Say Yes escrita por Martell


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá, bem-vindos a minha última contribuição para o November Hinny 2021.

Uma coisa mais curtinha para fechar com chave de ouro e etc. Escrevi escutando o Lover, o Folklore e o Evermore da Taylor e eu acho que isso fica bem aparente ao longo da história.

PS.: Não foi betada, então qualquer erro relevem!

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/804556/chapter/1

1.

A primeira vez em que Harry pediu Ginny em casamento foi após uma briga, ele com lágrimas nos olhos, incapaz de acreditar no que havia acontecido, ela com o rosto vermelho de raiva, braços cruzados em seu peito, recusando-se a olhar na direção do outro. Estavam sentados juntos no banco velho sob o salgueiro sem falar uma palavra, ignorando os galhos que caiam com frequência da árvore com tendências homicidas.

Tinham seis e cinco anos, respectivamente, e Harry apenas queria brincar com a garota de cabelo laranja como o pôr do sol, enquanto Ginny estava preocupada em impressionar o garotinho de olhos verdes com suas habilidades em construir castelos de areia no parquinho o que seria perfeito se, em sua pressa a se juntar a ruiva, o menino não tivesse tropeçado e caído por cima da construção em andamento.

O que se seguiu foi uma discussão unilateral, em que Ginny o chamou de estúpido e o acusou de ter destruído o castelinho de propósito, até que Harry, cansado do abuso verbal e com vergonha, a chamou de feia e disse que o seu cabelo era estranho. Uma péssima impressão em geral, que só piorou quando a menina jogou areia nos olhos dele, sujando as lentes do seu óculos. 

Pararam apenas quando James Potter e Arthur Weasley, distraídos conversando sobre o grupo de defensoria do bairro que ambos faziam parte, notaram o caos que a caixa de areia do parquinho havia se tornado. E, de castigo, sentados um do lado do outro, Harry e Ginny não estavam dispostos a pedir desculpas.

— Harry, você entende que bater em garotinhas é errado, não é? – Começou James, mas foi interrompido por um “ei!” indignado da garotinha em questão.

— Mas eu não estava batendo nela, ela estava batendo em mim! – Harry protestou, suas lágrimas descendo livremente por seu rosto corado.

— Sim, eu estava ganhando, – Ginny sorriu, um dos seus dentes da frente faltando, – Estúpido bate como uma menininha.

— Você é uma menininha e bate forte, – retrucou Harry, mal humorado, – e meu nome não é estúpido, feiosa.

— Eu vou te bater de novo, estúpido, – ameaçou, ainda mais vermelha.

— Ginevra Weasley, pare com isso nesse instante! – Arthur interrompeu, pedindo desculpas para James sobre o comportamento da filha.

— Mas ele começou! Ele destruiu meu castelo! – Ginny acusou, apontando o dedo sujo de areia para o outro.

— Eu só queria brincar com você, mas eu caí, – Harry murmurou, chateado com as acusações.

— Você não chutou meu castelo porque meu cabelo é estranho? 

— Seu cabelo é bonito, – respondeu no mesmo tom baixo que ela havia perguntado, – eu só queria brincar e montar o castelo com você.

— Eu não preciso de sua ajuda para montar o meu castelo, – Ginny falou rapidamente, emendando com um: – mas você pode ser a princesa do castelo, se quiser.

— A princesa? 

— Sim, todo castelo precisa de uma princesa e não pode ser eu, eu estou montando o castelo, – Ginny respondeu resoluta, esquecendo que minutos atrás estava pronta para esganar o outro.

— Mas e o príncipe? – Harry estava claramente confuso, mas também parecia ter deixado a sua rivalidade para trás, – Eu não deveria ser o príncipe e não a princesa?

— Não, todo castelo precisa de uma princesa, não de príncipes, todo mundo sabe disso.

— E se você se casar comigo, poderemos ser a princesa e o príncipe do castelo, – Harry propôs, virando-se completamente para a menina e segurando sua mão.

— Não, estúpido, eu não posso, eu estou construindo o castelo.

