Contrato de Casamento escrita por Emmy Alden


Capítulo 56
Cinquenta e Três pt. 2


Notas iniciais do capítulo

SUMI, MAS VOLTEI e vou postar vários caps hoje!!

(O capítulo a seguir contém cenas explícitas. Não recomendado para menores de 18 anos nem para leitores que não se sentem confortáveis com textos de conteúdo sexual. Voltaremos à programação normal family friendly no próximo capítulo rs)



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"I think it went oh, oh, oh,

I think it went yeah, yeah, yeah,

I think it goes ooh"

(Best Song Ever)

 

SEBASTIAN

— Eu ainda acho que você deveria ficar pelo menos mais um dia no hospital, só para garantir. — Olivia disse, me ajudando a entrar no quarto.

Apesar de sentir algumas dores na parte superior do corpo, eu conseguia caminhar sozinho, mas não encontrei força de vontade para dizer aquilo para ela.

Não quando seu braço estava em volta de mim, nossos corpos tão colados que cada vez que ela virava minimamente a cabeça, meu nariz acariciava a bochecha. Não quando ela parecia ter tanto cuidado em me tocar e fazer tanto esforço para aguentar o meu peso.

Claro que eu não estava colocando nem um terço do meu peso sobre ela, mas gostava do jeito como Olivia parecia verdadeiramente preocupada com o meu bem-estar.

Fazia tanto tempo que eu não deixava ninguém se aproximar assim.

Uma noite de sexo com alguém que o nome demoraria pra voltar para minha mente —se voltasse — no dia seguinte, não era a mesma coisa que aquilo.

Na verdade, eu tinha realmente começado a me questionar se algo no mundo se comparava com aquilo.

Eu conseguia perceber aquela semelhança que compartilhava com Olivia.

Tudo bem que ela já era naturalmente alguém mais na dela, mas eu também sabia que também fazia um tempo que Sartori não se aproximava tanto de outra pessoa.

Éramos duas faces da mesma moeda. O desenho poderia ser diferente, mas a essência era a mesma.

E eu gostava muito daquilo.

Gostava demais.

Tinha medo de acordar qualquer dia e descobrir que foi tudo um sonho. Medo de que eu abriria os olhos e estaria no meu quarto, pronto para me preparar para o trabalho, encontrar Olivia e ela faria o favor de não prestar atenção em mim nem por cinco segundos.

Comecei a pensar que Olivia prestar atenção em mim era muito mais perigoso porque era simplesmente...viciante.

Eu virei a maçaneta e Olivia empurrou a porta do quarto com o pé. Entramos um pouco cambaleantes e ela fechou a porta atrás de nós.

— Consegue se apoiar ou prefere deitar um pouco? — Olivia indicou a parede e depois a cama.

Desde que terminei os exames, o médico me deu alta e ela voltou do café, estava um pouco mais quieta, mas eu julgava que era o cansaço por ter passado boa parte da noite acordada.

— Tenho a leve impressão que você vai me matar se eu escolher deitar sujo na sua cama. Vou tomar um banho. — comentei e ela riu.

— Tem razão, mas eu iria deixar passar só porque você está numa situação complicada.

— Prefiro não arriscar. — eu me ajeitei tirando, um pouco a contragosto, o braço dos ombros de Olivia e me apoiando na parede por alguns segundos.

Ela pôs as mãos nos meus ombros, acariciando suavemente. As olheiras suaves sob os seus olhos não aplacavam a vontade de puxá-la para mim e passar o resto do dia beijando-a.

Peguei seu olhar lutando para sair dos meus lábios ao perguntar:

— Quer que eu te ajude? Com o banho?

Eu poderia jurar que o meu coração parou por uns dois segundos.

O mesmo tempo que levou para minha mente ser inundada de imagens: a pele exposta de Olivia, suas mãos percorrendo o meu corpo com cuidado, mas com firmeza.

— O quê? — minha voz saiu esganiçada e eu pigarreei. — Quer me ajudar no banho? Debaixo do chuveiro?

