O Sol que me aquece escrita por Thay Paiva


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oii, capítulo quentinho saindo ;)

Obs: No capítulo 4 Laura tocava violão e nesse ela toca violino, a mudança de instrumento foi feita porque achei mais a cara dela, estou explicando pós é uma mudança pequena mas faz total diferença.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/806189/chapter/8

— Oi. - Maya respondeu e foi se sentar, eu não a entendia, ela agia como se já me conhecesse e não tivéssemos nós dado bem, Gabriel veio ao meu encontro. 

— Não liga pra ela, não é nada com você. - Eu duvidava muito, mas concordei.  

— Ei gente, o que acham de formamos equipes? - Laura quis saber, não sei se ela percebeu o clima, mas se percebeu fez parecer que não. Concordamos, então as equipes ficaram: Gabriel e eu, Laura e Maya. Fomos escolher nossos sapatos, era necessário que usássemos para não escorregamos na pista.  

Começamos então a jogar. Laura foi a primeira e fez um strike, foi então a vez do Gabriel que também fez um strike, já Maya deixou alguns pinhos de pé em suas duas jogadas, era então minha vez e não tive muita sorte, a bola saiu pela lateral, nas duas vezes. 

—Desculpa. - Disse ao Gabriel, quando voltei a me sentar ao seu lado. - Nunca joguei então... 

—Sem problema, a gente veio pra descontrai – Sorriu. - Se quiser eu te ensino na próxima. - Concordei. Obviamente eu era a única que não sabia jogar, as meninas comemoravam a cada jogada e Gabriel não saiu muito atrás. Chegou minha vez novamente e ele foi comigo pra mostra como fazia.  

Ele se posicionou atrás de mim e segurou em minhas mãos enquanto falava como eu deveria jogar, senti minhas bochechas esquentarem com a proximidade, mas continuei concentrada, eu queria ganhar poxa. 

— Você segura a bola assim, com as duas mãos. - Obedeci, mas acho que fiquei tensa pós ele continuou. - Relaxa os dedos, mas não tanto pra não cair em seus pés, isso. Agora segura a bola embaixo do queixo, a gente vai dar três passos em direção a pista. - Ele ia comigo em cada passo. - Segura ela próxima ao corpo, inclina pra trás e solta. - Na primeira tentativa ficaram dois pinos em pé, mas na segunda foi strike, me empolguei um pouco e corri toda feliz em sua direção lhe dando um abraço que o pegou de surpresa, olhei pra trás e as meninas nos encaravam, sorri envergonha enquanto o soltava lentamente. 

— Er... desculpa, me empolguei um pouco. - Voltei pro banco, Laura se aproximou de fininho. 

— Impressão minha ou está rolando um clima entre vocês.  

— Impressão sua, só estava agradecida. - Tentei desconversar. - Sua vez. 

No fim da partida as meninas ganharam, não fiz mais nenhum strike, mas acredito que não tenha ido tão mal. 

— Nada mal, pra uma iniciante. - Maya soltou do nada chegando do meu lado, agradeci quase franzindo o cenho, ela estava tentando se aproximar? Gabriel está caminhando mais a frente, ela foi ao seu encontro e entrelaçou seu braço ao dele, fiquei os encarando, pareciam ser bastante íntimos. 

— Ei, a gente estava pensando em ir jantar, vem com a gente? - Quis saber Laura chegando ao meu lado e me tirando de meus pensamentos, concordei. Pegamos um taxi, rapidamente chegamos ao restaurante, Maya ainda não desgrudava dele, nós juntamos a eles. Chegava a ser engraçado como Maya se soltava um pouco mais perto de Gabriel, agora por exemplo ela estava toda sorridente contando como foi engraçado sua quase queda na pista de boliche. 

—...Espero que ninguém tenha notado. - Eles lhe garantiram que ninguém havia notado. - E você Bianca, pra quem não sabia jogar aprendeu rápido. - Ela realmente parecia querer se aproximar, Maya realmente era indecifrável, não falou quase nada a noite toda e agora estava puxando assunto.  

— Eu tive um ótimo professor. - Percebi tarde demais o que tinha falado e corei um pouco, tomei um gole de suco pra disfarçar.  

Conversamos um pouco mais, o restaurante que escolheram tinha música ao vivo as meninas me chamaram pra dançar, aceitei.  

Começamos a dançar, de repente Maya e eu estávamos dançando passos de ballet e parece estranho, mas quando olhei para o palco Laura estava tocando violino, deve ter conseguido com os músicos, ela tocava super bem. As pessoas começaram a vim para a pista de dança, e quando vimos estava lotado, Maya estava dançando com um garoto, olhei para a mesa Gabriel continuava lá, fui até ele.   

— Você não vem? - Ele deu a mesma desculpa, não sabia dançar. - Eu também não sabia jogar boliche, vem. - O puxei para a pista, ele relutou um pouco mas foi. - Aí. - Falei quando ele pisou no meu pé. 

— Eu disse que não sabia dançar. - Se desculpou. 

—Eu te ensino. - Coloquei as mãos dele na minha cintura e as minhas em seu ombro, voltamos a dançar, a música não era lenta, mas eu queria que ele pegasse o ritmo. - Olha pros meus pés, um passo de cada vez, assim. - Eu dava passos pra trás e pra frente, de repente ele tirou uma das minhas mãos do seu ombro e me rodou me trazendo pra perto de si em seguida, sorri. - Pegou rápido. - Falei próximo ao seu rosto. 

—Ainda bem que não tem uma piscina aqui.  - Brincou me fazendo lembra da cena da festa na escola, onde caímos na piscina após eu o chamar para dançar. Encostei a cabeça em seu ombro pra abafar o riso.  

A música ficou mais agitada e os casais trocaram de par, eu fiquei com um rapaz desconhecido e ele com Maya, fechei a cara, foi automático. Alguns minutos depois já estávamos dançando juntos novamente, ele pareceu perceber minha mudança de humor, porque sussurrou algo, mas eu não o ouvi. Ele chegou mais perto, sussurrando em meu ouvido.  

— Nós somos irmãos, Maya e eu somos irmãos. - Corei. 

— Há. - Foi a única coisa que consegui dizer, ele sorriu.  

Eles são irmãos, porque ninguém me disse isso antes, fuzilei Laura com o olhar. 

Continuamos a dançar um pouco mais até ele me chamar pra voltar pra mesa, aceitei estava com sede, as meninas já estavam lá.  

—Olha só, pra quem não gosta de dançar você dançou bastante. - Maya disse pro Gabriel assim que voltamos pra mesa, fiquei meio envergonhada por desconfiar dela, ela provavelmente só estava tentando me enturmar. Ele repetiu a frase que eu disse mais cedo. 

—Eu tive uma ótima professora. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Sol que me aquece" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.