— Senta aí, seu babaca. – Sam e Callen haviam acabado de prender um ladrão de quadros, que evoluiu para assaltante. – Milton Grant.

— Sim, é o meu nome perfeito. – Ele tentou fazer uma cara de espertinho. – Eu sou alguém que não fez nada e foi preso por fazer isso.

— Você matou Taylor Launtner. – Sam foi direto. – Isso é alguma coisa.

— O cara do crepúsculo? – Milton tentou disfarçar. – Ele mora em sei lá onde.

— Não é o rapaz daqueles filmes não. – Sam foi direto. – Esse Taylor.

— Há. – O homem apenas deu de ombro. – Eu não o matei.

— Chega, deixa comigo. – Elisa entrou em cena. – Escuta aqui senhor Grant. Podemos fazer isso da maneira fácil ou difícil. Eu posso redigir um bom acordo para você onde estará livre em quatro anos ou posso redigir um mandato de prisão.

— Estou pronto para falar. – Milton mudou de ideia. – Mas por que se importam com um ladrão morto? Quero dizer, ele queria roubar os quadros que eu roubei.

— Ele não era um ladrão. – Callen se sentou. – Ele era um agente federal disfarçado.

— Acho que eu vou querer outro acordo. – Milton disse. – Talvez com mais anos por lá. Mas eu estou dizendo, eu não o matei.

— Então, quem foi? – Elisa falou calmamente. – Pode facilitar meu trabalho ou dificultar. E acredite, não vai querer ser o que dificulta.

— Madeleine Pratt. – Ele foi direto. – Ela era uma ladra especialista, mas depois que foi tirada de cena por um bandido da pesada, ela acabou roubando quadros cada vez mais ousados. Acho que seu homem a descobriu.

Enquanto isso, Eric e Nell receberam uma encomenda. Eles abriram a caixa e sorriram vendo que eram os convites de seu casamento.

— Acho que podemos começar a distribuir. – Nell sorriu. – Nem acredito que estamos prestes a fazer isso.

— Nem eu acredito. – Eric a beijou em cima da escada. – Ei, pessoal.

— Ah, tanto para um dia legal para eu voltar para as minhas crianças. – Callen gemeu. – Sophie está começando a aprender no piano e Chris e Anne estão ensaiando seus primeiros passos.

— Não é um caso. – Nell entregou o envelope. – Nosso casamento está chegando e estes são os convites.

— Oh, meu Deus. – Elisa sorriu ao ver que o convite vinha em português e Klingon. – Acho que teremos que nos fantasiar, meu querido.

— Só por favor, não usem super-homem e nem mulher maravilha. – Eric sorriu. – Decidimos fazer um casamento temático.

— Vocês vão adorar. – Nell garantiu.

O casamento foi lindo. Eric e Nell sempre quiseram algo diferente e ter vários tipos de super-heróis era a melhor forma de dizer que seria um casamento segundo.

Dois meses se passaram. Elisa sorriu enquanto subia as escadas para a promotoria. Any estava no final de sua gravidez. Kensi e Deeks haviam tido o bebê há quase um mês.

Uma menina chamada Amanda.

Subindo um degrau a mais, Elisa sentiu que seu corpo simplesmente não respondia mais e acabou desmaiando e rolando escada a baixo. Any se segurou no corrimão, colocando uma mão no ventre.

— Elisa! – Any foi amparada enquanto dois seguranças corriam para a amiga. – Ela está bem?

— Precisamos levar ela para o hospital. – Um dos seguranças gritou e pegou o celular.

Logo Any chegou perto da amiga, sentindo que a amiga não estava bem. Ela tentou se sentar perto, mas uma dor foi lançada a ela também e ela jogou as mãos para o chão.

— Senhorita! – O segundo segurança viu sangue nas pernas de Any. – Eu acho que vamos precisar de outra ambulância.

— Ah meu Deus! – Any se sentou contra a parede da promotoria. – Eu sinto que preciso empurrar.

— Ok, certo. – O segurança deixou o telefone conectado e no viva-voz. – O que eu preciso fazer?

— Olhe pelas pernas e veja se ela está totalmente dilatada. – A pessoa da emergência o instruiu. – Como está?

— Ela está totalmente dilatada. – O homem gritou. – Meu Deus, acho que via a cabeça.

— Diga a ela para se apoiar em algo e começar a empurrar. – A mulher girou na cadeira e tentou pedir para ambas as ambulâncias se apressarem. – Pegue uma peça de roupa para enrolar o bebê.

— AHHHHH! – Any empurrou com todas as forças sendo amparada por uma senhora. – Sam!

Por uma incrível coincidência, Sam e Callen pararam para ver o que estava acontecendo. Callen quase caiu ao ver Elisa no chão. Sam correu para perto de Any, substituindo a mulher.

— Sam, eu acho que é hora. – Any mal teve tempo de dizer quando ela sentiu a maior de todas as vontades de empurrar.

— Onde está a ambulância? – Callen viu uma delas parar. – Ajudem ela.

— Não, ajudem Elisa. – Any gritou entre a penúltimo empurrão. – Ajudem Elisa.

Sam se preparou para conhecer seu bebê. A NCIS nunca tinha um dia chato.

— AHHHHHHHHHH! – Any empurrou e sentiu algo passar pelo seu canal. – Ow.

Logo houve um silencio e logo em seguida um choro. Elisa foi levada para o hospital e Sam pegou uma tesoura de unha nova de uma senhora e cortou o cordão umbilical.

— Eu vou mandar uma caixa dessas para a senhora. – Sam sorriu para ela e foi acompanhar a filha e a esposa.

Depois de fazer todos os exames, Elisa foi acomodada em um quarto. Any estava dormindo por lá, por insistência de Callen. As duas tiveram um dia cheio.

— Senhor Callen? – O médico se aproximou dele. – Sou o Dr Neil. Tenho boas notícias sobre a sua esposa.

— Boas? – Callen estava sentindo seu coração bater forte. – Quão boas?

— Do tipo bebê. – Ele viu Callen sorriu. – Eu sei que sua esposa passou por uma superfetação recentemente, quase um ano atrás, mas acredite, eu não fico muito surpreso. Ela está grávida, mas terá que ficar em repouso até os quatro meses fecharem.

— Obrigado, doutor. – Callen girou e olhou para Elisa. – Acho que eu fiz bem comprar aquela casa nova.

— Callen vai povoar a terra. – Elisa murmurou quando finalmente recobrou a consciência. – O que aconteceu? Parece que fui atropelada por um carro.

— Você desmaiou e rolou escada a baixo. – Ele falou. – Mas não se preocupe, você está grávida de novo e Any teve a bebê no momento que ela se preocupou com você, mas não era prematura. É uma garotinha linda.

— Sim, e demos o seu nome a ela. – Sam viu um olhar contente nos olhos de Elisa. – Conheça Elisa Hanna.

— Ela é linda, Sam. – Elisa olhou para Any. – Ela está dormindo.

— Sim, ela precisa. – Sam sorriu, colocando a filha ao lado da esposa. – Ela teve a bebê nos degraus da promotoria. Por alguma coincidência, passamos por lá e vimos a multidão.

— Bem, estamos indo para o que? Quarto? – Elisa deu uma risada. – Nossa meta de chegar aos oitos.

Todos deram boas risadas. Quando a equipe e os pais de Elisa chegou a sala se transformou em um grande quarto de risadas.