— N-não exatamente. — Olivia gaguejou, mas não pude evitar perceber a olhada que ela deu no meu corpo de cima a baixo. Minhas mãos estavam começando a suar. — Só ficar perto, caso você perca o equilíbrio. Mas esquece...tem um apoio dentro do box.

As palavras saíam da boca de Olivia numa rapidez impressionante, como se ela estivesse morta de vergonha.

Não resisti a tentação: me inclinei como pude e deixei um beijo suave — bem suave — na bochecha dela.

O seu corpo arrepiou quando eu disse contra sua pele:

— Pode deixar que consigo me virar sem problemas, gatinha.

Um pequeno sorriso apareceu no canto da sua boca e ela tentou suprimir

A verdade é que eu não estava num estado mental bom para dividir o chuveiro com Olivia, para vê-la me ajudando a tomar banho, com suas roupas ficando ensopadas e grudadas no corpo. A tentação de tirar cada peça, uma por uma, seria demais.

— Está bem. — Por um segundo, quis acreditar que ouvi um toque de decepção com a minha resposta na voz de Sartori.

Mas provavelmente era coisa de minha cabeça.

 

OLIVIA

O que eu estava pensando?

Possivelmente toda aquela situação tinha fritado meus neurônios. Depois de toda aquela declaração entre nós no hospital, ficar ao lado de Sebastian estava sendo insuportável.

Era como se estar muito próximo não fosse próximo o suficiente.

Sebastian passou por ela, mancando um pouco até o banheiro e eu continuei parada estupidamente no lugar.

A vontade de descobrir cada parte física e emocional de Sebastian era crescente. Queria saber qual seria a sensação de tocá-lo por completo, de sentir minha pele deslizando sem barreiras sobre a dele. De ouvi-lo sussurrando seus segredos e suas histórias.

Só de simplesmente estar ao lado dele.

Enquanto olhava Ferrante, eu conseguia entender porque as mulheres ficavam loucas.

Porque elas aceitavam pelo menos uma noite. Eu imaginava que era melhor do que nada.

Eu imaginava ...muitas coisas.

Piscando e me censurando mentalmente, suspirei e passei a mão sobre o rosto, despertando.

Era como se eu estivesse à beira de um precipício, encarando uma queda inevitável.

Comecei a arrumar a cama para que o lado de Sebastian ficasse o mais confortável possível. Ouvi o som do chuveiro e para distrair minha mente, resolvi arrumar todo o restante do quarto.

Enquanto guardava alguns dos papéis do trabalho na gaveta, tive um vislumbre do contrato de casamento de nós dois.

Era tão...ridículo.

De alguma forma, Sebastian havia me distraído por tempo suficiente para colocar novamente em uma das cláusulas da versão oficial: Olivia Sartori não deve se apaixonar por Sebastian Ferrante.

Tarde demais, o pensamento me atingiu como um raio e todo meu corpo paralisou de novo.

Não era possível, era?

Que eu estivesse apaixonada por Sebastian?

Sabia que tinha derramado meu coração na cama daquele hospital, mas apaixonada parecia algo forte demais, real demais.

Mas não é assim que tudo isso está sendo? Real?, uma vozinha argumentou na minha mente.

Considerando que estava prestes a ter uma crise de ansiedade ou entrar naquele banheiro e implorar para que ele nunca parasse de beijá-la...

Fechei a gaveta. Não queria pensar demais sobre aquilo. Já estava nervosa demais por ter dito aquelas coisas a ele. E embora Sebastian não tenha sido nada além de carinhoso, tenha lhe enchido de beijos e palavras doces, já era padrão da minha mente pensar o pior.

Lembrou de Max e como tudo havia dado incrivelmente errado.

Claro, nem mesmo passava pela minha cabeça que Sebastian seria capaz de tudo aquilo. Mas também não imaginei que Max o faria.

Além disso, o que eu tinha para oferecer a Sebastian? Ele poderia ter qualquer mulher com um estalar de dedos.

