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A primeira parada de Arya na cansativa viagem foi no castelo Karhold para trazer consigo Alys Kastark.

Alys e Wylla imediatamente começaram a ter um debate passivo-agressivo sobre o gosto de Wylla Manderly em pintar o cabelo de verde.

Que Arya se lembre depois de uma viagem a cidade de Pentos em Essos ela ficou tão encantada com a ideia dos cabelos em cores vivas e coloridas que comprou um estoque enorme de tintas verdes.

Ambas representariam o Norte junto com Arya, e a filha de Ned já tinha uma boa ideia de como seriam tratadas pela côrte esnobe que considera os nortenhos um bando de selvagens sem educação ou refinamento.

Quão chocados esses sulistas ficariam se soubessem que para o povo do Norte eles eram considerados fracos, frágeis, mimados e cheios de frufrus.

Arya logo se viu pedindo as meninas para serem mais amigáveis, pois nortenho protege nortenho.

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O Vale de Arryn era algo que a deixava ansiosíssima para visitar.

Seu irmão estava ali a mais de um ano e Arya sentia saudades de Brandon, que era o atual escudeiro de Brynden Tully, tio de sua mãe.

Quando entrou no Portão Da Lua, Arya ficou chocada com a rispidez e falta de educação de tia Lysa.

A mulher nem parecia sua tia, fez uma cara indisfarçável de desgosto e raiva quando a viu.

Brandon e Brynden a receberam melhor e quando Arya comentou sobre o comportamento da tia, os dois olhar um para o outro e suspiraram de desânimo.

—Tia Lysa também é assim comigo. Não se preocupe.

—Mas... O que fizemos? Ela é nossa tia, não entendo esse modo de agir.

Brynden fez uma expressão triste.

—Sua tia a vida inteira foi comparada com Catelyn. Catelyn era a mais velha, Catelyn a mais bonita, Catelyn a mais inteligente, Catelyn a mais fértil. Lysa só tem um filho vivo. Robin, um menino que é... Lamentável. Para dizer o mínimo. E o contraste de Robin com os filhos fortes e bonitos de Catelyn sempre será um tapa na cara de Lysa, mais uma prova de como ela é inferior a sua mãe.

Arya ficou triste, mas entendeu melhor o comportamento da Lady Arryn.

Ela era irmã de sua mãe, mas a constante comparação acabou criando um clima de competição em que ela constantemente perdia.

Irmãs não deveriam disputar, deveriam se amar.

Ela e Sansa nem sempre se entenderam bem, mas com o tempo elas cresceram e ficaram mais maduras, deixando o desentendimento infantil para trás.

—Eu vou para Porto Real também Arya!

—Sério? Isso é maravilhoso!

—Meu primeiro torneio. Espero ir bem.

—Ah é verdade. Um torneio por Tommen Baratheon completar mais um ano de vida.

—Seu futuro noivo. -implicou Brandon, levando uma cotovelada de Arya.

—Pare de graça, Bran.

—Arya e o príncipe, vivendo um amor épico digno de canções.

Dessa vez Arya deu no irmão um tapa no braço.

—Me respeita que eu sou mais velha.

—Por um ano.

—Não importa. Sou mais velha.

Brynden riu da interação de seus sobrinho-netos.

—Nós vemos você no torneio, Arya.

—Logo Ysilla Royce e Eleney Waynwood vão estar pronta para você ir.

—Se eu vencer vou te coroar, não se preocupe.

—Eca Bran. A corôa de Rainha Do Amor E Da Beleza é para sua noiva, esposa ou mulher em quem está interessado. 

—Então vou coroar Wylla Manderly. Não há como não distinguir ela da multidão com aquele cabelo cor de grama.

—Você não presta.

—Você gosta de mim assim.

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Nas Terras Fluviais Arya sentia vontade de bater sua cabeça contra a parede da carruagem até ficar inconsciente.

Bethany Blackwood e Christa Bracken eram as piores harpias que Arya viu na vida.

As duas brigavam POR TUDO.

Desde o lugar onde se sentar, o pedaço de carne para comer, até qual era o broche mais bonito elas brigavam!

—Quem teve a ideia de trazer ladys das casas Bracken e Blackwood?

—Se uma Blackwood fosse escolhida e não uma Bracken a família Bracken ficaria ofendida. Se uma Bracken fosse escolhida mas não uma Blackwood a família Blackwood se ofenderia. Então vem as duas e pronto.

—Eu estou falando. Eu vou pegar as duas e bater suas cabeças uma na outra até virarem amigas. Fica o aviso.

—A gente já vai chegar, Arya.

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Enquanto isso, em Dorne...

Doran e Oberyn receberam as três pessoas mais aguardadas em Dorne no escuro e silêncio da noite.

A família Dayne estava secretamente lá fingindo negociar um noivado para o príncipe Trystanne.

Já era madrugada quando a sala secreta estava com as famílias Dayne e Martell.

Lemore os abraçou, chorando de saudades.

—Você está de volta ao seu lar, irmã. Não sabe como senti sua falta.

—Eu fui Lemore por tanto tempo que quase já não me lembro de ser Elia.

A "septã" estava cheia de emoções ao ver Allyria Dayne.

Ou melhor dizendo... Rhaenys Targaryen.

—Minha menina. Você já é uma mulher tão linda.

Griff também aproveitou para abraçar a irmã.

A família estava toda reunida novamente.

Depois do momento emocional, era tempo de passar o plano.

—Aegon, você se lembra qual é a sua história.

—Sou o filho de Adrianna Dayne com um essossi.

—Rhaenys?

—Ele é meu primo e queremos mostrar para ele os Sete Reinos.

—Elia?

—Sou Lemore Sand, filha bastarda de Lewyn Martell. Sempre estranho quando dizem que pareço com a minha prima.

Oberyn sorriso.

O plano era simples.

Robert Baratheon iria morrer.

Ele daria um jeito de colocar veneno na bebida do rei, um que demora meses que agir para que ninguém possa suspeitar dos dorneses.

Quando Robert morrer e seu herdeiro for coroado, a Companhia Dourada e os aliados de Dorne iriam atacar a capital e capturar todos os nobres das Grandes Casas.

Os Martell e os Dayne mal podiam esperar pelo show.