— Você não quer casar comigo e ser o meu príncipe? – Perguntou, ligeiramente ofendido.

— Uma princesa não precisa casar, sabia? Você pode ser a princesa sozinha e eu vou fazer o castelo mais lindo do mundo inteirinho para você!

Foi nesse dia em que ficaram amigos, brincando na caixa de areia até os pais os forçarem a ir para casa, Ginny falando sem parar na sua princesa e nos castelos que construiria para ele, enquanto Harry, ainda confuso, perguntava para James porque ele não poderia ser um príncipe.

 

2.

A segunda vez foi após Ginny fugir de casa e buscar refúgio no chalé dos Potter, lugar em que já passava a maior parte do tempo desde que haviam a tirado do armário para a sua família contra a sua vontade. Molly Weasley estava tentando, mas as palavras cruéis que dissera quando as fotos da sua única filha beijando Luna Lovegood foram espalhadas ainda ressoavam pelos corredores de sua casa.

Ginny e Luna nem mesmo estavam juntas, havia sido um experimento, algo bobo, para a ruiva tirar a prova se gostava de garotas assim como gostava de garotos, e para Luna confirmar se gostava exclusivamente de homens – e as duas estavam certas em suas hipóteses.

Harry, que estava definitivamente apaixonado por sua melhor amiga, fazia o melhor que podia para acolhê-la em seu momento de fragilidade sem se deixar levar por seus sentimentos, mesmo que não fosse fácil. Conheciam-se há nove anos, quase dez, e não deixaria uma besteira como um crush em um momento inoportuno destruir o que tinham. Disponibilizar a sua casa para Ginny era apenas uma parte do grande plano de animá-la a qualquer custo.

E por isso estavam esperando o nascer do sol no quintal dos Potter, como costumavam fazer após longas festas do pijama quando eram mais novos, antes do drama, das brigas, das lágrimas. Quando a mãe de Ginny ainda a olhava sem desgosto mal disfarçado, quando Harry não sentia o seu coração quebrando a cada toque prolongado da amiga.

— Você acha que eu estou quebrada, Harry? – Perguntou baixinho, os braços cruzados ao redor dos joelhos recolhidos contra o torço, olhando fixamente para o horizonte.

— Se você está, eu também estou, – respondeu sem hesitar, pois era verdade e os dois sabiam disso.

— Às vezes eu só queria desaparecer, – continuou Ginny, ainda focada em si mesma, – parece que só você me entende.

— A gente pode se casar e sumir daqui, só nós dois, imagina? – Propôs Harry, colidindo seu ombro com o de Ginny, lançando um sorriso fraco para a amiga.

— Eu e você, Potter? Jamais daria certo, – respondeu sinceramente, o olhando com seriedade.

— Tem certeza? Nós faríamos um belo casal, – o sorriso dele, já pequeno, diminuiu, nada que fosse notável a menos que estivesse reparando e Ginny estava.

— Harry.

— Estou apenas sendo sincero, Gin, – retrucou, honesto, vulnerável, – eu e você contra o mundo. Eu faria tudo por você, Weasley.

— Harry, por favor… Agora não.

— Okay, – estendendo a mão para Ginny, deixou que escolhesse aceitar o carinho que oferecia, apesar de tudo, – agora não.

— Eu sinto muito.

— Nah, eu já te disse, garota, não há nada que eu não faria por você, – deu de ombros, olhos virados para o céu, – isso inclui esperar.

Ficaram em silêncio observando o sol nascer, milhões de pensamentos percorrendo suas cabeças, o chão frio umedecendo as suas roupas, o toque sólido de seus ombros e as mãos entrelaçadas mais importantes do que o jeans sujo de terra e grama.

 

3.

 O terceiro pedido foi durante a festa de formatura de ensino médio de Ginny, um lindo evento organizado nos enormes jardins de Hogwarts. Luzes delicadas decoravam mesas e bancos, pendiam das árvores e aumentavam o ar romântico do ambiente. Flores diversas ornavam espelhos, arcos e cadeiras, uma banda tocava ao fundo e tudo parecia saído direto de um conto de fadas.

