O Conto do Cão Negro escrita por BlackLupin


Capítulo 19
Capítulo 19: Partindo para o Perigo




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Flori sempre acordava alguns minutos antes de o despertador tocar, e naquela manhã, mesmo sentindo-se exausta e doída como se uma manada de hipogrifos tivesse lhe atropelado, não foi diferente. Ela abriu os olhos e então conferiu a hora no relógio sobre a cômoda para ter certeza de que tinha algum tempinho. Depois, virou-se e encontrou Sirius desfalecido ao seu lado. O homem mal se mexera durante a noite; na posição em que havia caído havia ficado e se não fosse o suave subir e descer de seus ombros, poderia se passar por um cadáver por conta de sua imobilidade. Ela sorriu com ternura e saiu da cama, preparando-se para o dia que se iniciava.

Acabava de vestir suas roupas quando ouviu o som da campainha lá embaixo. Sirius acordou assustado com o ruído insistente. Ele trocou um olhar aflito com a mulher; seu rosto parecia dizer que acreditava que os aurores do Ministério o haviam encontrado, embora Flori soubesse que aquilo era improvável.

— Transforme-se em cão! – Ordenou.

Sirius não precisou de um segundo convite e, após enfiar-se apressadamente dentro de suas calças, pegou sua varinha e logo era substituído pelo cachorrão.

O lugar em que morava era afastado da civilização agitada e moderna, no entanto, não seria impossível que seus vizinhos reconhecessem Sirius da televisão, já que ele aparecera muito no noticiário dos trouxas nos últimos tempos.

Depois de conferir brevemente sua imagem no espelho, Flori saiu do quarto e desceu para a sala, gritando para a pessoa à porta que já estava chegando. Sirius a seguia de perto, com o pelo da nuca levemente eriçado e em estado de alerta. Flori abriu a porta e deparou-se com uma mulher alta e de cabelos castanhos e lisos do outro lado.

— Anna?  Oh, olá. – Cumprimentou Flori ao reconhecê-la. – Que faz aqui?

Anna era dona de um mercadinho adjacente a sua loja e durante os horários de pouco movimento, ambas costumavam sair para a calçada e conversar amenidades e foi a partir disso criaram um laço. Ela foi a primeira e, pensando bem, a única amiga que fizera na cidade, já que Flori preferia levar uma vida solitária, calejada por tudo o que já havia perdido. Entretanto, a conexão com Anna fora imediata, talvez por serem quase da mesma idade e solteiras. Não que a esguia e simpática mulher tivesse dificuldades em encontrar parceiros, contudo, segundo o que ela mesma dizia, não tinha paciência para aturar indivíduos do sexo masculino por mais do que uma noite.

— Bem, eu não tinha planos de passar aqui. – Ela entrou quando a amiga abriu espaço na porta. – Mas recebi um telefonema muito irritado de Douglas, que me acordou esta manhã, e me informou que você o deixou plantado a noite inteira no restaurante!

Flori sentiu a consciência pesada; ela deveria ter se encontrado com um amigo de Anna na noite passada, mas com a aparição de Sirius e sua história e tudo o que viera depois, ela nem sequer se lembrara. O remorso não durou muito, porém, já que nem conhecia o sujeito e tampouco tinha interesse nele, mas havia prometido a amiga que faria uma concessão daquela vez e que o encontraria.

Anna se preocupava com Flori, alegando que isolar-se, como ela fazia, não era saudável e estava sempre tentando apresentá-la a alguém, afirmando que não havia nada de errado em divertir-se vez ou outra; aquele era o principal defeito dela em sua opinião. Flori sempre conseguia se esquivar, inventado alguma desculpa ou mal-estar, mas na última vez resolvera enfim ceder, acreditando que a mulher a deixaria em paz por um tempo.

— Eu sinto muito. – Lamentou. – Acabei tendo um imprevisto. – Explicou.