A própria Julie era linda. Meiga e suave. Elegante.

Eu era uma garota bruta do interior. Teimosa e orgulhosa. Cabeça-dura.

Com um comportamento altamente inadequado para uma mulher de família, ao ouvir a voz da madrasta de Max na minha cabeça, eu me repreendi.

Respirei fundo e só fui perceber que Sebastian havia acabado quando escutei a porta do banheiro ser aberta:

— Esqueci as roupas. — ele disse da porta do banheiro e foi instantâneo todo pensamento bom ou ruim sumir da minha cabeça ao me virar para encontrá-lo no meio do quarto, alguns cachos pingando sobre seu ombro enquanto ele secava o cabelo com uma toalhinha. Uma gota de água caiu em sua clavícula e desceu lentamente todo o caminho do seu peito, passando por relevos e depressões do seu abdômen até...

...a toalha em volta da cintura.

Minha boca ficou seca e engoli a pouca saliva que ainda restava.

Já tinha visto Sebastian sem camisa diversas vezes durante os últimos dias, mas com o sol que havia feito recentemente e enquanto ele ajudava com os preparativos da feira, sua pele tinha adquirido um brilho bronzeado que destacava cada corte dos seus músculos.

Meus olhos não se apressaram em fazer todo o caminho de volta, mas ao terminar encontrei Sebastian me encarando com curiosidade.

Minha respiração saiu vergonhosamente entrecortada enquanto ele me analisava com aqueles olhos — que estavam impossivelmente mais verdes do que alguns minutos atrás — e eu me vi correndo —correndo—para pegar o montinho de roupas que Sebastian havia separado e deixado sobre a mesinha de cabeceira. Mantendo uma distância aceitável, estendi o braço com as peças, mas ele ainda me encarava com a mesma expressão.

Como se eu fosse um enigma e ele estivesse tentando resolver.

Ele ergueu a mão, mas em vez de pegar as roupas, segurou meu pulso e me puxou para junto dele.

A surpresa tirou meu equilíbrio e eu apoiei a mão livre em seu tórax— uma situação completamente arriscada naquele momento.

A pele dele estava quente e ainda um pouco úmida do banho, mas a textura era incrível sob a minha palma.

Incapaz de me conter, nós dois observamos extremamente focados enquanto minha mão explorava timidamente a pele de Sebastian. Era fascinante.

Na lateral do corpo, notei os machucados um pouco arroxeados da queda e afastou os dedos, cautelosa:

— Dói? — questionei, me amaldiçoando mentalmente por soar tão ofegante.

A respiração de Sebastian bateu em meu rosto quando ele disse com um tom grave:

— Dói mais quando você para de me tocar, Sartori. Então, por favor, continue.

Ergui os olhos para encará-lo de novo. Sebastian colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha, e então deslizou os dedos por minha têmpora até as mãos pararem no meu queixo.

— Adoro o jeito como você sempre me surpreende.

Ele segurou meu rosto com suavidade, o dedão livre para acariciar meus lábios.

E ele o fez.

Senti todo o corpo estremecer ao mesmo tempo que algo dentro de mim se derretia e, por um breve segundo, fechei os olhos para absorver a sensação.

Aquele homem estava acabando comigo. Sempre me orgulhei de ter um autocontrole invejável, mas Sebastian sempre fazia com que eu descobrisse uma nuance própria que ainda não tinha explorado.

Ele deslizou o dedo pela minha boca com uma lentidão absurda, o gesto sendo tão carinhoso quanto sensual.

Não tinha para onde correr naquele momento, a queda do precipício tinha começado e só pararia quando eu chegasse lá embaixo.

Esperava que eu conseguisse permanecer intacta.

Ainda com os olhos fechados, a imaginação era muito pior do que a realidade: a gota d'água torturante descendo pelo corpo dele, a sensação de como seria seu toque em outras partes do meu corpo, estavam fazendo com que meu estômago se revirasse e definitivamente não de uma maneira ruim.

