—Eu estou tão nervosa com você. – Anna jogou o vinho na cara de Eric assim que ele se sentou perto dela. – Você não deveria ter chegado a esse ponto.

— Você disse que queria Elisa morta. – Eric se levantou. – Se aquele bebê nascesse, você e seu homem poderiam ficar juntos.

— Achava que você gostava de Elisa ainda. – Anna se levantou e foi para o outro lado da sala. – Quero dizer, você estava todo “ain amor” para lá e para cá.

— Eu gostava. – Eric pegou uma foto de Elisa que ainda restava em seu apartamento e jogou no chão. – Ela não significa nada agora.

— Já que você pensa assim, que tal irmos para aquele quarto? – Anna começou a tocar o peito de Eric. – Você sabe, carinho mutuo.

Eric apenas olhou para ela e a beijou, sentindo que ele estava feliz por enquanto.

Enquanto isso, no hospital, Any estava sentada ao lado de Penelope, Elisa, Kensi e Hetty. Linda estava lá também e Luke, já que ele não deixava o lado de Pen.

— Querida, você está bem? – Luke se ajoelhou ao lado de Pen. – Você parece mais cansada.

Elisa olhou para Pen e suspirou. Hoje marcava o sétimo mês de sua gravidez.

Callen estava terminando de comer sua gelatina. Rossi, Deeks, Sam, Pride e McGee que tinha chegado estavam lá com ele.

— Quando vou poder ver Elisa? – Ele queria muito ver sua esposa. – Estamos no sétimo mês de gravidez hoje.

— Bem, logo. – Pride viu o médico entrar no quarto da filha e foi atrás de saber o que estava rolando.

— Filha, deixa eu ajeitar isso... – Linda parou quando ergueu a coberta e viu sangue. – Você está sangrando.

Elisa sentiu seu corpo se desconectar do nada e ela literalmente desmaiou.

Pen por outro lado, sentiu uma enxurrada de liquido no meio das pernas. Ela sentiu uma dor aguda e deu um grito.

O médico correu, acompanhado de um segundo para Penelope.

— Doutor, minha filha desmaiou. – Linda estava em frenesi. – O que está havendo?

— O que temíamos. – Ele levantou as grades da cama para levar Elisa correndo para uma cesárea. – Preparem a mesa de cirurgia.

Callen sentiu vontade de correr quando viu Elisa ser movida com urgência.

Penelope estava logo atrás em trabalho de parto. Luke estava doido por sua esposa.

— Preparem a sala dois de cirurgia. – A médica de Pen gritou. – Precisamos fazer uma cirurgia.

Rossi segurou Callen, que mesmo com uma perna quebrada queria sair da uti e seguir Elisa. Linda entrou e Pride a confortou, sabendo que estava sendo complicado para ela tanto quanto para Callen.

—- Me passe o bisturi. – O médico disse, olhando para o útero aberto de Elisa. – Pinça.

— Doutor, acho que o feto está em sofrimento. – A enfermeira disse. – Precisamos ir com calma, mas rápido.

— Senhorita Alvez, com calma agora. – A médica deu a epidural para Pen e a deitou. – Certo, senhor Alvez, quero que fique com sua esposa. Você pode sentir um puxão.

— Apenas tirem as bebês. – Pen queria que as filhas ficassem bem.

— Vamos deixar todos bem. – A médica disse e viu Luke dar um beijo na testa dela. – Vamos começar esse show.

— Estou vendo o bebê. – O médico de Elisa disse. – Certo, luvas novas.

Ele vestiu as luvas e puxou o bebê com calma. O cordão foi cortado e o médico deu um tapa no traseiro.

Infelizmente, Elisa estava completamente desacordada naquele momento. Era uma pena.

— Podemos fechar a paciente. – O médico disse com carinho. – Leve essa menina para a incubadora dela.

— Claro, doutor. – A enfermeira suspirou um pouco.

— Penelope, você ainda está com a gente? – A médica sorriu para a técnica.

— Sim. – Pen estava completamente relaxada agora. – Está tudo bem?

— Com certeza. – A médica sorriu. – Pronta para conhecer sua primeira filha?

— Sim. – Penelope sentiu o puxão, mas não ficou com medo.

Um choro de bebê foi ouvido e agora era hora de Pen segurar a filha.

Não demorou para Penelope ter a segunda filha também em seus braços e naturalmente as duas encontraram seus seios e começaram a beber o leite.

1932...

— Força querida. – Hector segurou a mão de Anne-Marie. – Nosso bebê está vindo.

— Hector, promete ficar comigo para sempre? – Anne-Marie gemeu em outro empurrão. – Oh, merda!

Hector deu um sorriso quando a esposa falou o palavrão.

Logo, as sensações que Anne tinha se foram e um choro imponente de bebê foi ouvido.

— É uma linda menina. – A parteira entregou a bebê nos braços de Anne. – E é linda.

Anne segurou a filha pela primeira vez e começou a chorar de alegria.

— Eu te amo, Sophie. – Anne beijou a menina e sorriu.

Hector não conseguia esconder a felicidade em ver sua esposa com sua primeira filha. Ele pegou um bloco de anotações e fez um desenho rápido.

2021...

— Com licença. – O médico de Elisa bateu suavemente na porta. – Eu só vim avisar que Elisa está estável. Sua filha nasceu e ela está na incubadora.

— Elas vão ficar bem? – Callen estava preocupado com aquela mudança repentina. – Quero dizer, me disseram que ela estava bem e de repente, ela desmaiou.

— Ela teve um rompimento prematuro de placenta. – O médico começou. – O acidente que vocês sofreram ocasionou isso. Ela está se recuperando nesse momento e logo estará aqui.

— E quando poderemos ver a bebê? – Pride estava ansioso. – Se não for muito cedo.

— Eu acho que o papai vai querer estar junto. – Ele trouxe uma cadeira de rodas. – Que tal? Já passou uma semana deitado.

Rossi ajudou Callen assim como Sam e Pride.

Timothy olhou para a pequena multidão subindo com Callen para a maternidade. Ele viu duas meninas sendo colocadas perto uma da outra e sorriu.

— Acho que alguém é vovô. – Ele apontou para as meninas. – Parabéns Dave.

Olhando para as meninas dentro da incubadora, Dave deu um sorriso para as duas garotinhas. Seu coração explodiu de amor enquanto via Callen olhar para a filha.

— Você está bem, G? – Rossi se aproximou do sobrinho.

— Ela ainda deveria estar segura na barriga da mãe. – Callen olhou para os amigos. – E vocês sabem de alguma coisa, só não querem me contar.

— Callen, acho que precisamos ir para um lugar com mais privacidade. – Pride pegou a cadeira de rodas do genro e o levou para um jardim que tinha no hospital. Logo depois, eles iriam para o quarto de Elisa e em seguida, para o de Penelope.

— Certo, temos uma coisa e estamos escondendo. – Pride começou. – McGee, comece.

— Ok, eu tenho certeza que você conhece Eric o ex da Elisa. – Tim foi devagar. – O que você deve saber é que ele está envolvido no acidente que colocou você, sua filha e Elisa aqui.

— E não é apenas isso, G. – Sam disse. – Estamos pensando que ele tem uma cumplice nisso.

— Quem? – Callen olhou para seus amigos.

— Anna. – Kensi disse e viu a cor de Callen sumir.

Ele tentou não ficar muito preocupado, mas estava completamente doido.