Headle 2 escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 5
Balança meu lado hétero


Notas iniciais do capítulo

Desfrutem ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/803764/chapter/5

Sara estava na cena de um novo crime, juntamente com Nick Stokes e Greg Sanders. Atualmente ela preferia ficar juntamente com Julie, adorava conversar com ela, mas ela ainda amava os meninos, eles eram como seus irmãos, e sabia que eles a respeitavam, dentro dos limites deles. Ela também respeitava eles, apesar de não ser a vida deles, ela sabia que eles tinham fortes motivos para não confiar em Heather. Desde que eles não externassem isso, ela deixava que eles pensassem como quisessem.

— Por favor, diz que acharam a arma do crime? – Nick implorou. 

— Nada. – Greg falou desanimado.

— Pode estar na lixeira. Tem duas grandes lá fora. – Sara comentou. 

— Estava com medo que dissesse isso. – Nick resmungou. Afinal, quem gostava de entrar em caçambas de lixo?

— Jokenpô? – Greg deu a ideia.

— Não precisa. Eu vou lá olhar. – Sara se prontificou.

— Você odeia ir na lixeira. – Greg falou surpreso.

— Vocês já trocaram a fralda do Zack? Nada pode feder mais que aquilo. – Ela riu. – E vocês ficam me devendo. – Ela piscou.

Sara se arrependeu. O lixo estava especialmente fedorento aquela noite, e ela saiu de lá fedendo mais que Zack, mas pelo menos havia encontrado a arma do crime e outras evidências. Quando chegou ao laboratório só pensava em tomar um banho. 

— Sara. – A recepcionista a chamou, fazendo careta quando sentiu o cheiro da perita. – Tem um homem ali na recepção querendo falar contigo. Parece que é advogado, e que tem uns papéis que quer entregar em mãos. 

— Claro. Já estou indo. 

A perita estava em dúvida se recebia o advogado assim, ainda com macacão, ou se trocava de roupa. O cheiro estaria igualmente ruim, pelo menos de macacão, daria para perceber o motivo.

— Hey Sara. – Era Julie se aproximando.

— Hey Jul.

— Eu precisava ver contigo uma situação sobre o caso…

— Eu tenho que ir na recepção receber o advogado, já falo contigo. – Ela interrompeu seguindo em direção a recepção.

— Advogado? – Indagou seguindo Sara.

— Sim, entramos com pedido de guarda provisória do Zack. – Era a primeira pessoa para quem Sara falava disso, além de Heather.

— Uau. – Julie falou surpresa. – Você está falando do menino que você achou ontem na cena do crime?

— Isso mesmo. 

Julie ia falar mais alguma coisa, mas se calou ao perceber que estava chegando na recepção. O advogado se levantou e se aproximou. Ele, quando colocou os olhos sobre Sara, a analisou totalmente. Sentiu seu corpo aquecer em sua presença, ela era linda, mesmo com aquele macacão, dava para notar que era uma mulher muito interessante. Ele sorriu, encarando os olhos castanhos da perita em sua frente. 

Sara poderia até negar, mas estava claro que ele também chamou sua atenção. Era um homem bem apessoado, corpo forte e bonito. E o olhar dele? Ela pode perceber que ele a comia pelos olhos, e de alguma forma, havia tido uma forte tensão ali. Algo que ambos tentaram conter. 

— Sara Sidle?

— Sim. 

— Eu sou Roberto, advogado da vara de família. A senhora Kessler pediu para que eu entregasse a você os papéis da guarda provisória de Zack. – Ele separou os papéis entregando para ela. Somente nesse momento, quando se aproximou mais, ele percebeu um cheiro estranho no ar.

— Desculpa. – Sara disse sem graça. – Tive que pegar uma evidência na caçamba de lixo. – Ela sorriu.

— Nem dá pra perceber. – Ele disse com ironia.

— Está muito ruim? – Riu envergonhada.

— Terrível. – Ele admitiu rindo. 

— Eu preciso assinar alguma coisa? Se puder esperar, eu posso ir tomar um banho e conversamos melhor depois. – Ela falou totalmente sem jeito.

— Não, os papéis que você deixou com a Sra. Kessler foram o suficiente, e eu também estou com um pouco de pressa agora. Vou ligar para vocês, para conversarmos sobre os procedimentos para que sejam oficialmente a casa de passagem de Zack. – Ele sorriu. – Ela me comentou que estão pensando na adoção definitiva. 

— Sim, ainda estamos conversando sobre isso. É uma decisão muito séria para tomarmos com tanta rapidez. Por isso, queremos começar aos poucos.

— Claro, conversamos sobre isso melhor. Gostaria de entrevistar vocês juntas e separadas. Isso me ajudaria a analisar melhor o pedido de guarda. – Ele sutilmente colocou a mão sobre o rosto para tentar não sentir o cheiro de Sara.