O vestido de Ginny era de um azul petróleo luminoso que combinava com a gravata de Harry, assim como o seu terno cinza escuro complementava os acessórios da garota. Era o primeiro evento dos dois como um casal oficial, após quatro anos andando na linha fina entre melhores amigos e algo a mais, Harry indo para uma faculdade a duas horas de distância e Ginny se dando conta de que ele era o amor da sua vida.

Estavam tão contentes que pareciam brilhar, dançando juntos a noite inteira, caminhando pelo jardim que conheciam como a palma da mão, trocando olhares apaixonados e toques delicados, beijos gentis e castos. Para Harry, nada era mais importante no universo do que Ginny e, pela primeira vez, sabia que era recíproco, inteiramente.

Para ela, parecia que finalmente tinha o que seu coração mais desejava. Não entendia o que a fizera hesitar durante tanto tempo, mas estava disposta a aproveitar cada segundo possível a seu lado. Tinham todo o tempo do mundo.

— Agora eu posso dizer que sou oficialmente o Sr. Harry Weasley, – o garoto se gabou, passando o braço ao redor da cintura da namorada, olhando feliz para a imagem dos dois refletidas no espelho.

— Para com isso, Potter, você vai acabar me convencendo a casar um dia, nesse ritmo, – rindo, virou para beijá-lo, sem ligar para o batom que fora convencida a usar, sentindo o sorriso de Harry contra seus lábios.

— Ah, Ginny Weasley, eu seria o homem mais feliz do mundo se me desse a honra de ser a minha esposa, – prometeu assim que separaram-se, a rodopiando suavemente em seus braços e a trazendo de volta para outro beijo suave.

— Vai brincando, estúpido, e um dia eu te farei a minha princesa, – a risada dele era alta e leve, seus olhos verdes brilhavam na luz espalhada pelo jardim decorado, o mundo resumido a eles dois.

Harry deu alguns passos para trás e ajoelhou-se na grama úmida, zombeteiro, chamando atenção dos outros adolescentes espalhados pela festa, sem ligar para a cena que estava criando.

— Ginny Weasley, casa comigo? – Perguntou sorrindo, causando sussurros chocados percorrerem os concluintes e seus pares, suspiros e gritos dramáticos dos colegas da menina, que observavam absorvidos pelo drama.

— Me deixe pensar, – começou, tão energética e animada que não conseguia ligar para o fato de estarem sendo observados, – a resposta é não, Potter, – sorriu e abaixou-se para dar um beijo rápido no namorado. – A menos que você consiga me pegar.

E virou-se, correndo pelo jardim, o seu vestido longo a atrapalhando, ouvindo os passos de Harry a seguirem, como sempre.

 

4.

Ao longo dos anos, Ginny havia deixado de se importar com as constantes vezes em que Harry tocava no tópico casamento. Era comum que brincasse com o assunto, mas não sabia até que ponto não havia um fundo de verdade nas palavras do namorado e não sabia como dizer que não sentia-se pronta para um compromisso desse tipo.

Parecia que um tema comum da relação dos dois era Harry tomando a iniciativa em chegar até ela e destruindo todos os planos que a mulher havia criado meticulosamente. O seu futuro não incluia casamentos e filhos, um chalé com jardim e animais de estimação. O seu futuro incluia Harry com sua coleção de cactos, jantares e viagens, festas com os amigos, noites na praia, passeios em jardins.

A sua obsessão com casamentos e uma vida tradicional que não fazia sentido para os dois a deixava levemente desconfortável. Depois de quase uma década de relacionamento, estava claro para Ginny que o que tinham era o melhor possível, não havia nada que desejasse mais do que Harry ao seu lado, todos os dias, para o resto da sua vida. O que um pedaço de papel assinado mudaria na vida dos dois?

