continuava falando, mas a mente de Nicholas passou a devanear vendo flashes de memórias. O escudeiro já presenciou guerras, massacres, mortes, torturas, ódio… E toda essa destruição poderia ser destinada a esse ser miúdo que dormia ao seu lado. Não fazia sentido a ira de Deus destinada a alguém como ele, alguém tão… Gentil,com um raro sorriso tão bonito. 

Sentindo o rosto enrubescer, o loiro fechou os olhos tentando afastar tais pensamentos.

—Enfim um pouco de luz…

Ao ouvir a frase de Tori, Nick cogitou a possibilidade da bruxa ser capaz de ler mentes, mas logo notou que a mesma olhava para os primeiros raios de sol surgindo no horizonte. A floresta perdia um pouco de seu aspecto horripilante e lembrava ao escudeiro como aquele lugar era esplêndido.

—Você salvou minha vida, Tori.

A morena lhe encarou mais uma vez.

—Eu fiz o que devia fazer.

—Isso é uma dívida e eu honro minhas dívidas. Você sabe o que me trouxe a esse lugar. O que preciso fazer com você… Mas por essa dívida, colocarei um ponto final em tudo que já cometeu até aqui. Caso haja mais alguma denúncia ao seu respeito, eu… Não poderei negar meu juramento e terminarei meu trabalho.

As mãos foram estendidas como se selassem aquele combinado.

—Temos um acordo, sir.

Pouco tempo depois, o jovem coletor de frutas despertou de seu sono. A dupla estava pronta para deixar a cabana da bruxa.

 

Caminharam juntos até a cabana na floresta onde “louco Spring” vivia, cada um com seu saco de bilberries. Se olhavam como se esse fosse o momento de se despedirem, mas algo incitava sir Nicholas a continuar ao seu lado… Pelo menos mais um dia.

—Preparado para voltar ao condado sozinho?

—Na verdade… Acho que ainda preciso de um guia. Essa noite ficou claro que não consigo lidar com eventuais adversidades que podem me acontecer na floresta. Talvez, eu… Possa lhe acompanhar de novo em seu trabalho.

Charlie lhe encarava com curiosidade. Não poderia negar que gostaria de passar mais tempo com seu novo amigo, mas não consiga imaginar porque esse desejo era correspondido. O que um escudeiro como ele poderia ganhar com isso? Conhecimento, é claro. É isso que ele desejava desde o início, certo?

O moreno sorriu deixando Nick com borboletas no estômago. Pelo visto ele teria ajuda com buscar a água, preparar as frutas e caçar. E uma ajuda tão bem afeiçoada com certeza seria bem vinda.

 

* * *

 

Mais um dia se encerrou sem nem verem o tempo passar, desta vez o escudeiro foi acompanhado pelo coletor até os fundos da taverna onde estava seu quarto. Antes de se despedirem, porém, Nick suplicou da maneira mais sutil que conseguiu:

—Nos vemos amanhã, então? Ainda não aprendi a fazer o bolo com frutas, nem a distinguir armadilhas. Posso te ajudar a consertar aquela cerca se eu levar meu machado… E te ajudar a melhorar sua pontaria com arco e flecha.

O moreno mal conseguia esconder a alegria debaixo de seu capuz escuro.

—Bem… Se temos tantas coisas assim para fazermos juntos, receio que precisamos nos ver novamente. Mas venha caminhando sozinho até minha cabana amanhã, você precisa praticar para não se perder… Se algo der errado, eu vou te encontrar, não importa o que aconteça.

Num impulso repentino, Charlie o abraçou sussurrando um “até amanhã” e fechando a porta antes que o moreno visse seu constrangimento. Do outro lado da porta, um jovem confuso se sentia abalado pelo que acabara de sentir e, mais do que isso, esperava ansiosamente pela oportunidade de vê-lo mais uma vez.

