Bebês no Submundo escrita por Paramore


Capítulo 1
Capítulo 1




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Naquele dia, Lune acordou com um silêncio na Morada do Juízo da Primeira Prisão. Mas não era o silêncio que estava acostumado. Geralmente,  era possível ouvir alguns berros de Minos com alguns de seus subordinados, mas excepcionalmente nesta manhã, tudo estava calmo. Calmo até demais!


O Espectro da Estrela Celeste da Eminência saiu de sua cama caminhando até o banheiro que ficava em seu quarto. Ele fez sua higiene pessoal, tomou um belo banho e colocou uma roupa, saindo do quarto. Olhou de relance para a porta sempre fechada do aposento de Minos e passou reto.


Lune chegou no grande salão e viu Markino agitado, reclamando, correndo para lá e para cá. Parecia estar sem saber o que fazer.


— Markino? O que esta fazendo? - Lune parou na frente do soldado raso do Submundo, que estremeceu ao ouvir a voz dele.


— Lune-Sama... o Senhor Minos sumiu. Não está em lugar nenhum.


— O que? Minos-Sama não é de sumir assim do nada! Tem certeza de que você procurou direito Markino?


— Eu procurei sim Lune-Sama. O Senhor Minos sumiu!


— Por todos os infernos... procure direito! Ou quer que o meu chicote lhe corte em pedaços?


— N-não Lune-Sama. Irei retomar a busca agora mesmo!


— Ótimo! Avise-me quando encontrá-lo. 


— Sim Senhor! - Markino saiu novamente em busca do juiz Minos.


— Hum... insolente.


O norueguês tomou seu caminho até a cozinha. As servas da Primeira Prisão já tinham preparado o café da manhã, mas o lugar do juiz estava intocado. Minos se quer apareceu para tomar seu desjejum. Lune tomava seu café tranquilamente quando Markino entrou gritando, histericamente. 


— LUNE-SAMA, LUNE-SAMA EU PRECISO DE AJUDA!!! 


—Markino!! - Ele usou seu chicote, envolvendo todo o corpo do soldado. - Quantas vezes eu preciso dizer que é bom que se faça silêncio!


— D-desculpe mas.. é que... eu encontrei o Senhor Minos...


— Todo esse escândalo porque você o encontrou? Sabe, estou pensando se realmente eu devo usar o chicote e estraçalhar seu corpo!


—Mas Lune-Sama... é que... é que...


— É que o quê Markino?


— Ele é um bebê...!


— ... - Lune bebia o suco e acabou cuspindo o conteúdo de sua boca ao ouvir a frase do soldado. - B-bebê? Como assim?


— Me solte e eu te mostro!


Lune ficou se reação e soltou o espectro inferior e o seguiu, sem terminar seu café da manhã. Markino parou de andar quando alcançou a porta fechada do quarto de Minos. Lune olhou para ele e abriu a porta. O pouco que abriu, teve a visão  da espaçosa cama do juiz e bem ao centro desta, um bebê mexia os bracinhos e perninhas gorduchas. Lune chegou perto do leito e o bebê notou sua presença. Minos abriu um sorriso ao ver o homem ali, esticando os bracinhos para ser carregado no colo do norueguês. 

O Espectro da Estrela Celeste da Eminência caiu sentado na cama e trouxe o pequeno bebê para seu colo. O pequeno Minos se aninhou nos braços do mais velho e dormiu. Ele notou que o bebê estava nu e seu rosto corou. Levantou-se da cama, procurando por algo que pudesse esconder a nudez do juiz. Nunca o vira nu na vida e agora, Minos virou um bebê, estava nu e sem uma roupa para cobrir. 
Lune enrolou um lençol nele e saiu as pressas. Pandora precisava saber disso!


.-.-.


Quando Lune chegou em Giudecca, ele encontra uma Pandora descabelada, e mais dois espectros: Faraó de Esfinge da Estrela Celeste da Besta e Valentine de Harpia da Estrela Celeste do Clamor. Ambos com um bebê cada. Lune reconheceu como sendo Aiacos e Radamanthys. Ambos os bebês choravam pela voz alta dos mais velhos. Minos, que estava em seus braços, começou a acordar e abriu o berreiro como os outros dois bebês juízes. Farto daquela confusão maluca, o norueguês acabou gritando alto.


— VOCÊS QUEREM CALAR ESSAS MALDITAS BOCAS?!


