CASA DE LEÃO

Aioria e Aioros trocam golpes. Aioria acerta um soco na cara de Aioros e o tira sangue. O cavaleiro de Leão ainda está com lágrimas nos olhos.

— Eu não posso acreditar que você voltou à vida. Isso foi o que eu sempre sonhei... E agora estou tendo que lutar com você.

— Você se tornou um poderoso cavaleiro de Ouro Aioria. Te preparei bem. Mas infelizmente apenas um de nós sobreviverá. – Responde Aioros.

Logo os quatro cavaleiros de Bronze chegam e avistam Aioros diante de Aioria.

— Não pode ser... Esse não é... O Aioros! – Grita Hyoga.

— Estão querendo me dizer que o Aioros está aqui. – Questiona Shiryu sem enxergar.

— Sim e está trajado com uma sapuris similar a armadura de Sagitário. E está lutando contra Aioria. – Diz Shun.

Seiya é o mais abismado. Ele se joga na frente de Aioros.

— O que você está fazendo? – Questiona Seiya gritando.

— Seiya! – Aioros se mostra perturbado com a presença do cavaleiro de Pégaso.

— Meu irmão Aioros está aqui na intenção de tomar a cabeça de Athena. – Responde Aioria fechando os olhos.

Seiya se lembra de todas as vezes que Aioros o auxiliou através da armadura de Sagitário.

— Como agora você quer matar Athena?

— As coisas agora mudaram cavaleiros de Bronze. – Responde Aioros fechando os olhos.

— Mudaram? Como assim mudaram? Justiça não muda Aioros, você mais do que ninguém sabe disso. – Diz Seiya revoltado. – Se você é mesmo o Aioros... Se você se tornou um servo de Hades... Eu vou me unir a Aioria e acabar com você!

Aioria se surpreende com a reação de Seiya. Ele sabe que o cavaleiro de Bronze tinha grande admiração por Aioros. Seiya olha para trás em direção a Shiryu, Hyoga e Shun.

— Meus amigos, vão na frente, eu vou enfrentar o Aioros junto ao Aioria.

— Mas Seiya... – Shun tenta argumentar.

— Vocês já abriram caminho diversas vezes para mim. Agora sou eu que vou ficar e vocês vão à frente. Por favor, protejam Athena.

Shun está com os olhos vidrados. Shiryu com os olhos fechados está pensativo. Hyoga toma a frente.

— Vamos fazer a vontade de Seiya, ele está convicto. Vamos até Athena protegê-la.

— Está certo. Esperamos você mais a frente Seiya! – Diz Shiryu.

Os três cavaleiros partem. Seiya fica do lado de Aioria. Aioros os encara.

Bem distante do Santuário, entre as Ilhas da Oceania surge Ikki em cima de uma pedra avistando o mar onde foi naufragada a Ilha da Rainha da Morte.

— Se aqui era o inferno na Terra. Deve ter algum indício...

Ikki é atacado e desvia. Um homem encapuzado surge diante dele.

— Quem é você cretino? Não tem coragem de mostrar a cara?

O homem tira o capuz. Ikki arregala os olhos.

— Sou eu Fênix. Algol de Perseu, antigo cavaleiro de Prata agora à serviço de Hades. Agora trajo essa poderosa sapuris como um espectro.

Ikki olha para a sapuris que Algol traja similar a sua antiga armadura de Prata. Ikki fecha os olhos.

— Pouco me importa se agora você reviveu como um cão a serviço de Hades.

— Você no passado não me enfrentou, partiu e deixou eu lutar contra seus companheiros, mas agora não fugirá, terá que me enfrentar. O que faz aqui?

— Estou aqui na intenção de vigiar a guerra Santa! – Responde Ikki.

A resposta de Ikki surpreende Algol.

— Vigiar?

— Sim. Athena não acha mais que eu e os demais cavaleiros de Bronze somos úteis para essa guerra. Vim aqui no caminho onde um dia foi o inferno na Terra procurando indícios do caminho onde se localiza o verdadeiro inferno. Até porque eu não duvido que os cavaleiros negros tinham alguma ligação com o deus do Submundo.

— Tolo. O caminho para o Submundo de Hades não é por aqui. Não imaginava que era tão covarde. Queria ficar oculto vigiando tudo o que vai acontecer? Achou que de alguma forma entraria ocultamente no inferno?

Ikki sorri com deboche ouvindo Algol.

— Acredito que entrar no inferno não seja algo tão difícil para alguém como eu. E um sujeito como você que vendeu a alma para Hades não pode me julgar.