— Imprevisto? – Anna cruzou os braços e ergueu a sobrancelha. – Ah, Flori... – Ela suspirou. – Eu entendo que seja difícil para você, mas... precisa superar o seu ex, já faz...

Sirius escolheu esse momento para se aproximar da mulher e farejar seus sapatos. Anna soltou um grito de susto e recuou ao ver seu tamanho.

— Onde arranjou esse dinossauro?! – Exclamou, pregando-se à parede.

— Eu o resgatei ontem, esse é Snuffles, o meu imprevisto. – Explicou Flori, apresentando Sirius. – Snuffles, essa é minha amiga Anna.

— Não acredito que deu um bolo em Douglas por causa de um cachorro! – Indignou-se Anna.

— Bem, Snuffles é mais interessante do que seu amigo aguaceiro. – Retrucou. – Desculpe, Anna, mas odeio gente que fala cuspindo perto de mim.

Anna a olhava de um jeito astuto.

— Está mentindo. – Disparou.

Flori franziu o cenho e olhou na direção de Sirius; o cachorro parou de rir e inclinou a cabeça para ela, como se também se perguntasse como a outra poderia saber. Anna descruzou os braços e aproximou-se.

— Essas marcas em seu pescoço... Você esteve com alguém ontem à noite. Oh, meu Deus! Eu não acredito que me escondeu uma coisa dessas! Quem é ele?!

Flori tocou no lugar em que a amiga apontava e sentiu uma leve pontada na clavícula. Ela lançou um olhar irritado na direção do animago que abanava o rabo, como se estivesse se divertindo muito com a cena. O que ele não compreendia, porém, é que Anna conhecia todos os homens da cidade e por isso não poderia dizer que se encontrara com um deles, pois ela, bisbilhoteira como era, iria querer falar com o sujeito, e também não poderia dizer que fora com alguém de fora, pois a cidade mais próxima ficava a duas horas de distância e ela saberia que estaria mentindo, já que não possuía qualquer veículo. Sentindo-se entre a cruz e a espada, viu-se sem alternativa a não ser contar a verdade. Ou parte dela.

— Meu... meu ex-noivo. – Respondeu.

A surpresa de Anna ficou ainda maior.

— O quê? Achei que ele tivesse morrido!

— Eu nunca disse isso!

— Bom, quando me disse que ele havia partido, pensei automaticamente que significava... Bem, não importa. – Ela se animou. – Me conta como foi. Ele continua fantástico no...

Flori arregalou os olhos e sentiu o rosto ardendo. Ela avançou para cima da amiga e começou a empurrá-la para porta.

— O-olha, eu sinto muito, Anna, mas já estou atrasada, não tenho tempo para jogar conversa fora! – Anunciou.

— Tudo bem, tudo bem. Mas não pense que vai conseguir adiar essa conversa por muito tempo. – Avisou. – Eu quero todos os detalhes do Senhor Gostosão e não a deixarei em paz até conseguir!

— Tá bem, eu já entendi! Até mais!

Flori fechou a porta na cara da amiga e apoiou o rosto na madeira. Como se aquela manhã não estivesse constrangedora o suficiente, ao se virar, deparou-se com Sirius, ostentando um sorriso idiota que ia de orelha a orelha.

— Pode parar com esse riso bobo. – Ordenou. – Anna só fala abobrinhas, não fique tão convencido.

— Como quiser. – Respondeu ele, embora continuasse sorrindo. – Você acha que sua amiga já foi?

— Creio que sim, por quê? – Indagou ela, agarrando a mudança de assunto com alívio.

— Preciso ir e não quero que ninguém me veja.

— Oh! Já está indo? – Ela sentiu seu estômago afundando.

— Não, eu me expressei mal, toupeirinha. – Tranquilizou-a. – Deixei Bicuço numa caverna perto da praia e quero checar se está bem e, além disso, preciso encontrar comida para ele. – Informou.

— Ah, certo. – Disse, sentindo-se mais relaxada.

