Amê Souer escrita por Crixscully


Capítulo 15
Capítulo 13: Suspeitas, Listas e Encontros


Notas iniciais do capítulo

E lá vamos nós ...
Lukalix



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/805971/chapter/15

Colégio Françoise Dupont.

 

Alya apontava para Luka e Alix que conversavam animadamente em frente à escola, mas com certa distancia entre eles.

— Eu tenho quase certeza de que o namoro deles é falso! – sua afirmação faz Rose arfar e levar as mãos à boca, chocada.

— Isso é meio improvável – Mylène fala, mas ao olhar para os dois também percebe algo de errado.

— Eles parecem realmente gostar um do outro! – Juleka murmura, concordando com Mylène.

— E eles são tão fofos juntos! — Rose diz sonhadora, levando os dedos entrelaçados ao rosto e suspirando.

— Foco, meninas!  Foco! – Alya estalou os dedos, chamando a atenção das demais antes de dizer – Vocês, por acaso, já viram eles se beijando? Ou, no mínimo, agindo como um casal normal?

Pontos de interrogação surgiram nos rostos das garotas enquanto elas cogitavam o fato de que, talvez, Alya tivesse razão.

— A Alya tem razão – Mylène admitiu.

As palavras da garota foram como um botão sendo pressionado e liberando as comportas para que as suspeitas das outras surgissem.

As meninas estavam tão absortas em suas teorias que nem perceberam que Alix estava se aproximando delas. A frase de Mylène havia lhe chamado à atenção e ela conseguiu ouvir parte da conversa.

— Sim, tenho – Alya afirmou convencida. – Vejam a Alix e o Luka raramente são vistos juntos sem ter todos os amigos em volta e, o principal, eles sempre parecem estar no meio de um complô e não de um encontro entre dois apaixonados. É no mínimo estranho.

— Mas o que eles estariam fazendo juntos, então? – Juleka perguntou, ainda sem querer acreditar que seu querido e amado irmão pudesse estar enganando-a.

— É isso que precisamos descobrir! – Alya ergueu um dedo em riste.

— E lá vamos nós... – Mylène suspirou, sabendo que Alya bolaria mais um de seus planos que deixariam até os planos mirabolantes de Marinette no chinelo.

Alix ouviu o máximo de informações que pôde deu meia volta, tão silenciosamente quanto apareceu, deixando o círculo dos cochichos para trás e correndo atrás do seu falso namorado para contar sobre o que havia acabado de ouvir.

Não havia dúvidas que Alya descobriria o que quer que fosse se estivesse disposta a isso. Alix achava que era realmente um milagre que ela não soubesse a identidade secreta de Ladybug.

Quer dizer: e se ela soubesse?

 

 

E lá estava Alya naquele momento, tentando descobrir o que havia entre Luka e Alix e se isso envolvia ou não Marinette e Adrien, já que era muito estranho da parte de Luka convidar a sua ex e o cara que sabia que ela gostava para saírem juntos com a sua nova namorada.

Alya se considerava muito perceptiva e uma ótima cupido, sempre descobrindo rapidamente quando alguém tinha um crush.  Às vezes ela descobria antes mesmo da própria pessoa.

Mas, dessa vez, ela não viu de que lado havia vindo o tiro. Nunca, em sua mente, o shipp Lukalix faria sentido. Os dois eram completos opostos e não do jeito clichê e sim como um piano e um canhão. Um era calmo e harmonioso. Já o outro era barulhento e destrutivo.

E, de qualquer forma, Alya descobriria o que eles estavam escondendo ou tramando, ou ela não se chamava Alya Césaire.

Mas ela não faria isso sozinha, não, o seu fiel escudeiro e namorado a ajudaria nisto.  

— Ok. Então estamos combinados, certo? Você cuida dos garotos e eu delas duas – Alya disse a Nino antes de lhe dar um beijo na bochecha, virar as costas e marchar em busca de uma certa franco-chinesa.

Nino suspirou e, como um bom namorado, fez o que lhe foi ordenado. Abrindo o aplicativo de mensagens, ele digitou um convite rápido para Luka, avisando que ele – Nino— Alya, Marinette e Adrien iriam ao cinema e, perguntando, se ele e Alix queriam ir, já que era um “encontro de casais".

Devolvendo o celular para o bolso, Nino subiu as escadas para chegar até a biblioteca onde sabia que Adrien estaria.

