Ligações perigosas escrita por Stephane1234grs


Capítulo 2
Capítulo 01




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— Bom dia, Elisa. – disse abrindo a porta de vidro.

— Bom dia, sara , Chegou bem na hora, chamada pra você, na linha dois. É o Matteo.

— Eu atendo na minha sala!

Andou até o local, sentou-se em cima da mesa e puxou o telefone logo em seguida, colocando-o no ouvido.

— Eu sei, foi perfeito! – em seguida soltou uma alta gargalhada.

— Pior que eu preciso admitir, foi sim.

— Obrigada!

— Eu nunca pensei que uma mulher... – soltou um suspiro e ela riu.

— Faria um trabalho tão perfeito? Ora, ora, não me subestime.

— Não estou, não se preocupe!

— Ótimo! – sorriu, cruzando as pernas – Então, o que posso fazer por você hoje?

— Eu quero a cabeça do Gilbert Grissom !

— E esse é o tal promotorzinho que te colocou no xadrez?

— Ele mesmo!

— Em quanto tempo?

— Duas semanas. Vai fazer?

— Conte comigo.

— Quanto?

— Agora chegamos à parte boa... Quinhentos mil.

— Ulalá. Pegou pesado, não acha?

— Você quer ou não quer um trabalho bem feito? – ouviu o silêncio no outro lado da linha – Foi o que pensei. Você está lidando com uma profissional, meu bem.

— Ok, ok. Amanhã deposito metade e a outra você terá quando ele estiver morto e enterrado.

— Ele estará, foi ótimo fazer negocio com você. – e desligou o telefone.

Próxima vitima: Gilbert Grissom 

... Carlo Montangue foi encontrado morto num beco atrás de uma movimentada boate no centro da cidade, na manhã de ontem, domingo. O local não tem câmera de segurança e até o momento não há nenhuma testemunha. As marcas encontradas em seu corpo, dão indícios de que a arma usada no crime foi uma faca. Carlo teve o estômago e pescoço cortados, e sangrou até morrer. A pericia procura por pistas para saber quem foi o real culpado. Montangue era o líder do tráfico de armas e drogas da Região da Toscana...

— PORRA! – Grissom  exclamou, jogando o jornal em cima de mesa e levando as mãos ao rosto – Eu preciso encontrar o autor desses crimes e colocá-lo atrás das grades.

— É um profissional! – ouviu Jim , seu colega de trabalho, dizer – E o tal Carlo era um criminoso, Grissom ... Fizeram um favor, não?

— Teriam feito se o Matteo não fosse substituí-lo na função de maior traficante! – falou com extrema raiva.

— Matteo está preso grissom !

— Estava, Jim . Foi solto tem uma semana... Liberdade condicional! – revirou os olhos.

— Então tem dedo dele por trás disso...

 

Isso é obvio! Mas com certeza contratou alguém para executar, ele acabou de sair da cadeia, não seria tão burro para matá-lo e voltar... E esse é o mesmo alguém que eu quero pegar! – exclamou irritado – Mas que droga. Esse assassino não tem cara, não tem forma, não deixa rastros, nem pistas... Nada! Mata e some, parece até fantasma!

— Crimes perfeitos! Eu já te disse, é um profissional.

— Não! Nenhum crime é perfeito. Ele vai cometer alguma falha...

— É como procurar fumaça no ar!

— E eu vou achar. Ele vai pra trás das grades ou eu não me chamo Gilbert Arthur Grissom !

 

*******

— Que imbecil! Ele é tão... Certinho! – falou cheia de raiva, olhando o que havia pesquisado sobre o tal promotorzinho – Nenhuma emoção... Nada! – revirou os olhos, ainda lendo tudo o que havia achado sobre ele.

Bufou, passando para outra folha. Passou seus olhos lentamente por todo o papel e de repente um sorriso se abriu em seus lábios e seu olhar se iluminou.

— Ora, ora... Ninguém nesse mundo é mesmo santo. Então o certinho é fascinado por corridas de moto... – riu totalmente debochada, ainda lendo – Hum, isso vai ser bastante interessante.

Olhou em volta, suspirando. Já com mil e uma ideias martelando em sua cabeça para poder achar um cenário perfeito onde poderia conhecê-lo.

— Elisa, – interfonou com sua secretária – peça para a Olly vir até minha sala, por favor. – colocou o aparelho no ganho e encostou-se em sua cadeira.

Pouco depois ouviu as batidas na porta e mandou a pessoa entrar, imediatamente.

— Olly, eu preciso que você me informe sobre onde vai ter o próximo racha de motos. E preciso que você me consiga uma também... Mas tem que ter estilo e ser bonita, hein?

— Okay, Sara ! – sorriu – O que mais?

— Só isso! – a moça apenas assentiu e saiu.

Daddy Yankee – Gasolina

O barulho do acelerador das motos à sua frente lhe causava arrepios de emoção. Oh, como ele adorava aquilo, por mais que fosse clandestino.