— Encontrarei com você na loja logo em seguida. – Afirmou.

— O quê? Achei que ficaria por aqui!

— Ora, Flori, qual o problema? Os únicos que sabem que eu sou um animago são você, Remo, Dumbledore e os amigos de Harry. – Ele deu de ombros, despreocupado.

— E Pettigrew. – Acrescentou ela. – Não acha que ele poderia contar a alguém do Ministério?

— Primeiro, ele teria de ser homem o suficiente para se revelar para toda a comunidade bruxa e deixá-los saber que os enganou por treze anos. – Retrucou.

A mulher suspirou.

— Só tome cuidado, por favor. – Pediu.

— Não se preocupe. Cautela é meu nome do meio.

 

***

Flori já estava louca de aflição quando Sirius apareceu lampeiro na loja no meio da tarde. Ele a cumprimentou colocando a pata direita em seu colo e deitou ao seu lado atrás do balcão, como se nada tivesse acontecido. Não se importando se pareceria maluca a quem passasse do lado de fora do estabelecimento, Flori se pôs a ralhar com o cachorro, repreendendo-o pela demora e dizendo que se tentasse matá-la de preocupação mais uma vez, ia botá-lo para fora de casa e deixá-lo dormindo na rua.

O cão se contentou em observá-la educadamente, mas era óbvio, pelo seu olhar vago, que a bronca entrava por um ouvido e saía por outro. Por fim, Flori foi obrigada a deixá-lo em paz, pois um cliente requisitou sua atenção. Os últimos dias do mês costumavam ser os mais movimentados; muitos trabalhadores ficavam sem dinheiro por essa época e como solução procuravam penhorar alguns bens até que o próximo mês chegasse e recebessem seus salários, gastando boa parte na dívida que haviam feito com ela. Era um círculo vicioso, mas era graças a ele que a mulher conseguia se sustentar.

Quando a noite caiu, sua irritação para com o homem havia se abrandado, especialmente ao vê-lo interagindo com algumas crianças que entravam na loja acompanhadas de seus pais. Enchia o seu coração ver como ele se dava bem elas e como parecia se divertir.

Notando que a mulher parecia tê-lo perdoado, enquanto preparava o jantar, já de volta ao normal, Sirius aproximou-se sorrateiramente dela e a abraçou pela cintura, enquanto beijava sua nuca carinhosamente. Flori se virou e ele ajustou o gesto procurando seus lábios. Ela sentia-se tão feliz nas últimas horas desde que havia reencontrado o homem, que sentia que poderia voar.

— Flori, olhe isso!

Sirius chamou sua atenção e ela abriu os olhos. Ele olhava espantado na direção da janela da cozinha. Sobre o parapeito havia um vaso de flor que ela lutava para cultivar, porém, nunca tivera sucesso. Até agora. Diante de seus olhos incrédulos, pequenas flores brancas se abriam sem parar, soltando um perfume doce e agradável.

— O que está acontecendo? – Perguntou ela, com assombro na voz.

— Eu acho que é você que está fazendo isso, Flori. – Disse Sirius.

— Eu? Mas como eu poderia...Espera um pouco, você acha que a minha magia...

— Só pode ser isso! Pegue sua varinha, precisamos testar!

Flori se soltou de seus braços e disparou até o quarto. Lançou-se ao chão e abriu o armário, procurando febrilmente pela caixa onde a deixara escondida. Sirius veio logo atrás e a viu se levantar segurando a caixinha com força. Ao retirar a varinha suas mãos tremiam de expectativa.

— Vamos lá, tente lançar um feitiço! – Incentivou ele, tão nervoso quanto a companheira.

Flori engoliu em seco e, com um movimento de pulso, apontou a varinha para frente e murmurou o primeiro encanto que lhe ocorreu:

— Engorgio...