— Minha missão é eliminá-lo cavaleiro de Fênix. Segui seus rastros e agora vou cumpri-la.

— Se é lutar que quer não vou deixá-lo passando vontade. Receba isso: “Asas de Fênix.”

Algol defende o ataque com seu escudo da Medusa. Ikki olha para o escudo.

— O que?

— Ninguém resiste ao olhar da Medusa. – Algol sorri.

Ikki se transforma em pedra. Algol se aproxima dele.

— Morra imbecil!

Algol chuta Ikki que transformado em pedra cai no mar.

— Estou feliz em eliminar um sujeito que só queria observar a guerra Santa... O que?

Algol percebe que suas pernas se tornaram pedra.

— Mas como isso foi acontecer?

O corpo de Algol começa a petrificar inteiro. Ele se desespera.

— Não... Isso não pode estar acontecendo.

Logo seu corpo transformado em pedra começa a pegar fogo. Algol grita e logo vê que está novamente em seu estado normal.

— Argh... O que foi isso?

Ele avista Ikki, também em estado normal, na sua frente.

— Você...

— Algol você foi vítima do meu golpe fantasma. O lancei assim que você bloqueou minhas asas de Fênix.

Algol fecha os olhos.

— Parabéns Fênix. Você sempre foi um cavaleiro de Bronze com nível de cavaleiro de Prata. Agora você é mais poderoso que qualquer cavaleiro de Prata.

— Saiba que um escudo genérico dessa sua sapuris nunca iria se comparar ao escudo que um dia você possuiu: o verdadeiro escudo da Medusa da armadura de Prata de Perseu. É bom que você saiba disso antes de morrer. Receba agora o “Ave Fênix.”

— Aaaaaaaaaahhhhhhhhh...

Algol é lançado para o alto com violência e cai sangrando no mar.

— Ikki eu sei que de alguma forma você irá proteger Athena nessa guerra... Argh...

— O que? – Ikki fica pensativo.

Algol afunda no mar. Com as pistas dadas por Algol, Ikki se da conta que ali não encontrará nada. Ele recua e deixa o local.

CASA DE VIRGEM

Shiryu, Hyoga e Shun chegam na sexta casa e avistam a destruição do local.

— Parece não ter ninguém aqui. Onde estará Shaka? – Questiona Hyoga.

— Vejam isso. Pétalas estão voando por toda a casa. Ela parece vir de outro caminho aqui dentro da casa de Virgem. – Percebe Shun.

Os cavaleiros de Bronze seguem as pétalas e logo adentram o jardim. Eles veem o embate entre Shaka e Afrodite.

— Parem com isso. Vocês são dois cavaleiros de Athena! – Grita Shun.

— Não Shun. Afrodite está trajado de uma sapuris assim como estava Aioros. – Hyoga aponta para o amigo.

Nesse momento Afrodite se levanta sangrando e olha para Shaka. Shun segue gritando e se aproximando.

— Afrodite não é possível que você não tenha aprendido nada após sua morte. Você voltou à vida e quer tomar a vida de Athena?

Afrodite e Shaka olham para Shun. O cavaleiro de Andrômeda segue olhando em direção a Afrodite.

— Recue Afrodite, por favor. Pense bem. Sei que você se arrependeu do caminho que seguiu após sua morte, eu sinto isso.

— Shun vá embora daqui. – Pede Shaka.

Shun olha para Shaka surpreso. Shiryu e Hyoga seguem pouco atrás de Shun.

— Shaka...

— Se afaste senão você irá se ferir. – Alerta Shaka.

Shun queima seu cosmo. Shaka o olha impressionado com seu cosmo. Afrodite fecha os olhos.

— Shun vá embora. Eu estou aqui para tomar a cabeça de Athena. Quem ficar no meu caminho eu terei que derrotar.

— Você não pode ter essa intenção Afrodite, não pode ser verdade. Pare, por favor. – Shun insiste.

Hyoga vira de costas aos demais cavaleiros.

— Devemos seguir caminho. Shaka está confrontando o traidor. Temos que ir proteger Athena.

— Hyoga, Shiryu, vão na frente. Eu vou tentar evitar esse embate. – Pede Shun.

Shiryu se aproxima de Hyoga.

— Muito bem Shun, iremos na frente. Tome cuidado.

Hyoga e Shiryu saem do jardim e atravessam a casa de Virgem. Shun se aproxima tentando conversar com Afrodite.

— Afrodite você... O que?

Shaka faz as correntes de Andrômeda prenderem o corpo de Shun. Ele fica travado.

— Mas Shaka...