Muita gente reunida em uma estrada afastada e deserta da cidade. As luzes dos automóveis possantes encandeando os olhos de quem se atrevesse a olhá-los. E as motos... Ah! As motos. Todas postas em uma fila reta, cada uma mais possante que a outra e com seus corredores em cima delas, apenas esperando o momento da largada. Várias pessoas apostando em quem seria o vencedor daquelas corridas malucas e sem regras. Quem chegar primeiro, vence. Perder ou ganhar.

Oh, e a adrenalina que escapava até pelos poros? Era a melhor sensação...

De repente uma moça, usando uma roupa curtíssima foi para o meio da estrada.

Rugem os motores.

As motos começaram a acelerar ainda mais. Ela levantou suas mãos, segurando um lenço branco em cada uma.

Cinco, quatro, três...

As motos aceleram ainda mais. Corações batendo acelerados. A adrenalina correndo pelas veias ainda mais.

As mãos da moça abaixaram-se.

... Foi dada a largada.

160, 170, 180... Resolveu parar de olhar o velocímetro de sua moto quando o ponteiro estava prestes a marcar os 200 quilômetros.

Como sabia, ganharia aquela corrida fácil, fácil. Era a melhor em qualquer coisa que fizesse. Seu sorriso só cresceu ainda mais convencido quando escutou os assovios e gritos quando estava perto da linha de chegada.

Luce tan bien que hasta la sombra le combina. Asesina, me domina. Janguea en carros, motoras y limosinas. Llena su tanque de adrenalina Brilha tão bem que até com sombra ela combina. Assassina, me domina. Agita nos carros, motos e limosines. Enche seu tanque com adrenalina.

Os gritos só aumentaram, quando ela colocou seus pés no chão. Os cabelos Loiros esvoaçaram quando ela retirou o capacete.

Fora recebendo elogios de todas as partes. E sorrindo ainda mais convencida. Não se deu nem sequer ao trabalho de responder a tantos elogios. Seus olhos varriam todo o lugar, à procura dele.

E encontrou. Encontrou com àqueles olhos amendoados tão penetrantes. Ele estava a pouco mais de cinco metros de distância dela. Encarava-a como se estivesse despindo-a apenas com aquele olhar. E parecia que faíscas saíam dos olhos de ambos naquele momento. Um arrepio louco subiu por suas espinhas.

Ele suspirou. Estava admirando-a desde o momento em que colocou os pés no chão, na linha de chegada. Louco para saber quem era. Levou um choque quando viu os cabelos longos e morenos. Aquele sorriso pretensioso pintado nos lábios dela só a deixava ainda mais linda e sexy. A roupa justa ao corpo, marcando as curvas de seu corpo, dando ar a imaginação dele.

Ela nem imaginava que pessoalmente ele fosse tão... Lindo. E sexy. E intrigante. E muito gostoso. E só de lembrar que para matá-lo, teria que seduzi-lo, deixou-a com mais água na boca. Aquilo ia ser muito bom.

Tudo sentido apenas com um único olhar. Oh meu Deus.

O andar singular que ela ostentava deixou-o ainda mais fascinado. Aquela calça de couro preta ligada as suas pernas, o paralisou. Deus, ele nunca havia desejado ninguém como estava desejando àquela desconhecida agora. E ela estava vindo em sua direção.

— Gostou da corrida? – perguntou, ainda com o mesmo sorriso e com o capacete debaixo do braço esquerdo.

— Gostei sim, parabéns pela vitória, Blonde! – ele sorriu simpático e ele mordeu os lábios.

— Obrigada. Eu sabia que ia deixar aqueles idiotas pra trás... – falou toda convencida – E Você só assiste mesmo? Não corre? – perguntou, andando um pouco mais, até ficar bem em frente a ele. O salto alto da bota a ajudava a ficar em uma altura favorável.

— Já corri... – suspirou – Agora não mais... Cai quando era mais jovem, resultou em pinos nos joelhos e nunca mais dirigir uma moto.

— Nossa. Que horror...

— É sim. Ai hoje, eu gosto de vir assistir... Eu me divirto muito.

— Estou vendo. – ela riu – E então, não vai me dizer o seu nome? – ele passou a língua pelos lábios, contendo um sorriso.

— Grissom . E você, Blonde?

— Sara ... – ela piscou – Mas gostei de você me chamando de Blonde. Soou bastante sexy! – ela disse com os lábios próximos a orelha dele, mordeu o lóbulo logo após, causando um arrepio por todo o corpo dele – A gente se ver, bambino – desceu sua cabeça pela lateral do rosto dele, instalando um beijo no cantinho da boca pequena.

Afastou-se, jogando o longo cabelo moreno pro lado e caminhando na direção oposta a ele, logo em seguida. Subiu em sua moto, pouco se importando com o prêmio do racha, e saiu dali, em alta velocidade levantando poeira. Deixando grissom embasbacado e bem... Excitado.

Blonde: morena

Bambino: Bebê, menino.


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