Precisava de mais.

Precisava dele.

Quando percebi que tinha algo a dizer, as palavras já tinham saído da minha boca:

— Quero provar você.

 

SEBASTIAN

Talvez eu realmente estivesse sonhando. Talvez o doutor tivesse dado um remédio dos bons para a dor e exagerou na dose porque eu tinha certeza de que aquele momento não estava acontecendo.

Olivia abriu os olhos como se estivesse surpresa de ter uma voz.

Quero provar você.

Puta. Que. Pariu.

Aquilo seria minha canção de ninar mental por anos, ou talvez não fosse uma boa ideia.

A probabilidade de eu desenvolver um quadro preocupante de insônia seria bem maior.

— Sério? — questionei num sussurro um tanto sofrido porque não apenas meu ouvido tinha escutado muito bem, como minha mente tinha sido bem rápida em transmitir a mensagem para uma parte específica do meu corpo.

Que agora estava tão rígida quanto possível.

Olivia parecia chocada consigo mesma.

—Eu...e-eu, eu não...Eu não quis dizer isso. Eu... — Eu a interrompi encostando um dedo nos lábios dela.

Tão macios.

Eu já conseguia imaginar.

Imaginar...muitas coisas.

Sim, ela quis dizer isso, penseiConseguia perceber pelo rubor no rosto dela. Talvez não em voz alta, mas definitivamente a vontade está aqui em algum lugar.

Soltei o seu pulso e passei o braço por sua cintura.

— Ferrante, por favor.

Ela estava totalmente envergonhada e ele cogitei falar alguma gracinha, mas pelo modo como meu próprio corpo parecia vibrar pela proximidade com o dela, soube que a situação havia assumido um tom bem mais sério.

As roupas que Olivia segurava deslizaram, caindo sobre a cama e ela tentou mover os braços para esconder o rosto entre as mãos.

Quando não permiti, ela apoiou a testa na minha clavícula.

— Podemos esquecer que eu abri a boca nos últimos cinco minutos?

Ela não fazia a mínima ideia do que apenas a sua respiração, batendo no meu peito nu, causava em mim.

Inclinei a cabeça encostando os lábios na orelha de Olivia e sussurrei:

— Poderíamos até esquecer, mas eu não quero. Na verdade, quero que repita.

Olivia engoliu em seco, antes de responder:

 

OLIVIA

— De jeito nenhum.

Mas até eu conseguia perceber a fraqueza, a incerteza da minha própria voz.

Estava dividida entre tratar tudo aquilo como uma brincadeira e afastá-lo gentilmente ou puxá-lo para mais perto.

E mais perto.

E...mais perto.

Sebastian não estava colaborando e nunca esperava que ele o fizesse.

Não.

Pelo contrário.

Ele deslizava os lábios pela pontinha da minha orelha, capturando-a com os dentes levemente. Sua respiração era pesada e eu pensei que nunca tinha me sentido tão...perturbada com um som tão corriqueiro antes.

— Sebastian. — Minha voz saiu como um gemido fraco. Ferrante desceu mais um pouco, tirando o meu cabelo do caminho, inspirando contra a pele do meu pescoço. — Você não pode...fazer esforço.

Ele abriu os lábios um pouco e deu um beijo molhado na junção entre o pescoço e o meu ombro.

Fechei os olhos apertado, tentando recobrar o bom senso, ser a pessoa mais prudente entre nós dois.

Mas então Ferrante declarou, passando os dentes com cuidado em minha pele:

— Faço qualquer coisa por você, Sartori.

As palavras não saíram corridas ou apressadas para combinar com a necessidade que ambos tinham um do outro.

Não.

Cada palavra saiu muito bem articulada, com peso, com intensidade.

Com intenção.

Enfiei os dedos entre as mechas do cabelo de Sebastian, puxando-o para que ficasse em sua postura normal e o comecei a beijá-lo.

Primeiro, seu pescoço.

Depois, seu queixo.