Ele achou o amigo na sessão de história parisiense, procurando por um livro que estava usando como base no projeto que fazia com Marinette.

— Meu chapa, ainda bem que eu te encontrei – Nino disse, fingindo estar aliviado ao ver o loiro.

Adrien, ainda com o livro no ar, entre ele e a prateleira, olhou para Nino com certo grau de preocupação. O primeiro pensamento que passou pela sua mente foi: Será que havia acontecido algo com Marinette?

Mas ele logo se acalmou, pensando que, se fosse mesmo isso, Nino teria entrado gritando e já o arrastando escada abaixo para aonde quer que Marinette estivesse.

— O que houve? – Adrien perguntou, baixando o braço com o livro e o deixando ao lado do corpo. – Bombou em física de novo?

— Não, muito pior! – Nino falou, suspirando e andando cabisbaixo os poucos passos que o separava da mesa de estudos daquela sessão.

Parecia um pobre coitado se encaminhando a própria forca.

— Tem haver com a Alya? – Adrien perguntou indo atrás do amigo e se sentando a sua frente.

— Nah – Nino negou, se ocupando em brincar com um fio solto em seu jeans.

— Fala logo, Nino! – Adrien disse já extremamente curioso.

— Então, eu chamei o Luka e a Alix para ir ao cinema comigo e a Alya – Nino diz, antes de soltar um suspiro teatral.

— E? – Adrien perguntou, deixando o livro de lado e se inclinando para frente, a fim de ouvir melhor.

Nos últimos tempos, tudo o que envolvia Luka lhe interessava, até porque o guitarrista era a única ligação que Adrien tinha para poder descobrir a identidade de Ladybug.

— E que a Alya já tinha convidado a Marinette— Nino disse, com ênfase. – Já imaginou o climão?

Adrien imaginava, até porque Kagami mal olhava para ele – a menos que eles estivessem no treino, porque aí ela adorava acerta-lo com a espada. Parecia até que queria mata-lo. Adrien agradecia aos céus pelo fato da espada ser de borracha.

Por isso ele simpatizava com o pobre do Luka, mesmo sem saber o que havia acontecido entre ele e Mari.

— Inventa alguma coisa – Adrien dá de ombros – diz que está com caxumba.

Nino semicerra os olhos, olhando feio para Adrien.

O loiro só encolhe os ombros, sem saber mais como ajudar.

— Já sei! – Nino exclama, com um brilho alucinando em seu olhar – Você pode ir com a gente!

Adrien abre a boca para negar e dizer que precisa estudar, mas logo a fecha novamente. A animação de Nino o contagiando a ajuda-lo.

É claro que ele não estava indo só para ajudar Nino. Mas ele não iria admitir a si mesmo que adoraria assistir a um filme com Marinette, nem que fosse para segurar vela de seus amigos. Pelo menos, eles dois podiam segurar as velas juntos.

 

 

 

Liberty

Quarto do Luka

Alix já chegou invadindo o quarto do falso-namorado fechando a porta com um baque profundo, o assustando.

De cara, ele percebeu o quão agitada ela estava, parecia até ter corrido alucinadamente o trajeto inteiro como se um urso a estivesse perseguindo.

Por isso, ele só a observou enquanto ela basicamente jogava os seus preciosos patins em um canto qualquer antes de começar a andar de um lado para o outro no quarto, disparando uma profusão de palavras. Ela falava tão rápido que ele mal entendeu metade das frases.

— Ei, ei, ei. Se acalme – ele pediu, erguendo as mãos em sinal de paz. – Assim eu não consigo entender o que quer dizer.

Alix então respirou fundo, como se não houvesse mais ar em seus pulmões. Quando expirou, ela apenas declarou:

— Eles estão desconfiando de que estamos forjando esse “namoro”.

— Uou, uou. Pera lá, eu acho que ainda estou ouvindo errado ! – Luka diz incrédulo, franzindo o rosto.

— Não, você ouviu certo, Alya está decidida a nos investigar – Alix afirmou – Ela está até bolando um encontro duplo para nós.

Ela se senta na cama dele se acalmando e começa a dizer:

— Eu ouvi a Alya conversando com as garotas hoje, e ela e Nino vão tentar tirar isso a limpo em um “encontro de casais”.

Assim que ela termina de esboçar a sua indignação, o celular de Luka toca e ele pega. Ao ler a mensagem, ele faz uma careta e começa a digitar uma resposta, dizendo a ela:

— Certo, entendo.  Estamos dando muita bandeira.