A carreira de Ginny como arquiteta ainda vinha se estruturando e tomava a maior parte do seu tempo, tentando crescer em um campo saturado de pessoas mais influentes, ricas, com maiores conexões. Harry estava a seu lado em todos os momentos em que precisava, acompanhando o seu ritmo, a acalmando nos piores dias, a incentivando a persistir todos os dias. 

Ninguém a entendia como Harry. Parecia que, desde sempre, ele sabia exatamente o que se passava por sua cabeça – respeitando os momentos de hesitação de Ginny, a abrigando em todas as suas crises, segurando a sua mão firmemente, sem a deixar ir. Harry sempre estava pronto para correr atrás dela caso fugisse. Ele era seu parceiro no sentido mais literal da palavra.

E por isso brincava junto quando citava matrimônio – porque sabia que era apenas isso, uma brincadeira. Harry a conhecia bem o suficiente para saber o que pensava sobre, mas fazia sentido que voltasse ao assunto, considerando a quantidade de pessoas que ficavam confusas por não serem ao menos noivos. Esse era o caso do chefe de Ginny, que insistia que ela levasse o seu “marido” para todos os eventos da companhia para a qual trabalhava.

— Você não acha que eu faria um ótimo marido troféu? – Harry reclamou de sua posição na cama, – eu sei cozinhar e sou perfeitamente agradável aos olhos.

— Sério, Harry? – Ginny, terminando de abotoar a sua camisa, revirou os olhos, – você vai ser meu lindo marido, que só vai para à academia e faz yoga?

— Casa comigo, Gin, e eu nunca mais vou trabalhar na minha vida. Todo dia vou te receber com um jantar quente e massagem nos pés.

— Hoje não, Potter, – abaixou-se para dar um selinho no namorado, que só sorriu e tentou a puxar para a cama, – levanta e para de fazer biquinho que eu tenho que chegar antes do meu chefe.

— Seu chefe te ama, Gin, ele não vai ficar bravo se chegar antes que você, – disse, enquanto a soltava e voltava a deitar na cama.

— Errado, o meu chefe te ama, por algum motivo, e vai ficar feliz com a sua presença e bravo comigo.

— É o meu charme, amor, – respondeu, finalmente saindo da cama e sorrindo fraco, passando a mão pelos cabelos incontroláveis.

— Sei, “charme”, – revirou os olhos de novo e deu outro beijo rápido no namorado, – pois pode usar o seu charme para me conseguir um aumento, estúpido.

— Eu não sei se só o charme vai ser o suficiente para isso, Gin, – deu de ombros e seguiu para a porta do quarto, – mas se você realmente quiser esse aumento… O Sr. Wood é bem atraente.

E saiu rindo pela porta, feliz com a reação chocada de Ginny, que apenas observou o namorado se afastar – estava contente com a vida que tinha. Nada poderia estragar isso.

 

5.

Com o tempo, havia se tornado quase uma constante. Era uma piada recorrente entre os dois, mesmo Harry sabendo que Ginny não acreditava muito na instituição matrimonial, apesar de ser cercada de casais felizes e satisfeitos em seus casamentos.

Não queria apressá-la, mas após dez anos juntos, sentia que estava pronto para dar esse passo – parecia apenas natural, quando acordava todos os dias sorrindo por estar ao lado da mulher que amava, algo que não havia mudado desde que tinha 15 anos e não sabia o que queria da vida.

Decidiu, então, colocar para frente o plano que havia formado vagamente durante todo esse tempo, certo de que receberia uma resposta positiva. Ou pelo menos, caso não fosse um sim rápido e espontâneo, poderiam conversar sobre os motivos dela evitar o assunto casamento como uma praga.

Passou semanas visitando joalherias, procurando o anel perfeito, algo simples e delicado, porém ao mesmo tempo marcante, único, que descrevesse a personalidade especial da sua futura noiva, sem sucesso. Ginny merecia um anel perfeito, que não chamasse atenção demais, mas não fosse ofuscado facilmente, com detalhes específicos, mas que não contivesse muita informação a ponto de ficar estranho. 