— Lune?


— Não,  o Papai Noel. É claro que sou eu! Posso saber qual o problema?


— Acordamos em nossas moradas com um barulho de choro. E quando cada um de nós foi dar uma olhada, o Senhor Aiacos e o Senhor Radamanthys eram bebês. E não param de chorar. E não sabemos o que fazer.


— Esse choro... devem estar com fome. Vossa Majestade Hades quando bebê chorava também!


— Olha só senhorita Pandora... desculpe-me, mas... todos aqui sabem que Vossa Majestade Hades era o universo que você carregava nos braços! - Faraó já foi dizendo o óbvio. - Não daria pra ouvir nada!


— Vai me desculpar também, mas isso é fato! - Lune concordou com o egípcio e viu que Harpia também concordava.


— Ora essa... Eu sou irmã da alma de Vossa Majestade Hades nesta era e... bom isso não importa.

 


Enquanto o quarteto discutia, Lune sentiu algo em seu peito. No começo, não deu atenção, mas ao sentir seu mamilo sendo mamado e sua camiseta ficar molhada... sabia que tinha algo de errado ali. Lune olhou e o bebê Minos sugava seu peito e isso chamou a atenção não apenas sua, mas dos demais também. 


— Hahaha... ora vejam só!! O juíz está tentando beber o leite que a 'mamãe' ali não tem hahahah - Faraó não aguentou e gargalhou. Antes mesmo do Aiacos imitar o outro, o egípcio o afastou. - Nananinanão Senhor Aiacos! Não sou mulher e muito menos estou na fase de lactação. - Ele disse isso e sorriu, vendo o bebê a começar a chorar.


Com Valentine a situação era parecida. Ele entregou o bebê Radamanthys para Pandora e ela que teria cuidar do outro. A moça olhou sem entender e balançou a cabeça em negação. 


— Certo! Faraó, você e Valentine irão para o Santuário de Athena investigar se algo parecido aconteceu. Lune, você e eu iremos para a superfície atrás de comida, roupas, acessórios, móveis, berços, fraudas para os Três juízes do Inferno.


— COMO É QUE É? - Os três disseram ao mesmo tempo.


— Não me façam repetir tudo de novo! Faraó entregue Aiacos para o Lune e podem partir imediatamente! - Ela vê o egípcio caminhando até o norueguês, entregando o bebê que está em seus braços.


— Sim senhorita Pandora! - Após uma breve reverência, os dois jovens partem para a superfície em busca de respostas. 


— Senhorita...


— Lune, na superfície nada de me chamar por senhorita, senhora ou seja lá o que for! Fingiremos que somos casados e adotamos os bebês.  Sem dar brechas para os vendedores. Apenas veremos o essencial e voltamos. Entendeu Lune?


— Sim, claro! 


Pandora sorriu e o 'casal' foi em direção da superfície apenas para ver o que precisavam para seus 'filhos'. Tomara que Faraó e Valentine tenham sucesso nessa investigação. Era isso o que Pandora pensava!


.-.-.


No Santuário,  os soldados rasos cercaram os dois espectros de Hades. Mu, que cuidava da primeira casa estranhou a movimentação dos soldados. Ele vestiu sua armadura dourada e foi ver o que acontecia. Ao ver que dois espectros estavam ali, ele se armou contra uma futura batalha.


— O que dois espectros de Hades fazem aqui no Santuário de Athena? Vocês não temem por suas vidas?


— Hmm veja isto Valentine.. a ovelhinha dourada ali está hostil. Escuta aqui Áries, a senhorita Pandora nos enviou aqui pois aconteceu uma catástrofe no Mundo Inferior. Os três juízes da elite dos espectros de Hades viraram bebês. Estamos apenas investigando se isso aconteceu por aqui também. E mais uma coisa, nós viemos em paz. Nem estamos trajando nossas Sapuris!


Mu olhou bem para eles e isso era verdade. Eles não estavam trajados com aqueles 'armaduras negras do inferno'. Ele só estranhou o fato dos três juízes viraram bebês do nada.


— Essa historia está  bem estranha! Guardas, prendem esses espectros e vamos ver Athena. 
Os soldados rasos os amarraram com cordas e foram na frente, seguido pelo Cavaleiros de Ouro Mu de Áries. 