Um lado do seu rosto.

O outro.

E então aproximei os lábios dos dele e antes que Ferrante pudesse tomar minha boca na sua, repeti baixinho:

— Quero provar você, Ferrante.

Não registrei a rapidez com que tudo aconteceu. O beijo fervoroso, as mãos curiosas, ansiosas e que exploravam.

Nosso ritmo ainda se adaptava devido aos machucados de Sebastian e, embora estivesse sendo arrebatada pelo beijo, eu estava bem atenta a qualquer sinal de dor que pudesse estar causando nele.

Quando notei que Sebastian passou com dificuldade o peso de um pé para o outro, quebrei o contato e apontei para a cama:

— Deite.

Não esperava soar tão autoritária, mas o jeito como Sebastian mordeu o lábio e obedeceu quase que de imediato, me encheu com uma coragem que geralmente eu não sentia em situações como aquela.

Subi na cama enquanto Sebastian se ajeitava junto à cabeceira.

 

SEBASTIAN

Olivia se apoiou nos joelhos e parou ao meu lado, inclinando minha cabeça para trás.

Por Deus, será possível que cada vez que eu a olhava, ela conseguia ficar ainda mais linda? Mais sexy? Mais irresistível?

Porém, embora eu estivesse amando aquele lado... destemido de Olivia, eu conseguia sentir o tremor quase imperceptível em seus dedos. Peguei a mão dela na minha e beijei por um instante.

— Qual o problema, Lili? Não precisa fazer nada que não queira, sabe disso, não é?

Olivia sentou sobre os calcanhares.

— Estou tentando parecer desenrolada, mas não sou boa nisso. Em nada disso. — Ela desviou o olhar e soltou um risinho. Abriu e fechou a boca algumas vezes antes de continuar: — Quero fazer isso e quero que seja bom para você. Só que tenho certeza que teve outras garotas muito mais experientes e isso me deixa extremamente insegura.

Eu sabia que só o fato de ela estar admitindo aquilo para mim era um esforço tremendo. Peguei o rosto dela entre as mãos.

— Não quero que pense assim. Não quero que pense em mais ninguém quando estiver comigo e eu garanto que não vou pensar em outra pessoa que não seja você. Acho que nem se eu quisesse, conseguiria. — Juntei nossos lábios em um selinho e quando me afastei, segurei seu queixo. — Está bem?

— Por que você não pode ser um otário cafajeste?

— Estou estragando a fantasia que você tinha sobre mim? — Arqueei uma sobrancelha, sorrindo. — Se eu fosse um otário cafajeste isso seria mais excitante, Sartori?

Olivia mordeu o lábio inferior:

— Odeio a ideia de alimentar seu ego enorme...— Ela começou, passando a mão pelo meu tórax. Estremeci. — Mas você já é bastante excitante de qualquer forma.

— É mesmo?

Ela se aproximou traçando uma linha de beijos que ia do pescoço até o umbigo dele. Enquanto meus músculos se contraíam por todo o local no qual a boca de Olivia passava, ela absorvia cada expressão no meu rosto. Fechei os olhos.

 

OLIVIA

O volume sob a toalha fazia meu coração bater rápido em expectativa e apreensão.

Tinha certeza que faria tudo errado.

Quando minha mão se espalmou no abdômen dele e meus dedos traçaram o caminho até o tecido da toalha, o corpo de Sebastian ficou tão tenso quanto eu me sentia.

Quando ele abriu os olhos para observar a cena se desenrolar, eu praticamente não era capaz de ver o verde neles pois tinha sido engolido pelo preto das pupilas.

Enquanto meus dedos se enroscavam na toalha e o revelava numa velocidade torturante, nós nos encaramos como se não houvesse mais nada no mundo.

Não havia.

 

SEBASTIAN

Eu estava tão duro que chegava a doer.

Precisava que ela me tocasse.

Com os dedos, com a boca, com os peitos, que merda, de qualquer forma.