 

* * *

 

É curioso como o tempo passa rápido, faltava pouco para Lammar, o festival da colheita. Charlie e Nick nem perceberam que já estavam a uma semana se encontrando todos os dias. Há uma semana fazendo refeições juntos, cozinhando juntos, às vezes cochilavam juntos depois de muito  trabalho, às vezes  se lavavam numa cachoeira  próxima a cabana. Nick não conseguia entender, mas em alguns desses momentos, bastava olhar para Charlie que todo seu corpo se aquecia e perdia a noção do mundo ao seu redor. Só restava Charlie, sorrindo como ninguém jamais havia visto, nem mesmo…

—Ben?

—Sim. Costumo entregar para ele as entregas menores de bilberry da taverna. Se puder entregar para mim e lhe dar um recado, eu seria eternamente grato.

—Qual o recado…?

Nick estranhou o olhar de Charlie, como se estivesse desconfortável com o que diria a seguir.

—Que não irei visitá-lo mais, só isso. Ele vai entender.

 

Pensando nesse recado incomum, Nick voltou para a taverna onde encontrou Benjamim servindo mesas com seu jeito desembocado.  Depois de se despedir de um grupo de camponesas sorridentes, viu sir Nicholas  lhe chamar no canto e recebeu uma porção de frutas azuis pagando logo em seguida. Era impossível para Ben tolerar olhar muito tempo  para Nick sem sentir raiva daquela expressão engomada. 

—Mais uma coisa, o Charl…-Shiiiu! 

O loiro foi puxado para fora da taverna de supetão pelo aprendiz de taberneiro. 

—Ficou doido? Ninguém fala em público  do louco Spring se não for para tirar sarro… - mudando a postura, Benjamin continuou - O que tem o Charlie?

Pelo visto você sabe tratá-lo pelo nome certo. Por algum motivo, constatar isso incomodou o escudeiro.

—Charlie pediu para avisá-lo que não vai mais te visitar…

—O quê? Por quê? Isso não faz o menor sentido…Ele não pode simplesmente… - e num piscar de olhos, tudo fez sentido para o castanho - …Você! Acha mesmo que um forasteiro da realeza pode simplesmente tomar minha lady assim?

—...Sua lady…?

—É como eu… Não importa! Charlie é meu, não consegue perceber? Você vai simplesmente largá-lo para a próxima viagem… Mas nós dois estamos presos aqui, ele é o único que eu… Posso…

As engrenagens se encaixaram na mente do escudeiro. O que Ben era para Charlie e, mais importante ainda, o que Charlie era para Ben ao mesmo tempo em que era tratado de maneira miserável pelo mesmo. Já era inacreditável como as pessoas o tratavam com escárnio, mas saber que Benjamin fazia o mesmo enquanto se… Relacionava com ele, deixou o escudeiro completamente em fúria. Se tivesse sua espada em punho, talvez cometesse uma loucura.

Como último ato de sanidade, Nick apenas esbravejou "Nunca mais toque nem em um fio de cabelo dele" e com passos pesados seguiu para seu quarto.

 

Naquela noite, Nick não conseguiu dormir. Sua mente era sempre poluída por imagens de Charlie com longos cabelos sendo encurralado por um certo taverneiro. Seu amigo tinha um olhar sem esperança enquanto se deixava receber beijos em seus braços, numa trilha que seguia pelos ombros até… Então o loiro acordava. Enquanto remoía tais pensamentos, uma vontade de falar com Charlie lhe consumia. Ele precisava saber que não devia se contentar com alguém como Ben. Que merecia alguém que lhe respeitasse, que fosse gentil e carinhoso e que… Gostasse de estar ao seu lado, mesmo correndo riscos. Por Charlie Spring, vale a pena correr riscos. 

"...Vale a pena correr riscos".

 

* * * 

 

Como se o próprio clima sentisse uma mudança no ar, não houve neblina nesta madrugada, véspera do Lammar. Uma garoa intensa e contínua caia mesmo antes dos primeiros raios de sol, mas nem mesmo a chuva impediria sir Nicholas de encontrar Charlie. 

Assim, enfrentando chuva,  lama e correnteza, o escudeiro  se aproximava da cabana na floresta quando se deparou com alguém com uma capa familiar.