Em cada casa, os espectros diziam a mesma história. De que quando acordaram com um choro e foram ver, os juízes tinham virado bebês. Aldebaran, Saga, Kanon, Máscara da Morte, Aiolia, Shaka, Dohko, Milo, Aiolos, Shura, Camus e Afrodite estranharam e muito essa história. Aqueles dois mantinham a mesma coisa sem acrescentar ou tirar nada. Os doze dourados enfim, seguiram com os soldados para o Templo de Athena. Assim que chegaram, Shion que retornou ao posto de Grande Mestre não gostou nem um pouco de ver todos ali e menos ainda, por ver dois espectros de Hades desesperados. Ambos repetiram a mesma história e Shion ficou com uma cara de quem não entendia nada.


— Esperem... vocês estão dizendo que os três juízes da elite de Hades viraram bebês? E que Pandora mandou vocês para cá para ver tinha algo de errado? Bom vocês podem ver que nada está errado por aqui! Os doze cavaleiros de ouro estão normais e eu também. Todos adultos.


— Bem quase todos... - Afrodite sussurrou olhando para Milo que ficou irritado. Os dois intrusos acabaram rindo da fala do peixinho, além dos dourados.


— Silêncio Afrodite! Bom já que vocês gostaram da piada em relação ao Milo de Escorpião, então eu vou dividi-los em grupos e vocês iram investigar os Cavaleiros de Bronze, Amazonas, Cavaleiros de Prata e aprendizes. Mu, Shaka e Aiolia iram procurar pelos Cavaleiros de Bronze. Milo, Camus e Shura iram atrás dos Cavaleiros de Prata. Aiolos, Saga e Afrodite no alojamento das amazonas e Dohko, Aldebaran e Máscara da Morte atrás dos aprendizes. Dispensados!


— Grande Mestre... ir ao alojamento das amazonas? Elas iram tentar nos matar.


— Afrodite, por acaso você esta com medo delas? Ou de quebrar suas unhas pintadas de cor de rosa?


— Milo você é um idiota!!


— Eu sou idiota e você é o que? 


— Chega vocês dois! Eu disse que será preciso fazer. Estão esperando o que?


— Grande Mestre... mas e eu? - Kanon não deu importância para os amigos que discutiam. - Você não disse nada para mim.


— Kanon, você irá trazer Athena aqui e depois vigiar esses espectros. 


— Sem problemas! - Ele caminhou até desaparecer, indo buscar Atena no templo dela. 
Shion fez cara feia e os cavaleiros de ouro foram fazer o que foi solicitado. O velho mestre se sentou em seu trono e olhou para Faraó e Valentine mais uma vez. Os dois estavam calados apenas olhando para o ariano em seu trono enquanto os soldados rasos ainda seguravam as cordas que prendiam seus corpos.


— Hum... então  Minos, Aiacos e Radamanthys viraram bebês... mas me digam uma coisa,  antes eles estavam normais? Digo, em suas formas adultas antes de irem dormir?


— O Aiacos-Sama se recolheu para dormir e ainda era adulto.


— Radamanthys-Sama foi a mesma coisa. E quando amanheceu, eu acordei ouvindo um choro de bebê. Fui até seu quarto, bati na porta e nada. Então eu entrei e o vi na cama tão indefeso que nem parecia o juiz dos mortos. E como eu não sabia o que fazer, eu fui ver a Senhorita Pandora que quase teve um treco.


— O mesmo comigo! Eu não sei cuidar de crianças. E também nunca tive um irmão ou uma irmã que fosse mais novo ou mais nova que eu. Antes de servir ao Senhor Hades, eu nasci numa família tradicional egípcia e filho único. Não sei como farei... - Antes de concluir a frase, Faraó começou a chorar desesperadamente. Shion viu a gravidade da situação.  Pelo menos dessa vez, iria ajudar aqueles dois...


.-.-.


Enquanto isso, Lune e Pandora, um jovem casal apaixonando com seus três lindos filhos entravam numa loja de bebês. O casal procurava por berços,  carrinhos, mamadeiras, chupetas, fraudas, brinquedos... tudo que fosse para as crianças. Os três bebês sorriam para os "pais" o tempo todo. Um vendedor bem apresentável se aproximou do casal e das crianças sondando por onde aborda-los. Ele havia se interessado pelo homem ao lado da mulher. Pandora notou aquilo, e acabou rindo. O que Minos diria se visse isso?


— Oi bom dia! Em posso ajudar?