Prendi a respiração enquanto Olivia me envolvia com a mão. Era vergonhoso admitir quantas vezes eu havia imaginado aquilo desde que a beijei pela primeira vez.

Droga, desde que te tinha sentido a textura da sua mão pela primeira vez.

E não. Eu não me orgulhava disso.

Um alarme começava soar lá no fundo da minha cabeça, balbuciando algo sobre meu último pensamento. Eloise.

Mas eu ignorei tudo aquilo.

Olivia Sartori estava na minha frente e, para mim, era tudo o que importava.

Os lábios dela estavam entreabertos, e eu estava fascinado pelo modo como ela parecia fascinada enquanto sua mão subia e descia com cuidador sobre a minha pele.

Ela me olhou com uma expressão questionadora e eu coloquei a minha mão sobre a dela, apertando mais a pressão de seus dedos ao meu redor.

— Assim? — ela perguntou, fazendo o aperto de sua mão ficar mais firme e mais apertado.

Perfeito.

O gemido que saiu dos meus lábios foi longo e rouco. Vindo de um lugar bem fundo em mim.

Decidi que se fosse para morrer naquele momento, eu morreria feliz.

O que eu não esperava era que conseguiria ser levado ainda mais no limite quando fechei os olhos por um segundo e logo depois senti a boca de Olivia tomar o lugar da sua mão.

 

OLIVIA

Parte de mim resolveu abandonar todas as milhares de paranóias que minha mente tentava se infiltrar na minha cabeça naquele momento. Estava seguindo meus instintos e não tinha um manual do que deveria fazer para ficar sexy naquela situação.

Max simplesmente não era entusiasmado com sexo oral, principalmente se fosse ele a fazer. E, de alguma forma, ele sempre fazia com que eu me sentisse meio...vulgar por oferecer algo do tipo. Já Sebastian era simplesmente... simplesmente...

Demais.

Em vários sentidos.

O que queria dizer que, por um instante, eu realmente fiquei ponderando se ele caberia na minha boca. Mas, ao primeiro contato com ele, a textura sensível e macia, a umidez que começava a se acumular na extremidade, não me vi sendo capaz de interromper ou evitar o que eu estava prestes a fazer.

O corpo todo de Sebastian paralisou quando enfim o provei.

O gemido que saiu de sua boca fez todo o meu centro se aquecer e se contorcer. Implorando para ser descoberto e tocado.

Já conseguia imaginar as mãos dele correndo por seu corpo, tirando suas roupas, me tocando em todos os lugares certos

Mas aquele momento era sobre Sebastian e não sobre mim.

Não tinha dúvidas quando ele dizia que faria qualquer coisa por mim, e eu queria demonstrar de alguma forma o quanto apreciava aquilo.

O quanto eu não conseguia parar de pensar nele. De querer ele.

Quando o coloquei mais fundo na minha boca, ele agarrou o lençol, amarrotando-o entre os dedos.

— Sartori.

Eu quis rir do seu tom de choramingo misturado com revolta misturado com uma súplica.

Deveria avisá-lo para fazer menos barulho, mas uma parte nova e um tanto vaidosa de mim queria ouvi-lo de novo e de novo.

O grave de sua voz que fazia todo meu corpo se arrepiasse. A rouquidão do seu tom que fazia minha pele parecesse pequena demais para me acomodar.

Faria o que fosse necessário para que ele perdesse o controle comigo.

Por mim.

Por causa de mim.

Sebastian voltou a me observar no exato momento em que eu me afastava apenas o suficiente para rodear a cabeça com a língua.

— Meu Deus do céu, Olivia... — Ele tirou as mechas do meu cabelo que estavam quase caindo sobre meu rosto. — Porra.

—Você é tão gostoso. — disse baixinho, testando as palavras. Deslizei os lábios por toda a extensão dele sem tirar os olhos dos seus. — Muito gostoso. Mas acho que não consigo provar você todo.

— Não tem problema, só não pare, está bem? — ele enfiou os dedos entre os meus cabelos, me posicionando: — Abra a boca.