Charlie se protegia da chuva enquanto carregava uma corda indo em direção ao rio. Não acreditava que Nick se daria ao trabalho de vir nessa tempestade, mas se viesse, ele estaria lá para ajudá-lo. 

Eis que no caminho se depara com uma curiosa visão: um jovem robusto atravessando o rio com o escudo sobre a cabeça. Seus cabelos loiros estavam ensopados, assim como sua roupa, mas nada poderia ofuscar o sorriso em seu rosto.

—Oi!

—Oi!

Por milésimos de segundos, toda aquela tempestade se dissipou e apenas Charlie e Nick existiam.

Acordando do transe, o moreno arremessou a corda auxiliando na travessia, o rio estava ainda mais agressivo do que de costume. No último instante, saindo da correnteza, Charlie agarra a mão de Nick e o puxa para si, segurando-o como se sua vida dependesse disso.

—Eu estava  procurando você. -Eu estava procurando você.

O som da chuva preenchia todo o espaço, mas se prestasse bastante atenção, Charlie poderia ouvir o coração de Nick pulsando como uma bateria, enérgico, desenfreado. Tomando um último fôlego de coragem, Nicholas decidiu fazer aquilo que seus sonhos, seu corpo e sua mente ansiavam sentir.

—Preciso me arriscar com você, Charlie Spring.

—...O quê?

A resposta veio com um beijo despretensioso. Ainda abraçados, o escudo foi colocado sobre ambos para protegê-los minimamente da chuva. Charlie se segurava no torso de Nick como se tentasse garantir que aquilo tudo é real, não uma fantasia de seus mais belos sonhos.

De olhos ainda fechados, seus rostos permaneciam colados, com Charlie sentindo a pele gelada de Nick e desejando aquecer e cuidar de cada  parte daquele que há dias já havia se apropriado de todos os seus pensamentos.  

Mais um beijo rápido e um choque de realidade despertou Charlie para onde se encontravam. 

—Cabana… Agora…

Em seguida segurou Nick pelas mãos,  o guiando o mais rápido possível para um local confortável, onde poderiam de fato conversar.

Como se apostassem uma corrida imaginária, assim que ambos alcançaram a varanda e se sentaram na escada, antes mesmo de qualquer troca de palavras, mais uma vez se beijaram. Era uma tentativa encantadora de tentarem recuperar todo o tempo que passaram apenas imaginando aquela sensação.

Abraçando Charlie, sussurrou.

 - Não tinha certeza … se você… Gostava de mim…

—Pensei que fosse óbvio… - vendo o sorriso do loiro, sua vontade era de abraçá-lo e nunca mais sair de seu colo, mas alguém precisava ser racional -...Você precisa se trocar… E nós dois precisamos de água quente.

Dizendo isso, se livrou do abraço e seguiu para a cozinha para aquecer água, aproveitando o momento para respirar fundo e constatar mais uma vez que aquilo não era um sonho. Ouvindo passos atrás de si, sabia que o mesmo seguia para a banheira onde poderia se livrar da roupa suja e se lavar.

 Charlie já havia visto Nick nu quando se lavaram na cachoeira, mas naquele momento, tudo era diferente. Enquanto colocava água quente sobre os ombros do loiro, via sua pele avermelhada e desejava tocá-la. Desejava acariciar seus cabelos e roçar os lábios em seu pescoço. O melhor de tudo, sentia a reciprocidade de Nick, o mesmo carinho e desejo. O mesmo toque meio atrapalhado acompanhado de beijos. 

Enfim estavam aquecidos, vestidos  e aconchegados compartilhando uma manta enquanto apreciavam uma xícara de chá na varanda e a garoa permanecia lavando o terreno ao redor da cabana. Definitivamente não conseguiriam colher bilberries aquela tarde, mas o que importa é que estavam juntos e enfim poderiam compartilhar seus sentimentos.

—Gostaria que sua irmã estivesse aqui. -Charlie ouviu a confissão de Nick com curiosidade - Bem… Ela é uma bruxa, certo? Poderíamos pedir para ela fazer chover todos os dias daqui em diante, assim eu nunca mais teria de voltar para o condado ou qualquer outro lugar.