Para o horror de Sirius, sua cabeça começou a inflar como um balão. A mulher o olhou em desespero, só então percebendo o seu erro, e gritou logo o contrafeitiço, antes que ele desabasse no chão com o peso.

— Reduccio!

A cabeça dele começou a esvaziar, como se tivesse sido furada por um alfinete. A mulher podia até mesmo jurar que ouvira ar escapando.

— Caramba, isso foi pela minha demora de antes? – Indagou Sirius, inclinando a cabeça e batendo na lateral com o punho.

— Não! Me desculpe por isso, foi o primeiro feitiço que me veio a mente!

— Parece que certas coisas nunca mudam. – Murmurou ele, com um sorriso enviesado. Ela lembrou-se da final no Clube de Duelos no terceiro ano. – De qualquer forma, significa que sua magia está de volta. – Observou.

Flori olhou para a varinha e depois para ele e resolveu tentar novamente. Desta vez, fez os travesseiros flutuarem e saírem voando pelo quarto. Convocou um par de tênis do andar de baixo e por último resolveu experimentar um feitiço mais complicado, o Feitiço do Patrono. A princípio saiu somente um fiapo prateado da ponta da varinha e ela se deu conta de que havia bem poucos pensamentos felizes em sua vida na última década. Então, ergueu os olhos para o homem diante dela e lembrou-se das palavras que ele lhe dissera no casamento de seus amigos. Um grande cão prateado brotou de sua varinha e começou a deslizar pelo quarto, rodeando graciosamente os dois e depois desapareceu. Uma onda de emoção tomou conta de seu semblante e Flori pôs-se a chorar, enterrando o rosto entre as mãos. Segundos depois, sentiu que Sirius a envolvia e deixou-se abraçar por ele, enquanto soltava aquele pranto libertador.

 

***

As semanas em que Sirius procurou abrigo em sua casa foram à época mais feliz de sua vida em muito tempo. Ele passava a maior parte das horas como cachorro, fazendo companhia na loja – que atraiu a vinda frequente de várias crianças da vizinhança que desejavam brincar com o cão da Srta. Corbyn -, e em caminhadas pela praia logo depois que encerrava o expediente. Foi em uma dessas caminhadas que conheceu o hipogrifo Bicuço, e em uma noite sem lua chegou até mesmo a montar em seu lombo, enquanto Sirius os guiava por um passeio emocionante.

Os únicos dias em que permaneciam em casa eram os finais de semana, que era quando Sirius podia deixar de ser Snuffles por um tempo e andar sobre suas duas pernas novamente. Foi em uma dessas ocasiões que uma coruja alvíssima entrou voando pela janela da cozinha, trazendo uma carta certa manhã.

Quando a viu descendo dos céus pensou que fosse uma das corujas do Profeta Diário – Sirius pedira seu nome emprestado para fazer uma assinatura e ficar de olho em notícias estranhas e fora do comum -, mas como o volume preso em sua perna era consideravelmente menor, concluiu que fosse um dos correspondestes dele, como Dumbledore ou Lupin, contudo, o homem pareceu apreensivo quando a coruja branca pousou diante dele à mesa do café.

— Edwiges?

— Quem? – Indagou Flori.

— É a coruja de Harry. – Esclareceu. – Você estava dormindo quando ela veio das outras vezes.

— E por que essa cara? É normal ele querer se corresponder com você, não?

— Estou com um mau pressentimento. – Murmurou.

— Bem, então abra a carta e veja o que ela diz. – Sugeriu Flori, começando a se deixar afetar.

Ele desamarrou o pergaminho e desdobrou-o. Ao fim da leitura, uma ruga de preocupação se formou em sua testa. Flori puxou a carta em sua direção e a leu. O conteúdo tinha um tom leve e despreocupado – ela imaginou que fosse essa a intenção do garoto -, entretanto, a última parte é que chamava a atenção, algo relacionado à dor em sua cicatriz e pela forma como o homem contemplava gravemente o prato diante dele, podia apostar que estava refletindo sobre isso.

