In Your Body escrita por Julie Kress


Capítulo 11
Amuleto da sorte ou do azar?


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo.

Desculpem pela demora.

Boa leitura!!!



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P.O.V Da Jade

Coloquei meu amuleto da sorte confiante, ouvi dizer que pedras verdes trazem boas energias, Beck está com medo, tem receio de que eu possa de alguma maneira atrair algo ruim, como se eu fosse ficar amaldiçoada pelo simples fato de ter furtado o amuleto do Van Cleef, o que é uma completa bobagem, não acredito nessas coisas idiotas, até parece que uma maré de azar vai cair em cima de mim por causa da porcaria de um amuleto velho roubado.

Acordei animada para ir trabalhar no dia seguinte, fiz minha higiene matinal e tomei um café-da-manhã reforçado. A rotina de um motoboy é puxada mesmo, comecei a admirar a profissão do Oliver, rodar pela cidade inteira fazendo entregas não é pra qualquer um.

Tori faltou ao trabalho, eu/Beck não tinha mais nenhum amigo ali, e não é que a Vega fez falta? Almocei sozinha, o sem-teto nem apareceu para que eu pudesse dividir minha marmita com ele. Terminando o horário de almoço, fui fazer as entregas, acabei indo parar num bairro barra-pesada indo levar uma encomenda para um tal de Heitor Ramirez.

Era uma caixinha de papelão, o adesivo colado nela informava frágil.

Seja lá o que tivesse dentro, eu deveria entregar a encomenda intacta e me mandar dali o mais rápido possível.

Assim que cheguei ao meu destino, percebi que o bairro era mesmo perigoso, além de precário, haviam comércios com grades fechadas, pouca movimentação, nenhuma criança brincando na região, nem mesmo moradores passeando com seus cachorros.

Antes que eu pudesse chegar na recepção do simples prédio residencial de três andares, fui abordada na calçada por dois caras tatuados até o pescoço, ambos motoqueiros, um deles portava um canivete.

— Passa a caixa, indiano! - O maluco usando bandana preta e óculos escuros se aproximou ameaçadoramente.

— Esse bagulho tem dono, maluco! Sai fora! - Coloquei a caixinha por dentro da jaqueta, protegendo a encomenda, fiz pose de Bad-boy e até mesmo usei uma gíria, tudo de improviso.

Eles se entreolharam, o cara sem bandana, tinha um lenço amarrado no pescoço e também usava óculos escuros.

— Passa a caixa para nós, indiano, se não passar, a coisa vai ficar feia para o teu lado, tá achando que estamos de brincadeira? - Também sacou um canivete.

Eram dois contra um, ambos com canivetes, e eram robustos, eu tinha vantagem por ser mais magra no corpo do Oliver, ele era esguio.

Sem pensar duas vezes, eu saí correndo sem olhar para trás.

Eu não ia deixar que aqueles dois marmanjos me assaltassem, meu dever era entregar a encomenda para o Heitor Ramirez.

Corri e corri feito louca até meus pulmões queimarem e minhas pernas perderem a força, acabei me perdendo, sentei numa calçada qualquer arquejando, ensopada de suor e com o coração quase saindo pela boca.

Onde diabos fui me meter?

Até deixei a moto do Oliver para trás.

Ao menos, a caixinha estava segura comigo.

Após recuperar o fôlego, decidi pedir ajuda, tirei o celular do bolso e liguei para o Beck.

[...]

P.O.V Do Beck

— Você fez o quê, sua maluca? - Fiquei pasmo com a ousadia da West.

— Fugi com uma encomenda, dois motoqueiros queriam me assaltar, agora estou à pé, perdida e não sei o que fazer. Seu emprego é perigoso, deveria arranjar algo melhor. - Reclamou como se a culpa fosse minha.

Revirei os olhos.

— Peça informação, me passe o endereço que eu vou aí te buscar. - Tentei manter a calma.

Jade se colocou em perigo, arriscou a vida protegendo uma encomenda.

Ela pediu informação num bar e me passou a localização, estava mesmo num bairro afastado, peguei seu carro e fui buscá-la.

— Como é que fica a minha moto? Espero que isto seja mesmo valioso. Que ideia deu em você? Eles podiam ter te matado! - Falei assim que cheguei nela, ela estava parada em frente ao bar.

— Meu amuleto da sorte me salvou. - Sorriu convencida.

— Sorte? Isso deve dar azar, isso sim, sorte que nada! Olha a confusão em que se meteu! - Falei nervoso.

— Talvez o Sr. Ramirez possa me dar uma gratificação por eu ter protegido isto aqui! - Mostrou a pequena caixa de papelão.

— O que será que tem aí dentro? - Fiquei intrigado.

— Vou dar uma olhadinha. - A maluca se atreveu a abrir.

Tentei impedir, mas ela foi rápida e abriu a encomenda.

— Depois fechamos, é só usar fita isolante. - Riu.

— Puta merda! - Exclamou ao olhar dentro.

— O que é? - Fiquei com receio.

— É... É a porra de um boneco talhado, que bizarro. Parece um índio feito de madeira. - Retirou o que parecia um brinquedo inofensivo feito à mão.

— SOLTA ISSO! - Gritei alarmado.

Ela largou o boneco após se assustar.

— O que é? - Me olhou confusa.

— É um aviso, o tal de Sr. Ramirez não pediu isso, essa coisa foi enviada para ele, é o símbolo da gangue chilena, o índiozinho da morte, quem recebe é marcado! Meu Deus, Jade! Precisamos dar o fora daqui urgentemente! - Avisei.

— Cacete, você tem razão! Essa coisa me deu azar! Quase fui assaltada, agora abri essa merda de encomenda, e os motoqueiros vão te perseguir, quer dizer, nos persegui! Fomos marcados! Tudo culpa desse porcaria de amuleto, sorte que nada, estou fudida mesmo! - Arrancou o amuleto furtado e arremessou para longe.

— A gangue chilena já deve ter sido informada sobre o desvio desse pacote, o melhor jeito de nos livrarmos dessa é sairmos da cidade, vamos passar um tempo na casa do lago do meu pai, fica em Lakewood, no interior, são apenas 5 horas de viagem. Ficaremos lá por alguns dias até a poeira abaixar. - Sugeri.

— Está bem, vamos logo cair fora daqui. - Concordou.

Eu sabia que o amuleto iria trazer coisas ruins.

Objetos furtados sempre trazem. É o karma.


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Notas finais do capítulo

Jade se meteu numa bela furada, não?

Azar do amuleto ou um simples azar?

Agora terão que se esconder até a poeira abaixar hahaha

Um tempo isolados na casa do lago do pai do Oliver pode ser bom, né?

Ou tudo foi coisa do destino juntando ainda mais esses dois? Hehe

Até. Bjs



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