— Ah bom dia! Eu e meu marido precisamos comprar umas coisas de bebês. 


— Belos filhos vocês tem. 


— Obrigado! Eu e minha esposa precisamos de berços, carrinhos,  mamadeiras, roupas, chupetas.. acredito que possa nos ajudar.


— Ah sim. Aqui temos de tudo o que vocês precisarem. - O homem ficou um pouco mais sério. Lune chamou a Pandora de esposa. É dessa vez, não poderia dar em cima do marido da jovem. Ou seria dispensado do serviço. 


Ele mostrou tudo o que o jovem casal ia falando sobre precisar para os "filhos". Felizmente, ela tinha conseguido fazer os bebês beberem leite de vaca. Era a única coisa que tinha em Giudecca. Ao menos,  não estavam chorando!
Os berços e carrinhos, eles pediram separados. Nada deles serem juntos. Não eram irmãos de verdade. E cada subordinado iria cuidar dos juízes do Mundo dos Mortos.


Lune e Pandora improvisaram um jeito de levar os bebês e ficarem com os braços livres. Ela vinha com Radamanthys preso junto ao tórax e Lune com Minos na frente e Aiacos em suas costas, ambos presos bem firmes. O Espectro da Estrela Celeste da Eminência precisou prender os cabelos num coque bem apertado, ou os dois "filhos" iriam tirar tufos e mais tufos. A mulher apenas prendeu num rabo de cavalo, e fazia de tudo para que o pequeno Radamanthys não tocasse. 


Depois de comprarem o essencial, o casal pagou pelas compras e foram para o carro, onde mais três espectros, subordinados de cada juiz ali presente, ficassem com eles em seus colos. Pandora disse que a maldita cadeirinha para os três ela conseguiu com uma amiga do casal que teve trigêmeos. O que era uma grande mentira. Lune assumiu o volante e viu a mulher ficar ao seu lado. Só deu a partida quando os outros espectros colocaram o cinto de segurança e seguraram firme os juízes em seus colos. A Estrela da Eminência deu um suspiro frustrado e saiu da maldita loja de bebês. Torcia para que seus colegas tivessem mais sorte que ele...


.-.-.


Já no Santuário de Athena,  os grupos investigavam o que foi mandado. Nada de anormal com os Cavaleiros de Bronze. Até Seiya achou tudo aquilo esquisito. Os demais não sabiam se riam, se choravam ou se ajudariam a descobrir essa maluquice.


Afrodite se negou a entrar no domínio das amazonas. Saga deu um suspiro e seguiu com o sagitariano ao seu lado. Aiolos bem que gostaria de puxar conversa, mas Saga fingia que ele não estava ali. Eis que avistam Shaina treinando. A amazona de Cobra se assustou com os dois ali parados, apenas observando. Ela chegou com sete pedras em cada mão, mas assim que ouviu os dois narrando, ela se desarmou, rindo muito.


— Hahaha bem feito! Isso é o que acontece ao terem começado uma guerra contra nós!


— Shaina não bem assim... nós fomos ressuscitados. Todos nós. Dentre Cavaleiros e espectros. Não sei porque Zeus fez isso com eles, mas a questão não é essa. - Saga tentava se controlar. Por ele, dava o fora dali agora mesmo.


— Ele tem razão. Nós só estamos aqui para saber senão tem nada de anormal por aqui. Foram ordens do Grande Mestre. 


— Bom se foram ordens dele.. Podem entrar. - Shaina liberou passagem e nisso viram o peixinho se aproximar.


— Não ia esperar por nós, Afrodite?


— Eu ia sim lindinho, mas resolvi vir até aqui. Somos um time, certo? - Ele piscou para o grego mais velho, que corou.


Saga entrou na frente, sendo seguido por Afrodite e Aiolos que fora o último a entrar ali. Eles se dividiram e as mulheres que treinavam lá estavam para ataca-los quando Shaina contou a situação. Elas pareceram entender e nada fizeram. É. Por ali, nada de anormal. O trio se despede e vão embora.