— O que acha que isso significa? – Indagou Flori, devolvendo a carta a ele.

— Não sei ao certo, mas boa coisa não pode ser. – Disse. – Preciso informar Dumbledore, tenho certeza de que Voldemort está tramando alguma coisa.

Ele se levantou depressa e Flori já sabia o que iria fazer antes mesmo que dissesse; Sirius costumava capturar aves nativas quando queria mandar mensagem a alguém, para que não fossem interceptadas e, enquanto ele partia em sua missão particular, ela foi buscar papel e caneta para ele, já que fazia anos que não comprava pergaminhos e penas.

Havia acabado de oferecer um potinho com água para Edwiges, quando Sirius voltou com um papagaio-do-mar encarrapitado em seu ombro. Ele colocou a ave no parapeito da janela e largou-se na cadeira, escrevendo furiosamente uma carta que seria endereçada a Dumbledore. Quando a terminou, releu duas vezes e a despachou com o papagaio-do-mar. Depois, sentou-se novamente e desta vez passou a escrever uma mensagem para o afilhado. Minutos depois, levantou e foi até a coruja, amarrou a resposta na perna de Edwiges e murmurou que tomasse cuidado. A ave lhe deu uma bicadinha carinhosa nos cabelos e levantou voo. Então, ao se virar para Flori, sua expressão séria e determinada se tornou triste.

— Você precisa ir, não é? – Adivinhou ela.

— Eu sinto muito. – Lamentou. – Mas se Harry está em perigo, preciso estar por perto para ajudá-lo. Sabemos que Voldemort será capaz de qualquer coisa para pôr as mãos nele.

— Eu entendo. – Assegurou.

E de fato entendia, o que não tornava a separação menos dolorosa.

Sirius esperou até o cair da noite para a sua partida. Flori fez questão de acompanhá-lo até a caverna a fim de se despedir. De volta ao seu estado natural, ela lhe passou uma mochila com variedades de comida. Não iria durar muito tempo, considerando o quão longa seria sua viagem, porém, era uma forma de poder ajudá-lo e ele parecia imensamente grato. Sirius prendeu a bolsa ao lado do hipogrifo com um nó firme e se virou para ela. Havia chegado o momento.

Flori se aproximou timidamente dele, cabisbaixa e parou quando estava a menos de um passo.

— Bem, acho que é isso então. – Ela ergueu os olhos e tentou sorrir. – Tome cuidado, por favor. – Pediu. – Não posso... – Sem coragem de pronunciar as palavras fatídicas, elas se calou.

— Eu vou ficar bem. – Garantiu. – Sei me virar.

Ela assentiu, sentindo um aperto cada vez maior em seu peito.

— Sei disso. – Não iria chorar, prometeu a si mesma; seria corajosa como ele, que estava prestes a arriscar sua vida na tentativa de proteger Harry.

O sorriso dele vacilou por um momento.

— Flori... quando tudo isso acabar, quando... quando as coisas estiverem melhores e Voldemort liquidado... Vamos finalmente poder ficar juntos. – Disse. – Afinal, não pode continuar minha noiva para sempre.

Ele voltou a sorrir e ela retribuiu o gesto.

— Combinado. – Concordou.

Flori ficou na ponta dos pés e o beijou, enquanto ele envolvia sua cintura e a abraçava com força. Continuou descansando sua cabeça contra a dela por alguns instantes mesmo quando o beijo já havia acabado. Então, muito lentamente, Sirius começou a se afastar. Ele segurou em sua mão por um momento e virou-se para montar em Bicuço. O hipogrifo trotou até a entrada da caverna e o homem lhe deu um aceno de adeus. Voltando-se para a frente, segurou nas rédeas do animal e o incitou a alçar voo com um puxão nas cordas.

— Fique bem, Snuffles. – Sussurrou ela, para a caverna escura e vazia, enquanto observava os dois virarem pontinhos minúsculos no céu.


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