Até que desistiu, já que não havia nada nessas lojas genéricas perto do que estava procurando. Encomendou de Dean Thomas, um amigo de longo prazo, um design personalizado para Ginny, sem se preocupar com o dinheiro que estava gastando com o artista, com o metal e a pedra e o joalheiro, focado apenas no olhar de felicidade da namorada. O resultado ficou ainda melhor do que poderia imaginar, assim como o par que o representava no conjunto era de tirar o fôlego.

Com a parte mais importante fora do caminho, focou em procurar um ambiente ideal para o que estava procurando. Em alguns dias, decidiu que o parque perto do prédio em que moravam era o espaço perfeito – tinha um jardim enorme e bem cuidado, com um espaço coberto com mesas de madeira firmes e cadeiras confortáveis, onde poderia decorar como quisesse. 

Decidiu seguir com o plano clássico de um jantar caseiro regado a vinho, velas estrategicamente colocadas para iluminar os lindos olhos castanhos de Ginny, e flores ao redor do ambiente, mas não muitas, pois sabia que sua namorada odiava coisas bregas demais – o que não fazia sentido, após passar dez anos com Harry, a definição de breguice quando se tratava de romance.

Pediu ajuda de Hermione para escolher uma roupa adequada e para ficar de olho na mesa que havia preparado no parque enquanto ia buscar Ginny em casa. Era aniversário de dez anos de namoro, então toda a ambientação fazia sentido, mesmo que seu propósito fosse outro.

Sorriram e conversaram, dançaram ao som das próprias risadas, perdidos em um universo que só cabia aos dois. Ginny elogiou a sua comida, Harry elogiou o seu vestido, e as horas passaram-se em instantes, presos no magnetismo do momento. E foi então que Harry se ajoelhou, na grama fria do parque, aliança em mãos, trêmulo e nervoso. Ginny, por sua vez, levantou da cadeira em que estava sentada, surpresa. Mas não feliz.

— O que você está fazendo, Harry, levanta do chão! – Ginny sussurrou, levemente apreensiva, sabendo o que viria a seguir. Lamentando o que viria a seguir.

— Ginny, você quer casar comigo? – Harry perguntou, entendendo o olhar da namorada. A conhecia bem demais, após mais de duas décadas de amizade e relacionamento.

— Harry…– Levou a mão a boca, sua cabeça balançando de um lado para outro em negação antes que conseguisse se controlar, – Harry, eu não posso. Não agora, Harry, por favor.

— Ginny, Gin, meu amor, não faz isso comigo, – a voz do homem estava trêmula, seus dois joelhos no chão, implorando com os seus olhos, implorando com tudo, menos as suas palavras. Harry não acreditava em um amor que não fosse dado livremente.

— Eu sinto muito, Harry.

Ginny deu as costas para a cena, para as flores e as velas, o jantar delicioso que seu namorado havia preparado. Mal percebeu que estava correndo até que se deparou com a portaria de seu prédio, descabelada e ofegante no reflexo espelhado do elevador. Sua maquiagem estava borrada, lágrimas carregando o delineador preto por seu rosto.

Estava tremendo, deu-se conta, todo o seu corpo parecia fora de controle. Pernas cansadas a carregaram para o apartamento e abrir a porta era como um soco no estômago – as plantas de Harry espalhadas pela varanda, os seus sapatos jogados ao lado da porta, o casaco marrom que odiava na cadeira da cozinha, cada detalhe do lar que os dois compartilhavam a lembrando do que havia feito.

Harry, por sua vez, havia recolhido a sua dignidade e levantado do chão, fechando a garrafa de vinho, esvaziando as taças e os pratos mecanicamente, apagando as velas uma por uma, os olhos secos, a mente vazia ecoando a rejeição, o anel que escolhera meses atrás pesando em seu bolso.

Harry havia passado a maior parte da sua vida esperando por Ginny. Não estava disposto a continuar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Ninguém esperava por essa né kkkk

Como sempre, aceito críticas, sugestões, comentários de todo tipo - menos xingando a autora!

Até a próxima, xuxus!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Say Yes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.