 

Na parte que pertencia aos Cavaleiros de Prata, tudo estava normal. Milo, Camus e Shura olharam tudo ali sob os olhares curiosos dos prateados. Todos tinham seu tamanho normal e estão treinando uns com os outros. Misty sorria para Milo de um modo malicioso. Se ele fosse um bebê agora, como conquistar aquele boy magia dourado que era a personificação de um deus grego? Camus não gostou daquele olhar e começava a esfriar a atmosfera por ali. Por ele, já colocaria o Lagarto numa esquife de gelo eterno. Shura nada falava a respeito. Mas ele sabia que Camus nutria um sentimento pelo o amigo grego. Só não sabia se era recíproco. Milo tinha a má fama de corresponder a todos. Sejam homens ou mulheres.


Misty até saiu de perto ao ver o olhar do aquariano para si. Não quer morrer novamente e ainda congelado!


O trio se despede e vão embora. Os prateados começaram a fofocar sobre o aqueles três contaram. Três juízes infernais virando bebês...quanta loucura!


Dohko precisava conter Máscara da Morte que gostaria de entrar e revirar tudo. Aldebaran era o mais sensato ali no momento e checou tudo e mais uma vez, nada! Parece que a coisa pegava no Submundo sem uma resposta para aquilo tudo. O grandalhão viu Kiki correr até ele e pular em seu braço. O garoto fora mandado para lá quando seu mestre Mu morreu no Mura das Lamentações. Kiki ainda não tinha visto Mu. Aprendizes tinham sido proibidos de ficarem zanzando por aí. Mas quem sabe agora com Mu de volta, não retornaria para Áries. Deba ficou com pena da criança e o levou consigo, até Dohko e Mask que olharam aquilo.


— Onde pensa que vai com o garoto?


— Ele é pupilo de Mu. Nada mais justo dele ficar ao lado do mestre, não concorda Dohko?


— Ah sim! Vamos voltar! E Deba... tem algo errado?


— A única coisa errada é separar o discípulo de seu mestre! Aqui não tem nada de anormal. Já podemos voltar.


Kiki que não entendeu patavina nenhuma, perguntou ao Aldebaran. Ele lhe contou e o pequeno ficou sem entender mais ainda. O taurino gargalhou e disse que lhe contaria depois com mais calma.


Com os grupos de volta ao salão do grande mestre,  cada um reportou o sobre o que foi mandando. Nada. Aparentemente todos ali eram adultos e estavam apenas treinando. Kiki, assim que viu seu mestre, pediu para Aldebaran lhe tirar de sua nuca e assim o gigante touro o fez, e viu o pequeno correr para os braços de seu mestre, chorando todo feliz por ele estar de volta. Mu abraçou o pequeno e o ergueu em seus braços e acabou por comover até os dois espectros que estavam amarrados.


Shaka sabia que Mu tinha um carinho especial pelo menino. Kiki era como se fosse um filho para o ariano, e até mesmo o tibetano tinha pequenas lágrimas nos olhos ao reencontrar seu pupilo. O loiro precisou conter as lágrimas também pois além de ser apaixonado pelo lilás, também tinha um carinho forte pelo discípulo do amigo.


— Bom parece aqui está tudo normal como eu havia dito! Acho que já podem liberar esses dois para irem embora!


— Mas Mestre.. e se Hades planejar outra batalha sangrenta como a anterior?


— Se isso acontecer, meu caro Aiolia, com os três juízes bebês, isso nos facilitará muito a Vitória, mas pelo visto, nem o próprio Hades deve saber do se trata lá no mundo deles. Vocês, espectros de Hades, voltem para o Submundo e diga para Pandora que aqui esta tudo normal. 


Os soldados rasos soltaram os dois e Faraó passava as mãos nos punhos, aliviado daquele aperto. Mas teve seu olhar capturado pelo gêmeo mais novo de Saga. O egípcio percebia os músculos do cavaleiro que também protegia o templo de Gêmeos junto do primogênito e antes que ele pudesse descer os olhares pelo corpo de Kanon, Valentine o puxou, agradecendo pelas informações e se retiraram, sendo seguidos pelos dourados e também pelos soldados, ordens do Grande Mestre!


Assim que chegaram na primeira casa, Mu os teleportou para o castelo de Pandora, onde os dois desciam as longas escadarias para o mundo dos mortos, discutindo muito a respeito do que acontecia.


.-.-.