—Essa é sua visão de um paraíso, Nick?

—Não,  você já  é minha visão do paraíso, Charlie! - ouvir isso deixou Charlie completamente  corado - Mas pensar em ficar aqui contigo sem me preocupar com nada… Eu poderia me acostumar com essa ideia. Eu seria um homem feliz.

—... Com outro homem?

—… Sim... Eu não sei… Sim.

—Você entende o que isso significa, certo? Nas escrituras… O que estamos fazendo é…

—Pecado? Charlie, eu sirvo ao Senhor há tempos, já vi sua ira e puni muitos pecadores. Fiz coisas que poderiam te horrorizar contra pessoas igualmente monstruosas. Mas nós dois? O que eu sinto por você? Não consigo acreditar que nosso Deus veria isso com maus olhos. Você só me faz bem, Charlie Spring.

—Você também me faz bem, sir Nicholas. 

A chuva começava a atenuar e com isso a floresta  voltava ao seu percurso natural, com o som de pássaros voltando a circular pelas árvores e roedores saindo das tocas. De onde estavam, o casal apenas apreciava a beleza da paisagem da natureza ao seu redor.

—...Minha irmã não poderia manter a chuva, Nick. Não é assim que funciona. Ela não estala os dedos e se transforma em um gato ou assoprar uma vela e amaldiçoar alguém. Seus poderes são mais… naturais. Ela pode curar e cuidar das pessoas através da natureza, mas nunca a vi fazer algo tão extraordinário como mudar o tempo.

—Nem se pedirmos com muito carinho? 

Nick questionou-lhe dando um beijo rápido na ponta de seu nariz.

—Receio que não…

—Então melhor aproveitarmos cada segundo que tivermos juntos.

Enquanto estavam aconchegados, um arco-íris se formou no céu que se abria num azul cintilante após a chuva. Olhando ora para Charlie, ora para cima, Nick tinha certeza que aquela era sua visão do paraíso.


* * *

 

Longe dali um grupo de homens se reunia na taverna para ouvir um relato horrorizado.

 

—Tem certeza disso?

—Eu vi com meus próprios olhos quando ele se transformou! Não percebem como faz sentido? Ele vive na floresta, quase não o vemos mais na igreja e ainda tem aquele jeito esquisito que sabemos não ser cristão.

—Então o louco Spring é…

—Sim, uma bruxa. 

Todos ao redor deram um passo para trás e relembram momentos que interagiram com essa bruxa, correndo risco de vida. Àquela altura, todos eles já devem estar amaldiçoados por suas deliciosas frutinhas azuis.

—Onde está nosso escudeiro? Ele é o único que pode dar um fim nisso! 

—Receio que seja tarde demais para ele…Ontem mesmo eu o vi sendo enfeitiçado pela bruxa, é por isso que ele ainda não a queimou, ele está sendo controlado por ela. 

—Tem certeza disso, Benjamim? 

—Sim, senhor. Precisamos manter a vila segura, banindo-os para sempre para longe daqui.

—Mas e o príncipe? Ele vai mandar matar todos nós se souber que…

—Ainda temos uma solução -  O velho Sr. Lange, que carrega de experiência tanto quanto é capaz de beber, se levantou do escuro da taverna - Todos os feitiços de uma bruxas são destruídos se ela for queimada durante o festival do Lammas. Basta queimarmos a bruxa e comer o pão abençoado feito na capela com água santa.

—Isso quer dizer que…

—Não podemos mais nos esconder. Avisem todos, peguem seus facões, lanças e garfos. Precisamos invadir aquela floresta e prender a bruxa!

Ben olhava chocado para  todos os gritos de empolgação dentro do bar. Sabia que aquela pequena mentira havia condenado sua lady à morte.


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Notas finais do capítulo

E agora? Mais um capítulo e teremos a primeira vida deste casal concluída! Gostaram de ver a declaração dos dois?



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