— Nós? - ela diz, indignada - Nós não, VOCÊ!

Ele termina de digitar e olha calmamente para ela, dizendo:

— Que seja Ruby-Rose, agora não importa quem, e sim como consertar isso.

— Quem era? – ela pergunta, apontando para o celular dele.

— Nino está nos convidando para o tal encontro e eu confirmei. Será no sábado.

— Eu não disse? – Alix fala, como se provasse um ponto – E agora, guitarrista espertinho, como vamos fazer isso?

— Para isso dar certo, nós precisamos parecer intimos. Precisamos nos conhecer melhor – Luka fala, antes de suspirar – Mas acho que não temos nada em comum.

— Grande! – Alix debocha – Como se eu já não soubesse disso. E o que sugere, Sr. espertinho?

— Talvez fazermos uma Lista de coisas de que gostamos e uma do que teremos que seguir.

— Parece uma boa ideia – Alix dá o braço a torcer.

Ela tira lápis e papel da pochete. Ele a olha impressionado.

Percebendo o olhar acima de si, ela pergunta:

— O quê foi?

Ao invés de responder ele apenas ri, até porque também tem lápis e papel nos bolsos – para o caso de precisar escrever alguma melodia – mas ele não contaria isso a ela ao invés ele resolve provoca-la, dizendo num tom zombeteiro:

— Nada.

Ela dá de ombros, deixando de lado a loucura dele.

— Ok, e como vai ser então? – ela pergunta.

— Que tal começarmos pela que teremos que cumprir? – ele sugere.

— Certo!

Alix então começa a escrever...

 

 

 

Conhecer as famílias um do outro.

Alix olha para o ultimo item da lista e, insegura, expõe sua opinião:

— Acha mesmo que é necessário envolvermos as nossas famílias nisto?

— Até onde sei, todos os namoros envolvem a família.

— Mas nós não estamos realmente namorando Luka – Alix o lembra.

— Mas veja bem, se já estão desconfiando de que não somos namorados, se não “oficializarmos” isto, não vai dar certo – Luka argumenta.

Alix suspira e olha para ele com um olhar de desespero:

—Você vai mesmo falar com o meu pai?

—É o certo a se fazer – ele diz, sua certeza começando a cair por terra ao ver o olhar dela.

Será que o pai dela era muito bravo?

Luka teria que temer por sua vida?

— Ok, só me dá um tempo para poder “preparar” o velho, senão o coração dele pode não resistir – ela diz, num fio de voz – Eu nunca levei ninguém para conhecê-lo.

— Não? – Luka se espanta.

Ela revira os olhos e diz num tom de inquietação:

— Eu nunca namorei Luka ...

— Sério? – ele se espanta mais ainda.

— Sério – ela diz, mal-humorada.

E então eles caem num silencio incomodo. Luka fica inquieto e a observando, a deixando constrangida.

— O que foi, seu idiota? – ela pergunta.

— Eu só acho estranho... – ele começa a dizer.

— O quê? Eu nunca ter namorado?

— Sim, você é bonita! – ele diz, meio sem jeito, enquanto o rosto dela adquire um tom róseo.

Ela bufa, fazendo pouco caso.

— Mas é verdade Ruby-Rose – ele afirma.

Envergonhada, ela desvia a conversa.

— Ok, e por onde começamos nessa lista?

— Que tal se eu te acompanhar até a escola na segunda-feira?

— É, pode ser – ela diz, relutante.

— Ok. Eu te pego as 7h30? – Luka se anima.

— Combinado – Alix suspira, pensando num jeito de despistar o olhar de coruja de seu pai.

Quando tudo já havia sido resolvido e Alix estava indo embora, Luka a chamou de volta, parecendo ter se lembrado de algo importante:

— Espere, Alix!

Ela volta e coloca a cabeça para dentro do quarto dele dizendo num tom sarcástico:

— Nem fui e já está com saudades roqueirinho? – ele revira os olhos e pergunta:

— Vai fazer algo amanhã? – ela diz num tom incerto:

— Até o momento não, por quê?

— Pode vir aqui à tarde para conversamos? Quero te mostrar uma coisa – ele pede, parecendo meio nervoso.

— Porque não mostra agora?

— Porque não está aqui! – ela revira os olhos.

— Pode vir ou não? – ele pergunta, impaciente.

— Que horas?

— Três?

— Fechado.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até o proximo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amê Souer" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.