Lune montava o berço sozinho para que o juiz daquela morada ficasse de certa forma, confortável?!... Na realidade, nem ele saberia se Minos ficaria bem ali. O Espectro da Estrela Celeste da Eminência terminava de montar aquele maldito berço em seu próprio quarto. Na verdade, tudo o que era de Minos, Lune tinha colocado em seu quarto. A criança virava de um lado para o outro agarrado com uma pelúcia que o norueguês mais novo comprou naquela loja onde fora descaradamente assediado pelo olhar do vendedor. Felizmente o homem não o convidou para sair, pois Pandora lhe uma ótima esposa! Falsa, mas ótima!


Por falar em Pandora, ela tinha se encarregado de cuidar dos outros dois bebês até que seus subordinados voltassem do mundo dos vivos. Assim que a comandante dos 108 espectros ouviu os relatos dos dois, seu mundo se desmoronou. Ela queria arrancar os cabelos. Os deuses só poderiam estar castigando o Submundo de Hades pela guerra causada nesta era. Não havia outra explicação. Ela pediu para alguém repassar a informação para Lune enquanto teria uma reunião com Hades e depois com os Deuses gêmeos. 


.-.-.


Assim que Lune recebeu a notícia, quase deixou o juiz Minos ir ao chão,  já que o mesmo estava em seu colo. Faraó e Valentine contavam o que aconteceu no santuário de Athena. O albino olhou para o bebê em seus braços e suspirou. Acabou mandando os dois subordinados de Radamanthys e Aiacos embora para montarem os berços em suas moradas.  


Os dois saíram de lá indo para suas casas com os bebês implorando para os deuses ajuda com isso. Aiacos grudou no moreno se aconchegando contra o peito deste. Faraó tinha o rosto corado, pois sabia bem que ele tinha uma queda por si e assim que chegou na Segunda Prisão, ele correu para seu quarto, onde móveis de bebê estavam posicionados junto a um berço já montado. Parece que Pandora mandou alguns subordinados de Aiacos montar em seu quarto. Ele suspirou, mas logo o bebê começou a chorar, e ele sentiu um cheiro estranho. O moreno tinha alguma noção do que se fazer com um bebê, mas não esperava ter que banhar Aiacos numa banheira e depois de secar, colocar fralda nova e uma roupinha...


O mesmo acontecia com Valentine. Ele precisou dar um banho em Radamanthys e trocar as roupas e fralda do inglês, deu de mamar numa mamadeira e o fez dormir. Ele o colocou no berço e cobriu, e admirou o loiro dormindo. Valentine aproveitou para tirar um cochilo também,  pois logo Radamanthys acordaria berrando, faminto.


.-.-.


Com Lune não era bem assim que acontecia. Minos não queria dormir e ficava infernizando o coitado do espectro e ele queria ficar dormindo um pouco já que seu dia foi puxado. O norueguês acabou pegando o pequeno Minos no colo e o levou para a sua cama.


— Minos-Sama, eu preciso descansar! E agora o senhor também! - Mas ele não entendia nada do o bebê falava.


O norueguês acabou acordado até o bebê acabar dormindo em seus braços.  E como o espectro estava cansado, ele dormiu abraçado ao pequeno quando este caiu de sono em seus braços. 


.-.-.


Os dias foram passando e os bebês ainda eram bebês. Os três espectros que cuidavam deles já não aguentavam mais aquela situação! Faraó não sabia quanto tempo aguentaria Aiacos daquela forma. O nepalês gostava de ficar puxando os cabelos negros do outro e chorava quando ele lhe dava uma branca. Com Lune e Valentine era a mesma coisa. Ambos precisavam prender seus cabelos no topo da cabeça para evitar certos puxões que costumavam arrancar alguns fios. 


Pandora já havia tido todos os tipos de reuniões possíveis com os Deuses do submundo, mas nem Hades, Hypnos ou Thanatos tinham a solução para aquela maluquice. O governante do do submundo já tinha até contatado seus irmãos Zeus e Poseidon, porém esses acabaram rindo da situação e alegaram que não tinham nada haver com essa história.

 

Os subordinados daqueles três já não aguentavam mais. Faraó fazia oferendas aos deuses do seu país, Valentine já havia chorado um bocado pela situação em que se encontrava e Lune... esse coitado apenas implorava para Hades achar uma solução. E com isso os dias foram passando...!

 

Os dias se tornaram semanas e as semanas, meses. Nada de voltarem ao normal. Os três já se acostumaram com a situação e cuidavam dos bebês tranquilamente. Lune estava sozinho em seu quarto com o bebê Minos deitado entre suas pernas brincando com uma pelúcia, colocando na boca na maior parte do tempo. Ele ficava fofo daquela jeito e é claro que o Espectro da Estrela da Eminência se derretia. E como sua porta estava aberta eis que surge Zelos. Um dos espectros mais nojento que conhecia.