Separei os lábios para recebê-lo mais uma vez.

Eu conseguia perceber o esforço absurdo que ele fazia para ser gentil, mas eu não queria que ele fosse gentil.

Sebastian saiu da minha boca totalmente, apenas para investir mais uma vez com mais firmeza, um pouco mais fundo.

Me ajeitei melhor, com uma perna em cada lado das pernas dele.

Apoiei uma mão na coxa de Sebastian e a outra o envolveu seu membro da metade para baixo, com a mesma firmeza que ele havia me mostrado instantes atrás.

Depois de algumas tentativas, sincronizei os movimentos da minha boca com os da minha mão, me adaptando a cada reação de Sebastian.

Mais firme, mais rápido, mais forte.

Estava começando a reconhecer o que significava cada um dos grunhidos e gemidos.

Estava começando a guardar na minha mente o som de cada um deles.

Nunca tinha desejado tanto alguém ou desejado dar tanto prazer a alguém. Nunca tinha sentido tanto prazer com isso.

Mas, como tinha passado a perceber, tudo com ele era diferente.

 

SEBASTIAN

Eu repetia o nome dela de novo e de novo. Era involuntário.

Sim, Olivia. Mais, Olivia. Isso, Olivia.

Meus olhos lutavam para não perder um segundo sequer do que ela fazia e causava em mim, mas a cada minuto que passava era demais.

Intenso demais. Gostoso demais. Incrível demais.

Meu quadril se erguia involuntariamente em direção à sua boca. Os barulhos contínuos e obscenos apenas aumentavam a minha fome por mais.

Olivia sugava e chupava e beijava e provava exatamente como eu queria.

Como eu precisava.

Se Deus tinha feito alguém exato e certo para cada um, Olivia com certeza era a pessoa perfeita para mim.

Eu estava certo. Não havia ninguém nem nada ali entre nós naquele momento.

Queria que fosse assim para sempre.

Nem ao menos tinha tocado em Olivia como queria e eu já estava ciente que não teria como haver outra pessoa. Nenhuma outra.

Talvez desde o momento em que pusera os olhos nela, eu soube.

Nada se comparava.

A explosão de prazer veio com tanta força e tão rapidamente que eu não tive tempo nem de pensar em falar alguma coisa antes de me derramar na boca de Olivia.

Esperei que ela se afastasse ou mostrasse algum sinal de surpresa ou contrariedade, mas ela continuou ali, me acariciando com lábios, tirando até a última gota enquanto o nome dela ainda rolava de sua boca como uma prece.

Olivia, Olivia, Olivia, Olivia.

Minha visão estava embaçada e meu corpo tremia levemente de prazer.

Quando voltei a focar percebi Olivia sobre mim, apoiada nos dois braços. Um sorriso lindo no rosto.

— Faço qualquer coisa por você, Ferrante.

 

✥✥✥


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Notas finais do capítulo

Heeyyy, meus amores! OLHA EU DE NOVO!!!

quer dizer, parte de mim, pq minha alma saiu do corpo depois desse cap

ALGUÉM VIVO POR AI? EU ESTOU PASSANDO MAL MTO MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAL

4 mil PALAVRAS. UM capítulo gigantesco quem nem... deixa quieto. Um BJ inesquecível, espero do fundo do meu coração q tenham gostado pq esse foi literalmente e totalmente pra vcs.

gente, eu não tenho habilidades extraordinárias com hot, então sejam bondosos suajjsjiaijsjisi

(se encontrarem qualquer errinho de terceira pessoa que deveria estar em primeira, me avisem, o capítulo foi escrito em terceira pessoa pq era só um extra, mas aí tive que trocar para os povs da olivia e do sebas)

VCS TÃO PERCEBENDO NE? APROVEITANDO A PAZ, A CALMARIA....pois bem, aproveitem, depois não digam q nunca dei nada pra vcs kkkkkkkkk

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A gnt se vê em breve!!!

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