— Shun não se envolva na minha luta contra Afrodite. – Diz o cavaleiro de Virgem.

Afrodite volta a abrir os olhos e parte para cima de Shaka.

— Seu Tesouro do céu é muito poderoso, mas não é suficiente para me derrotar. Eu vou te vencer Shaka: “Rosas adagas.”

Várias rosas azuis vão em direção a Shaka afiadas como facas. Shaka cria uma barreira de proteção e detém as rosas. Afrodite volta a investir e Shaka consegue deter. Uma das rosas perfura a barreira e acerta a testa de Shaka, que sangra, porém nenhum efeito no cavaleiro de Virgem ocorre.

— Eu não estou conseguindo ferir Shaka com minhas rosas. Sua capacidade defensiva é incrível! – Grita Afrodite.

Afrodite fica zonzo. Ele sente forte os efeitos do Tesouro do céu. Shun segue preso em suas próprias correntes.

CASA DE LIBRA

Shion e Camus adentram a sétima casa. No centro dela eles sentem um cosmo.

— Tem alguém aqui. – Diz Camus.

— Eu já imaginava. – Responde Shion.

O Mestre Ancião está de pé no local concentrado.

— Mestre Ancião... – Exclama Camus.

— Eu sabia que você viria para cá Dohko. – Diz Shion.

— Sim Shion. Chegou o momento de eu voltar a guardar minha casa. Agora sem capuz vejo bem melhor. Você está bem jovem. Você deveria ter 261 anos assim como eu, mas não mudou nada desde a guerra Santa há mais de 240 anos.

— Devo isso a Hades, o Imperador das trevas. – Responde Shion.

O Mestre Ancião fecha os olhos.

— Eu sabia.

— Depois de jurar fidelidade a Hades recebi meu corpo novamente com a idade que todo o homem atinge o auge da força e beleza. – Revela Shion.

O velho mestre volta a abrir os olhos e olhar para Shion.

— Isso não passa de ilusão. Por que você acha que acendi o relógio de fogo? Suas vidas são ilusórias que desaparecerão assim que a última chama se apagar. Você sabe disso muito bem Shion. Por isso estou aqui para te confrontar.

Shion começa a rir. Camus fica sério.

— Quer iniciar uma guerra de mil dias?

O Mestre Ancião balança a cabeça positivamente.

— Não se esqueça que da guerra Santa anterior apenas eu e você sobrevivemos. Porém nessa guerra derradeira nenhum cavaleiro irá sobreviver. E os primeiros a morrer serão os cavaleiros de Ouro! Alguns parecem já ter sucumbido. – Diz Shion.

— Enquanto eu estiver aqui nenhum espectro seguirá caminho! – Avisa o velho mestre.

— Já que é assim Dohko não tenho outa alternativa senão matá-lo. Em homenagem ao passado queria adiar essa situação, mas vejo que chegou a hora. Porém seu velho corpo não suportará uma luta franca. Se recolha ao seu lugar, sua missão de duas gerações já foi cumprida.

Shion e Dohko, o Mestre Ancião, se lembram das lutas que travaram juntos na última guerra Santa como dois cavaleiros de Ouro. Eles se lembram do momento em que apenas os dois sobreviveram e todos seus companheiros sucumbiram, mas Hades foi detido.

— Se é assim que tem que ser não irei prolongar essa situação! – Shion ergue seu punho. – “Extinção estelar.”

O Mestre Ancião tenta bloquear, mas não é capaz sendo lançado contra um pilar.

— Aaaaaaaaaaaahhhhhhhhhh...

Camus olha ao redor da casa de Libra. Ele se lembra quando selou Hyoga no esquife de gelo. Logo tem sua atenção chamada por Shion.

— Camus não perca o foco. Siga para a casa seguinte. Eu vou deter o Dohko.

— Está certo senhor senhor Shion.

Camus parte na frente. O Mestre Ancião se levanta e diz que irá confrontar Shion.

— Eu sou um cavaleiro de Ouro Shion: “Cólera dos Cem Dragões.”

— “Extinção estelar.”

Os golpes se colidem e o confronto é equilibrado. O Mestre Ancião sente o efeito em seu corpo velho.

— Eu sou muito mais poderoso em meu corpo jovem. Você não passa de um ancião Dohko. – Diz Shion vendo o Mestre Ancião exausto.

O velho mestre não resiste e recebe toda a potência dos dois golpes.

— Aaaaaaaaaaaaaaahhhhhhh...

— Mestre! – Shiryu adentra a casa de Libra ao lado de Hyoga e vê seu mestre caindo.

Shiryu acode o Mestre Ancião e encara Shion.