 

— Lune-Sama, eu vim ver o Senhos Minos. - Disse colocando uma de suas mãos asquerosas em sua perna e ele se afastou. 

 

— Ótimo. Agora que já viu, dá o fora daqui Zelos.

 

— Ora Lune-Sama não seja tão malvado. Você sabe que gosto de você!

 

Nessa hora, o bebê olhou para o outro espectro todo torto e abriu o berreiro. Lune pegou o bebê no colo e saiu da cama e do quarto, deixando um Espectro da Estrela Terrestre EStranha para trás.

 

— "Repugnante!" - Pensou ele. - Pronto Minos-Sama ele não vai nos incomodar. -Lune acabou se fechando com o juiz no quarto deste e dassa vez, trancou a porta.

 

.-.-.

 

Mais alguns dias se passaram. Faraó dava banho em Aiacos e este brincava com as espumas da banheira. O moreno se distraiu um pouco apenas para pegar o shampoo até que...

 

— O que pensa que esta fazendo Faraó?

 

— ... - O moreno ficou aterrorizado com aquela voz. Assim que olhou para onde vinha a voz, Faraó quase teve um infarto fulminante!- A-Aiacos-S-S-Sama... - Ele arregalou os belo olhos âmbar e ficou sem saber se ria ou se chorava da situação.

 

— Eu estou me sentindo ridículo assim. Da pra me ajudar? - Aiacos estava mais alto que o moreno e ainda tinha seu baixo ventre "preso" na banheira de bebê.- Posso saber que raios eu estou fazendo aqui, numa banheira que não me serve?

 

— S-Servia alguns segundos a-atrás... - O espectro corava tentando disfarçar, pois agora Aiacos estava "normal".

 

— Tudo bem, mas eu preciso sair daqui! Minha bunda ta entalada, seu retardado!

 

O egípcio acabou ajudando todo corado puxando o nepalês de dentro da banheira infantil, o juiz acabou caindo em cima do outro, dando um banho ainda maior no corpo do moreno. Como Aiacos ainda tinha sabão em sua pele ele puxou o egípcio para debaixo do chuveiro, onde ficaram fazendo guerra de água um no outro.

 

.-.-.

 

Para Valentine foi estranho.. Ele havia deixado Radamanthys no berço e se deitou em sua cama. Nisso ele acabou dormindo e acordou com um inglês gritando seu nome. Nisso Valentine acorda assustado e se depara com um juiz nervoso, irritado e querendo degolar um. O homem de cabelos róseas foi ajudar o outro, mas ele estava nu e isso o deixou corado,  mas mesmo assim tirou o juiz daquela situação ridícula. E antes que a coisa ficasse estranha, ele saiu do quarto fugindo antes que sobrasse para si a ira dele...

 

Para Lune ia mais tranquilo. Ele e o bebê MInos estavam na cama do norueguês mais novo. O bebê tinha dormido e o outro estava quase caindo no sono. Lune não teve tempo de ver o que acontecia, pois caiu no sono. Somente no dia seguinte, ele sentiu um par de braços fortes em sua cintura e pensou que estivesse dormindo. Quando ele abriu os olhos, se deparou com um juiz em seu tamanho real bem perto de sua face.

 

— Olá Lune!

 

— M-M-Mi-nos-S-S-Sam-sama...

 

— Não precisa gaguejar. Sou eu! E queria te agradecer por ter cuidado de mim tão bem! Uma pena que eu acabei sendo bebê por mais tempo..

 

— C-como você...

 

— Eu não sei como aconteceu, mas ter você cuidando tão bem mim... se eu soubesse, já tinha virado seu escravo.

 

Lune tinha certeza de que ele o beijaria por estar tão perto, antes que o mais novo pudesse reagir, o mais velho atirou um travesseiro no rosto do outro que ficou indignado. Ali começou uma guerra de travesseiros com várias penas brancas voando pelo quarto do espectro da Eminência. MInos só parou o que fazia pra roubar um selinho do subordinado e recomeçou com a guerra dos travesseiros.


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Notas finais do capítulo

Tentativa de comédia concluída xD mas sei la ushaUSHusahsua



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