— Perfeito. Você pode combinar tudo com a Kessy. Ela sabe meus horários melhor que eu. – Ela sorriu. – Gostaria de agradecer pela agilidade, eu fico muito aliviada de não ter que entregar ele hoje para a assistência social.

— Fico à disposição para o que precisar senhora Sidle.

Julie que acompanhava tudo de longe e apenas se aproximou quando percebeu Roberto indo embora. Ela chegou se abanando. 

— Meu Deus Sara, que homem era aquele. – Comentou descaradamente. 

— Socorro. – Admitiu. – Um homem desses até balança meu lado hétero. 

Ambas riram. Mas logo foram interrompidas por D.B. que se aproximava.

— Estava procurando por vocês. Sara, posso falar com você em particular? – Ele sorriu.

— Claro, eu posso ir no vestiário primeiro. Tomar um banho?

— Seria interessante. – D.B. sorriu. – Muito interessante. 

— Assim que terminar, já vou lá.

Mesmo após o banho, o cheiro não havia saído completamente, porém já havia aliviado bastante. Ela já estava na sala de D.B., seu supervisor, porém ele não estava lá. Ela ainda sim, resolveu aguardar ele por alguns minutos, e ele chegou em seguida.

— Oi Sara. – Ele se acomodava em sua cadeira.

— Oi. 

— Eu fiquei sabendo sobre Zack, isso é verdade? Você está com a guarda dele?

— Sim, é verdade. Tenho a guarda temporária dele, pelas próximas duas semanas. 

— Desculpe perguntar Sara, eu só estou tentando entender, por que você faz parte da minha equipe e eu me preocupo com você. Mas você nunca externou o desejo de ser mãe, e eu até entendo, você encontrou o bebê em uma situação vulnerável, teve que cuidar dele, na realidade eu acabei de colocando nessa posição, mas por que está optando por isso? Eu só tenho medo que esteja mais envolvida no caso que o necessário. – Sua preocupação era genuína, D.B. era um ótimo chefe e parecia estar sempre zeloso pela sua equipe.

— Eu sinceramente não sei D.B., não é pelo caso, talvez até seja pelo fato de eu ter encontrado na cena do crime, mas… – Ela deu uma pausa e suspirou. – Eu cresci em lares adotivos, mudando de casa, sem amor e sem carinho, e eu posso oferecer isso a ele. Ele não precisa entrar no sistema, pelo menos não desse jeito. Eu sei que faz somente vinte e quatro horas que eu o conheço, mas Zack é um menino especial.

— Eu tenho certeza que sim. – D.B. sorriu. – E vai ficar com ele essas duas semanas somente?

— Não sei. Depende de como tudo transcorrer. Durante quinze dias eles vão atrás de possíveis familiares, avós, tios, alguém da família de sangue que possa cuidar dele. Se não houver ninguém que queira ficar com ele, ele vai ser encaminhado para uma casa de passagem, e já estamos entrando com um requerimento para ser a casa de passagem dele. Precisamos ainda de uns dias para ter certeza, mas há possibilidade de adotarmos ele.

— Adoção? – Se o supervisor estava a surpreso antes, agora ele estava ainda mais.

— Ainda não temos certeza, Kessy e eu ainda não tivemos muito tempo para analisar a situação. E é estranho, por que eu nunca senti isso antes, mas todo segundo que eu estou perto de Zack, eu sinto vontade de protegê-lo, de cuidar dele, de fazer ele se sentir amado sabe? Isso ainda não faz o menor sentido para mim, é um sentimento estranho e diferente pra mim.

— Só cuide para não se deixar levar Sara, não se precipitar. Você é uma pessoa extremamente madura, então nem preciso dizer a grande responsabilidade que você estará assumindo se optar pela adoção. – Ele sorriu. – No entanto, se vocês optarem mesmo por adotar ele, eu tenho certeza de que ele será muito sortudo de ter duas mães como vocês, principalmente como você, Sara.

— Obrigada. – Sara sorriu com gratidão.

Sara então se lembrou de algo, que já havia pensado em falar com o chefe.

— Ah, eu queria que você me avisasse caso ninguém reclamar o corpo de Molly Davis quando for liberado.

— Claro, mas por que?

— Eu quero enterrar… – Sara logo percebeu que o chefe não havia entendido. – Se Zack realmente for adotado por nós, eu não posso dizer para ele daqui alguns anos, que a mãe biológica dele foi enterrada como uma indigente. Eu quero que ele tenha um túmulo para visitá-la, algum lugar que ele possa ir quando quiser se sentir perto dela.

— Você já está agindo como uma mãe. – Ele disse orgulhoso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Headle 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.